Fanfic: A vida em uma lembrança | Tema: One direction Harry Styles Niall Horan Liam Payne Louis Tomlinson Directioner

- A psicóloga disse que vai vir conversar com você -ele disse me olhando e eu suspirei querendo negar, sempre achei que psicólogas fossem para pessoas problemáticas, e eu não era assim, pelo menos eu achava que não, mas pela minha mãe e meus irmãos, eu vou fazer isso.
- Tudo bem -falei tentando me convencer de que isso me faria bem
- Ótimo -ele sorri dando um beijo estalado na minha testa me fazendo sorrir.
- Eu vou deixar o Louis falar com você antes, tá? Ele está enchendo todo mundo dizendo que quer te ver -ele ri leve e eu ri também me deitando direito, mal deu tempo dele sair e o Louis entrou correndo no quarto e me abraçou forte.
- Esta me machucando, seu idiota -eu murmurei quase sem ar mas rindo leve, ele soltou uma risada gostosa, quase de alívio.
- Desculpa -ele sorriu enquanto me soltava, o Louis era meu irmão mais velho, era 3 anos mais velho que eu e o Niall, que tínhamos apenas alguns meses de diferença, eu tenho poucas lembranças minhas com ele, tenho minha festa de 15 anos onde eu também dancei com ele, e lembro de algumas discussões bobas, relacionado à escola não tenho muita coisa, acho que ver o que eu me lembro sobre cada pessoa acabou virando meu novo hobbie.
- Você se lembra de mim? -ele disse como se eu parecesse louca, mas estava esperançoso.
- Lembro de você dançando comigo na minha festa -eu ri baixo me lembrando.
- Eu dancei mesmo, eu não queria, mas era pra você né... -ele disse rindo leve mas com um pequeno sorriso, eu ri baixinho e me sentei arrumando o travesseiro nas minhas costas.
- Você não vai pra faculdade hoje? -falei me lembrando que ele fazia direito.
- Eu não vou mais faz 2 anos... Eu tranquei, lembra? -ele disse rindo baixo, e não, eu não me lembrava, eu só me lembrava de eu ir pra escola enquanto ele ia pra faculdade, será que eu fazia faculdade?.
- Ah, é verdade -falei tentando parecer que eu lembrava, mas acho que ele percebeu, eu não sabia mentir.
- Está tudo bem, Mi -ele beijou minha cabeça sorrindo fraco.
Eu fiquei um bom tempo falando com o Louis, não tive nenhuma lembrança nova, mas tive novas histórias tendo eu mesma como personagem principal, era como se eu tivesse extremamente envolvida com um livro que comecei a ler, o livro da minha vida.
Então, depois de escrevermos algumas páginas juntos, ele saiu do quarto dando espaço para a psicóloga.
- Boa tarde, Mia -ela entrou sorridente no quarto.
- Boa tarde -falei dando o meu melhor sorriso.
- Eu sou a Doutora Andrea, eu conversei com você quando seu pai faleceu -ela disse se sentando em uma cadeira ao lado da minha cama enquanto mexia em alguns papéis, e eu só conseguia pensar que ela era mais um rosto conhecido, desconhecido.
- Eu já tive consultas com você? -falei envergonhada pensando se deveria chamar ela de senhora.
- Já sim, você estava evoluindo bastante -ela sorria orgulhosa me olhando.
- Em primeiro lugar, vamos aceitar tudo isso, ok? Eu já soube do seu quadro e vamos tentar organizar tudo na sua cabeça -ela dizia tão calma que quase fazia parecer tudo ser normal.
- É tudo muito difícil de aceitar, eu tenho a cabeça da mulher de 18 anos, com lembranças da menina 15, eu não consigo encaixar meus pensamentos aos fatos -falei tentando me abrir, talvez ela realmente poderia me ajudar.
- Para começar, eu separei algumas coisas que pode trazer de volta algumas das suas lembranças, vamos tentar?
- Claro -eu sorri confiante, era tudo o que eu mais queria.
- Vou começar com as nossas consultas... Vou te mostrar algumas coisas que fizemos, para ver se te remete algo, ok? -eu balancei a cabeça concordando, ela me deu alguns papéis onde haviam desenhos e alguns textos, eu olhei os desenhos por alguns segundos e não me lembraram nada, até que parei um um poema e li, uma, duas, três vezes até que senti uma sensação estranha, eu me lembrava. Eu me lembrei de quando eu escrevi. Eu estava em casa, deitada e sem sono quando escrevi e mostrei no dia seguinte para ela na consulta.
- Eu me lembro... Eu me lembro -falei sorrindo sentindo meus olhos lacrimejarem e ela sorriu também, dava pra sentir o carinho que tinha por mim, parecíamos já ter tido muitas conversas. Ficamos um bom tempo ali vendo fotos, textos, desenhos e tudo que ela trouxe, de alguns eu me lembrei, de poucos, mas a maioria não, mas tudo bem, já era algumas peças novas para minha coleção de memórias.