Fanfic: Reino Negro | Tema: Herroni

No dia seguinte, Maite acordou e depois de tomar um belo banho saiu. Seguiu para o quarto do filho, e encontrou o pequeno deitado sobre o peito de Alfonso, ambos dormindo como pedras. A morena ficou com pena de os acordar, e então desceu ocupando sua poltrona real. Hoje era dia de ouvir as reclamações do seu povo, então a mulher não teve tempo para nada. Seu estômago roncava de fome, porém não tinha tempo. Toda semana era aquilo, uns querendo pelo menos um frango para alimentar a família, mulheres querendo trabalhar no Castelo porém não havia mais vagas, garotos novos querendo servirem como guerreiros, essa era a parte favorita de Maite, ela mesmo fazia um breve duelo com eles, claro que se ela fosse realmente lutar nenhum passaria no teste.

Alfonso: Quer que eu cuide um pouco aqui pra você ir comer algo?
(Perguntou chegando ao lado de Maite, que já estava com uma aparência cansada)
Maite: Não
Alfonso: Maite olhe quanta gente, você vai levar até a noite para resolver isso, vá comer algo, eu fico aqui
Maite: Você nem tem experiência com isso, nunca nenhum cidadão te procurou pra pedir algo, já que achavam que seriam enfeitiçados
Alfonso: Mais um dia já pediram, e eu me saia muito bem

Maite pensou por alguns instantes até aceitar a proposta, e saiu para comer algo enquanto Herrera tomava conta.
Não demorou para a morena tomar uma sopa de legumes com pães feito no dia. Quando seguiu para a sala novamente apenas duas pessoas sobraram para ser atendidas, Maite de cara já pensou que Alfonso havia expulsado a todos, mas antes de entrar matando Alfonso esperou para ver o que ele estava fazendo

Alfonso: Como se chama e o que deseja?
- Sou Fabiano, e desejo falar com a Rainha
Alfonso: Ela está ocupada, eu que estou tomando conta, pode me pedir
Fabiano: Estou precisando de uma moeda apenas que seja, estou devendo para um criminoso que está ameaçando minha família
Alfonso: Nome do criminoso?
Fabiano: Alex
Alfonso: Não se preocupe, vá em paz, se Alex é realizado um criminoso amanhã ele terá o que merece
Fabiano: Obrigado (disse se curvando e saindo)
Alfonso: Seu nome, e o que deseja?
- Sou Flávia, e desejo um emprego
Alfonso: Vá até a padaria de Castor, ele te arrumará uma vaga

A mulher então se curvou e saiu dali. Maite admirou a facilidade que ele achava para resolver as coisas

Maite: Você tem noção do escândalo que ela fará se não conseguir o emprego na padaria?
Alfonso: O Castor da padaria veio pedindo funcionário, eu disse que arrumaria, e arrumei. É tudo tão simples. Marcelo, vá atrás do Alex, descubra se ele é mesmo um criminoso, e se for o solte num barco no mar
Marcelo: Tenho sua permissão senhora?
Maite: Tem (disse meio a contragosto, pelo fato de Alfonso ter ido tão bem) E seu Reino Herrera? (Perguntou sentando em sua cadeira)
Alfonso: O que tem ele?
Maite: Vai abandona-lo para viver aqui de favor?
Alfonso: Pelo meu filho eu seria sim capaz de abandonar meu Castelo
Maite: Você pode vir visitar Alonso quando puder
Alfonso: Maite... Meu Reino é praticamente do outro lado daqui, não há condições para mim vir e voltar quando eu quiser
Maite: Me vende ele então
Alfonso: O que? (Perguntou surpreso)
Maite: Isso mesmo que ouviu
Alfonso: Pra que você quer um Império falido?
Maite: Para reconstruir e torná-lo forte
Alfonso: Não posso fazer isso, é a única coisa que tenho de meus pais
Maite: Então, deixe-me melhorá-lo como seus pais iriam querer vê-lo
Alfonso: Eu ficarei sem nada
Maite: Abandonando ele você também ficará sem nada, irão toma-lo de você Alfonso, seus próprios guerreiros podem estar fazendo isso nesse exato momento (disse o entregando uma carta que um dos guerreiros dela encontrou no quarto de um dos guerreiros)

Alfonso pegou a carta desconfiado, de cara já reconheceu letra de Romário

"Com a maioria dos votos, vamos tomar o Reino de Herrera, um Reino sem Rei é um Reino abandonado, qualquer um pode toma-lo"

Alfonso: Desgraçados! (Disse possesso de raiva)
Maite: Então, o que me diz?
Alfonso: Não chegará lá a tempo
Maite: Eu já estou lá
Alfonso: Como assim?
Maite: Meus homens já estão lá bem posicionados, esperando eu dar o passe livre, estou esperando apenas você me dizer o valor, não quero rouba-lo, então se você não aceitar, deixarei seus guerreiros toma-lo
Alfonso: 100 mil réis
Maite: Vá Alberto, passe livre (disse sorrindo para seu guerreiro que rapidamente já saiu em disparada)
Maite: Você fez a escolha certa (disse caminhando até algo que parecia um cofre, e pegando o dinheiro entregou a Alfonso)
Alfonso: Você se tornou uma Rainha incrível (disse confessando sentando no chão ao lado da mulher, agora ele era um nada, apenas um homem simples)
Maite: Eu aprendi muito Alfonso, eu tive que ser forte como um guerreiro, e também sabia como um filósofo. Estudei livros de estratégias de guerra, li Maquiavel, devo tudo isso a William
Alfonso: Como vocês descobriram William?
Maite: É algo que quero descobrir, Cláudia não me contou, ela me esconde algo. E eu vou saber o que é
Alfonso: Vai sim...

Eles se encararam por alguns segundos, Alfonso pegou a mão de Maite e começou acaricia-la até Alonso chegar sendo carregado por um dos guerreiros

1. Alonso: Desculpa interromper mamãe, eu estava muito sozinho
   Maite: Você nunca interrompe (disse sentando o filho em seu colo)
   Alonso: Sobre o que conversavam?
   Maite: Sobre o quanto temos um filho lindo (disse sorrindo)
   Alonso: Clarice me disse isso esses dias atrás (disse sorrindo sapeca)
   Alfonso: Clarice?
   Maite: É a netinha de Rosa, ela tem a idade de Alonso e vive aqui brincando com ele
   Alfonso: Ela te acha bonito filhão? (Perguntou sorrindo)
   Alonso: Sim (disse sorrindo de volta)
   Maite: Menina precoce, vocês ainda são crianças (disse com ciúmes)
   Alfonso: E você? O que acha dela? (Disse ignorando o comentário de Maite)
   Alonso: Ela é bonita também, mas mamãe diz que namoro só depois dos 15 (disse fazendo uma caretinha)
   Alfonso: Ela tem razão
   Maite: Claro que tenho (disse como se fosse óbvio)
   Alonso: E meu irmãozinho?
   Maite: Do que você está falando querido?
   Alonso: Papai disse que vocês dois me dariam um irmãozinho, e que ele procuraria a sementinha até em baixo das pedras se necessário
   Maite: Ele disse? (Perguntou fuzilando Herrera com o olhar que engoliu em seco)
   Alfonso: Calma filho, isso leva tempo (disse sorrindo amarelo)
   Alonso: Queria agora (disse fazendo bico)
   Maite: E eu queria agora um bolo de laranja
   Alonso: Eu também (disse todo animado, era seu bolo favorito)
   Maite: Vai lá pedir pra Rosa fazer um bem gostoso pra tomarmos café da tarde

Alonso todo sorridente foi pego por um dos guerreiros que o levou até cozinha, deixando Maite e Alfonso sozinhos novamente

Maite Então vamos dar um irmão para Alonso? (Perguntou de cara feia) 

Alfonso: Só se você quiser querida (disse dando uma piscadinha safada pra ela)
Maite: Vai sonhando...
Alfonso: Vou sim, até que meu sonho se torne realidade.