Fanfic: Surpresas da Vida AyA | Tema: Rebelde

Dulce Maria: Nenhuma melhora, Poncho? - perguntou, acariciando os cabelos do namorado. 

Alfonso: Nada. Ele não responde ao tratamento. - breve silêncio - Última esperança agora é a cirurgia. 

Christopher: Tão difícil essa escolha de operar ou não, sabendo dos risco. Eu não sei que decisão eu tomaria. 

Ana: Mas não tem outro jeito, ou arrisca e opera ou o homem vai viver como um vegetal até o resto da vida, à espera de um milagre. - deu de ombros - Aliás, Poncho, a filha dele já não deveria está aqui? - olhou para ele - Porque essa é uma decisão que cabe a ela. Sr. Bäumler sempre tomou seu tempo com a empresa, não é justo continuar fazendo isso até doente. 

Alfonso: Só estou fazendo meu trabalho, Ana. - argumentou, revirando os olhos.

Ana: Até onde eu sei você é advogado, não médico e muito menos babá de velho. Você sequer tem algum grau de parentesco com ele, pra ficar se enfiando direto naquele hospital. 

Alfonso: Nesse momento ele não tem ninguém e enquanto a filha dele não chegar, vou continuar mantendo as coisas sob controle. Quer você queira ou não. - embora calmo o tom de voz, era nítido sua irritação.

Ana: Não é de hoje mesmo que você não se importa com o que eu quero. - magoada. 

Dulce Maria: Mas, Poncho, a tal filha disse quando vem? - resolveu interferir-  Já tem uns dias que você falou com ela, não é? Se não me engano foi no início da semana que Christopher chegou falando que você tinha ligado, não foi, amor? - ele afirmou com a cabeça. 

Alfonso: Vou esperar completar uma semana, se ela não aparecer eu volto entrar em contato. Ela não mora no Brasil, talvez não tenha tanta facilidade assim em vir pra cá de uma hora para outra.

Christian: Mas o cara não é pai dela? Acho que qualquer coisa é menos importante, né. Sem querer julgar, mas... - bebeu um pouco da cerveja.

Alfonso: Provável que tenha uma família, vai saber. E também, ao que tudo indica eles não mantém uma relação muito amigável. Raramente Roberto falou nela e quando falou, senti que foi por pura obrigação. Eu mesmo só soube há pouco tempo. Até mesmo convencer Naná me passar o número dela foi complicado. Tive que colocar em questão a vida do Roberto. 

Christian: Mas que história confusa. Essa gente tem cada uma. - deu um gole na cerveja - Quem é essa Naná? 

Alfonso: Naná trabalha na casa há muitos anos. Super de confiança de Roberto.

Ana: Gente, será que ela é filha da governanta? - boquiaberta - Porque até agora ninguém sabe da mãe. A filha sumiu e agora esse medo da governanta. Não sei, não, mas acho que ela é filha da empregada. Todo mundo conhece a fama de mulherengo dele. Não duvido nada ter engravidado a pobre coitada, se ela não fez de propósito, né, porque a grana que ele tem...

Dulce Maria: Isso realmente é uma boa hipótese. 

Alfonso: A única coisa que eu sei e quero é que essa mulher chegue o mais rápido possível. Estou tentando acreditar que ela ainda não veio porque não conseguiu, mas a falta de contato dela me deixa com pé atrás. Ao mesmo tempo que me parecia preocupada, parecia indiferente. Não parece ser alguém fácil de lidar.

Ana: Será que é genético? - Irônica, perguntou com raiva, mas ainda assim conseguiu fazer todos darem risada.

Christopher: Mas e se ela não vier? O que você vai fazer?

Alfonso: Ela tem que vir! É pai dela. Não sei o problema dos dois, nem sei se ele foi um pai exemplar, mas não deixa de ser pai dela. Eu não consigo imaginar alguém dando as costas para algum familiar doente, ainda mais em cima de uma cama de hospital. E ele só tem ela. Não é possível que ela não venha. - breve silêncio - Não posso tomar uma decisão que não me cabe. Não é justo mais esse peso em cima de mim.