Fanfic: SR. UCKERMANN | Tema: RBD
Levamos vinte minutos para chegar à casa dos nossos pais. Eles moravam em frente a um lago a poucos quilômetros da cidade de São Paulo. Papai tinha prometido a nossa mãe uma casa no lago um dia, e fazia só alguns anos que ele conseguira comprar este imóvel. Era um quebra-galho, mas era o seu quebra-galho.
Estacionei o carro atrás do galpão. O barco do meu pai estava lá dentro, esperando essa temporada chuvosa passar. Jack suspirou e me agradeceu pela carona. Entramos no galpão, a luz da manhã brilhava pelas janelas. Entrei no barco, pegando algumas toalhas no convés inferior. Quando voltei, vi Jack sentado olhando para seu corte.
— Não é muito profundo — observou, pressionando-o com a palma da mão. Peguei um canivete, rasguei uma das toalhas e a pressionei em seu ferimento. Ele olhou para a lâmina e fechou os olhos — Papai te deu a faca dele? - olhei para o metal na minha mão e fechei o canivete, pondo-o de volta no bolso.
— Peguei emprestada.
— Papai não me deixava nem tocar nessa coisa. - meus olhos se voltaram para o corte dele.
— Fico imaginando por quê - antes que ele pudesse fazer qualquer comentário ouvimos um grito vindo das docas.
— Que diabos... — murmurei, antes de correr para fora com Jack mancando em meu encalço.
— Mãe! — gritei, vendo-a ser puxada por um desconhecido de moletom vermelho com uma arma apontada para suas costas.
— Como nos encontraram? — murmurou Jack para si mesmo. Olhei para meu irmão, confuso.
— Você sabe quem ele é?! — perguntei, revoltado.
E puto.
E assustado.
Principalmente assustado.
O estranho levantou a cabeça para nos olhar, e eu podia jurar que ele sorriu. Ele sorriu e disparou a arma. E correu assim que mamãe caiu. A voz de Jack ecoou pelo céu. Sons graves, cheios de raiva e medo, enquanto ele corria até nossa mãe. Mas eu cheguei antes.
— Mãe, mãe. Está tudo bem. — virei para meu irmão e lhe dei um empurrão com força — Ligue para a emergência. - ele ficou de pé ao nosso lado, e lágrimas escorriam pelo rosto sujo de sangue.
— Chris, ela não vai... Ela não vai... — Suas palavras eram hesitantes, e o odiei por pensar exatamente o que eu estava pensando. Enfiei a mão no bolso, tirei meu celular e coloquei-o em suas mãos.
— Ligue! — ordenei, segurando minha mãe em meus braços. Olhei para cima em direção à casa e vi o rosto do meu pai no instante em que ele se deu conta do que tinha acontecido.
No momento em que ele percebeu que tinha, de fato, escutado um tiro e que sua mulher estava, de verdade, imóvel. Seu corpo havia sido bastante prejudicado por problemas de saúde, mas mesmo assim ele corria em nossa direção.
— Alô. A mamãe... Ela levou um tiro! — Só de ouvir as palavras saindo da boca de Jack minhas lágrimas começaram a rolar. Meus dedos correram pelo cabelo da minha mãe, e abracei seu corpo enquanto papai corria até nós.
— Não... não... não... — murmurou ele, caindo no chão. Agarrei-a com mais força. Agarrei-me aos dois. Ela me olhou com seus olhos azuis, implorando por respostas para perguntas desconhecidas.
— Está tudo bem. Está tudo bem — sussurrei no ouvido de minha mãe.
Eu estava mentindo para ela, e para mim mesmo. Sabia que ela não ia resistir. Algo dentro de mim dizia que era tarde demais e não havia esperança. No entanto, eu não conseguia parar de dizer aquilo, e não conseguia parar de pensar naquilo. E não conseguia parar de chorar.
- Você vai ficar bem.
Prévia do próximo capítulo
Dulce Hoje A morte não é assustadora, não é uma maldição. Eu só queria que tivesse sido eu sua primeira aquisição. Sentei-me no último banco. Odiava velórios, mas, pensando bem, acho que seria estranho se gostasse deles. Fiquei me perguntando se havia pessoas que amavam es ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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candy1896 Postado em 15/03/2017 - 10:00:24
CONTINUA
dulcita_ Postado em 18/03/2017 - 00:40:46
Postado amor!
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monauckermann Postado em 11/03/2017 - 01:39:16
Continua*-*
dulcita_ Postado em 18/03/2017 - 00:40:31
Prontinho amor!!