Fanfic: Três Demônios | Tema: RBD

Fevereiro, dia 2; 5:58 AM. Cidade do México. Mansão Saviñon.

— Vadia! - gritou minha irmã em frente seu computador.

Anahí Saviñon, linda e loira. Uma garota de 16 anos. Extramamente sedutora, dona de um lindo corpo e de um cabelo enorme. A falsa mais nova de nós três, ainda tem muito o que aprender, mas já sabe de muita coisa, o mais importante. Annie é muito ambiciosa e faz de tudo por dinheiro, a melhor parte dela. Minha irmãzinha é bem rodada, mas não é a única.

— Eu avisei!

Essa é Maitê Saviñon, minha irmã mais velha. Tem 17 anos e é muito mentirosa, a falsidade não é visível muito menos decifravel. Seu rostinho angelical encanta todos. Como Annie, pega quem ela quiser, namorando, solteiro, noivo, casado, professor. Ela passa o rodo! Igualzinha à mim, Dulce Maria Saviñon. Sou a mistura de Annie e May, minhas irmãs. Tenho 17 anos. Não tenho tempo para inocentes e derrubo qualquer pessoa que esteja no meu caminho. Não aceito perder e detesto desculpas, mas também não peço desculpas e não perdoo ninguém. Sou falsa e minha maior qualidade é ser bem vingativa, as meninas da escola em que nós estudamos que digam.

— O que houve? — disse enrolada numa toalha branca saindo de um demorado banho.

— Olha essa foto, Dul. — May arrastou o computador pra perto de mim e pude ver o ficante da Annie com uma menina em uma foto.

— Uau. — levantei as sobrancelhas e fui até o guarda roupa buscar meu uniforme do colégio. — Relaxe, irmãzinha, vamos dar um jeito nisso.

— Eu quero matar ele! — ela disse se levantando e indo em minha direção.

Apesar de sermos muito ruins, nunca matamos ninguém e claro que não vamos fazer isso.

— Deixa de ser idiota. — falei revirando os olhos e abotoando o sutiã.

— Ele me traiu!

— Você não tem nada com ele, mas nós somos as irmãs Saviñon e ninguém zoa com a nossa cara! — terminei de falar e comecei a por a saia.

— Vamos dar um pau nele? — disse May escovando o cabelo na frente do tocador.

— Um sustinho, quem sabe... — digo e abro um sorriso enquanto abotoava a blusa.

(...)

6:27 AM.

— Bom dia, família! — disse May indo até meu pai e minha mãe na mesa de jantar dando um beijo na bochecha deles.

— Bom dia, princesas! — disse meu pai mandando um beijo pra mim e pra Annie.

— Dormiram bem? — disse minha mãe bebendo um pouco do suco que tomava.

— Sim, mamis! — sorri e peguei um sanduíche de patê de peru em uma bandeja.

— Bom dia, garotas. — disse Berenice, nossa empregada entrando com uma bandeja de dois tipos de bolo.

— Bom dia. — disse eu, Annie e May juntas.

— Gatinhas, o motorista já está lá fora esperando vocês. — meu pai levantou e pegou sua bolsa na cadeira do lado em que estava sentado. — Preciso ir, amo vocês!

— Também te amamos, papai! — mandei um beijo pra ele que retribuiu.

Logo vimos ele saindo pela porta de casa.

— 6:50 vocês já estão no carro, entendidas? — disse minha mãe enquanto colocava um biscoito na boca.

— Tudo bem, mamis. — disse Annie comendo uma uva.

(...)

A hora não demorou pra passar e já estávamos no carro no banco traseiro. O motorista, como sempre, estava na sua cara de postura séria. Eu o encarava tentando desconforta-lo, queria ver sua reação.

— Algum problema, senhorita Dulce? — ele disse olhando pra mim pelo espelho retrovisor.

— Não. — disse seca e desviei o olhar dele, olhando para fora através da janela do carro.

(...)

Enfim, escola. Já estávamos fora do carro. No portão do Elite Way School, sendo mais exata. Já começaram os olhares dos meninos para nós. Annie, May e eu éramos muito populares, muito mesmo! Estudamos lá desde a primeira série. Todos nos conhecem. Nós três somos da mesma sala. Sim, apesar de eu e May sermos um ano mais velha que ela. Annie entrou em uma escola com 4 anos e foi aceita, já eu e May, entramos com 5. Eu e May temos apenas meses de diferença, digamos que nossa mãe era bem abusadinha, haha. Lá vem as caprichetes. Era o apelido que demos as meninas do Jornal E.W. Um jornal que as meninas da escola criaram. Tem a parte de saúde, educação, esportes, curiosidades da escola e uma coisa que não falta; fofoca! O bloco da fofoca é o melhor, sempre tem os melhores babados e sempre termina em briga. A direção não liga para os problemas do jornal, pois as caprichetes sempre dizem que está tudo sob controle e abafam o caso.

— Um olá para as irmãs mais descoladas dessa escola! — disse Allisson com um enorme sorriso no rosto. — E ai? Como foram as férias? Já se acharam por aqui? Já conheceram os alunos novos? Gostaram deles?

Revirei os olhos e suspirei.

— Allisson, sai fora, ninguém liga pra esse jornalzinho que você faz!

— Mas Dul, todos querem fazer parte do Jornal E.W! Sabem quantas meninas queriam está sendo entrevistadas agora? — ela disse tentando se manter calma.

— Por que você não vai gastar o tempo delas então? Eu e minhas irmãs somos muito mais que esse lixo! Se continuarem me enchendo o saco, vocês nunca mais vão ter mais ninguém pra entrevistar, sacaram? — lancei um olhar ameaçador, que fez ela olhar para Michelle e Georgina e sairem.

Continuamos a andar pela escola, procurando as pessoas, olhando as pessoas, mas não demorou muito pro maldito sinal bater, formarmos e entrarmos para as nossas salas. Olhei o horário das aulas no papel. Era Ed. Física. Começamos o dia bem. Logo observamos a professora Rita entrar. A mesma do ano passado, que droga. Ela tinha 38 anos e era até bem conservada. Muito chata e não permitia moleza na aula dela, mas pelo menos não tínhamos que copiar lição de aula.

— Bom dia, alunos! Para quem não me conhece, eu sou a professora Rita de educação física e vou está com vocês este ano dando aula, obviamente, de educação física. Vou passar algumas coisas no quadro pra vocês entenderem como funciona a minha aula. Copiem e assim que todos terminarem, vamos começar a aula prática.

E assim começou o inferno. Copiamos as coisas básicas. Trazer sempre a roupa de educação física da escola nas aulas, não pode usar celular, fazer sempre atividades físicas, garrafinha de água, essas coisas de aulas práticas de educação física. Assim que todos acabaram de copiar, fomos para o vestiário e vestimos o uniforme. Fomos para a quadra.

— Sério, eu simplesmente odeio essa Rita! — disse May se esticando.

— Eu também não gosto dela, mas até que é bonitinha. — Annie analisou a professora.

— Não estamos aqui pra falar da Rita e muito menos pra fazer educação física. Acordem! O ano começou! — disse eu batendo palmas.

— Tá, tá! Eu quero mesmo é saber se tem gatinhos por aqui, eu nem parei pra olhar — Annie se sentou na arquibancada.

— Ainda temos tempo pra isso, eu quero mesmo é afrontar! — disse esfregando as mãos.

— Ora, ora, ora! Se não é o trio ternura! — disse Fuzz andando em nossa direção seguida de Karla e Viviana.

— Ora, ora, ora, se não é o trio das caipiras! — May revirou os olhos ao terminar de falar.

— Esse ano vai ser diferente! — Fuzz disse quase que rangendo os dentes.

— Não, não vai ser. Não acredito que vou ser obrigada a aturar vocês de novo! Por que não se mancam e se mandam daqui? Querem ser humilhadas mais um ano? Mais uma vez? — eu disse andando ficando frente a frente á ela.

— Eu não tenho medo de você, Dulce. — Fuzz engoliu em seco.

— Tô aguardando, querida! Até você fazer alguma coisa eu já vou ter te virado ao avesso! — sorri desafiadora e também cruzei os braços.

Então ouvimos o barulho do apito da maldita, estava nos chamando para uma atividade. Deixei a rata molhada lá com as filhotes dela sozinha e fui até a professora, mas elas também foram pra ouvir o que a professora tinha pra falar.

— Bom, vamos aproveitar que estamos todos reunidos para conhecer os alunos novos. Sem apresentações como costumo a fazer. Vamos começar? — a turma assentiu e ela puxou a chamada. — Alfonso Herrera?

— Aqui! — um garoto forte levantou seu braço e olhou para a professora bem sério.

— Ok, Alfonso, obrigada! — ela olhou a chamada e chamou o segundo nome. — Christian Chávez?

— Pois não, fessora! — o garoto de cabelos tingidos de roxo fez questão de ir pro meio da roda e sorrir para a professora, fazendo a turma dar risadas.

— Tudo bem, Christian, só seja um pouco menos. — ela negou com a cabeça e disse o próximo nome. — Christopher Uckermann.

— Eu! — ouvimos uma voz atrás de todo mundo, um garoto loiro amarrava o cadarço de seu tênis e levantou, mostrando seu lindo rosto. — Estou aqui, professora.

— Ótimo, então esse é o Christopher, turma. — Rita olhou para a chamada e continuou. — Claudia Scmidt?

— Bem aqui! — a garota alta colocou as mãos na cintura e olhou para a professora. A professora assentiu e continuou.

— Estefania Villareal? Está aí?

— Sim. — escutamos uma voz baixa e todos procuraram a voz.

— Cadê você? — a professora disse e ela apareceu no meio da galera. — Ata, obrigada! — ela voltou para a chamada e chamou o próximo nome. — Eddy Vilard?

O menino apenas levantou a mão e a professora assentiu.

— Fernanda Polín!

— Presente! — a menina levantou a mão e sorriu.

— Ok, Fernanda! — Rita voltou a olhar a chamada. — Jack Duarte?

— E aí! — o garoto disse e levantou os dois braços.

— Seja menos também, Jack. — Rita suspirou. — Michael Gurfinkell?

— Na aula de educação física, sempre presente. — um moreno disse e depois soltou uma risada

— É assim que eu gosto! — Rita riu e continuou. — E por último, Zoraida Gómez!

— Não tenho presente pra dar. — disse Zoraida arrancando um pouco de risadas da turma.

— Engraçada! — a professora fingiu risadas e guardou a chamada. — Turma, esses são os novos alunos. Mas enfim, vamos trabalhar! Meninas no vôlei e garotos no futebol.

*

E enfim, o primeiro capítulo! Sou a Laura e pretendo fazer no mínimo 25 capítulos dessa fanfic! NO MÍNIMO!

Mas voltando a fanfic, o quão Fuzz é misteriosa para vocês? Por que ela guarda tanto ódio das irmãs? Isso é apenas uma prova para nunca subestimar Anahí, Dulce e Maitê.

Com amor, Jarley.