Fanfic: Um segredo chamado Rafael | Tema: professor
Faz 5 minutos que Rosa me encara embaixo de sua mesa. Meu pai e Rafael já tinham entrado no elevador e ido para Deus sabe onde. O escritório parecia silencioso até demais. Como esperado, Rosa continuava me encarando a espera de respostas... Eu estava encolhida em posição fetal apenas existindo e pensando no quão burra eu fui! Meu celular vibra, sem notificações na tela.
Email. Estava pensando em tudo o que havia acontecido nesses últimos minutos e como eu fui burra...
Assunto: Email surpreso
De: rafael.araujo@jornalista.com
Para: maria-fonseca@editoraafon.com
• Cara Maria,
Além de surpreso, que de fato estou, por seu email, mais surpreso estou por analisar o domínio de seu email... Me lembra vagamente o email do meu futuro chefe, Mauro. Seu email está salvo em meus contatos, afinal, além de minha aluna você é assistente do meu chefe, não? A propósito, bonita editora que você herdará.
Rafael
Estou quase dando um grito. QUASE. Um sorriso se abriu em meu rosto. Que idiota, Maria. Rosa olhava pra mim com curiosidade. Tirei minha quase-irmã-mais-velha de sua cadeira. Sem falar uma única palavra. Ela ainda me encarava e estava de braços cruzados, talvez desaprovando minha atitude muda. Abri meu email no computador, apertei a linda tecla: imprimir.
Enquanto o papel saia da impressora, Rosa lia sem entender o que estava me deixando louca. Até que depois de uns 10 minutos de silêncio, ela não aguentou mais.
Rosa: Em nome das Deusas, você vai me deixar nesse suspense até quando? Isso tá relacionado àquele ser maravilhoso que saiu da sala de seu pai? Me dê alguma coisa, Maria. - Rosa se irritou batendo seus pés no chão.
Dei uma bela risada em resposta à irritação dela. Rosa apertou ainda mais seus braços em reprovação à minha risada. Dei um longo e pesado suspiro, antes de começar a falar.
Maria: Ele foi o primeiro professor de hoje. A minha primeira aula na faculdade foi dele. Quando ele entrou meu coração... - meu pai saiu falando do elevador.
Mauro: As vezes minha filha prefere subir de escada, ela tem medo de elevadores, ou algo do tipo.
Joguei a folha com o email de Rafael dentro de uma das gavetas de Rosa. Estava branca ou verde de vergonha, depende da luz do momento. Rosa percebendo o que poderia acontecer, tratou de fechar a gaveta num movimento nada discreto. Olhei de lado para ela mostrando minha desaprovação por sua atitude. Meu pai deu um passo a frente, olhando desconfiado para a gaveta.
Mauro: Sem querer ser invasivo, Rosa, mas cuidado com os móveis desse lugar okay? E se as duas mocinhas estiverem aprontando alguma coisa, eu descobrirei. - ele falou em um tom mais sério do que o normal - A proposito, Maria, esse é Rafael. Ele vai ser um dos nossos revisores. Coloquei um livro que ele escreveu em sua mesa. Leia, parece promissor... - meu pai falou orgulhoso.
Estava saindo detrás da mesa de Rosa para cumprimenta-lo de forma adequada quando Rafael se adiantou e me deixou sem reação.
Rafael: É um prazer em finalmente - ele enfatizou a palavra finalmente, mas não entendi o motivo - conhecer a assistente e filha de Mauro. - ele estendeu sua mão. - Me chamo Rafael.
Rosa me olhou confusa, como se eu tivesse inventado a história do ele-é-meu-professor. Estendi minha mão para apertarmos nossas mãos.
Maria: Prazer. Me chamo Maria. - falei desconcertada.
Rafael: Eu sei. - falou em um impulso impressionante, devo admitir...
Maria: Sabe? - me fiz de louca mesmo.
Rafael: Seu pai não parou um segundo de falar de você. Disse que você será uma jornalista sensacional.
Maria: Disse, é? - realmente fiquei sem graça.
Mauro: Como se você não soubesse que falo sempre de você por ai...
Rosa: Verdade. - falou animada.
Rafael: Sei tanto de você que daria pra escrever um livro. - falou passando sua mão esquerda pelos cachinhos perfeitamente arrumados.
Autor(a): Anna Sousa
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Rafael: Apesar de doer, eu tenho que ir. - ele falou com muita tristeza. Maria: Espero te ver logo... Você mudou o astral da editora. Estávamos conversando a 10 minutos sobre várias coisas aleatórias e meu pai estava muito empolgado com a conversa. Quando Rafael se despediu do meu pai, eu pude respirar aliviada por tudo ter dado certo. Ele me ...
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