Fanfic: ALTA FREQÜÊNCIA (Terminada)

Assim que a porta da frente foi trancada Alfonso
saiu da cama.

- Aonde vai? - Ela se debruçou para frente, mostrando
o decote.

- Volte para cama.

Ele balançou a cabeça e sentou numa poltrona
próxima a uma mesa.

- Precisamos conversar. Não dá para ser na cama.
Contrariada, ela sentou na cadeira ao seu lado.

- O que quer falar? - Ela não queria saber de
palavras.

- Você está fazendo um bom trabalho - disse ele.

- Obrigada, estou me divertindo.

- É o que me preocupa.

As palavras dele a confundiam.

- Não acha que o trabalho tem que ser divertido?

- Pode ser, mas... - Ele a olhou diretamente pela
primeira vez no dia. - Mas também é sério. Se não levar a sério pode cometer
erros grandes.

Ela endireitou a postura, irritada.

- Levo o trabalho a sério.

- Não agiu assim hoje.

- Desculpe, mas você notou o que estamos fazendo?
Estamos nesse trabalho maluco, na cama. Temos que ser meio malucos. Aposto que Christian
concorda.

- Aposto que não. Não da forma como tem agido,
principalmente depois do que aconteceu conosco ontem.

Ela respirou fundo. Também sabia ser sincera.

- É pelo que aconteceu ontem que estou agindo
assim - disse ela. - Estou tentando seduzi-lo.

Ele nem piscou.

- Eu sei, acredite. E está funcionando.

- Então, qual é o problema? - Ela colocou uma das
mãos em seu joelho. - São as câmeras? Podemos ir a outro lugar...

Ele balançou a cabeça e gentilmente afastou a mão
dela.

- Não podemos arriscar. Sabe da confusão com a Berlinda,
não sabe?

- Sim. Mas o que isso tem a ver conosco...?

-A rádio recebeu uma multa e tanto por isso. E
outra quando você teve... sua estréia.

- Entendi. Está dizendo que se algo acontecer
novamente será encrenca braba.

- Sim, você é nova na carreira e eu tenho outras
manchas contra mim.

- Que manchas? - Poncho era o cara mais certinho
da rádio, o intelectual. Fora o problema com a Berlinda, Anahí não podia
imaginar algo contra ele.

- Tive problemas na rádio onde trabalhei antes -
respondeu. - Encrenca grossa. Christian foi o único gerente de rádio que me
concedeu uma entrevista em Denver. Não posso arriscar. Entende?

Ela assentiu.

- Sim, mas acho que está se preocupando à toa. O
que fazemos aqui, contanto que seja fora das câmeras, é problema nosso.

Ele a olhou por um bom tempo.

- Não é só pela FCC e o emprego - disse ele. - Não
é bom que pessoas que trabalham juntas em público se envolvam. É muito
complicado. Por isso Christian é contra. - Ele sacudiu a cabeça. - Não espero
que você entenda, mas não quero complicações.

Ela o encarava. Aquele homem achava que se
envolver com ela era muito complicado? Ele se envolvera com Berlinda e temia
ter outra confusão? Só não podia ser outro clichê do homem que toma um fora e
teme amar novamente.

- Então, não quer começar nada comigo por causa de
nossos empregos. - disse ela.

- Isso. - Ele pareceu aliviado. - Sabia que
entenderia. - Ele tirou o cinto do robe. - É tarde, vamos Para a cama.

galera, digamos que a história daqui por diante vai começar fica a interessante.

por isso não percam os proximos capitulos.

e comentem muito!!!