Fanfic: ALTA FREQÜÊNCIA (Terminada)

Ela parou no estacionamento da rádio. Alfonso
tinha ido direto para casa e ela teria de fazer a lista de e-mails e outras
papeladas do trabalho. Não queria mesmo ir para casa e ficar pensando em Alfonso.

Tinha de haver um meio de furar suas barreiras.
Que droga de regra estúpida, essa do Christian. Ela saiu do carro e seguiu rumo
ao prédio e uma idéia começou a tomar vulto. Se não estava tendo sorte em
abordá-lo no trabalho, talvez devesse entrar em território neutro.

Encontrou Dulce se preparando para ir embora.

- Espero que você ainda não tenha desligado seu
micro - disse Anahí.                                           

Dulce olhou para ela.

- Desliguei, por quê?

- Preciso que você veja o endereço da casa de Alfonso.

- Não posso dar informações pessoais de empregados
- disse ela, ligando o computador.

- Não contarei a uma viva alma. - Ela arrastou uma
cadeira e olhou o monitor.

- O que está rolando entre vocês? - perguntou Dulce.
- Parece tudo tão bem no ar.

Anahí sacudiu a cabeça.

- Mas ele se recusa a falar comigo depois do
programa.

- Espere um minuto. Mas tem aquela regra ridícula
de Christian, de apresentadores que trabalham juntos no ar não poderem sair. Dulce
acrescentou: - Ele não quer arriscar o emprego.

- Pensei a respeito e não vejo porque não posso
ter o emprego e o homem que quero.

- Então, só está pensando em você. - Dulce disse.

- Mas também tem a ver com ele, que não está
feliz. - Vê-lo no programa após a confissão a fez desejar abraçá-lo mais do que
nunca e dizer que estava tudo bem. Era duro ver que ele não se sentia à
vontade, nem perto dela.

- E você acha que pode fazê-lo feliz? - perguntou Dulce.

Anahí concordou.

- Podemos fazer um ao outro feliz. Vou até lá
exigir que fale comigo. De verdade.

- Aqui está o endereço.

Anahí anotou.

- Obrigada.

- Claro, depois você me paga um drinque.

- Podemos nos encontrar amanhã, à noite.

- Já tenho planos. - Ela exibiu um sorriso.

- O que vai fazer?

- Vou seguir seu conselho e experimentar aquela
roupa com o meu novo paquera.

- Então vai estar ocupada. Divirta-se.

Anahí pensou em passar em casa para mudar de
roupa, mas resolveu ir direto à casa de Alfonso, antes que perdesse a
coragem. Esperava estar fazendo a coisa certa. Depois dessa noite Alfonso
aceitaria que tinham uma ligação ou a tiraria de vez de sua vida.

Ela olhou os cabelos no retrovisor e saiu do
carro. Tocou a campainha e esperou. E esperou. Franzindo o rosto, ela tocou de
novo e espiou pela janela ao lado da porta. O jipe estava ali, ele tinha de
estar em casa, certo? A menos que tivesse saído com um amigo, ou até uma
namorada...

A idéia a fez se sentir desconfortável. Talvez
estivesse cometendo um erro. E se essa tal "conexão" que sentia entre
eles fosse só dela?

Quase caiu quando a porta abriu e Alfonso apareceu
de toalha, todo molhado.

- Anahí? O que faz aqui?

Ela tentou ignorar as gotas de água em seus pêlos
do peito, ou seus ombros musculosos molhados. Seu olhar involuntariamente
desceu até a toalha. Uma toalha, bem pequena, que não cobria muito...

- Anahí? Há algo errado?

Somente o desejo, congestionando todas as minhas
células cerebrais. Ela conseguiu dar um sorriso fraco.

- Precisamos conversar. Ele contraiu a boca,
hesitante.

- É melhor você entrar.

Ela o seguiu pela sala levemente iluminada. Havia
um par de sofás pretos de couro, um de frente para o outro. Do outro lado, uma
lareira de pedras.

- Belo lugar. - disse ela.

- Fique à vontade. Vou me vestir. - Ele seguiu
descalço pelo corredor de madeira.

- Não se incomode comigo - disse ela. - Assim está
ótimo.

já sabem comentem muito.

besos a todos.