Fanfic: Deliciosa Sensação - Vondy | Tema: Dulce Maria, Christopher Uckermann, RBD, Romance erótico

— Já está indo ? Tá cedo! — Diz debochado o idiota do Alfonso quando me vê no estacionamento do hospital. Ele chegando e eu indo embora.  

— Para quem não dormiu... — Dou um tapinha nas costas dele quando passo por ele e sigo até minha caminhonete.

— Cara, não sei como você aguenta passar a noite aqui e ainda por cima dirigir esse caminhão.

— Vá se fo/der! — Grito entrando na minha bebê.

— Faço isso todo dia. — Ele retruca em voz alta rindo. Nego com a cabeça também rindo e dou partida no carro.

São sete horas da matina, estou quase um dia sem dormir e por mais incrível que pareça, ainda me resta um pouco de energia. Acho que é porque eu já estou acostumado com essa rotina de madrugar quase todas as semanas.

Meu celular toca e eu já sei quem é. Atendo sem olhar no celular.

— Amor, estou entrando no avião de volta. Daqui umas horas eu chego aí. — A voz de Cecília me faz relaxar contra o encosto de couro do banco. É esse poder que ela tem sobre mim.

— Estou indo pra casa. Não vejo a hora de cair na cama e dormir por horas.

— Eu não sei como você aguenta. — Ela repete as mesmas palavras do meu amigo com humor na voz. Me pergunto todos os dias como eu aguento também. — E a Dulce ?

Não respondo imediatamente. Não sei o que pensar em relação aquela mulher e ter fugido correndo dela porque o amigão aqui de baixo estava levantado não ajuda muito.

— Hum... Ela ficou lá em casa quando saí pra trabalhar. — Respondo o mais indiferente possível.

— Tratou ela bem ? — Apenas faço um ruído como resposta. — Ah, que bom! Quando eu chegar aí, vamos jantar juntos. Eu e ela temos muitas coisas para colocar em dia.

Maravilha!

Me despeço de Cecília quando vejo que já estou perto do prédio. Ela alega antes de eu desligar a chamada que me ama e que está com saudades. Estou começando desconfiar que isso seja verdade.

Estaciono o carro na garagem e subo para a cobertura. Faz tempo que tenho essa cobertura. Comprei no tempo em que eu vinha pro México apenas visitar meus avôs. É legal morar aqui, só não é muito legal ter uma cobertura de dois andares só para uma pessoa.

Não sou um homem que gosta de viver sozinho. No tempo da faculdade era outra coisa, mas agora é diferente. Eu amadureci e já me considero velho para viver uma vida de solteiro. Apesar de eu ter apenas vinte e nove anos.

Entro na cobertura e já vou tirando minha camiseta. Sempre que volto do trabalho, imediatamente tiro minhas roupas. Provavelmente está cheio de bactérias e com cheiro de hospital. É horrível.

Eu já estava desabotoando minha calça quando me deparo com uma cabeleira vermelha no sofá. Ainda não são nem oito horas. O que Dulce faz acordada ?

Me aproximo a passos lentos só para me deparar com ela deitada de lado, enrolada em um lençol e emersa em um sono profundo. Dormindo ela não parecia aquela mulher que encontrei ontem. Uma mulher sedutora e inalcançável, como se ninguém pudesse a atingir. Agora, ela parece vulnerável agarrada ao lençol, como se precisasse que alguém a protegesse dos seus próprios demônios.

Fiquei um bom tempo a olhando, até perceber que ela poderia acordar com torcicolo pelo jeito que estava deitada. Não sei se levo ou não ela para cama. Digo a mim mesmo que não quero ninguém reclamando de dor, então decido levar ela para o quarto dela.

Dou a volta no sofá, ficando de frente para ela. Com cuidado e delicadeza, pego ela no colo como um bebê. Ela não acorda, agradeço por isso. Subo às escadas e entro no seu quarto. Deposito ela na cama, com a cabeça no travesseiro.

Fecho as cortinas tampando a claridade do dia e vou até a porta. De canto de olho, vejo que Dulce troca de posição, mas não acorda. 

— Bons sonhos, Dulce! — Sussurro antes de fechar a porta.

Volto para sala para pegar minha camiseta e vou para o banheiro da suíte. Assim que termino, apenas enrolo uma toalha na cintura e caio na cama, cansado. Fecho os olhos, deixando o sono tomar conta de mim.

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Entro na cozinha, descalço e vestindo apenas uma calça de moletom. Preciso urgentemente de uma dose de cafeína. Olho para o relógio na parede e percebo que já é de tarde, mas ainda sinto que não dormi o suficiente.

Ando até os armários e pego uma xícara. Não percebo a presença de mais alguém na cozinha até que quando me viro, dou de cara com Dulce sentada na banqueta e apoiando o braço no balcão que ficava no centro da cozinha.

— Bom dia, Christopher! — Ela fala, sorrindo. Apenas aceno como resposta. Agora eu preciso de mais de uma dose de café. — Você está bem ?

— Eu estou, por quê ? — Retruco, estranhando a pergunta. Pego a garrafa de café, abro a tampa e viro a garrafa na minha xícara, porém nenhuma gota de café saí da boca da garrafa. — Merda! Preciso fazer café.

— Você está estranho.

— Você não me conhece para me dizer se estou estranho ou não. Talvez eu seja assim com todo mundo. — Estou sendo grosso, mas foda-se. Preciso de café. Coloco tudo que preciso para ter o maldito café na cafeteira e ligo-a.

— Sabe, Christopher... — Vejo Dulce se levantar, dar a volta no balcão e se aproximar. Olho para o corpo dela e imediatamente meu pau acorda. Ela está usando nada mais que um pequeno shorts curto de esporte e uma regata colada no corpo. Desvio o olhar do corpo dela antes que eu não resista em apertar aquelas coxas e volto a olhar nos olhos delas. A inocência fingida era tão visível em seus olhos castanhos que não tampava a malícia que havia ali. —... Eu não acho que você seja assim, um idiota. Então isso me leva a pensar que minha presença aqui te incomoda. Eu estou certa? Eu te incomodo, Uckermann ?

Quero responder que sim, incomoda. Que desde que chegou, a imagem dela e suas palavras tentadoras vem me perturbando e muito. Que eu sei que nesse tempo que ela ficar aqui vai ser um inferno, eu vejo isso estampado no lindo rosto dela.

Ficamos nos encarando fixamente por segundos até que o barulho de rodinhas raspando no chão e o barulho de passos ecoa pela cobertura. Dulce se afasta de mim e então Cecília entra na cozinha.

— Cheguei! — Fecho os olhos e praguejo alto em minha mente.

Esse maldito café que não fica pronto logo!