Fanfics Brasil - Capitulo 19 (parte 1) Aconteceu em Paris (adaptada)

Fanfic: Aconteceu em Paris (adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 19 (parte 1)

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CAPÍTULO 19


DESSA VEZ O CHECK-IN no hotel foi muito mais organizado. Recitei os nomes e os números dos quartos pelo microfone. A tarefa foi cumprida num piscar de olhos e logo estava ouvindo o som de meus saltos estalando pelo lobby, rumo ao elevador, para encontrar Chris no nosso quarto.


Chris fez a besteira de encher a jacuzzi com banho de espuma, então precisamos passar vinte minutos secando o chão com toalhas e removendo braçadas de espuma do chão para a pia.


— Se você quiser trabalhar como faxineiro...


— Engraçadinha! — ele ofegou, dirigindo-se para a pia pela quarta vez.


Eu caminhei pé ante pé e me sentei, nua, dentro da banheira, fazendo com que uma avalanche de bolhas escorresse pela borda. Ele deu um suspiro exasperado, à medida que um rio de bolhas de espuma se espalhava sobre seu pé e escorria para fora do banheiro.


— Deixe pra lá. As bolhas estouram. — Apontei o dedo. — Venha. Entre aqui.


Ele obedeceu.


Mais tarde, Chris fez a barba, vestiu-se e saiu correndo para reabastecer o ônibus.


Rapidamente tomei conta do quarto, arrumei minha roupa, examinei o rosto, penteei os cabelos e corri para o lobby com meia hora de antecedência antes de sairmos para o restaurante.


— Bonjour, chérie! — O garçom me saudou enquanto eu desfilava pelo bar. Ele apoiou duas mãos gordinhas e peludas no balcão, inclinou-se e, cheirando a alho, plantou um beijo em cada bochecha.


— Bonjour! — Fiz uma careta.


— Voilà! — ele cantou, animado, e deslizou um grande copo de gim tônica em minha direção.


Mergulhando com certa elegância, consegui pegar o copo antes que caísse no chão.


— Este é porrrr conta da casa — ele falou calmamente.


— Dulce, querida, junte-se a nós.


Virei-me e franzi o cenho, não reconhecendo imediatamente a senhora alta, glamorosa e bem-vestida que vinha em minha direção.


— Elise — eu disse —, você parece muito diferente sem o seu tricô.


Ela vestia um casaco de veludo cor de jade na altura do quadril, com mangas bufantes como no tempo de Anna Bolena, fazendo par com calças de seda justas. Olhei com inveja para o diamante do tamanho de uma bola de golfe que estava em seu dedo. Ele reluzia e cintilava, enquanto Elise passava a mão pelos cabelos grisalhos, presos num elegante coque. Ela cambaleou em seus saltos de oito centímetros até onde eu estava.


— Muito ousado, senhorita! — Brincou por sobre a borda de seu copo. — Venha até aqui. Você está ótima, absolutamente maravilhosa, minha querida — ela titubeou, passando o dedo pelo decote de meu vestido curto, de linho preto, encaixando seu braço no meu.


Fui levada com muito zelo para o meio do grupo do tricô. Elas conversavam harmoniosamente enquanto tomavam champanhe. Olhei com discrição e rapidamente para seus enfeites e adornos, e calculei que, juntos, eles teriam pago a dívida do Terceiro Mundo, sem mencionar as roupas de grife. A mão de Meg, coberta de anéis com pedras preciosas, tirou a garrafa de champanhe do balde de gelo.


— Você deve — falou com um trinado e me passou uma taça cheia de champanhe até a borda. Muito educada para recusar, bebi todo o gim e aceitei a taça.


— Então, querida... — Elise arriscou. — Nosso motorista é bem atraente, não acha? E você saberia, não é mesmo?


Amy arregalou os olhos, deu um risinho e cutucou meu cotovelo, divertida.


— Sim, ele é — concordei, ainda meio hipnotizada pelo estilo elegante e brilhante.


— Ele serve por hora — Elise disse.


— O que você quer dizer com “por hora”?


A bola brilhante no dedo projetou um caleidoscópio de luzes por todo o bar, enquanto ela tirava um pontinho de poeira imaginária de seu ombro.


— Querida, na sua idade, tudo o que se deseja é fazer um sexo incrível de proporções olímpicas, alguém que pague sua bebida, a conta do restaurante e a leve para viajar nos finais de semana. Ah! — ela acrescentou: — E, é claro, lhe dê uma joia de presente de aniversário.


Bem, eu não iria contradizê-la, afinal, ela estava com a palavra. Ela tinha mais ou menos descrito a personificação do homem perfeito.


— Então — perguntei, curiosa —, na sua idade, o que procura num homem?


A voz de Elise se suavizou.


— Essa é fácil. Na minha idade, você pede que ele esteja morto — ela disse, resoluta, com os olhos grandes e firmes.


Amy concordou com a cabeça.


— Fundamental — ela afirmou, cintilando os olhos em direção ao céu.


Eu tomei um bom gole de champanhe, maior do que desejei.


— Morto? Você prefere que eles estejam mortos? — vacilei, arrotando baixinho. Isso era novidade para mim, e olha que me orgulho de ter uma mente razoavelmente aberta.


— Todas nós somos viúvas — Amy explicou, animada.


— Sim — Elise confirmou. — Maravilhoso, não é mesmo?


Enrubesci.


— Todos eles, quer dizer, os maridos, morreram juntos? — perguntei. — Hummm, num acidente de avião ou qualquer outra coisa?


— Deus, não! Isso teria sido ótimo, mas pena que não aconteceu — Elise lamentou. Ela aninhou seu copo na curva do braço e começou a contar com os dedos. — Fui casada durante vinte anos. Amy, vinte e três. Já Meg, eu não me lembro. — Ela balançou a cabeça se desculpando e continuou. — Dora teve mais sorte, foram apenas dez anos. Mas a coitada da Kelly, bem, ela serviu mais de trinta anos.


Amy e Elise suspiraram juntas, com compaixão.


— Pobre Kelly! — Amy disse. — Mas isso é passado. Ele já se foi.


Não sabendo como parabenizar alguém pela morte do marido e, ao mesmo tempo, me compadecer pelo tempo excessivo em que ele estivera vivo, tudo o que pude pensar em dizer foi:


— Que terrível!


Elise segurou minha mão e me olhou com urgência.


— Sim, terrível — ela repetiu.


Subitamente, um vento forte de Chanel No 5, de prender a respiração, soprou pelo bar.


— Queridas! — Freya cantarolou. — Atrasada como sempre. — Ela gingou em nossa direção, com os braços esticados nos saudando com uma bolsa de pele de crocodilo muito cara balançando em seu pulso. Muito elegante com sua echarpe esvoaçante de pele de leopardo, deslizou em volta da mesa, beijando o ar em vez das bochechas. — Estava brigando com meu babyliss. Telefonei desesperada para Henry; ele ligou para o ministro francês de Energia, que, aparentemente, confirmou que a voltagem aqui na França é compatível, então festejei um pouco, liguei o aparelho e... deu tudo certo — Ela sorriu, alisando os curtos cabelos brancos, à Meg Ryan.


— Quem é Henry? — tive de perguntar.


— Meu garoto — Freya respondeu.


— Ele é vice-primeiro ministro — Meg logo acrescentou.


— Atenção, todos! — Freya falou, animada. Ela bateu palmas com alegria. — Confirmaram nosso cruzeiro. Setenta gloriosos dias em mar aberto. Vamos deixar Southampton em 10 de novembro. Nosso agente acabou de me enviar uma mensagem pelo celular.


Houve uma exclamação única de deleite, muitos tinidos de taças e conversas animadas e divertidas, enquanto elas matraqueavam sobre o itinerário do cruzeiro e começavam a planejar as compras que fariam antes. Na hora que subimos no ônibus, eu estava enjoada como um porco e verde de inveja por não ter um marido morto. Ao mesmo tempo, estava inquieta com a perspectiva dos anos que precisaria ficar casada para ganhar um.


Quando chegamos ao restaurante, fui saudada como um herói de guerra que retornava para casa. Delia me deu um abraço que quase quebrou meus ossos.


— Quarante-cinq personnes. Mon Dieu. Superbe! — ela exclamou, conduzindo os passageiros para seus assentos.


— Não beba muito! — Chris advertiu, enquanto me conduzia para a mesa da tripulação, na parte de trás do salão. — Lembre-se de que você está trabalhando. Não é sua festa de aniversário — ele reclamou, puxando minha cadeira.


No começo, pensei que o restaurante seria todo nosso pela noite inteira, mas um pequeno grupo de ingleses entrou, logo depois das oito horas. Chris se levantou para cumprimentar a guia e o motorista.


— Dulce, essa é Helen — ele nos apresentou. — Ela trabalha para nossa agência. — Dei-lhe um sorriso de boas-vindas e recebi de volta uma careta azeda. Por outro lado, seu motorista era um cara jovial, gordinho, com o rosto vermelho e se chamava Ralph. Apertou minha mão com energia, embora com dificuldade, por causa do tamanho de sua barriga, que o afastava consideravelmente da mesa. Os botões e as casas de sua camisa lutavam para se encontrar, e alguns pelos vermelhos da barriga se projetavam entre os buracos formados entre um botão e outro. Sempre me perguntei por que homens gordos não se conformavam com sua aparência e passavam a comprar roupas adequadas a seu tamanho.


Helen estava ninando uma taça de vinho tinto.


— Onde você esteve? — ela perguntou a Chris.


Ele apontou para mim.


— Dulce e eu tiramos alguns dias de folga.


Ela olhou para ele como um gato olha para um rato, seu dedo circulando lentamente a borda da taça.


— É mesmo? — ela retrucou, com uma das sobrancelhas levantadas. — Não faço isso faz tempo. Que chato! Nós passamos toda a semana na Itália, estivemos na Suíça ontem à noite, duas noites aqui em Paris e, depois, voltaremos para Londres. — Ela acenou com a cabeça em direção a seu grupo. — Mal posso esperar para me livrar deles, alguns são mais velhos que Moisés. Se um deles tivesse morrido em Veneza, teria de preencher uma papelada enorme. É mais fácil quando morre um casal, você pode empacotá-los para o mesmo lugar, em vez de colocar um num caixão e outro num voo de volta. Faça as honras da casa, querida — ela sorriu com afetação, olhando para a garrafa de vinho tinto.


Eu a examinei. “Que pessoa horrível!”, pensei.


— Faz muito barulho aqui — Helen continuou, prendendo os óculos bifocais de armação lilás na ponta do nariz. Enterrou o rosto no cardápio. — Nada muda também. Garçoooommm, s’il vous plait — gritou, estalando os dedos no alto.


Quando o garçom chegou, ela latiu seu pedido, lançou o cardápio contra o peito dele e serpenteou o braço para dentro da bolsa, para pegar o celular que tocava. Chris, que estava entretido conversando com Ralph, colocou a mão sobre a minha, distraído, e a apertou levemente. Helen percebeu a troca de carinho e deu uma bufada cínica. Na falta de algo melhor para fazer, sentei-me, engolindo o vinho. Quando Chris e Ralph terminaram de analisar o Campeonato Europeu, já tinha entornado mais de meia garrafa. Ainda bem, considerando a companhia...



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Autor(a): gabyy

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Chris beijou a palma de minha mão. — Desculpe, querida! Sei que não lhe dei a devida atenção, mas fazia tempo que não via Ralph. — Zuzzzo bem — disse, soltando o ar ruidosamente. A conversa telefônica de Helen acabou com um apaixonado “Ciao, ciao, querido”. Ela perscrutou a sala: — O que temos a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 20



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  • AnazinhaCandyS2 Postado em 24/04/2017 - 19:02:58

    Mds quem é que faz promoção dando paracetamol??? kkkkkk. Coitada fico doente :( Annie sobe um nivel de loucura a cada capitulo kkkk. Christopher é um fofo cuidando da Dul *-* Mds que loucura esse apartamento do Pablo kkkkkkkk. Uau um pulseira de ouro branco, Christopher ta podendo *O* Huum Dul safadinha narrando oq ia faze, e o Christopher pula fora mas ele so n quer machuca ela *-* Continuaaaaaaaaaa

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 22/04/2017 - 18:45:44

    Christian é muito estranho, ele tem que se mais gentil com a Mai kkkk. Christopher é tão fofo, 3 semanas é uma vida já *-* Vdd se tem hora pra palita os dentes kkkkk. Dulce tentando da uma de medica é perigo. Tadinha da Ena :( Christopher é uma comedia tbm, se essa excursão existisse eu pagava quanto me pedissem só pra ir!! Christopher seu lindo, é claro que vc vai consegui, Dul n é boba kkk. Huuum eles se amam <3 Dul cantando o hino parecia eu cantando o hino do RS na escola, nunca decorei ele kkkkk. Caramba Christopher se transforma quando ve jogo na TV, deu ate um medinho dele, n to acreditando que ele amarrou ela pra ve o jogo kkkkkkk. Mds ela levanto pra corta as unhas dele, vc vai me mata um dia pq eu rio tanto que fico sem ar kkkk. Continua!!

    • gabyy Postado em 24/04/2017 - 16:52:13

      Acho que não é só a Dulce que é meia louca!rs O chris tem seus momentos fofos mas ele também não gosta muito de ser perturbado na hora de seu futebol! Aqui todo mundo é louco, mas todos se amam! bjoo, continuando

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 21/04/2017 - 18:31:39

    A-M-E-I todos esses capítulos, uma leitura boa+feriado+frio=perfeito kkkkk. Que pessoas loucas kkkkkk. Continua!!

    • gabyy Postado em 22/04/2017 - 18:13:02

      Continuando flor!

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 20/04/2017 - 18:23:20

    Que bom que vc voltou!! Morro de ri com a Doris e a Ellen velhas safadas kkkkk. Que ideia otima essa do Christian adorei! Geeeente alguem me da ar pq eu to rindo muito kkkk. Ahhh agora aparece os sobrinhos da Dul. Annie sua loca kkkkk. Continua!!

    • gabyy Postado em 21/04/2017 - 15:54:54

      Que bom que você se diverte lendo, a Dul realmente é meio louca! rs

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 13/04/2017 - 21:38:54

    Obg, achei q vc ia me acha uma chata por pedi kkk. Mai ta certa Dul ta apaixonada <3 Mds todo mundo bebado kkkkkkkk. Huuum se mudou pro quarto dela!! Nossa que namoro rapido né. 'Ela parace uma doninha' melhor xingamento ever. Eu pensei que ele ia quere um banheiro pra dar uns pega mais violento kkkkk. Mds morta de ri com esse capitulos essas pessoas sao loucas. Continua!!

    • gabyy Postado em 20/04/2017 - 13:19:19

      Este namoro foi muito rápido mesmo, mas o que que com a Dul não é rápido não é mesmo?! Ele foi um fofo cuidando dela né. estes dois são bem safadeeenhosss. Amore continuandoo.

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 04/04/2017 - 19:36:42

    Huuum segundas intenções é, AMO kkkk

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 04/04/2017 - 19:35:51

    Dulce é muito azarada, e o Christopher ta sendo muuuuitooo gentil com ela <3 Senhor George é um safadinho kkkk. Christian é muito mal humurado kkk. Ahhhhhhhhhhh teve beijo e coisinhas *-* Jurava que ia demora mais kkk. Queria te pedir uma coisa, mas n pense que eu sou uma chata kk, vc podia aumenta um pouco a letra?? Sou meio ceguinha kkk. Continua!!

    • gabyy Postado em 13/04/2017 - 20:55:48

      Pois é, a Dulce não gosta muito de esperar. rsrs Bom dei uma aumentada na letra, mas qualquer coisa é só vc falar viu, tbm sou meia ceguinha. rsrs ;)

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 02/04/2017 - 13:56:21

    Eu tbm tô sentindo pena das pessoas que a Dulce vai cuida kkkk. Annie me mata de ri, 'Diga que fui fazer uma cesariana' kkkk. Ahh eu to achando que sera mais cansativo sim kkk. Mds Christopher ta sendo muito gentil com a Dulce, e ela ta precisando de muiiiitaa ajuda. AMO ESSSA FANFIC <33 Continuaaaaaa

    • gabyy Postado em 04/04/2017 - 00:02:21

      Christopher esta sendo um cavalheiro com a Dulce ner....mas vejo segundas intenções ai hein. Fico feliz em saber que vc esta se divertindo.

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 01/04/2017 - 20:25:19

    Vou pegar essas dicas pra preenche um curriculo kkkk. Não acredito que elas vão comprar o aparelho kkkk. Annie tem uma mente fertil 'Vc poderá terminar sequestrada e vendida como escrava no Iêmen ou se prostituindo na rua' kkkkk. Mds morro de ri com essa fanfic :) Ehhh ela consguiu o emprego!! Dulce é tão espontanea kkkk. Continuaaaa

    • gabyy Postado em 02/04/2017 - 12:13:22

      Continuando flor.... E como você pode perceber a Dulce é maluquinha e agora vai ficar ainda pior com a chegada do Christopher. Fico feliz em saber que esta gostando ;)

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 29/03/2017 - 20:19:40

    Jurei que a Dulce ia da a loka pelo Pablo convida ela pra ir na academia kkkk. Minha disposição ta igual a da Dul pra faze exercicio, o tempo ñ passa!! Huum sei bem pq ela gostou daquele aparelho kkkk. Continuaaaaa


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