Fanfic: Missing - Vondy | Tema: Vondy

  Depois que Dulce me deixou escondida no porta malas, não demorou muito para o cara chegar e arrancar com a caminhonete preta. Os vidros eram sufilmados quem estava do lado de fora não via nada. Mas depois de muitos anos, assim que saimos de seja lá onde aquele homem nos esconde, eu podia ver as luzes dos faróis dos carros e dos postes que passavam rapidamente eu diria que ficamos horas na estrada, porque eu finalmente pude ver a luz do dia. Até então ele não havia parado o carro uma vez sequer, mas assim que tive a oportunidade eu saltei do carro, eu acho que ele não percebeu, mas depois de saltar eu lembro de cair no asfalto duro e bater com a cabeça. Eu ouvia sons de vozes bem distantes, vozes distintas e então eu apaguei de vez.

                                                                                [...]

  Eu acordei com uma luz branca e forte em meu rosto, eu sentia cheiro de remédio,o que era enjoativo e também um ar gelado que me dava calafrios. Abri os olhos com muito esforço e vi que estava em um lugar todo branco. Minha cabeça latejava me fazendo gemer de dor e o cheiro de remédios me enjoava. Olhei para meus braços e vi uma mangueira nele que fazia um líquido entrar em minhas veias, no outro havia um negócio em meu dedo que fazia o monitor bipar, acho que era para saber se eu estava viva. Sentei-me na cama com muito esforço tentando alcançar o aparelho que chama a enfermeira mas não conseguia pois todo meu corpo doía, precisava de um medicamento pra acabar com toda essa dor.

   Desisti frustrada e continuei sentada tentando lembrar de algo, mas tudo era confuso, só lembro que eu caía de algum lugar e batia a cabeça. Um homem entrou de repente e assim que me viu respirou aliviado, não estava entendendo.

- Olá - Sua voz grossa se pronunciou mas eu não o olhei, não o conhecia e estava com medo - Como se chama? - Insistiu indagando e então eu senti um pequeno desespero.

- Não sei - Inclinei a cabeça para o lado - Não sei, não sei meu nome - Senti meus olhos marejarem.

- Calma não se apavore - Falou sentando na beirada da cama tentando me acalmar - Do que exatamente você se lembra?

- Eu lembro que estava em um carro e depois caída na estrada - Falei sincera - Eu fiz por algum motivo, mas não me lembro.

- Christopher - Entrou um homem moreno chamando por ele - Você precisa ver isso - Disse entregando a ele um envelope amarelo. - Ele olhou confuso para o homem antes de olhar os papéis. Não sei, mas tinha a sensação de que o conhecia.

- O que é isso? - O tal do Christopher indagou e então leu em voz alta.- Angelique Boyer, 23 anos desaparecida a exatos quatro anos. Eu tinha até me esquecido desse caso - Falou surpreso - Você se chama Angelique, olha se consegue lembrar de algo - Disse me entregando os papéis.

- Não, eu não me lembro - Falei depois de olhar os papéis - Me chamo Angelique? - Indaguei.

- Sim - Sorriu lindamente - Espera só um minutinho, vou falar com seu médico -  Falou se levantando e eu acenti - Venha Alfonso precisamos conversar - E então saíram. 

  Então me chamo Angelique, já estava um pouco mais aliviada. Porém nervosa por não lembrar de nada e dolorida necessitando de remédios.