Fanfic: DNA - Vondy | Tema: Vondy

Capitulo 11

Alma: Enfim, vou colocar essa mocinha para dormir - Ela pegou Manu no colo.
Nicolás: Eu vou tomar um banho e também vou para a cama. Não demore - Ele deu um selinho nela e subiu. Dulce riu e me olhou.
Ucker: Não demore - Eu o imitei e olhamos nossa mãe.
Dul: Que vida boa, hein mamãe? - Ela riu e jogou a cabeça para trás.
Alma: Que abusados vocês dois são...
Ucker: Aproveita a noite, dona Alma. - nos olhou brava e nós rimos ainda mais.
Alma: Boa noite, crianças.
Ucker: Boa noite, mamãe. Boa noite, Manu. - Mandei um beijo no ar para elas.
Dul: Boa noite, mãe. Boa noite, Manuela. - Disse, com a mão na barriga tentando parar de rir.

Minha mãe nos olhou, balançou a cabeça negativamente e voltamos a rir. Ficamos mais ou menos uns cinco minutos ali rindo, sem perceber de que estávamos sozinhos. Depois que nosso êxtase foi embora, e percebemos o quão constrangedor era ficar sozinhos um com o outro, levantamos ao mesmo tempo, ficando de frente um para o outro.

Vondy: Eu vou... Não, pode falar. - Dissemos juntos, e olhamos para o lado.
Ucker: Pode falar. - Cocei a nuca.
Dul: Boa noite - Ela se virou e subiu as escadas correndo.
Ucker: Pra você também - Falei baixo e me joguei no sofá.

É, seria difícil esquecer o que havia acontecido. Muito difícil. 

Dulce narrando:
Dul: Bom dia, bom dia, bom dia - Passei por todos os atores, e figurantes que estavam sentados no palco conversando.
Mariano: Atrasada de novo, Dulce.
Dul: Sei que estou. Mas meu carro quebrou e tive que pedir para a minha mãe me trazer. E você sabe, tem aquela pirralha que só atrapalha a minha vida. Foi isso... - Eu sorri.
Sol: Porque não pediu ao seu irmão delicioso para te trazer? Todas nós iríamos adorar - Olhei-a e arqueei a sobrancelha.
Dul: Tenho que certeza que sim Sol. Mas quem não gostaria nem um pouco é Maitê, a namorada dele.
Sol: Eu não sou ciumenta Dulce.

Dul: Mais Maitê é - Voltei meu olhar para Pedro e ouvi as outras meninas falando "Uuuh, tá de TPM hoje" e "Vai idiota, ninguém mandou".
Mariano: Segure-se, Dulce. Pessoal, façam uma roda aqui e sentem-se.

Todos fizeram uma roda e se sentaram. Exceto eu e Mariano. Bom, além de assistente de "Nano" , eu ficava com a maioria de seus papeis. Corria um boato de que eu era sua amante, por isso que sempre ficava com o papel principal. E não, eu não era. Nós éramos apenas bons amigos. Amigos, amigos, negócios a parte. Esse era o nosso lema. Olhei a todos que estavam sentados na roda e...
Chris: CHEGUEI - Chegou gritando.
Dul: Percebemos, Chris.
Chris: Também te amo - Ele subiu ao palco e me deu um beijo na bochecha.
Dul: Cale-se e se sente.
Chris: Ok. Dê espaço ao meu bumbum, galera - Ele entrou no meio de Paula e Jaime e se sentou. Uma das qualidades de Chris era: Ser totalmente folgado.
Mariano: Então, nosso novo projeto escrito por Sol é o seguinte... É um musical. O mocinho se apaixona pela mocinha que é apaixonada pelo seu melhor amigo. Resumindo, o mocinho tenta mostrar para a mocinha o tempo todo de que seu amor não é seu melhor amigo, mas sim, ele. 

Dul: Um musical? - Franzi o cenho.
Mariano: Sim, não é ótima idéia?
Dul: Claro que sim. Parabéns pela idéia, Sol.
Sol: Obrigada - Ela sorriu, se mostrando porque fora elogiada por Dulce.
Dul: Eu sei exatamente quem pode escrever as músicas, não é, Chris? - O olhei.

Chris: Quem?
Mariano: Claro. Você é um gênio, querida - Ele pegou na minha mão e eu sorri.
Paula: E os papeis? Já foram definidos?
Mariano: Sim, já foram. Mas depois falamos disso. Dulce tem um comunicado para nós...
Dul: É difícil dizer isso. Há quantos anos estou aqui? Muitos. Tem gente aqui que eu conheço desde sempre - Olhei para Chris - Mas tudo sempre tem um final, né? Eu agradeço pelas oportunidades que tive aqui. Essa noticia é boa para alguns, e ruim para outros, mas enfim... Essa é a última peça que faço com vocês. Recebi uma proposta irrecusável para o próximo ano... Bom, é isso. 

Sol: E para onde vai? - Notei um sorriso em seus lábios.
Dul: Hollywood - Brinquei, notando que seu queixo foi no chão - Brincadeira... Fui chamada para fazer algumas séries. Mas no momento não posso falar sobre isso.
Mariano: Chega de noticias tristes. Dul, me ajude aqui - Fui com ele até atrás do palco e pegamos os livrinhos que seriam distribuídos com as falas - Sentiremos sua falta.
Dul: Também vou, Mariano. - Sorri e voltamos ao palco.

Distribuimos os livrinhos e todos começaram a fuçar. Mariano pegou um papel em seu bolso da calça e pediu atenção. Os papeis foram distribuídos, junto com o que cada um iria fazer, além do papel. Nós éramos um por todos e todos por um. Se um necessitava de ajuda, nós fazíamos qualquer coisa para ajudar.
Alguns não ficaram satisfeitos com o papel que havia ganhado, mas não reclamaram, porque sabiam que com Nano não tinha isso. Era assim, ou era assim.
Eu fiquei com o papel principal, onde Sol havia colocado o nome de Johanna. Jason com o papel do melhor amigo, que eu seria apaixonada e que se chamaria Fernando, e Christian ficaria com o mocinho, como Nano havia chamado, que se chamaria Lucas. Lemos toda a história, cada um com seu personagem. A história parecia interessante, e com certeza daria um bom público. Tínhamos uma média de seis meses para decorarmos todas as falas, arrumar o figurino e o cenário. Logo que terminamos, arrumamos o que havíamos bagunçado, mas alguns ainda ficaram conversando lá.
Chris: Já vai Bêbada ?
Dul: Vou esperar minha mãe gostoso . Meu carro resolveu quebrar hoje e tenho que depender dela.
Chris: Quer uma carona? - Perguntou, pegando a chave da moto em seu bolso.

Dul: Não, obrigada - Eu sorri - Você sabe que eu não sou muito fã desses meios de transportes radicais.
Chris: Está bem então. Até mais, rainha - Ele me deu um beijo no rosto e colocou o capacete.
Dul: Tchau - Retribui o beijo.

Eu tinha certeza que em minha vida, eu nunca encontraria alguém como Chris. O amor, a admiração que eu sentia por ele, eu não sentiria por mais ninguém. Eu o olhava, e o via nos filhos que eu queria ter. Claro, não gay, mas honesto, fiel, todas as qualidades e defeitos que havia em Chris, eu queria em meus filhos.
Olhei no relógio impaciente. Duas meninas passaram por mim e deram tchau, disse o mesmo, e então resolvi ligar para a minha casa para ver o que havia acontecido. Às vezes acho que é melhor aceitar a carona de Christian do que ficar plantada esperando minha mãe. 
Dul: Mãe, você não vai vir me buscar?
Alma: Dulce, agora não dá. Não tem ninguém ai que você possa pegar uma carona? - Olhei em volta e vi algumas pessoas - Não mãe, não tem ninguém. O Christian já foi embora porque eu disse que você viria me buscar.
Alma: Minha filha, entenda, eu estou ocupada. Será que dava pra você pegar ou táxi ou vir de ônibus? Venha a pé, você precisa emagrecer mesmo.
Dul: Mamãe, eu não estou gorda , está tarde para eu ir andando. Tirando que estou de salto. E o táxi ficaria muito caro. E o ônibus deve estar muito cheio a esse horário.
Alma: Então espere um pouco. Ucker... TEM COMO VOCÊ IR BUSCAR A SUA IRMÃ NO TEATRO? - Ouvi-a gritar.
Dul: Ah, mãe, quer saber, não precisa. O Mariano está aqui e ele me dá uma carona.
Alma: Foi só eu pedir pro Ucker que você arrumou uma carona rapidinho, né Dulce?
Dul: Nada a ver mãe. Vou ali falar com o Mariano. Ah, e obrigada por me chamar de gorda. Vou fazer mais exercícios para ver se melhoro isso. Tchau - Desliguei o celular sem ao menos ouvi-la dizer nada. Olhei para os lados e digitei o número que Poncho em meu celular. Logo ele atendeu – Olá Poncho
Poncho: Oi Dulce - Eu ri. Adorava o jeito que ele me provocava.
Dulce: Sabe, eu estava pensando em você e assim, você está fazendo alguma coisa?
Poncho: Não, não estou não - Respondeu, prontamente.
Dul: Minha mãe disse que eu preciso emagrecer, e então eu pensei na possibilidade de perder algumas calorias com você. O que você acha?
Poncho: Você leu meus pensamentos ruiva.
Dulce: Tem como você vir me pegar no teatro, por favor? Meu carro quebrou e estou sem carona.
Poncho: Claro, em cinco minutos estou aí. Um beijo.
Dul: The flash, meu anjo. Até - Eu ri e desliguei.