Fanfic: The Mess I Made - AyA | Tema: Rebelde, RBD, Anahi, Poncho, Any, AyA, Romance, Hot, Fanfic

Ao chegar em casa, a campainha logo tocou, era Ian. Ele acabou desistindo da ideia de sair e enquanto fui tomar um banho ele ficou preparando o jantar. Maite estava lá quando saí do banheiro, conversando com Ian enquanto tomavam uma taça de vinho. Às vezes, ter suar melhor amiga morando no apartamento ao lado do seu pode ser uma benção, outras, um inferno. Especialmente quando ela é sua ex cunhada e você tem  um mar de sentimentos bagunçados dentro de si. 

- Então... - ela começou, olhando sugestivamente pra mim. Ela sabia, é óbvio que sim. 

- É só um jantar, Mai. Além disso, não sei nem se ele vai ligar - olhei o relógio que marcava 19h55, me sentindo meio idiota por admitir em voz alta que estava esperando aquela maldita ligação.

- Vocês tem muito o que conversar, Any - foi a vez de Ian falar - vocês sequer sabem o que houve com o casamento de vocês. Chegou a hora de conversarem e colocarem as cartas na mesa, está mais do que claro.

- Eu concordo. Enquanto algo te incomoda, é porque ainda te importa, Any. Ele é meu irmão, eu sei, mas eu torço pela felicidade dos dois, vocês precisam conversar sobre o que aconteceu.

- Ele me deixou, Maite. Não há nada o que falar sobre isso. Ian, o jantar está pronto?

- Está sim, vamos comer. 

Ao menos por aquele momento, o assunto meu casamento falido estava encerrado.

Fui me deitar e me senti cada vez mais idiota ao ver que ele ainda não tinha ligado. "Será que ele tem meu número?", "E se ele mudou de ideia?", "E se ele estiver com outra e sequer lembrar que me prometeu ligar?" esses pensamentos não paravam de pipocar minha mente enquanto eu tentava cair no sono. 1h25 da manhã, meu celular tocou. Meu coração congelou quando vi um número desconhecido na tela; deixei cair na caixa postal, sem saber o que fazer. O telefone tornou a tocar, e eu resolvi atender, gaguejando:

- A-alô?

- Any, te acordei? - Era a voz dele.

- Uhum - menti, um bolo na garganta me impedindo de dizer qualquer outra coisa.

- Desculpe, eu estava num jantar de negócios e não consegui ligar antes.

- Você não precisa se explicar, Alfonso. Está tudo bem.

- Hm. Você está livre amanhã à noite?

Fiquei muda, pensando se deveria ir nesse jantar ou não, se ainda tínhamos algo que falar, como seria, como me comportar, etc. Não consegui abrir a boca pra responder, até que ele perguntou: - Any? Está aí?

-Estou. 

- Está livre amanhã?

- Estou. Até amanhã, Alfonso.

- Até. Boa noite, Any.

Desliguei, sentindo um frio na barriga e finalmente respirando aliviada, ainda que inconscientemente, até que consegui dormir.

Acordei no dia seguinte com uma sensação estranha, ansiosa, atrapalhada. A manhã começou e terminou normalmente, cheia de trabalho e papéis para assinar, reuniões com autores novos, o de sempre.

Quando voltei do almoço, um buquê de rosas vermelhas me esperava em cima da mesa do meu escritório. Andei até ele, intrigada, e peguei o cartão:

Estou ansioso por hoje à noite. 

Lembro como são estressantes suas manhãs de trabalho em inícios de mês, então

estou te mandando uma caixa de bombons. Espero que ainda sejam seus favoritos.

Saudade, Alfonso.

Realmente, ainda eram meus favoritos. Bufei, sem acreditar no que via e ignorando a pontadinha no meu coração que queria sorrir. Coloquei as flores num vaso perto da minha mesa, pensando se deveria mandar uma mensagem agradecendo, bem no momento em que Maite entrou na sala

- Olha só... Alguém tem um admirador secreto!

- Pode parar, Maite. Admirador secreto que você sabe bem quem é, né? 

- São do Alfonso? 

Ela parecia bem espantada, mas vai saber, ela é uma boa atriz. - São. Vou jantar com ele hoje à noite.

- Só vim buscar uns papéis aqui e saio com essa notícia. Vou nem falar nada, tá? Boa sorte!

E saiu, me deixando recostada na cadeira pensativa. Respirei fundo, fechando os olhos, buscando alguma resposta para uma pergunta que nem eu sabia qual era.

O resto do dia passou correndo, e às 17h eu deixava a editora e estava indo para casa. Poncho havia combinado comigo às 19h, então eu tinha tempo para tomar um banho e ficar apresentável; e foi isso que eu fiz. Às 19h em ponto, o interfone tocou avisando que ele estava me esperando e eu saí, vestindo calça jeans, uma sandália preta de salto alto e uma blusa branca, bem básica. Não queria estar desarrumada - isso nunca -, mas não queria que Alfonso pensasse que eu tinha me arrumado toda só pra ele. 

Ele estava me esperando do lado de fora do prédio, ao lado do carro. - Você está linda, Any.

- Obrigada. Vamos?

Ele assentiu, sorrindo gentil, abrindo a porta pra mim. - Vamos.