Fanfic: Tarde demais - Vondy | Tema: Vondy

Capitulo 33

Dulce saiu do banheiro, botou seu pijama e se deitou, tentava não pensar em Ucker, mas por mais que quisesse era impossível, até que veio em sua mente o primeiro dia em que começaram a ficar.

FLASH BACK

Era a primeira viajem junta que a família de Dulce fazia junto com a família de Ucker, tinham viajado para o Canada, no hotel que essas famílias tinham ficado, era mais para gente idosa, não tinha quase nenhum jovem, assim fazendo Ucker e Dulce entrarem em um profundo tedio, Dulce estava sentada em um sofazinho que tinha em frente a recepção do hotel, lendo um livro, como costumava fazer, Ucker chega e a vê e senta ao lado dela, ela olha para ele de rabo de olho mais não fala nada e volta ler seu livro...

Ucker: Você faz algo mais que ler e ler? *falando em um certo tom de ironia*

Dulce olha para Ucker e responde calmamente ..

Dul: Melhor que não fazer nada! 
Ucker: O que lê tanto?
Dul: O Físico! -mostrando o livro para Ucker
Ucker: Interessante - revirando os olhos
Dul: Não vejo algo mais interessante por aqui do que ler!
Ucker: Eu sim! Quer ir comigo dar uma volta pelo hotel?

Primeiro convite que recebia de um homem, Dulce sorri e assente, deixa seu livro na recepção e vai com Ucker dar uma volta pelo hotel, andavam sobre a neve, admirando a bela paisagem do lugar, até que chegam a um lugar onde se patinava...

Ucker: Vamos patinar?
Dul: To fora! Eu não sei!
Ucker: Sem problemas, eu te ensino! 

Dulce então aceita, os dois alugam patins e vão patinar, Dulce segurava em Ucker, que patinava devagarzinho com ela, até que ela se desiquilibra e cai, o levando junto, ele cai por cima dela e os dois se olham, no fundo dos olhos, Ucker não intendia o porque da vontade que estava nascendo em seu corpo de querer beija-la, sempre a achou tão estranha, mas a vontade foi tanta, que sem pensar mais, aproximou seus lábios no de Dulce dando inicio ao um beijo, não só a um beijo, mas dando inicio ao uma grande e conturbada historia de amor.

FIM DO FLASH BACK

Suspirou triste, eram lembranças e mais lembranças, a maioria realmente eram ruins, mas as boas, era tão especiais que... AH! Não ia mais pensar nele, chega de lembranças, não podia mais conviver com isso, e finalmente tomou uma decisão, pegou uma folha de papel e ficou ali, escrevendo e escrevendo, assim que acabou, foi até sua mãe e chamou ela para seu quarto, Dona Alma assim fez, chegou no quarto e se sentou na cama ao lado da filha

Alma: Então meu amor, o que falar comigo? -olhando para filha- Percebi que não está bem, quer desabafar?
Dul: Obrigado mamãe, a senhora tem razão, não estou nada bem -respirando fundo- E é por isso que tomei uma decisão.
Alma: Decisão? -confusa- Como assim?
Dul: Bom, deixa eu começar! -suspirando- Você sabe que eu sempre fui uma filha exemplar né? -Alma assente- Sempre fiz tudo que você e papai me mandavam, sempre passei direto, sempre fui aluna destaque, sempre fui motivo de orgulho para vocês
Alma: Filha, fala de uma vez, ta me assustando! -preocupada
Dul: E eu tomei uma decisão, e quero que você e papai apoiem, porque é o melhor para mim -decidida
Alma: Que decisão filha ? 
Dul: Quero morar no Brasil com a tia Clara - decidida

Alma olha para filha, seria, mas depois sorri nervosa, Dulce endoidou, só podia ser
Alma: Esta brincando, sim?
Dul: Não mãe nunca falei tão serio na minha vida!
Alma: Filha, você endoidou? -botando a mão na cabeça de Dulce- Ta passando mal é isso?
Dul: Não mãe! Eu estou decidida já! Eu quero ir, vai ser melhor para mim! -seria
Alma: Porque isso agora Dulce? Esta infeliz? Eu e seu pai não te damos amor suficiente? -entristecendo
Dul: Não mãe! -segurando a mão de Alma- Você e papai são os melhores pais do mundo! -forçando um sorriso- Mas eu estou infeliz sim, não com vocês, mas estou... E se continuar aqui posso acabar fazendo uma loucura e não quero isso para mim, quero mudar!
Alma: Mas filha? Por quê? Alguém te fez algo? 
Dul: Sim, mãe! Eu terminei com o Ucker!
Alma: Filha isso é coisa passageira, você é jovem e já ja se cura disso!

Dul: Não é passageiro não, eu o amo! -enchendo os olhos de lagrima- Amo cada sorriso que ele da cada palavra dita por ele, cada mania que ele tem, o jeitinho despreocupado dele, o corpo dele, o beijo dele, amo ele por completo e me odeio por amar ele assim, que nem uma idiota! -levantando da cama e gesticulando com as mãos- e saber que ele não corresponde a isso e que judia de mim, me humilha por causa disso, me destrói aos poucos, eu estou sofrendo mãe, como nunca - deixando as lagrimas caírem- Mãe -olhando no fundo dos olhos de Alma e se agachando em frente dela- Eu preciso me afastar dele, eu preciso esquecer dele, mas aqui eu não vou conseguir, eu preciso ficar longe mãe, nem que seja até julho, por um tempo, nas ferias de julho eu volto e moro aqui de novo, até lá vou conseguir arrancar esse amor de mim, mas aqui mamãe não da, não da mais! -limpando as lagrimas.