Fanfic: Intensity (AyA) 1° Temporada | Tema: Ponny, AyA, Portirroni, Uckerroni

As duas caminharam para a saída da faculdade, tranquilas, conversando sobre como deve ser estudar ali, e conversando sobre assuntos aleatórios. Aquilo as fizeram se aproximar de uma maneira que não havia ocorrido até então.

Anahí assim que chegou em casa procurou ajuda. Foi a biblioteca, pesquisou em livros, pediu ajuda à tia, à prima Louisa, à Thomas, para encontrar livros sobre a matéria que deveria ser estudada. Quando finalizaram com Peter, Anahi recebeu uma lista dos itens que certamente cairiam na prova. Ela ficou feliz que os temas eram os que ela mais sabia, mas precisava revisar.

A semana se passava tortuosa. Anahí pediu ajuda a seu primo Thomas para que ele lhe ajudasse, lhe fizesse exercícios e ela percebeu que havia necessidade de ter feito toda a revisão já que algumas regras das matérias ela havia esquecido.

Pensava que estava tendo uma enorme chance. As pessoas no normal, faziam um vestibular, se passassem ganhavam uma bolsa dependendo da faculdade ou algum desconto. Ela estava ganhando uma bolsa inteira! O período de vestibulares já havia passado, estavam a duas semanas de começarem as aulas.

Terça-feira havia chegado. Anahí tinha certeza que sabia tudo, não restava nenhuma dúvida. Ela se sentia feliz com isso e ansiosa.

Vestia uma saia preta até os joelhos, uma blusa de malha até o cotovelo, cinza, sem detalhe algum, e sapatilhas pretas. Estava de coque e com seu óculos rotineiro. Digamos que ela não era a melhor para escolher suas roupas. Thomas, Louisa e Julie (Tia) não criticavam, deixavam ela a vontade, mas sabia que as pessoas eram cruéis e temiam que debochasssem dela.

Thomas: Você devia comer. Ninguém consegue fazer uma prova sem comer. - Disse, bebericando seu café. Thomas era moreno claro, os cabelos loiros idênticos aos de Louisa, os olhos um pouco mais claros, e traços marcantes.

Anahí: Não quero comer. Quero fazer a prova, ir embora e escutar que passei.- Disse torcendo as mãos.

Thomas: Bem, então temo dizer que você já está um pouco atrasada, faltam 50 minutos para começar, e até que você chega lá com o trânsito daqui… - Ergueu as sobrancelhas, olhando o relógio de pulso.

Anahí: Oh, meu Deus. Estou atrasada! - Disse pegando o pequeno estojo com canetas e lápis que havia separado. -Desculpe Thomas, conversamos depois.

Thomas: Boa sorte, fique calma, tudo vai dar certo. - Lhe acalmou, pegando seus braços, parando-a, lhe dando um abraço com carinho.

Anahí agradeceu novamente, realmente,seus primos e sua tia já haviam feito muito por ela, e olhe só, ela até então havia chegado na vida deles como uma intrusa, do nada, e agora eles lhe a tomavam como família. Ela se sentia em casa, não era o mesmo de ter seus pais, mas ela sabia que ainda, tinha uma família.

Anahí ainda chegou 3 minutos atrasada, mas o fiscal nem havia percebido. Lhe entregou a prova, uma prova enorme por sinal, e Anahí se viu com medo de ter estudado pouco. No final, viu que eram apenas folhas, a prova estava estranhamente muito fácil. Ou então, ela havia estudado muito. Saiu da sala tranquila, esperando ansiosa que lhe retornassem em 3 dias com sua nota.

Anahi caminhou para ir embora, já havia aprendido a como chegar em casa, e rodou as chaves calma, neutra. Já aguardava as perguntas.

Julie: Então querida, o que você achou?- Levantou-se do sofá assim que viu Anahí entrando em casa.

Anahí: Tia, foi extremamente fácil.- Deu de ombros.

Julie: Você acha que foi aprovada? -Sorriu, ansiosa.

Anahí: Acho que sim tia. E eu devo isso a você. Obrigada por ter me aceitado, me ajudado, falar com Peter para me dar uma bolsa, e por me tratar como família. - Falou carinhosa, pegando as mãos de sua tia.

Julie: Não diga tolices Anahí. - Repreendeu- Eu sou sua família, você é como uma filha para mim igual a Thomas e Louisa. E se você tiver passado na prova, foi porque se esforçou, você fez sua própria sorte. - Ela acariciava as mãos de Anahí, carinhosa. - Mas me conte, está ansiosa?

As duas ficaram conversando mais alguns minutos, e dois dias após a prova, Anahí recebeu a notícia de que fora aprovada. Ela sinceramente já esperava, mas escutar isso, ter essa certeza, fez dela, uma garota feliz.

Retornou à faculdade para se matricular, e recebou a lista de restrições do que não poderia ser feito nas dependências da faculdade. Deus, era uma lista enorme. Não poderia cigarros, drogas ilícitas, brigas, roupas curtas, falar ao telefone, namorar nem trocar carinhos.  Pelo menos, nada do que estava ali, Anahí fazia. Ainda não. As aulas começaram. E o fuxico também. Haviam muitos novatos na faculdade obviamente, mas o assunto ali no cantinho, perto da lanchonete, com um grupo de meninas, era sobre a “novata brega”. Todos caçoavam do modo de vestir de Anahí. Ela ainda não havia percebido o motivo, mas viu que todos olhavam e riam dela.

Estava comendo uma maçã e saiu dali, estava vermelha feito pimentão, totalmente envergonhada. Ela saiu de onde estava, tentando encontrar outro lugar mais vazio e acabou se perdendo. Mas portanto, estava em um corredor, cheio de salas, e no final, uma janela e uma porta que dava vista ao gramado. Ia por ali quando ouviu vozes, ia sair dali pensando estar em um lugar que não deveria estar, as vozes aumentaram, e a porta abriu, lhe dando tempo apenas de correr um pouco para trás, tentando se esconder numa pilastra. As pessoas lhe assustavam ali, tinham expressões de deboche, ironias, e ela, que desconhecia dos motivos, se apavorava.