Fanfic: DNA - Vondy | Tema: Vondy

Capitulo 24

Manuela: Cabeludo, você viu que legal foi a minha festa?
Ucker: Vi sim, princesa. Foi muito, muito linda.
Manuela: E a Dul? Onde ela está? Como ela tá?
Alma: É verdade, meu filho. Onde sua irmã está?
Ucker: Acho que está lá em cima com Chris - tentei disfarçar meu asco ao falar dela.
Alma: Ela está melhor?
Ucker: Por mim - dei os ombros.
Nicolás: O que aconteceu com vocês, hein?
Ucker: Nada, ué!
Manuela: Cabeludeo, você viu quantos presentes eu ganhei?
Ucker: Não vi não. Onde estão?
Manuela: Onde tá, mamãe?
Alma: Estão no carro, não é, Nico?
Nicolás: Estão sim. Todos lá...
Manuela: Então vamos pegar, Cabeludo.

Coloquei-a no chão e ela me arrastou até fora de casa para pegar os benditos presentes. E realmente eram muitos. Precisei de umas três viagens para conseguir leva-los todo para dentro de casa. Ela desembrulhou todos, e com uma alegria inexplicavel me mostrava todos. Pouco depois ouvi a voz de Dulce e Chris, olhei para a escadas e eles desciam as mesmas. Mirei seu braço, e estava muito vermelho. Não tinha a marca da minha mão, mas estava vermelho demais. Se ela tivesse sorte, ficaria roxo. E eu esperava isso do fundo do meu coração. Manuela fez menção de levantar e eu a segurei, voltando a atenção aos presentes. Ela passou por mim sem dizer nada, e Chris só disse um tchau para mim e feliz aniversário a Manuela, que também o ignorou. Ficaram um pouco fora e depois ouvi o barulho do carro de Chris ligando e logo Dulce voltou, indo em direção a cozinha. Mas que inferno! Eles iriam perguntar porque seu braço estava vermelho, e ela ia abrir essa enorme boca que ela tem. Fui para a cozinha, claro, eu tinha que me defender, e levei Manuela comigo, no meu colo.

Nicolás: Dulce, por que seu braço está assim?
Dul: Oi? - o olhou.
Alma: É verdade, minha filha. O que aconteceu? - chegou perto de seu braço e o olhou mais de perto.
Dul: Ah, isso? - ela me olhou, disfarçadamente

Ah, isso foi Ucker que fez. Não sei, mamãe, ela ficou todo nervoso não sei porque e me fez isso, pensei. Mas só pensei...

Dul: Na hora que eu desmaiei lá na festa. Acho que cai em cima do meu braço e fiquei assim.
Ucker: O QUE? - a mirei, espantado.
Alma: Ai minha filha, você está melhor, não é mesmo?
Dul: Estou. Mas por favor, nunca mais me façam ir a uma festa de criança, sério.
Alma: Claro que não, meu anjo - abraçou-a e Dulce me olhou, sorrindo.
Dul: Estou com dor na cabeça - se separou e colocou a mão onde eu havia puxado seu cabelo.
Alma: Bateu a cabeça também?
Dul: Deve ter sido. Deu tudo errado hoje...
Nicolás: Você só desmaiou, Dul.
Dul: Mas eu ia sair com o Agustín, papai. E agora estou assim - ela apontou para o braço - e com uma puta dor de cabeça.
Nicolás: Não exagere, minha filha.
Dul: Não é exagero - eu ri. Ela não sabia como faze-los ficar com dó dela.
Manuela: Dul - a prendi mais em meu colo -, e meu presente?
Dul: Ah é, Manu - ela me olhou, sorrindo -, já havia me esquecido. Está lá em cima, vamos lá que eu te dou.
Ucker: Depois ela dá, Manu. Vamos voltar para a sala agora.
Manuela: Não Cabeludo, eu quero ver o presente da Dul.
Dul: Eu não irei morde-la, Ucker. Se quiser ir conosco, pode vir.
Alma: Deixe-a ir, Ucker. 

Exitei, mas acabei colocando-a no chão. Quando ela saiu correndo, Dulce foi atrás dela, e eu não correria o risco dela fazer algo com Manuela. Fui atrás das duas. Quando chegamos em seu quarto, o vestido que eu havia dado a ela, e que ela havia usado na festa, estava em pedaços no chão. Ela foi até o guarda roupa e nem se importou em esconder o vestido. Mas confesso que senti um aperto no peito quando vi. Não entrei em seu quarto, mas me apoiei no vão da porta e fiquei olhando.

Dul: Aqui está - ela entregou o presente a ela - Espero que goste.
Manuela: Obrigada Dul - abriu os bracinhos para abraçá-la, e Dulce me olhou.
Dul: Por nada, minha linda - a abraçou.

Eu parecia mais um cachorro protegendo a sua cria. Quase pulei em cima dela quando abraçou Manuela. E seu olhar me dava ódio. Logo elas se soltaram e puxei Manuela para fora daquele quarto. De uma a outra, ou um dia eu matava Dulce, ou um dia ela me matava.
Afinal, o que estava acontecendo com ela?

Mais ou menos um mês se passou depois que a máscara de Dulce caiu, e ela nunca mais havia dirigido a palavra a mim. Nem se quer na frente de nossos pais. Eu também não fazia questão, só fazia de que ela não chegasse nem perto de Manuela. O que fez, e voltou a ignorá-la como sempre havia feito. Continuava com Poncho e Joaquim, já eu estava com Maitê, mais forte do que nunca, e dessa vez, pensar em Dulce não atrapalhava. Se é que me entendem... 
Mai: Quantos você quer? - apontou para Manuela que corria pelo parque.
Ucker: Três - mostrei a língua e sorri - Gosto de crianças...
Mai: E ninguém sabe disso, não é mesmo?
Ucker: Claro que não - a abracei, rindo - Já te contei que acharam que ela era filha minha e da Dulce?
Mai: Sério? - riu.
Ucker: Te juro. E quando eu disse que nós três eramos irmãos, a mulher quase morreu de vergonha.
Mai: Vocês realmente se parecem. Manuela tem o nariz e o sorriso da Dulce, mas é bem parecida com você também. Tem seus olhos castanhos
Ucker: Esse negócio de tem o nariz e o sorriso dela, faz parecer que ela é filha dela,Mai.
Mai: Desculpa - riu - Mas o que aconteceu? Vocês estavam tão bem antes do aniversário da Manu.
Ucker: Sei lá, aquela menina é doida - nos sentamos em um banco e ela se virou para ficar frente a frente comigo.
Mai: Eu já disse que te amo? - sorri, e vi que olhava meus lábios.
Ucker: Hum - fiz cara de pensativo - Acho que não.
Mai: Então... Eu te amo - ela me deu um selinho.
Ucker: Não começa, ok? Estamos em uma praça pública.
Mai: Só vamos nos beijar, Ucker. Isso que você está pensando, a gente faz mais tarde.
E me beijou. 
Manuela: Oi - cruzou os braços, nos olhando nervosa.
Ucker: Oi Manu - me curvei e a peguei, fazendo-a sentar na minha coxa.
Mai: Alguem aqui é muito ciumenta, sabia? - riu.
Ucker: Ciumenta? Magina. Impressão sua.
Manuela: Por que você estava beijando ela? - falou no meu ouvido.
Ucker: Por que ela é minha namorada. Você sabe disso...
Manuela: Ah é. Vocês vão se casar? - Mai me olhou e arqueou a sobrancelha, gostando de sua pergunta.
Ucker: Um dia nós vamos.
Manuela: E eu vou ter primos para brincar? - seus olhos brilharam.
Mai: Sobrinhos, Manu. Vamos adotar muitos sobrinhos pra você brincar
Manuela: E primos?
Ucker: A gente tem vários, princesa.
Manuela: E os filhos da Dul vão ser meus... - pensou, mas não se lembrou da palavra - Como é mesmo, Mai ?
Mai: Sobrinhos - riu.
Manuela: Isso. É... Os filhos da Dul vão ser meus sobrinhos?
Mai: Vão sim - passou a mão pelo rosto de Manu.
Ucker: Espero eu que ela nunca tenha filhos - sussurrei.
Mai: Pois eu também - respondeu - Quem quer um sorvete?
Manuela: Eu quero - gritou e pulou do meu colo.
Ucker: Então vamos comprar um sorvete - me levantei e dei as mãos a Mai que se levantou em seguida.
Mai: Vai querer do que? - perguntou a Manuela.
Manuela: Hum... Morango.
Ucker: E você? - nos aproximando da barraquinha de sorvete.
Mai: Chocolate.
Ucker: Sempre. Dois de morango e um de chocolate, por favor.