Fanfic: ALTA FREQÜÊNCIA (Terminada)

Embora o confronto com Berlinda tivesse
reaproximado Alfonso e Anahí, o que ela imaginara não se materializou. Ao
segui-lo até sua casa depois da Deli ela teve a primeira pista. Saiu correndo
do carro e se jogou nos braços dele, na expectativa de bater o novo recorde
para tirar as roupas e pular na cama. Em vez disso, o beijo dele não foi nada
ardente.

- O que houve? - perguntou ela. - O vídeo prova
que não tive nada a ver com isso.

- Sei disso. - Ele a afastou suavemente. - Peço
desculpas. Nunca deveria ter duvidado.

- Então, o que há de errado?

- Duvidei. - Ele recuou, de mãos nos bolsos. -
Duvidei de você.

- Você se desculpou e eu o perdôo. Agora não
podemos fazer as pazes?

Ele balançou a cabeça.

- Como posso dizer que a amo e duvidar de você?
Ele parecia infeliz e talvez ela devesse ter compaixão.

Em vez disso, sentia-se irritada.

- Não posso acreditar que esteja fazendo isso -
disse ela.

- Isso o quê? Sendo um idiota.

- Sendo tão duro consigo mesmo. - Ela pôs a mão em
seu ombro. - Cometeu um erro. E daí?

Os olhos dele encontraram os dela, repletos de
tristeza.

- Não quero que sejamos um erro. As palavras a
congelaram.

- O que está dizendo?

- Que preciso de mais tempo para pensar, que
precisamos deixar as coisas se assentarem um pouco.

Ela recuou a mão e deu um passo atrás.

- Quer que eu espere até que resolva como
realmente se sente em relação a mim?

- É.

Ele fazia parecer tão sensato. Por que tinha de
tornar tudo tão difícil?

- Disse que me amava. Pensei que fosse para valer.

- Era. Eu realmente a amo. Porém...

- Nada de poréns. O amor não funciona desse jeito.

- Então, como funciona, já que é especialista?

- Não sou especialista. Mas sei como me sinto. O
amor não é prático, ou racional, nem necessariamente seguro. O amor envolve
riscos.

Ela fechou os punhos ao lado do corpo, lutando
contra as lágrimas que ameaçavam surgir.

- Mas é preciso querer correr esses riscos. E
você, aparentemente, não quer.

Ele a olhou, como se as palavras o tivessem
entorpecido.

- Não sei o que dizer.

Que tal Eu te amo, ou você está certa, ou
até me dê uma outra chance`! Em vez disso, ele só olhava para ela, em
silêncio.

Ela se virou e saiu correndo para o carro. As
lágrimas corriam pelo rosto, enquanto ela engrenava a ré. Só torceu para não
atropelar nada.

Quando olhou pelo retrovisor o viu ali, em pé,
imóvel. Ela limpou as lágrimas com a mão, lutando para não uivar de raiva e
dor. Ele nem tentou detê-la. Nem se deu ao trabalho de dizer tchau.

Alfonso sentiu o estômago revirar. Esperava
começar a tremer a qualquer momento. Como pôde ficar ali como um boneco, e
deixá-la partir?

Ele amava Anahí. Por que não era suficiente?
Talvez ela estivesse certa. Era um covarde, temendo arriscar. Mas, com seu históríco,
quem podia condená-lo?

Uma campainha distante o distraiu. Ele se deu
conta de que era o telefone. Talvez fosse Anahí, ligando do celular, para lhe
dar outra chance.

- Alfonso Herrera. Sim? - ele atendeu cauteloso,
pronto para desligar, caso fosse outro repórter.

gente comentem...

ja estamos quase... quase no final dessa web também.

besos as todas.