Fanfic: ALTA FREQÜÊNCIA (Terminada)

- Essa foi "Into the Morning", com The
Weekend. - Alfonso entrou na próxima promoção. - Falando em fim de semana, no
sábado estarei na Highlands Audio, com a van da KROK. Venham buscar seus
adesivos, camisetas e CDs. Também terei ingressos de shows para distribuir.
Aproveite para ver um som novo para o seu carro.

- Será a nova van? - perguntou Anahí, na
cronometragem perfeita.

- Ela mesma. Que substituiu a do acidente de Derrick
Travesso. Venham dar uma olhada na pintura. Então, quais são seus planos para o
fim de semana, Anahí?

- Estarei no show do Green Day, sábado à noite. E
à tarde minha nova cama será entregue.

Aquilo certamente não estava no roteiro, mas ele
embarcou.

- Uma nova carnal Algo que comprou para comemorar
nosso novo programa?

- Não, exatamente. A Colchões Max ficou tão
contente com nosso trabalho que vai me mandar meu novo conjunto terapêutico de
sono.

E o que exatamente Max espera em troca? O
devasso... Alfonso afastou a idéia.

- O que acham pessoal? Max não me mandou um
colchão. Talvez se eu tivesse grandes...

- Ora, Poncho, não vá passar a idéia errada.

- Eu ia dizer grandes olhos azuis.

Os olhos dele encontraram os dela, e o coração
dele bateu um pouco mais rápido. Enquanto ele entrou com o comercial ela passou
um bilhete. Já que você não ganhou um colchão vai ter que experimentar o
meu.

Ele limpou a garganta, decidido a levar a conversa
a um território seguro. Você sabe porque não é boa idéia. Ele escreveu
de volta.

Acho que seria uma idéia muito boa. Ela
piscou ao passar o pedaço de papel.

- Boas novas, pessoal. Derrick Travesso estará de
volta ao ar na segunda-feira. Ainda está com gesso na perna, mas isso não o
desacelerou.

- Ouvi dizer que o expulsaram do hospital por
correr atrás das enfermeiras - disse Anahí.

- Ouvi dizer que foi porque ele pegou uma.

- Tenho certeza de que ele terá muitas histórias
para contar - disse Anahí. - Então, sintonize na KROK na segunda, às 6h, para o
regresso de Derrick Travesso.

Anahí tirou os fones de ouvido e sorriu para ele.

- Nossa primeira semana concluída. Acho que fomos
muito bem.

- Você foi ótima. - Ele levantou e se espreguiçou.
E essa história da cama?

Ela lançou um olhar tímido.

- É verdade, você é bem-vindo a experimentá-la.

- Não vou voltar à sua cama. - Ele teve que forçar
as palavras.

- É muito novo para tanta preocupação. - Ela pegou
a bolsa. - Quer tomar um drinque, comemorar nossa primeira semana?

Ele sacudiu a cabeça.

- Dá um tempo.

- Sabe o que acho? Ele gemeu.

- Não, mas você vai me dizer, não vai?

- Acho que você é masoquista. Ou então tem medo de
se divertir.

Alfonso procurou as chaves do carro e seguiu rumo
à porta.

- Até segunda-feira.

Ele se apressou pelo estacionamento torcendo para
que ela tivesse o bom senso de não o seguir. Ela achava covardia, mas só ele sabia
o quanto estava sendo difícil evitá-la.

Ele estava destrancando o carro quando Berlinda o
cercou.

- Indo encontrar a sua namoradinha? - Ela se
debruçou na porta do motorista, impossibilitando que ele abrisse.

- Se está falando de Anahí, ela não é minha
namorada.

- Não parece. Vocês estão bem entrosados no ar.

- Faz parte. - Mentira, mas ela não tinha de
saber. Christian o incentivara a flertar no ar.

- É péssimo ator. Se Christian souber vai despedir
os dois.

- Não há nada entre nós.

Ele a empurrou para o lado, entrou no carro e
bateu a porta. Ela bateu no vidro e ele abriu, relutante. Ela o olhou bem nos
olhos.

- Ela só está usando você para chegar aonde quer,
é ambiciosa.

- Como você fez, Berlinda? - Ele virou a chave e o
motor rugiu.

- Só que com você não funcionou, não é?

Sem esperar pela resposta ele arrancou, vendo o
ódio em seus olhos, pelo retrovisor.