Fanfic: Survive Against The Fire | Tema: Romance, aventura, Violet, Dragões, ação feiticeiros incesto,violência tragédia
Ano 1000
Declan caminhava lentamente sobre uma estrada lamacento, sua cabeça pesava e ardia, pareciam marretadas em seu crânio. Grossas gotas de chuva, caíam impiedosamente sobre sua cabeça. Mas já não se importava, mal se será o trabalho de fechar seu casaco de couro, a chuva tirava de sua camisa o cheiro forte de bebida. Parou sua caminhada, quase que caindo de cara na lama.
A poucos metros a frente, dava pra ver uma fumaça cinza, subindo em direção e se confundindo com as nuvens,
" estão ateando fogo nas campinas" pensou, grossas paredes de madeira começavam a crescer em seu campo de visão, metros a frente, ja era possível ver um grande casarão marrom, soltou um abafado suspiro, uma hora teria de entrar, por mais que preferisse na mesa da taberna com suas bebidas e seu silêncio.
A Passos lentos carregou seu corpo pesado até a varanda. A porta foi imediatamente aberta, é uma criada passou por ela, era baixa e seu vestido branco estava manchado de farinha, ela tinha as sobrancelhas franzidas, é o olhar carregado de preocupação é pena.
Declan odiou aquilo, passou bruscamente pela mulher, entrando na casa, correu pelos corredores, trombando com tudo que havia pelo caminho, até chegar em uma porta que dava para o porão.
Sua cabeça rodava, e todas as tentativas de empurrar a maçaneta, falhavam, enfurecido e em completo desespero, tentou novamente empurrar, seus dedos escaparam do pequeno pedaço de madeira, seu corpo começou a tremer, respiração mais rápida e ofegante. Parecia que em poucos minutos o ar não passaria mais por seus pulmões. Fechou a mão direita em punho levou-a até a porta com tanta força que os dedos estalaram, fez o mesmo com a esquerda, começou a esmurrar, o impacto era tão grande que seus dedos já estavam quebrados e sangrando.
"Acalme-se, sabe que não pode carregar o mundo nas costas"
A voz de Diana passou pela sua cabeça, parou de esmurrar e respirou fundo. Colocou a mão na maçaneta e empurrou, raiva amortecera a dor, lentamente a porta se abriu, revelando uma imensa escadaria.
Desceu alguns poucos degraus fechando a porta atrás de si, no final da escada dava pra ver sua mesa com milhares de livros revirados por cima, puxou a cadeira e caiu sentando. Levantou uma das mãos, uma gota de sangue escorreu da palma da mão, até um pergaminho em branco, a mancha vermelha crescia e percorria metade do pergaminho.
Sussurrou palavras desconexas, a cor roxa de suas mãos começou voltar a cor natural, os filetes de sangue corriam de volta para as veias, os dedos estalaram, não estavam mais quebrados. Fechou as mãos uma, duas, três vezes. "Magia" nunca se cansaria disso.
Passou os olhos pelos títulos dos livros, não estava a fim de ler um, ou praticar qualquer feitiço. Uma garrafa de rum, tinha sido deixada ao lado de seu tinteiro.
Agarrou-a com a mão direita, sua cabeça já latejava de ressaca, mas nem ligou. " A melhor forma de acabar com esse Inferno de dor é beber mais um pouco" a voz de seu velho pai bêbado, veio a sua mente, riu com deboche e amargura.
Retirou a rolha com a mão livre, mas esta rolou por seus dedos caindo embaixo da cadeira, xingando abaixou-se para pega-la, uma bola de brilho forte atingiu seus olhos, sua cabeça explodiu em uma dor terrível, caiu da cadeira, as mãos foram imediatamente para a cabeça.
Ficou caído por longos minutos, diminuindo as pancadas de seu cérebro. Quando se recuperou, se sentou com dificuldade, olhando em volta percebeu de onde vinha o brilho. Era um livro, de capa marrom, as letras da capa exibiam uma forte luz branca, esticou a mão mas quando o tocou a luz desapareceu, deixando apenas as grandes letras do título, escuras e sem graça.
Sjgerout.
Um antigo manuscrito sobre magia negra, um livro vivo, como alguns outros magos o chamavam, fora escrito, por um dos mais fortes praticantes dessa "arte". O livro fora enfeitiçado para que não caísse em mãos de magos ambiciosos, e vaidosos. Todos os magos praticantes de magia negra ou branca, o queriam para si, e procuraram por muito tempo. Mas se sucesso. Sjgerout tinha instruções para todos os feitiços mais perigosos, mas um único erro poderia causar consequências irreversíveis. Seus olhos brilharam, o livro sempre escolhe quem vai lê-lo, seu brilho é um farol pra quem precisa desesperadamente dele.
Abriu e folheou, passando os olhos pelas letras palavras desenhos, tudo diversificado. "incrível".
Ao mesmo tempo em que admirava Sjgerout, ele sabia exatamente oque procurar, Sjgerout podia-lhe mostrar tudo, contar todos os segredos do mundo, se o próprio Declan era poderoso, o livro o ensinaria a ser imbatível.
Mas não era isso que ele queria, não tava interessado em mais poder e ambição. Só havia uma única coisa pela qual ele daria tudo pra ter de volta.
Queria seus filhos de volta, ter sua esposa de novo. O poder ja não era tão importante. Uma palavra chamou sua atenção. ""Martinundri""
As palavras invadiram sua mente seu peito se inchou de esperança, perdeu o controle de seus olhos, seu corpo, raciocínio, tudo, o texto explicando, instruindo os ingredientes, sua boca salivava, e seu coração batia violentamente contra suas costelas, lágrimas embasaram-lhe os olhos, levantou-se do chão colocando Sjgerout na mesa, pegou um pedaço de pergaminho e sua pena, mergulhando-a na tinta negra passo a transcrever palavras do livro para o pergaminho, em poucos minutos uma lista já tinha sido formada. Fechou Sjgerout e o enfiou dentro do casaco,pegando o pergaminho correu escadaria acima.
Ao passar pela porta, começou a chamar pela criada.
" Mary Mary Mary "
Chegou apressada por trás dele, vinha da cozinha, ela ia responder mas Declan falou antes:
" va agora para vila traga tudo que estiver na lista, tudo não importa o preço" entregou-lhe o pedaço de pergaminho.
Confusa e com o vestido sujo de trigo,pensou em pedir para ir pela manha, ja que escurecia e a noite caia rapidamente, era perigoso ja que os kanunkis saiam para se alimentar a noite. Mas o olhar de seu senhor triste mas ao mesmo tempo esperançoso a persuadiu, e resolveu correr os riscos por mais graves que fossem.
Assentiu com a cabeça apertando o pergaminho nas mãos retornou para a cozinha a procura de seu irmão,achou Filip no celeiro escovando um dos cavalos.
" prepare um cavalo preciso ir para a vila"
Filip levantou a cabeça como se tivesse levado um susto,apesar de nem ter completado seu décimo quinto inverno, era alto e forte seus olhos um verde outro marrom, se estreitaram para ela.
" agora? sozinha é extremamente perigoso,sem falar que esta perto do inverno, os kanunkis estão famintos, Melboy foi encontrado ontem. "
Dando uma pausa para fitar Mary, que o olhava sem expressão,ou era falta de medo.
" não sobrou quase nada, a família só o reconheceu por causa da sua lacna."
Filip estava com medo de que alguma daquelas criaturas machucasem sua irmã, era mais novo mas o único com a cabeça no lugar.
" Escute eu preciso ir."
Vendo que Filip não se mexeu, ela caminhou até a parede que estava cheia de celas de couro. Tentou puxar a primeira que viu, mas esta estava presa, puxou de novo desta vez a cela se mexeu caindo no chão, em seguida levando outras duas juntas. Sentiu passos atrás de si, Filip ajoelhou-se e com a mão agarrou as três de uma só vez, pendurou-as de volta.
" Ta eu preparo o cavalo mas você ira até o jardim buscar pétalas de Salvia, não vou deixar você sair desprotegida."
" Declan não vai permitir,sabe como ele é em relação as suas plantas."
" Pode ir,deixe que eu falo com ele"
Ela balançou a cabeça saindo do celeiro a passos rápidos e grandes. Filip voltou-se para o cavalo, que ele estava escovando.....
Autor(a): krwx12_
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