Fanfic: Proximidade Insuportável - Adaptada - Finalizada | Tema: Vondy/Romance/Hot

  Bianca não conseguia afastar a sensação de que algo estava errado, pois Paula estava agindo de forma estranha nos últimos dias. Ela estava recebendo telefonemas estranhos e proibindo Bianca, que era sua secretária particular, de entrar em seu escritório. Algo estava errado e ela queria descobrir o que era.

   Tudo começou no dia do casamento de Christopher. Presumiu que Paula estava chateada porque o homem por quem estava apaixonada ia se casar com sua inimiga, mas rapidamente se tornou óbvio que era muito mais do que isso. No dia do casamento, Paula deixara o trabalho no início da manhã e não retornara até o dia seguinte e desde então vinha agindo de modo tão anormal que Bianca tinha certeza que estava tramando alguma coisa, só não sabia o quê. Se ela estava tentando disfarçar, estava falhando miseravelmente, pois isso era evidente.

      -Paula está pegando no meu pé ultimamente. Ela continua me mandando fazer tarefas estúpidas, só hoje me mandou buscar café três vezes. -Bianca reclamou.

     -Talvez ela precise da cafeína. -disse Annie. Bianca fez uma careta.

    -Quando ela me mandou buscar pela primeira vez ela tinha um copo cheio com ela e havia mais quatro xícaras de café ainda cheias e frias em cima de sua mesa, nem sequer tomou um gole. Ela está agindo de forma muito estranha.

     -É estranho. -Raquel acrescentou.

     -Não mais estranho do que o habitual. Esta é a mesma mulher que se gaba de seus  celulares super caros. Sério, desde que comecei a trabalhar para ela tem sido celulares de me/rda caríssimos, de alta tecnologia, com cristais incrustados, um atrás do outro.

     -E...? -Raquel deu de ombros, enquanto aplicava outra camada de brilho labial. Bianca levantou suas sobrancelhas questionando de forma dramática.

    -E... por que ela tem um telefone de plástico de merda de cinco dólares agora?

    -Acho que anda lendo muito romance policial e você já é naturalmente desconfiada, sempre foi. -Raquel disse balançando a cabeça.

     -Há muito para que tudo seja coincidência.

     -Talvez ela esteja tendo um caso e utilize um telefone barato sem rastreamento para que seu marido não descubra que ela é realmente uma vagab/unda. -Annie sugeriu.

     -Não, ela está tramando algo e posso sentir isso.

     -Deixe-me adivinhar, você tem sexto sentido agora? -perguntou Annie e Raquel riu.

     -Não preciso ter sexto sentido para ver como ela está sendo sorrateira. -Bianca respondeu.

     -Mas você está falando de Paula Strain, ela é a definição de sorrateira. -Annie lembrou.

     -Este é um extremo até mesmo para ela. Ela tranca seu escritório mesmo que seja por um só segundo e não me deixa entrar nele sob nenhuma circunstância. Para não mencionar todos os telefonemas secretos que anda recebendo e toda vez que entra ou sai de seu escritório ela olha a sua volta. Não é normal.

     -Telefonemas secretos? -Annie levantou as sobrancelhas.

     -E no seu celular barato. Eles devem ser muito importantes, porque me manda em missões estúpidas cada vez que recebe uma ligação.

     -Isso é estranho. -disse Annie, seu interesse despertado.

     -Fico feliz que finalmente estamos na mesma página.

      -Ela deve estar tendo outro caso.

      -Não, sou sua secretária durante anos. Sei como ela age quando está tendo um caso e ela nunca se importou de alguém saber disso. Inferno, vi seus namorados mais do que já vi seu marido e, além disso, ela está sempre com um humor incrível quando está tendo um caso.

     -Então, o que poderia ser?

      -Eu não sei, mas gostaria de descobrir. Você gostaria de me ajudar?

     -Estou disposta a qualquer coisa que possa arruinar Paula, não importa quão pequena seja a chance. -Annie sorriu.

     -Eu não sei o que estamos procurando, mas vou ajudar também. -Raquel acrescentou.

     -Nós estamos procurando algo suspeito. Mantenha os olhos abertos agora e preste atenção em tudo a sua volta.

     -Você é tão dramática! -Raquel revirou os olhos. -Vamos tomar um café.

     -Estou descobrindo uma possível cobra aqui e você está preocupada com café?

     -Sim, estou tomando café com a maior cobra de todas elas. Bem, isto é, se você decidir se juntar a mim para o café Bianca. -Raquel sorriu presunçosamente.

     -Va/dia burrinha. -Bianca zombou.

     -Vagab/unda suspeita. -Raquel sorriu.

     -Você vai ver, estou certa sobre isso e vou provar a você. -Bianca revidou antes dela se virar á esquerda.

******

  Christopher, seu pai e seu primo Royce refizeram os passos dos detetives e conversaram com todas as possíveis testemunhas. Eles também conversaram com os vizinhos para descobrir se tinham visto alguma coisa no dia do casamento, mas infelizmente, havia tanta gente entrando e saindo que era difícil se lembrar de alguma coisa e, no entanto, nenhum deles se lembrou de ver Dulce.

   Christopher e sua família entraram em seus carros e dirigiam ao redor da cidade à procura de qualquer vestígio de Dulce. Foram até a casa velha da mãe de Pablo e procuraram naquele bairro. Foi a primeira vez que Christopher percebeu como a cidade era grande: nunca iria encontrá-la neste ritmo e nunca se sentiu tão inútil.

*****

     -Você ainda não fez isso? -Paula perguntou a Pablo, usando o celular descartável.

     -Ainda não. -respondeu Pablo.

     -Qual é a por/ra do problema? -sussurrou ao telefone.

     -Relaxe, você deveria estar feliz, porque isso lhe dá mais tempo para passar com Christopher.

     -Isso não funciona assim. Ela precisa estar morta para que eu possa consolá-lo. Ele está convencido de que ela ainda está viva e está totalmente envolvido em encontrá-la. Nem sequer o vi desde que isso aconteceu, pois está muito ocupado procurando para poder atender ao telefone. Ele nem sequer vem ao escritório, está obcecado... intenso. Você precisa livrar-se dela rapidamente e precisa deixar uma prova para que ele saiba sem sombra de dúvida, que a ca/dela está realmente morta.

      -Tudo bem.

      -Estou dizendo Pablo: vá rápido! Quero isso agora, não posso esperar mais um minuto! -Paula chorou desesperadamente.  

******

  Christopher estava dirigindo sem rumo pelas ruas da cidade por horas, mas não podia parar. Tinha uma grande xícara de café extraforte no porta-copo e havia cinco copos vazios no saco de lixo ao seu lado. Royce estava dormindo no banco do passageiro e Julius estava esticado no banco de trás. Christopher atendeu seu celular.

      -Alô.

      -Vou voltar a procurar no trabalho, quero verificar todos os cantos e rachaduras. -Poncho disse a seu irmão.

    -Você provavelmente devia ir dormir, nós estivemos acordados a noite toda. Você não trabalha na parte da manhã? -Christopher perguntou e olhou para seu relógio para ver que eram três horas. Estava grato pela ajuda de seu irmão, isso significava muito para ele.

     -Não posso ir para casa por que minha em breve ex-esposa  levou seu namorado para dentro de casa e, além disso, sinto-me melhor à procura de Dulce. Não posso sentar em um quarto de hotel enquanto poderia estar procurando-a.

     -Concordo. -Christopher sentia o mesmo. Não podia sentar-se em algum quarto sem fazer nada, quando poderia estar fora procurando por ela.

     -Ligo para você em breve. -Poncho disse antes de desligar.

*****

      -Você tem que tomar cuidado. -Pablo disse para Paula.

     -Ela está morta? -Paula engasgou.

      -Sim.

      -Sério? -Paula gritou de alegria.

      -Sim.

      -Finalmente! A cad/ela malvada finalmente está morta! -cantou.

      -Nunca ouvi você tão animada. -Pablo sorriu presunçosamente.

      -Como você fez isso? Ela sofreu?

       -Um pouco.

       -Só um pouquinho? Aquela va/dia merecia o pior. -Paula cuspiu. -Você tem alguma evidência para provar que ela está realmente morta?

      -Ainda não.

      -Você deve se apressar! E, então... quando planeja cuidar do meu marido? -perguntou Paula.

      -Como assim?

      -Quer dizer, quando vai matá-lo?

      -Pensei que ia cuidar disso você mesma.

      -Você está falando sério? Sabe sobre o nosso acordo! Você é que iria matar meu marido depois de matar Dulce! -Paula virou-se para ele.

     -Eu nunca concordei com isso, concordei em dar-lhe um mês com Christopher. Se você quer seu marido morto, então vai ter que fazer isso sozinha.

     -Eu não posso! Preciso tê-lo morto para que eu possa estar com Christopher.

     -Então se divorcie. Olhe, Christopher estará morto antes que você perceba, pode precisar de seu marido para apoiá-la.

     -Você é traiçoeiro, um traiçoeiro imbecil! É melhor deixar Christopher em paz ou juro que vou...

     -Vai o quê? -Pablo impediu-a de terminar sua ameaça. -Se você tentar alguma coisa ou se eu me sentir o mínimo ameaçado, vou enquadrar você como minha cúmplice e vou chamar a polícia e dizer-lhes onde encontrar as provas, mas, primeiro, vou chamar o seu marido e deixá-lo saber sobre o seu pequeno plano para matá-lo.

    -Ele nunca vai acreditar em você. Ninguém vai, você é um assassino desesperado. -Paula disse arrogantemente.

     -Ouça. -disse Pablo antes de pressionar o botão de play no mini gravador. Paula ouviu quando ele reproduziu a fita de sua última conversa.

     -Seu filho da pu/ta! -ela sussurrou.

     -Eu gravei todas as conversas que tivemos, então, você pode querer repensar o seu plano para me delatar e, definitivamente, esquecer o seu plano para salvar Christopher. Nada pode salvá-lo agora. -disse com uma risada, antes de desligar o telefone.

  Paula estava furiosa e assustada ao mesmo tempo. Pablo poderia mandá-la para a prisão perpétua com aquelas gravações. Precisava se livrar de qualquer evidência que ele tinha. Mais importante ainda, precisava cuidar de Pablo de uma vez por todas. Tinha que fazer alguma coisa, não podia ficar esperando. A única maneira de sair dessa bagunça e conseguir o que queria era matar Pablo, essa era a única solução. Dulce se foi agora, por isso era o momento perfeito. Pegou sua arma e voltou para seu carro.

Bianca ta esperta

Tchau amores ate amanhã.

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Bjuu