Fanfic: Aconteceu em Paris (adaptada) | Tema: Vondy
PABLO APARECEU no apartamento às quatro em ponto. Ele manteve o dedo na campainha até eu atender à porta.
— Não sou surda — gritei, saindo do apartamento.
Ele estava encostado no muro do jardim, com os braços cruzados e as pernas afastadas, atento. Fechei a porta e me arrastei ao longo do caminho atrás dele. Fiquei cansada só de caminhar até a academia. Quando chegamos, ele empurrou a porta giratória com a palma da mão. Perdi a saída e continuei girando. Prestativo, ele me alcançou e me puxou, pelo cabelo, para fora.
Segurei seu braço musculoso e me apoiei em seu ombro para ajustar as batidas do meu coração, enquanto ele mostrava o cartão de sócio para a recepcionista gostosa. “Ah! Um oásis”, pensei, quando percebi duas poltronas ao lado da área de recepção. Perfeito, decidi, dançando ao redor dele. “Vou me dar um descanso”. Meu traseiro estava prestes a alcançar o alvo quando um aperto resoluto me recolocou em órbita pelo corredor, em direção à sala de ginástica.
— Em primeiro lugar, tire essas coisas — Pablo falou apontando para meus brincos. — E dê um nó duplo no cadarço do tênis. — Tirei os brincos. Ele bateu com a palma no apoio para as mãos da esteira. — Suba, que eu lhe mostro o que fazer.
Suspirei e me dirigi para a frente.
— Pablo, nós caminhamos até aqui — protestei, passando-lhe os brincos. — Acho que não é preciso também caminhar na esteira, não é mesmo? — Mantive seu olhar, abaixei o queixo e levantei os braços para apertar o rabo de cavalo.
— Você não vai andar — ele disse vigorosamente. — Vai correr. Vamos começar.
“Está bem”, remoí, “já que estou aqui, posso até mostrar a ele do que sou capaz”. Pisei com vigor na esteira. Afinal, sou jovem, forte e saudável. Aprontei-me, fazendo pose, e concordei com um movimento confiante de cabeça para Pablo, como se dissesse: “Estou pronta quando você estiver”. Ele ligou o aparelho e comecei a correr, depois a trotar. Com muito estilo, devo dizer. Uma perfeita Bond Girl. Balancei o rabo de cavalo, respirei regularmente e, quando estava certa de que não ia cair, larguei o apoio e flexionei os braços. Eu corria cada vez mais rápido. “Deus, sempre pensei que nunca poderia correr uma maratona, mas aqui estou eu, correndo pela minha vida.” Respirava regularmente — inspirando e soltando, inspirando e soltando. Corria como um homem-bala. Então, decidi que removeria a pilha de roupas para passar que ficava em cima de nossa esteira e andaria durante uma hora toda noite. “Sim, com certeza, com certeza. Pena que tenha deixado de fazer isso por tanto tempo! É tão revigorante, energizante e estimulante. Ah! Essa dor! É apenas uma pontada”, disse para mim mesma. E continuei: “Posso fazer isso. Sim, é claro que posso”. Na verdade, estava me sentindo um pouco enjoada. Engoli em seco, arfei e dominei a situação. “Um pequeno contratempo”, pensei. Aumentei o ritmo. Pablo me vigiava ao lado do aparelho.
— Quantos minutos já se passaram? — Arquejei alegremente, esfregando a sobrancelha.
— Um — eu o ouvi falar.
Continuei a correr, batendo os pés e movendo os braços. Meu rabo de cavalo se mexia como as pás de um moinho.
— Quantos minutos, Pablo? — perguntei, quase sem ar. Senti o gosto de bílis na boca e um barulho ressoava no ouvido.
— Ainda um — ele disse, indiferente.
Golpeei o ouvido. O barulho parou, mas começou um zumbido.
— Pablo, não pode ser apenas um minuto — arquejei. — Impossível.
— É — ele disse, estudando as unhas.
Segurei o apoio. Sentia-me doente. Gotas de suor desciam pelo pescoço. Balancei, cambaleei e me inclinei, descansando a testa no apoio. Meus pés continuavam correndo. “Deus, acho que vou morrer!” Minha cabeça pendia de um lado para o outro e tentei encher de ar os pulmões. Um gemido alto e profundo percorreu a sala. Era meu. Pus a mão no peito.
— Ai, estou tendo um enfarte! — gritei.
O aparelho parou. Arfei e, então, como um medalhista olímpico, chorei. Pablo suspirou indulgente, agarrou minha cintura, tirou-me do aparelho e largou-me no chão.
— Aqui está. — Olhou para o relógio. — Um minuto e meio. Não está ruim — ele disse.
Funguei e limpei o nariz com o dorso da mão. Deixei que ele me empurrasse até os instrumentos de tortura que ficavam na frente do espelho. Ele me ofereceu uma breve demonstração de cada aparelho, antes de chegar minha vez.
— Estou cansada. Quero ir para casa — reclamei.
— O peso está leve — ele sorriu, apertando meu braço. — Querida, você está indo muito bem — mentiu.
Esfreguei meus olhos com os punhos fechados.
— Pablo, eu não posso fazer isso.
— Você pode.
— Eu não quero.
— Você quer.
Eu o segui, com minha vontade de lutar se esvaindo. Ele me empurrava de uma torturante geringonça para outra. Eu resfolegava, bufava, cambaleava, resmungava.
— Agora, o último aparelho — ele incentivou, através de dentes cerrados. Funguei.
— Pablo, não quero fazer isso. E não vou me tornar sócia.
— Nem quero que você se associe. Prefiro pagar dobrado a vê-la por aqui de novo — ele agarrou meu pulso, forçando-me a cambalear atrás dele. — Mas você está aqui agora, então vamos finalizar o circuito — disse categoricamente.
Ele permaneceu atrás de mim, passou o braço pela minha cintura, levantou-me e me colocou sentada no banco, com as pernas afastadas. Ele pressionou minhas omoplatas com a palma das mãos, forçando-me para baixo.
— Quanto antes começar, mais rápido vai acabar — ergueu minhas pernas sobre o assento. — Segure nos apoios de cada lado de sua cabeça e endireite as pernas. — Meu nariz foi amassado de encontro ao banco. Levantei o queixo à procura dos apoios. — Tudo bem, os pesos nos tornozelos vão dificultar que você levante as pernas. Esse aparelho é bom para deixar o bumbum mais firme. Para mim, ele está ótimo, mas sempre podemos melhorá-lo. Faça vinte repetições — ordenou.
Rosnei, fechei, comprimi os olhos e pressionei os calcanhares contra os glúteos. “Este é o último, depois vou pra casa tomar uma taça de vinho e comer um saco de salgadinhos.” Duas repetições e minhas coxas doíam. “Odeio essa academia”, pensei, “e odeio Pablo. Vou me vingar qualquer dia desses”. Quatro repetições e meus tornozelos pulsavam. Cinco repetições. Senti uma pontada de novo. Gemi. Seis repetições. Sete. Hummmmmm. Espere...
Arfei. “Será...? Não, não pode ser.” Minha virilha estava pulsando. Meus olhos se abriram. Era aquela inconfundível excitação antes de um o*rgasmo. Reconheço em qualquer lugar. Bem, você também, não?
Ajustei o quadril sobre o banco. Virei a cabeça para encarar a janela, em vez do baixo-ventre de Nikki. A minha “florzinha” começou a formigar. Estava certa. Deus do céu! Deve ser o ângulo dos pesos ou, talvez, a costura da legging apertada. Vai saber! E quem se importa? Estava acontecendo... Inquestionavelmente, esse era meu exercício predileto. Nikki contava. Apressei o ritmo, levantando as pernas mais rápido e mais alto. “Deveria me tornar sócia. Sócia anual, nada menos do que isso. Nikki estava certo ao me trazer aqui. Farei um esforço e passarei todo o meu tempo livre malhando. Não tenho bastante nesse momento? Sim, vou me manter na linha. Agora entendo a necessidade de manter a forma física.”
— Aiiiiiiii! — gemi, quando uma dor aguda atingiu minhas narinas. Empinei o queixo para evitar que meu nariz cavasse um buraco no banco.
— Muito bem, Dul. Você conseguiu fazer vinte repetições — Pablo falou de algum lugar distante.
Continuei no meu ritmo. “Ai, meu Deus! Preciso comprar uma dessas máquinas para o apartamento. Mal posso esperar para contar para a Anahí.”
— Ok, Dul. Acabou —Pablo ordenou. — É o suficiente. Você pode sofrer uma distensão.
Inspirei, extasiada, quando uma sucessão de minhocas dançantes viajou rumo ao sul.
— Saia daí! — Pablo berrava.
— Me deixa em paz, está tudo bem — suspirava ofegante. — Estou bemmmmmmm. Acho que conseguiria fazer 72 repetições.
— Não — ele falou, zangado. — A última coisa que quero é que você se machuque.
— Pablo, me deixa em paz! — Estava a não mais de cinco segundos do êxtase... quatro segundos, três, dois...
— Dulce, pare. Pare agora!
Meu corpo se contorceu e se contraiu como uma truta se debatendo no anzol e fui tomada por várias ondas de prazer. Caí sobre o assento e tremi, extasiada pelos tremores que se seguiram.
Pablo me agarrou.
— Sai fora.
Suspirei. Tinha me esquecido completamente dele.
— Fora!
Ele levantou a barra dos meus tornozelos e me ergueu. Minhas pernas oscilaram. Segurei os braços de Pablo em busca de apoio. Me sentia leve, flutuante e feliz.
— Faça o que eu disser na próxima vez. Você não está acostumada a se exercitar — disse bruscamente, sacudindo meus ombros.
Minha virilha pulsava, o que era adorável, mas também minhas coxas, o que era uma tortura. Meus joelhos fraquejaram. Caí no chão com um baque e enfiei o nariz no umbigo de Pablo.
— O que deu em você? Falei que vinte repetições eram mais do que o suficiente para começar — ele agarrou meus ombros e me ajudou a levantar. — Assim está melhor.
— Gostei desse aparelho — disse, decidindo que manter a forma não era tão maçante como imaginava. Na verdade, até recomendaria.
Pablo deu um passo para trás, olhou-me calmamente, sorriu e segurou minhas mãos ao lado do corpo.
— Sim, mas você tem que tomar cuidado. É muito entusiasmada.
Autor(a): gabyy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 20
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AnazinhaCandyS2 Postado em 24/04/2017 - 19:02:58
Mds quem é que faz promoção dando paracetamol??? kkkkkk. Coitada fico doente :( Annie sobe um nivel de loucura a cada capitulo kkkk. Christopher é um fofo cuidando da Dul *-* Mds que loucura esse apartamento do Pablo kkkkkkkk. Uau um pulseira de ouro branco, Christopher ta podendo *O* Huum Dul safadinha narrando oq ia faze, e o Christopher pula fora mas ele so n quer machuca ela *-* Continuaaaaaaaaaa
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AnazinhaCandyS2 Postado em 22/04/2017 - 18:45:44
Christian é muito estranho, ele tem que se mais gentil com a Mai kkkk. Christopher é tão fofo, 3 semanas é uma vida já *-* Vdd se tem hora pra palita os dentes kkkkk. Dulce tentando da uma de medica é perigo. Tadinha da Ena :( Christopher é uma comedia tbm, se essa excursão existisse eu pagava quanto me pedissem só pra ir!! Christopher seu lindo, é claro que vc vai consegui, Dul n é boba kkk. Huuum eles se amam <3 Dul cantando o hino parecia eu cantando o hino do RS na escola, nunca decorei ele kkkkk. Caramba Christopher se transforma quando ve jogo na TV, deu ate um medinho dele, n to acreditando que ele amarrou ela pra ve o jogo kkkkkkk. Mds ela levanto pra corta as unhas dele, vc vai me mata um dia pq eu rio tanto que fico sem ar kkkk. Continua!!
gabyy Postado em 24/04/2017 - 16:52:13
Acho que não é só a Dulce que é meia louca!rs O chris tem seus momentos fofos mas ele também não gosta muito de ser perturbado na hora de seu futebol! Aqui todo mundo é louco, mas todos se amam! bjoo, continuando
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AnazinhaCandyS2 Postado em 21/04/2017 - 18:31:39
A-M-E-I todos esses capítulos, uma leitura boa+feriado+frio=perfeito kkkkk. Que pessoas loucas kkkkkk. Continua!!
gabyy Postado em 22/04/2017 - 18:13:02
Continuando flor!
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AnazinhaCandyS2 Postado em 20/04/2017 - 18:23:20
Que bom que vc voltou!! Morro de ri com a Doris e a Ellen velhas safadas kkkkk. Que ideia otima essa do Christian adorei! Geeeente alguem me da ar pq eu to rindo muito kkkk. Ahhh agora aparece os sobrinhos da Dul. Annie sua loca kkkkk. Continua!!
gabyy Postado em 21/04/2017 - 15:54:54
Que bom que você se diverte lendo, a Dul realmente é meio louca! rs
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AnazinhaCandyS2 Postado em 13/04/2017 - 21:38:54
Obg, achei q vc ia me acha uma chata por pedi kkk. Mai ta certa Dul ta apaixonada <3 Mds todo mundo bebado kkkkkkkk. Huuum se mudou pro quarto dela!! Nossa que namoro rapido né. 'Ela parace uma doninha' melhor xingamento ever. Eu pensei que ele ia quere um banheiro pra dar uns pega mais violento kkkkk. Mds morta de ri com esse capitulos essas pessoas sao loucas. Continua!!
gabyy Postado em 20/04/2017 - 13:19:19
Este namoro foi muito rápido mesmo, mas o que que com a Dul não é rápido não é mesmo?! Ele foi um fofo cuidando dela né. estes dois são bem safadeeenhosss. Amore continuandoo.
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AnazinhaCandyS2 Postado em 04/04/2017 - 19:36:42
Huuum segundas intenções é, AMO kkkk
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AnazinhaCandyS2 Postado em 04/04/2017 - 19:35:51
Dulce é muito azarada, e o Christopher ta sendo muuuuitooo gentil com ela <3 Senhor George é um safadinho kkkk. Christian é muito mal humurado kkk. Ahhhhhhhhhhh teve beijo e coisinhas *-* Jurava que ia demora mais kkk. Queria te pedir uma coisa, mas n pense que eu sou uma chata kk, vc podia aumenta um pouco a letra?? Sou meio ceguinha kkk. Continua!!
gabyy Postado em 13/04/2017 - 20:55:48
Pois é, a Dulce não gosta muito de esperar. rsrs Bom dei uma aumentada na letra, mas qualquer coisa é só vc falar viu, tbm sou meia ceguinha. rsrs ;)
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AnazinhaCandyS2 Postado em 02/04/2017 - 13:56:21
Eu tbm tô sentindo pena das pessoas que a Dulce vai cuida kkkk. Annie me mata de ri, 'Diga que fui fazer uma cesariana' kkkk. Ahh eu to achando que sera mais cansativo sim kkk. Mds Christopher ta sendo muito gentil com a Dulce, e ela ta precisando de muiiiitaa ajuda. AMO ESSSA FANFIC <33 Continuaaaaaa
gabyy Postado em 04/04/2017 - 00:02:21
Christopher esta sendo um cavalheiro com a Dulce ner....mas vejo segundas intenções ai hein. Fico feliz em saber que vc esta se divertindo.
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AnazinhaCandyS2 Postado em 01/04/2017 - 20:25:19
Vou pegar essas dicas pra preenche um curriculo kkkk. Não acredito que elas vão comprar o aparelho kkkk. Annie tem uma mente fertil 'Vc poderá terminar sequestrada e vendida como escrava no Iêmen ou se prostituindo na rua' kkkkk. Mds morro de ri com essa fanfic :) Ehhh ela consguiu o emprego!! Dulce é tão espontanea kkkk. Continuaaaa
gabyy Postado em 02/04/2017 - 12:13:22
Continuando flor.... E como você pode perceber a Dulce é maluquinha e agora vai ficar ainda pior com a chegada do Christopher. Fico feliz em saber que esta gostando ;)
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AnazinhaCandyS2 Postado em 29/03/2017 - 20:19:40
Jurei que a Dulce ia da a loka pelo Pablo convida ela pra ir na academia kkkk. Minha disposição ta igual a da Dul pra faze exercicio, o tempo ñ passa!! Huum sei bem pq ela gostou daquele aparelho kkkk. Continuaaaaa