Fanfics Brasil - Capítulo 26 e 27 - Parte 8 Espero Por Você (Adaptada)- Vondy - Terminada

Fanfic: Espero Por Você (Adaptada)- Vondy - Terminada | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 26 e 27 - Parte 8

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Ucker meneou a cabeça.
— Era meu segundo ano. Eu não fui muito para casa durante o verão, porque estava ajudando a treinar um time de futebol em Maryland, mas, sempre que eu ia, minha irmã... ela estava agindo de forma diferente. Eu não podia ficar cutucando, mas ela estava sempre apreensiva, e, quando estava em casa, não saía do quarto o tempo todo. E, segundo meus pais, raramente vinha para casa.
Senti o estômago contraído ao cruzar as pernas. Esperava estar errada e não saber aonde isso estava indo.
— Minha irmã sempre foi do tipo caridosa, sabe? Acolhia animais e pessoas perdidas, principalmente caras perdidos. Mesmo quando ela era bem novinha, sempre fazia amizade com as crianças menos populares da sala. — Seus lábios curvaram-se para cima nos cantos. — Ela conheceu um cara. Ele era um ou dois anos mais velho que ela, e acho que o namoro deles era sério. O mais sério
possível quando se tem dezesseis anos. Encontrei o garoto uma vez. Nunca gostei dele. E não tinha nada a ver com o fato de ele estar tentando se dar bem com a minha irmãzinha. Apenas havia algo de esquisito no jeito dele.
Ucker deslizou as mãos pelo rosto e, depois, pousou-as entre os joelhos.
— Fui para casa no feriado de Ação de Graças e eu estava na cozinha. May
estava lá e fui brincar com ela. Ela me empurrou e eu a empurrei de volta, no
braço. Nada muito forte, mas ela deu um berro, como se eu a tivesse machucado para valer. Primeiro, achei que ela estava sendo uma idiota, mas ela começou a chorar. Ela desconversou e eu esqueci do assunto naquela noite, mas, na manhã
de Ação de Graças, minha mãe topou com ela de toalha e viu.
Prendi a respiração.
— Minha irmã... estava coberta de hematomas. Nos braços e nas pernas. — As mãos dele estavam cerradas em punhos. — Ela disse que era da dança, mas todos nós sabíamos que não se machucava daquele jeito dançando. Levou quase a manhã inteira para arrancar a verdade dela.
— Tinha sido o namorado dela? — Lembrei-me da conversa à mesa, e o
interesse súbito de Ucker sobre com quem ela estaria falando fez sentido.
Um músculo tremeu em seu rosto quando ele concordou.
— O bostinha vinha batendo nela. Ele tinha sido esperto, pois só batia em partes do corpo mais escondidas. Ela continuou com ele. No início, eu não entendia por quê. Vim a descobrir que ela tinha muito medo de se separar dele.
Ucker, de repente, se levantou e meu olhar o seguiu. Ele foi até a janela,
abrindo as cortinas.
— Quem sabe quanto tempo isso duraria se minha mãe não tivesse intervindo.
Será que May, finalmente, teria contado? Ou será que o filho da mãe teria continuado a bater nela até matá-la algum dia?
Minha garganta se encheu de emoção, então mordi o lábio inferior.
— Meu Deus, fiquei louco da vida, Dul. Eu queria matar aquele filho da
puta. Ele estava batendo na minha irmã e meu pai queria chamar a polícia, mas o que eles fariam de verdade? Os dois eram menores. Ele tomaria uns tapinhas na mão e faria terapia, sei lá. Isso não vale de nada. Para mim, aquilo não servia. Saí na noite de Ação de Graças e o encontrei. Não foi muito difícil, cidadezinha
pequena e tal. Bati na porta dele e ele apareceu. Falei que não era mais para ele chegar perto da minha irmã, aí sabe o que o babaca fez?
— O quê? — sussurrei.
— Ele veio para cima de mim, estufando aquele pei/tinho. Disse que faria o
que ele quisesse. — Ucker soltou uma gargalhada rápida e sarcástica. — Aí eu não aguentei. Raiva nem é a palavra certa. Eu estava colérico. Bati nele e não parei.
— Ele se virou, mas não estava olhando para mim. — Eu não parei de bater nele. Nem quando os pais dele apareceram e sua mãe começou a gritar. Precisou de dois policiais para me tirar de cima dele.
Meu Deus, eu não sabia o que dizer. Quando ele se sentou na cadeira do canto, eu não conseguia imaginá-lo batendo em alguém sem parar. Nem depois de tê-lo visto com raiva do cara na festa de Jase.
Ucker esfregou o rosto novamente.
— Acabei indo para a cadeia e ele entrou em coma.
Fiquei boquiaberta, antes que pudesse controlar minha reação.
Ele desviou o olhar, baixando o queixo.
— Já briguei antes, coisa boba. Mas nada como aquilo. Os ossos da minha mão estavam todos abertos, mas eu nem sentia. — Ele balançou a cabeça. — Meu pai... fez a mágica dele. Era para eu ter ficado preso muito tempo, mas não. Acho que ajudou o fato do garoto ter acordado alguns dias depois.
A cada segundo, meus músculos foram travando, um após o outro.
— Eu me safei fácil, nem uma noite na cadeia. — Ucker sorriu, mas sem
emoção. — Mas não pude sair de casa por vários meses enquanto as coisas se resolviam. Acabei cumprindo um ano de serviço comunitário no clube de
rapazes da região e mais um de terapia para controlar a raiva. É isso que faço
toda sexta-feira. Minha última sessão será no outono. Minha família teve que pagar indenização, e nem queira saber quanto foi. Tive que parar de jogar futebol por causa do serviço comunitário, mas... como eu disse, eu me safei fácil dessa.
Ele tinha se safado facilmente.
Assim como Pablo tinha se safado facilmente.
Não. Eu tinha que parar bem ali. Eram duas situações completamente
diferentes — Pablo era um estuprador e Ucker tinha batido num cara que tinha batido na irmã dele. O que Ucker havia feito era errado. Violência nunca pode ser a resposta para violência, mas o cara tinha machucado a irmã dele.
— Eu compreendo — respondi, e percebi que, mesmo a situação deles sendo
parecida de certa forma, era muito diferente. E fiquei chocada comigo mesma.
A velha “eu” só conseguiria pensar em como os dois se livraram, por quem
eram, quem eram seus pais e quanto dinheiro tinham. Mas eu não era mais ela. E às vezes as pessoas boas fazem coisas ruins.
Ele virou a cabeça para mim.
— O quê?
— Eu entendo por que você fez o que fez.
Ucker ficou de pé.
— Dul...
— Eu não sei o que isso diz a meu respeito, mas você estava defendendo sua irmã. Bater em alguém não é a solução, mas ela é sua irmã e... — E se eu tivesse um irmão que houvesse reagido daquele jeito depois do que acontecera comigo? Bem, ele teria se tornado meu herói, por mais terrível que fosse. — Existem algumas pessoas que merecem tomar uma surra.
Ele me encarou.
Descruzei as pernas.
— E, provavelmente, existem algumas pessoas que não merecem estar
respirando. É uma coisa triste e doentia de se dizer, mas é a verdade. O cara poderia ter matado a sua irmã. Mas que diabos, ele poderia ter matado outra garota. Ucker continuou olhando para mim, como se um segundo nariz tivesse nascido no meu rosto.
— Eu mereço estar na cadeia, Dul. Quase matei o cara.
— Mas não matou.
Ele não disse nada.
— Deixe-me fazer uma pergunta. Você faria isso de novo?
Vários segundos se passaram e, então, ele disse:
— Eu ainda teria ido à casa dele e teria batido nele. Talvez não tanto quanto da outra vez, mas, de verdade, eu não acho que teria mudado nada. O filho da mãe bateu na minha irmã.
Respirei fundo e disse:
— Eu não culpo você.
—Você é...
Eu dei de ombros.
— Maluca?
— Não. — Um sorriso sincero quebrou a tensão no rosto dele. — Você é incrível.
— Eu não iria tão longe.
— É sério — disse ele, voltando ao sofá. Sentou-se ao meu lado. — Achei que
fosse ficar enojada ou com raiva, se soubesse.
Fiz que não com a cabeça.
Ucker colou a testa na minha e pousou gentilmente as mãos no meu rosto. Seus olhos buscaram os meus.
— É bom tirar isso do peito. Não quero que existam segredos entre nós.
Sorri quando ele se curvou diante de mim, beijando o canto dos meus lábios,
mas mal senti o toque. Ucker se encostou e me puxou para seu peito. Eu me acomodei nele, mas uma frieza ainda tomava conta dos meus ossos. Ele havia dividido aquele segredo profundo comigo, mesmo temendo que eu o julgasse de alguma forma, e eu me mantinha calada, guardando meus segredos perto do coração. Aquilo não era justo, e eu não conseguia tirar da cabeça que alguma hora isso se voltaria contra mim.
Como você consegue viver consigo mesma?
Ucker beijou o topo da minha cabeça e eu prendi a respiração.
Não sei bem como conseguia.


 



😱 Ele finalmente contou o segredo!! A Dul não está sendo honesta com ele,capítulos emocionantes!!


Mais calma aii,ela vai demorar um pouco mais... mais vai revelar!


Eu tenho um trecho sobre a próxima fic que vou adaptar e quero mostrar para vcs,ainda não irei divulgar o nome! É surpresa!


Ela pega o restante dos livros e se levanta, mas não lhe entrego a prova. Em vez disso, fico em pé e começo a passar as páginas. Ao correr os olhos por suas respostas, meu humor
despenca ainda mais, porque se esse é o tipo de análise que Tolbert
espera, estou ferrado. Caramba, estou estudando história por um motivo — lido com fatos. Preto no branco. Tal coisa aconteceu a
tal pessoa e aqui está o resultado.
As respostas de Dulce giram em torno de baboseira teórica e de como os filósofos responderiam a diversos dilemas morais.
“Obrigado.” Devolvo a prova e, enfiando os polegares nos passadores da calça jeans, arrisco: “Ei, escuta. Você… acha que poderia…”. Dou de ombros. “Você sabe…”
Ela treme os lábios como se estivesse fazendo força para não
rir. “Na verdade, não sei, não.”
Solto um suspiro. “Topa me dar umas aulas?”
Seus olhos verdes — os olhos verdes mais escuros que já vi, delineados por grossos cílios pretos — vão de surpresos a céticos em segundos.
“Eu pago”, acrescento, às pressas.
“Ah. Hmm. Bom, é claro que eu cobraria. Mas…” Ela balança a
cabeça. “Desculpa. Não posso.”
Disfarço a decepção. “Vamos lá, quebra essa pra mim. Se eu me sair mal na segunda chamada, minha média vai pro saco. Por favor?” Abro um sorriso, o que faz minhas covinhas aparecerem, e isso nunca falha em derreter corações.
“Isso costuma funcionar?”, ela pergunta, curiosa.
“O quê?”
“Esse sorriso de menino pidão… te ajuda a conseguir as coisas?”
“Sempre”, respondo, sem hesitar.
“Quase sempre”, me corrige. “Olha, sinto muito, mas realmente não tenho tempo. Já estou conciliando trabalho e estudo, e com o festival de inverno chegando, vou ter ainda menos tempo.”
“Festival de inverno?”, pergunto, sem entender.
“Ah, esqueci. Se não for sobre hóquei, então você não sabe o que é.”
“Quem está sendo presunçosa agora? Você nem me conhece.”


 


Beijocasss ☆♡♡




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Autor(a): GDesign

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Capítulo 28   Eu não notara até então, mas havia um estresse que Ucker carregava consigo; o peso de manter um segredo que ele achava que destruiria alguma coisa preciosa. Como eu não tinha reconhecido isso antes estava além da minha compreensão. Mas agora estava tudo bem... quase tudo. Parte de mim suspeitava que uma ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 150



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  • anne_mx Postado em 01/06/2021 - 03:47:36

    UAU! Ter podido ler essa história, acompanhar o desenvolvimento dos personagens, a superação da Dul e o relacionamento saudável com o Christopher foi incrível e surreal! Algo que me surpreendeu muito é que na maioria das fanfics que leio aqui no site ou o homem ou a mulher são abusivos e aqui não, houveram altos e baixos sim, mas um ajudava o outro e enfim, era algo saudável e gostosinho de se ler <3

  • carolcasti Postado em 26/07/2017 - 14:39:14

    Cadêêêêêêêêêêê êêêêêêêêêêê&am p;ec irc;êêêêêêêêêêê ; ; vocêêêêêêêêêêê êêêêêêêêêêê&am p;ec irc;êêêêêêêêêêê ; ;?????????????????????

  • carolcasti Postado em 14/05/2017 - 21:46:58

    Estava meio atrasada e não agora que enfim cheguei ao fim e não creio que acabou... Buaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!! Mas o fim foi lindo, ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

    • Giullya Postado em 26/05/2017 - 18:51:15

      Foi uma pena q acabou :( Sim o final foi muito lindo!! Bjos.

  • melissah Postado em 29/04/2017 - 23:27:51

    Não creio q já acabou :( Amei o final,nossa como o Ucker é perfeito <3 uau Dul mandou bem com os pais dela e a Molly,vou sentir sdds dessa fic!! Bjos.

    • Giullya Postado em 11/05/2017 - 19:13:58

      Sim acabou,Ucker é mesmo perfeito!! Sim,ela conseguiu superar o medo!! Vai fazer falta! Bjos.

  • Best_loves2 Postado em 23/04/2017 - 11:01:13

    Nao acredito q acabou T-T eu amei essa fic,espero q tenho o 2 livro pq eu vou sentir sdds do Ucker perfeito!! Bjos. <3

    • Giullya Postado em 24/04/2017 - 18:49:06

      Vamos torcer kkk. Bjos <3

  • carolcasti Postado em 22/04/2017 - 21:59:30

    CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PLISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • Giullya Postado em 22/04/2017 - 18:48:32

    Bom vou responder aqui msm os comentários do Face: Thais Rocha: Sim linda,espero que tenha mesmo a continuação *-* bjos! Vondy e Ponny Sempre: Tbm amei,vamos torcer para a autora fazer o 2° volume,bjos! Julia Fresinghelli: Acabou,infelizmente! Bjos.

  • candy_vondy Postado em 21/04/2017 - 23:17:18

    Que pena q acabou..Amei a fic e o final foi perfeito.. Amanhã vou dar uma passada na sua nova fic..Bjs *_*

    • Giullya Postado em 22/04/2017 - 18:45:30

      Sim acabou T_T,eu tbm amei o final! Esperarei vc na outra fic! Bjos. <3

  • lyah Postado em 21/04/2017 - 21:24:53

    Oii,sempre vim acompanhando sua fic mais nunca tinha logado (acho q se escreve assim) amei os capítulos finais,eu não acredito q Molly bateu na Dul,ela n tem culpa de nada! Amo o Ucker pft *-* tbm acho super legal o Diego e a Angel,pode deixar q irei ler sua outra fic!! Bjos! <3

    • Giullya Postado em 22/04/2017 - 18:43:40

      Oii,Molly eh uma idiota,amo o Ucker! <3 Diego e Angel são d+ msm,q bom q irá acompanhar a outra fic! Bjos. <3

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 21/04/2017 - 20:51:28

    Uau que hot esse no banheiro *O* Que odio da Molly, sera que ela n entende que a Dul n teve culpa doq aconteceu com ela, Dul é tão vitima quanto ela!! Não acredito que terminou, mas adorei como acabou com todos juntos *-* Fanfic perfeita amei do começo ao fim!! E se tiver um livro 2 ñ perca tempo e poste pra nos ok!! Parabens pela fanfic Gi e muito sucesso em O acordo!!

    • Giullya Postado em 22/04/2017 - 18:41:14

      Tbm fiquei com raiva da Molly -_- sim o hot foi... pft,pde deixar q se tiver o 2 livro eu vou postar ss,obgd linda!! Bjos. <3


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