Fanfic: Reino Negro | Tema: Herroni

No dia seguinte quando Maite acordou estranhou que o Sol já adentrava sua janela e Alonso não havia ido lhe dar um beijo de bom dia, o garoto nunca se atrasará. Depois de se vestir e prender o cabelo em um coque seguiu para o quarto do filho, estranhou que o mesmo não se encontrava ali. Desceu, tomando café também não estava
Maite: Rosa cadê meu filho?
Rosa: No pátio de treinamento com o senhor Herrera
Maite: Já tomaram café pelo menos?
Rosa: Sim senhora, posso servi-la?
Maite: Não, obrigada
Rosa: Perdão senhora, mas ontem também não jantou, vai passar mal
Maite: Vou passar mal se esse embuste do Herrera não sair do meu Castelo, da minha vida e da vida de Alonso (disse saindo furiosa rumo ao pátio de treinamento onde se encontrava apenas Alfonso e Alonso em uma "disputa". Maite pegou uma espada que tinha ali e disfarçadamente chegou por trás de Herrera e jogou longe a espada do mesmo, Alonso aproveitando encostou a ponta de sua espada na boca do estômago do homem, e Maite o prendeu pelo pescoço com outra espada
Alfonso: Tá bom, os Perroni venceram (disse levantando as mãos em forma de redenção)
Alonso rindo tirou a espada de perto de Herrera, Maite continuou, e lentamente ia apertando a espada contra o mesmo
Alfonso: Já vi que ganharam Maite (disse preocupado)
Os olhos da mulher foram ficando mais escuros, sua expressão agora era de pura raiva, o menino que olhava para a mãe percebeu isso
Alonso: Mamãe, para!
Maite não o ouvia, e continuava apertando, Alfonso queria tossir mais se o fizesse sua cabeça escorregaria pela enorme espada o degolando. Ele sentiu algo escorrendo pelo seu peito, e seu pescoço ardia, ela o mataria na frente do próprio filho, assim como aconteceu com ela quando era pequena, a diferença era que Alonso não sabia o que Alfonso era dele
Alonso: Para, mamãe! Por favor pare! (Pediu entre lágrimas) Vai mata-lo
Como se estivesse a quilômetros de distância Maite ouviu uma voz lhe mandando parar, era do seu filho. Derrepente ela desperta e vê o que estava prestes a fazer, a espada escorregou de sua, olhou em volta, Alonso chorava enquanto abraçava as pernas de Alfonso, que continha um corte no pescoço o sangue escorria, todos os guerreiros olhavam sem saber o que fazer, não sabiam se era para atacar Alfonso ou ajudá-lo
Maite: O QUE ESTÃO OLHANDO? AJUDEM HERRERA
5 dos guerreiros seguiram até Alfonso o ajudando, e o levando para uma sala onde era curado os guerreiros. Maite olhou para o filho que a encarava com certo medo, antes que a mulher pudesse dizer qualquer coisa ele saiu correndo atrás de Alfonso
Maite: Fred tire Alonso de lá, leve-o para seu quarto e o tranque se preciso for
Fred: A suas ordens senhora (disse saindo atrás da criança)
Maite seguiu para tomar um banho. Quando saiu do seu quarto seguiu para o de Alonso, onde encontrou o garoto deitado na cama, porém não dormindo
Maite: Filho... (Disse sentando na cama ao lado dele e lhe tocando os cabelos)
Alonso: O que? (Perguntou seco)
Maite: Eu não queria ter feito aquilo, meu ódio me cegou, você não sabe mais Alfonso e eu nos conhecemos a um tempo atrás, e ele fez mal a mamãe, e naquele momento eu só pensei em me vingar
Alonso: O que ele te fez?
Maite: Um dia eu te conto, você é muito novo pra entender isso agora, só peço que acredite em mim quando digo que não queria ter feito aquilo, mesmo depois de todo mal que ele me fez
Alonso: Se ele te fez mal, por que o deixa ficar aqui?
Maite: Tem uma coisa minha aqui, que também é dele
Alonso: Que coisa é essa?
Maite: Você vai descobrir, vamos almoçar (disse pegando na mão do garoto e seguindo juntos para sala de jantar)
Depois de almoçarem, Alonso saiu com Rosa e Fred para irem colher frutas na floresta, o garoto adorava ajudar. E Maite foi até o quarto onde Alfonso estava, quando chegou apenas Débora estava lá o observando para ver senão daria febre
Maite: Pode ir almoçar (disse a criada que saiu dali)
Alfonso lentamente abriu os olhos
Alfonso: Veio terminar o que não conseguiu aquela hora e me matar de vez?
Maite: Se eu quisesse te matar teria feito isso quando colocou os pés aqui
Alfonso: O que foi aquilo então?
Maite: Não sei... Senti um ódio invadir todo meu corpo, e só parou quando ouvi a voz do meu filho
Alfonso: Podia ter matado, assim não teria como eu continuar arruinando sua vida
Maite: Pare um pouco de falar, não é muito bom
Alfonso: O corte foi bem superficial, não corro risco
Maite: Ainda bem, deu ponto? (Perguntou não conseguindo ver já que um pano branco estava por cima do ferimento)
Alfonso: Não foi necessário, Débora apenas passou uma pomada da casca do mamão ou algo assim
Maite: Sei, ajuda cicatrizar. Temos um estoque dela, já que existe uma criança no Reino e a vida dela é se machucar
Alfonso: Eu percebi, confesso que me surpreendi quando o dei banho ontem e era cheio de cicatrizes, isso é bom, sinal de que é um grande guerreiro
Maite: Não são tão boas assim, a maioria daquelas cicatrizes foi quando eu tomei o Reino Perroni, ele havia ficado com no Reino Levy até eu conseguir, mas um homem conseguiu se infiltrar lá e machucar ele, Alonso tinha apenas dois anos
Alfonso: Que filho da puta (disse nervoso pensando na ideia de alguém batendo em seu filho)
Maite: Graças a Deus, Dora Levy chegou a tempo de acontecer uma tragédia e teve uma luta corporal com o homem e gritou, quando os guerreiros chegaram conseguiram salvar Dora também e mataram o homem
Alfonso: Não suporto a ideia de poder ter perdido mais um filho
Maite: Não iremos perde-lo
Alfonso: Fiquei feliz em saber que você conseguiu seu Reino
Maite: Ele era meu por direito
Alfonso: Você foi muito corajosa
Maite: Eu sei (disse sorrindo)
William: Boa tarde... (Disse chegando no quarto)
Maite: William! (Disse indo até ele e o abraçando, não era comum esse tipo de cumprimento, mas Maite não se importava com isso e sempre recebia William e Cláudia com um caloroso abraço)
William: Tudo bem? Que saudades
Maite: Estou ótima
William: Herrera, que prazer em vê-lo
Alfonso: Digo o mesmo (disse sorrindo falso)
William: O que houve com seu pescoço?
Alfonso: Algo que não seja da sua conta
Maite: Vamos descer William, vou mandar Débora para cá novamente Alfonso. (Disse saindo junto com William, e não viu quando Alfonso revirou os olhos)
Alonso: Tio Will! (Disse correndo para os braços do homem que o apertou forte)
William: Campeão, como você tá?
Alonso: Bem, viu que o tio Herrera está aqui?
William: Vi sim (disse sorrindo fraco)
Alonso: Como ele está mamãe?
Maite: Está ótimo meu bem, mas aproveite que William está aqui, e vá brincar com ele ao invés de ficar só falando de Alfonso
Alonso: Quer brincar do que tio?
William: Esconde esconde, que tal?
Alonso: Eba, você conta (disse já saindo correndo)
Maite sorriu sentando em seu trono, enquanto conversava com Cláudia.
William saiu em busca de Alonso, e a única coisa que encontrou foi Alfonso no corredor
William: Achei que não pudesse levantar
Alfonso: Acho que já sou bem grandinho para receber ordens
William: Claro, agora se me dá licença (ia saindo)
Alfonso: Espere! Acho bom deixar bem claro que você não é o pai de Alonso
William: Eu estou com ele deis de quando ele nasceu, e você? Ah lembrei, hoje faz dois dias
Alfonso: Se eu não fiquei esse tempo todo com ele, foi porque não sabia da existência dele
William: Você não merecia descobrir nunca que ele existe. Alonso é um garoto maravilhoso, nem parece que seu sangue corre nas veias dele
Alfonso: Você não sabe o que eu já passei na minha vida
William: E você não sabe o que Maite já passou na dela, não me refiro a morte dos pais, mas me refiro das coisas que ela já passou sozinha, antes de me encontrar, porquê você havia a abandonado. Você é um lixo
Maite: Ei parem já com essa discussão, imagina se Alonso ouve isso. Vai Alfonso volta para o quarto, e William continue a brincar com Alonso, por favor.
Os dois homens se encaram antes de fazerem o que Maite havia lhes pedido.
O que eles não contavam é que Alonso estava atrás da porta ouvindo cada palavra dita ali.