Fanfic: ALTA FREQÜÊNCIA (Terminada)

Ela puxou as cobertas e não ouvia nada exceto o
coração disparado.

- Alfonso? - perguntou ela, numa voz incerta.

- Estou bem aqui.

- Acha que atingiu o prédio?

- Acho que pode ter sido no transformador. Acabou
a luz.

Ela engoliu com dificuldade.

- Talvez essa não seja a hora de mencionar, mas tenho
medo do escuro.

- Vai ficar tudo bem. Me dê a sua mão.

Ela agarrou a mão dele. Ele tinha dedos longos,
palmas macias. Sua pele era quente, e segurava firme.

- Alfonso? - sussurrou ela.

- O quê? - perguntou ele, também sussurrando.

- Se o transformador queimou, isso significa que
vai ficar sem luz por um tempo, não é?

- Provavelmente. Deve ser na cidade toda. Ela
virou de lado, de frente para ele.

- Então, se não tem luz... isso quer dizer que as
câmeras não estão funcionando.

Alfonso ficou parado assimilando a idéia.

- Ninguém está nos vendo. Ninguém.

- Então ninguém irá ver isso. - Ele pegou seu
rosto e trouxe os lábios dela aos dele. Ela abriu a boca e as línguas se
entrelaçaram. Ele passou a língua no vãozinho entre os dentes dela, queria
conhecer a sensação.

Ela riu, mas quando ele ia se afastar ela o
prendeu com força.

Ele não fazia objeção em ficar beijando, mas
queria mais e passou a mão por baixo da camiseta dela.

Ela suspirou quando ele passou a mão em seu seio e
pegou seu mamilo.

- Gosta assim? - Ele falava com os lábios colados
aos dela.

- Gosto... não pare.

- Não vou parar, prometo.

A avidez dela incentivava o desejo dele, que
continuava a brincar com mamilo. Ao ouvi-la ofegante ele ficou ainda mais
rígido. Ele se apoiou num dos cotovelos e levantou a camiseta até os ombros
dela. Ela tirou a peça e jogou para o lado em seguida, ficando nua ao lado
dele.

- Eu queria poder ver - disse ele.

- Vai ter que fingir que é cego e me conhecer pelo
tato.

- E pelo paladar. - Ele pôs a boca num dos
mamilos, passando a língua ao seu redor. Ela se curvou junto a ele, os quadris
colados em sua rigidez.

Ele poderia tê-la penetrado naquele momento, mas
não via motivo para pressa. Ela gemia junto a ele.

- Não pare - sussurrou ela, novamente.

Ele deslizou a mão para baixo, por seu quadril,
pela coxa musculosa e por entre as pernas, para a umidade de seu sexo.

- Isso é tão bom - disse ela, as palavras
sussurradas.

- Você ainda nem sentiu nada.

Então ela pegou o elástico da calça dele.

- Tire - disse ela. Segundos depois a calça voou
para algum lugar na escuridão.

Anahí se apertava junto a ele, deleitando-se com a
sensação de sua pele quente, os pêlos do peito dele em seus seios, a pressão do
sexo rijo em sua coxa.

Ela se apoiou no cotovelo e inclinou a cabeça,
beijando seu peito. Lembrou da promessa e desceu beijando seu corpo, parando no
umbigo, sob a respiração ofegante. Passou a mão em seu membro, maravilhada.

- Você esteve assim o dia todo? - perguntou ela.

- Pelos três últimos dias. Você me deixou
agonizando.

- Então prometo fazer valer a espera. - Eles se
beijaram novamente, num beijo cheio de vontade.

- Não quero esperar muito mais - disse ele. - Não
sabemos quando a luz vai voltar.

- Também não quero esperar. - Graças a Deus pelas
camisinhas de Dulce. Ela se esticou e pegou a caixinha.

- O que está fazendo? - Ele se aconchegou junto a
ela, acariciando.

- Pegando isso. - Ela segurou o pacote laminado,
sem ar pela forma como ele tocava seu mamilo.

Ele pegou o preservativo.

- Não sei se fico surpreso ou contente por você
ter planejado isso.

Ela deitou de barriga para cima e o ouviu abrindo
o pacote.

- Você parece tão jovem e inocente.

- Não sou inocente e quis fazer amor com você
desde o dia em que o vi.

A idéia o intrigou. O que a teria atraído?

- Por que eu? Você nem me conhecia.

- Você era... diferente. Meio distante.

- E você gostou disso?

- Por você ser meio misterioso. Quis conhecê-lo.
Mas já achava que não ia acontecer, você me tratava como uma irmãzinha.

- Não tenho irmã. - Ele colocou a camisinha,
depois abriu suas pernas. - E se tivesse, juro que não trataria ele como trato
você.

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