Fanfic: Proximidade Insuportável - Adaptada - Finalizada | Tema: Vondy/Romance/Hot

   Quando eles terminaram o trabalho da noite, os primos de Christopher acamparam na sala com uma garrafa de bebida e algumas das seguranças de Blanca que estavam de folga. Christopher foi imediatamente para seu quarto encontrar Dulce. Não a viu logo que entrou no quarto e entrou em pânico.

      -Dulce? -gritou. Imagens de Pablo agarrando Dulce aterrorizava sua mente.   

      -No banheiro. -ela gritou.

   Ficou aliviado de ouvir sua voz. Se perguntou se algum dia pararia de se preocupar com ela. Mais uma vez se arrependeu de não ter acabado com Pablo quando teve chance. Enquanto ele estivesse vivo, seria uma ameaça. Enquanto Pablo estivesse vivo, Christopher não poderia descansar.

  Dulce saiu do banheiro vestindo um short preto tão pequeno que parecia calcinha. Os olhos de Christopher foram direto para a camisa regata preta de tecido fino que ela vestia.

     -Vem cá. -ele sentou na beirada da cama.

     -Você terminou o trabalho? -ela caminhou em sua direção, seus quadris balançando com cada passo.

      -Por hoje, amanhã cedo vamos instalar as câmeras ao longo do portão. Quero poder ver cada ângulo. -seus olhos fixos nos quadris dela.

     -Pensei que poderíamos sair para tomar café amanhã. -sugeriu sorrindo.

     -Não, eu te trago café antes de sair amanhã.

     -Não, se não vamos sair, então tomamos café juntos antes de você sair. -ela exigiu.

     -Parece bom. -ele sorriu puxando-a para entre suas pernas e deitando sua cabeça em seu peito. Ela correu os dedos pelo cabelo  revolto dele. Seus cabelos estavam mais compridos do que ela jamais vira, indo até seu colarinho. Sua barba também não estava feita e suas roupas estavam descuidadas. Ele não parecia em nada com o advogado impecavelmente vestido que normalmente era.

      -Se eu tenho que ficar trancada neste quarto, o mínimo que você pode fazer é tomar café da manhã comigo. Não te vi o dia inteiro.

      -Só quero deixar você segura Princesa. -ele suspirou contra seu peito. Ele sabia que precisava se afastar logo e já sentia seu p/au se manifestando.

     -Então contrate alguém para ajudar com a segurança.

     -Não, só vou trabalhar com quem eu posso confiar.

     -Você não acha que está sendo excessivamente preocupado? A chance de Pablo escapar é quase zero. -ela perguntou e ele se afastou para encará-la.  

      -Não. Somos advogados Dulce, conhecemos a mente criminosa e como ela funciona. Pablo também era um advogado, sabe o que sabemos, mas ele também é um criminoso, o que o deixa em vantagem. Não quero correr nenhum risco, prefiro ser excessivamente cuidadoso a me arrepender. Preciso que confie em mim nisso.

      -Eu confio em você. -ela o beijou na testa e ele a puxou contra si. Ele se sentia no céu quando estava perto dela assim. Era bom estar em seus braços. Queria mergulhar em seu abraço e ficar assim a noite inteira. Podia sentir que estava perdendo seu controle e se afastou.

      -O que foi? -ela perguntou.

      -Você precisa descansar.

      -Eu não estou cansada. -ela se aproximou dele.

      -Foi um dia longo e você precisa relaxar. -se afastou um pouco.

      -Eu não preciso relaxar mais. É só o que tenho feito.

      -O médico lhe prescreveu dias de descanso. Vá para a cama.

      -Christopher.

      -Agora! -gritou e lhe deu uma palmada leve na bun/da. Ela fez uma cara emburrada enquanto entrava debaixo das cobertas. Ele deitou na cama junto dela e ela o continuava encarando. -Pode desmanchar o bico. Só estou fazendo o que é melhor para você. -disse deitando contra os travesseiros.

      -Estou cansada do que é melhor para mim.

  Ela tirou a camiseta e deitou. Se ela tinha que sofrer, ele também tinha. Se exibir era o mínimo que podia fazer. Não era boba, sabia o que ele estava fazendo. Christopher quase perdeu a compostura ao ver seus seios nus. Lembrou-se de que seria só por mais alguns dias. Ela estava se recuperando e ele terminaria a segurança da casa em breve. Então poderia fazer o que queria desde que voltaram do hospital.

      -Agradeça por eu não ter feito você ficar no hospital uma semana sob vigilância intensiva.

      -Eu escaparia. -ela puxou a coberta até seu queixo e virou de costas pra ele.

   Christopher suspirou aliviado quando ela cobriu seus seios. Esperava que ela dormisse logo, pois tinha uma ducha gelada chamando por ele.

      -Não, você não ia, o único motivo de você ter escapado da primeira vez foi porque eu deixei. -ele a lembrou.

      -Isso é o que eu deixei você acreditar. -ela devolveu bocejando.

*****

   Na manhã seguinte Dulce acordou com o aroma de ovos com bacon. Ela gemeu de prazer enquanto levantava.

      -Você cumpriu sua promessa. -sorriu enquanto andou na direção de Christopher.

      -Eu sinto muito se parece que estou evitando você, mas estou somente tentando deixar este lugar seguro.

      -Eu sei. Sinto muito se estou chata... sinto sua falta.

      -Também sinto sua falta, Princesa. Terminarei logo, então a gente recupera o tempo perdido.

      -Mal posso esperar.

      -Pedi que preparassem seus favoritos. Bacon, torradas e panquecas com calda de morango.

      -O cheiro está divino... Você é incrível. -ela o beijou no rosto enquanto ele puxava a cadeira para ela. Gemeu novamente ao sentar. -Estou faminta.

      -Eu também. -disse sorrindo. Ela serviu seus pratos e eles comeram como se não comessem há meses.

      -Eu juro que não vou tomar outro prato de sopa pelos próximos dez anos. -jurou antes de colocar um pedaço de bacon na boca. Christopher sorriu e continuou a comer. Dulce terminou primeiro e se serviu de mais uma xícara de café. O telefone de Christopher tocou assim que ela começou a servir outra xícara para ele.

      -Christopher você pode descer? -eles ouviram a voz de Royce.

      -Sem chance, sentamos agora. -Dulce contestou.

      -Poncho está no portão exigindo falar com você. -a voz de Royce invadiu o quarto mais uma vez. Christopher e Dulce pararam o que estavam fazendo e se olharam surpresos.

      -Poncho? -Dulce engasgou.

      -Fo/da-se  Poncho. -Christopher lamentou.

      -Ele disse ser uma emergência, algo com o tio Victor.

      -Victor? Está tudo bem? -Dulce perguntou. Sabia que devia ser sério para Poncho vir até a casa de Christopher.

      -Eu já volto. -Christopher resmungou ao se dirigir para a porta.

      -Eu quero ir com você.

      -Não, você fica aqui. -exigiu antes de sair.

  Christopher correu pelas escadas e saiu pela porta da frente indo direto para o portão.

      -Graças a Deus. Não achei que você viesse me receber. -foram as primeiras palavras que saíram da boca de Poncho.

      -O que você está fazendo aqui? -Christopher perguntou a seu irmão.

      -Posso entrar? -perguntou e Christopher finalmente abriu o portão.

      -Não tenho tempo para suas mer/das hoje Poncho. O que você quer?

      -Você tem conversado com papai?

      -Não.

      -Ele foi recém-liberado do hospital, Alexandra acertou dois tiros nele. -Poncho informou.

      -Ele está bem? -Christopher foi pego de surpresa pela notícia.

      -Ele está bem agora. Perdeu muito sangue, levou alguns pontos e tem dois buracos de bala no corpo. Mas novamente, nós todos temos cicatrizes daquela mulher, algumas piores que outras. -Poncho disse com raiva.

  Poncho estava cheio de sua mãe. A mulher não demonstrou nenhuma emoção quando soube que Christopher tinha quase sido morto. E para piorar a situação, ela atacou Victor. A mulher não tinha coração e Poncho finalmente enxergava a verdade sobre ela. 

  Christopher olhou para ele estranhamente, não estava certo de como reagir. Poncho nunca falava mal de sua mãe, então estava desconfiado.

      -O que a provocou desta vez? -perguntou.

      -A notícia do outro filho de seu marido.

      -Estou surpreso dela não o ter matado.

      -Acredite em mim, ela tentou. Graças a Deus tem péssima mira. -Poncho respondeu.

      -Onde ele está?

      -Está entre o escritório e um hotel. Ele saiu de casa e pediu divórcio. Os médicos pediram que se afastasse uns dias do trabalho, mas ele não fará isso. Você sabe como ele é. -os dois irmãos se encararam em silêncio por alguns instantes.

      -Tem mais alguma coisa?

      -Sim, isso não é tudo. -Poncho sacudiu a cabeça e hesitou um momento.

      -Então? -Christopher podia perceber que ele queria dizer alguma coisa.

      -Nada. -Poncho disse, virando abruptamente e saindo.

   Christopher virou as costas e se dirigiu para a casa. Não estava certo de como interpretar o comportamento estranho de seu irmão.

      -Que raios ele queria? -perguntou Julius ao se aproximar de Christopher.

      -Alexandra atirou em Victor.

      -Mer/da! Ele está bem?-Royce e Julius se levantaram prontos para sair para ver seu tio.

      -Poncho disse que ele está bem. -Christopher respondeu. Royce suspirou aliviado. -Eu sabia que era questão de tempo até ela tentar matá-lo.

      -Pensei que ela fosse matá-lo daquela última vez. -Julius disse. Royce sacudiu a cabeça.

     -Ela chegou perto.

     -Estou convencido de que aquela mulher é 13% demônio. -disse Julius.

     -Vou ligar pra ele e me certificar de que está bem. -Royce disse se afastando. 

      -Eu já volto. Preciso dizer a Dulce o que está acontecendo. -Christopher disse para seus primos.

     -Tome o tempo que precisar, nós cuidamos das coisas por aqui. -disse Julius.

  Christopher correu escada à cima e escancarou a porta do quarto. Ele bateu a porta com força atrás de si e inspirou profundamente.

      -O que aconteceu? -Dulce disparou da cama e foi até Christopher. Ela sabia que algo estava errado no momento em que ele abriu a porta.

      -Minha mãe atacou meu pai. -ele disse sentando na cama.

      -O que você quer dizer com atacou seu pai?

      -Atirou nele.

      -Você está brincando? Ele está bem? -perguntou em choque e preocupada.

      -Ele está bem. Um tiro passou de raspão em sua cabeça, o outro acertou no braço. Poncho disse que ele foi trabalhar no dia seguinte.

      -Isso soa bem como seu pai. Não consigo acreditar que sua mãe fez isso.

      -Ela é uma peça rara. -disse levantando-se.

      -Aonde você vai? -perguntou observando enquanto ele pegava seu telefone.

     -Eles estão derrubando a cerca antiga e preparando para instalar a nova. Preciso descer os operários já devem estar lá.

      -Não Chris, não agora.

      -Eu preciso terminar isso.

      -Você acabou de saber que seu pai levou um tiro da sua mãe, você devia tirar o dia de folga. Fique aqui comigo, quero que você descanse um pouco. -Dulce implorou.

      -Eu adoraria, mas não posso. Preciso derrubar aquela cerca.

      -Mas...

      -Sem mas. Volto assim que puder. Deixe seu telefone ligado.

      -Deixo. -ela franziu a testa ao vê-lo sair do quarto.