Fanfic: DNA - Vondy | Tema: Vondy

Capitulo 22

Ucker narrando

Após ouvir um barulho, olhei para trás e vi Dulce caída no chão. Quando olhei em volta, a maioria dos convidados começaram a se aproximar, e minha mãe já estava aos prantos. Tentei acordá-la chamei, gritei, mas ela não acordava. Logo Maitê chegou com uma garrafa de alcool e algodão.

Chris: É melhor você sair daqui. Se ela acordar e te ver assim ela desmaia de novo.
Ucker: É... Ok - exitei, mas me levantei, me afastando.

Pouco a pouco as vozes foram diminuindo, e consegui ouvir a voz fina dela no meio de todas. Ouvi Chris pedindo para que dessem espaço que ela sairia dali, e então resolvi tirar aquela fantasia ridicula de palhaço. Já que, afinal, a festa acabaria. Nunca soube que Dulce tinha tanto medo de palhaço desse jeito. Não tanto a ponto de desmaiar de medo. Quando chegasse em casa conversaria com ela. Mas antes, tinha que enfrentar minha namorada, preocupada com minha irmã e... na abstinencia sexual. Quando a deixei em casa, ela falou, falou, falou o que me fez ficar nervoso e quase chutá-la para fora do carro. Não sabia porque, mas necessitava estar em casa o mais rápido possível. Quando cheguei em casa, meus pais e Manuela ainda não haviam chego, mas vi que o carro de Christian estava lá. Passei pelo quarto dela mas a porta estava fechada, só ouvia a voz Chris. Deveria estar tentando animá-la. Fui para o meu quarto, tomei um banho e me troquei. Ia descer, mas vi que a porta do quarto de Dulce estava aberta, então eu resolvi ir para lá, para ver como ela estava. Esperava que ela não se assustasse comigo. Mesmo sem aquela fantasia. Entrei em seu quarto sem bater, e ela se assustou ao me ver. 

Ucker: Desculpa, não queria te assustar.
Dul: Não - ela se sentou - Sem problemas.
Ucker: Está melhor? - me sentei no canto de sua cama.
Dul: Eu não sabia o que eu ia fazer. Só de lembrar... - ela escondeu o rosto entre as mãos.
Ucker: Calma, já passou - me sentei ao seu lado e a abracei.
Dul: Era você mesmo?
Ucker: Era sim. Desculpa...
Dul: Promete não fazer de novo? Por favor? - me olhou e me perdi em seu olhar - Hein?
Ucker: Prometo - falei, mas nossos olhos não conseguiam se desgrudar uns dos outros.
Chris: Er, Dulce - entrou no quarto e então nos viu. Me levantei rápido e o olhei - Er... Estou com dor de barriga e então vou usar o banheiro tá? - tentou desfarçar o riso - E vocês... bom, continuem o que estavam fazendo. Eu não estive aqui... Eu nem se quer existo - e saiu.
Ucker: Seu amigo é sempre assim?
Dul: Pior que isso. Muito pior.
Chris: Não vão terminar o que quase começaram? - entrou no quarto e me empurrou, fazendo-me sentar.
Dul: Chris, você não ia ao banheiro? - o mirou, irritada.
Chris: É, eu ia. Bem lembrado - e saiu, falando algo que não consegui identificar.
Ucker: Acho melhor eu ir.
Dul: Não... Fica, por favor.
Ucker: Mas o teu amigo tá ai. É melhor você ficar com ele.
Dul: Se ele fosse mais importante que você, eu não pediria para você ficar. 

A olhei, espantado. Às vezes me perguntava o que estava acontecendo com ela. Uma hora estressada, na outra carente pedindo para que eu ficasse com ela, sendo que seu melhor amigo estava em casa. E ainda por cima diz que eu sou mais importante que seu melhor amigo. Bom, tecnicamente eu deveria ser, afinal somos irmãos. Mas Dulce era diferente. Sentia afeto por uma barata mas não pela família. Ela foi para o lado dando espaço para que eu me sentasse, o fiz. Quando me sentei, ela me abraçou, eu passei meus braços em torno dela e logo depois a ouvi dando algumas fungadas. Dulce... Chorando? Ha, impossível.

Ucker: Você está chorando? - ela não me respondeu, só apertou mais o abraço.

Por que ela estava assim? Coloquei meu dedo em seu queixo e levantei seu rosto, até a altura do meu rosto. Seus olhos castanhos estavam banhados em lágrimas. A senti tão desprotegida, tão necessitada de... amor. Não, não. Esquece isso de amor.

Ucker: Por que está chorando?
Dul: Por nada - disse, com a voz rouca pelo choro.
Ucker: Quer que eu faça algo por você? Mas por favor, não chore.

Vê-la assim me fez ficar tão... impotente.

Dul: Você faz mesmo algo por mim? - olhou em meus olhos.
Ucker: Qualquer coisa para você parar de chorar.
Dul: Sério?
Ucker: Sim.
Dul: Então me beija - sussurrou e eu mirei seus lábios.