Fanfic: O Nascer dos Monstros | Tema: Gótico, fantasia sombria, drama
Em uma floresta, durante a noite, uma carruagem passava enquanto chovia. A chuva não era tão forte, o que permitia melhor visibilidade ainda que fosse no escuro. Era uma bela carruagem, movida por um sadio e veloz cavalo que puxava aquela bastante suntuosa carruagem, com um cocheiro muito bem vestido puxando as rédeas que conduzem o cavalo. Com certeza é a carruagem de um nobre, talvez de um burguês.
A carruagem descia uma ladeira, com uma manta densa nos dois lados da estrada.
De repente, os cavalos paravam de andar, não porque quisessem, pois são treinados para uma vez ordenados continuarem o quanto preciso, mas pelo fato de avistarem uma pessoa sair do meio da floresta para atravessar o outro lado.
Chefe: Está tudo bem aí fora?
Cocheiro: Sim, chefe. É só uma pessoa querendo passar, paramos para vê-la passar.
O cocheiro olhava com dificuldade para a pessoa que andava bem devagar, parecendo que fosse tropeçar. Assustadoramente ela não possui íris nos olhos, e sua pele está descorada, com a gengiva e as pontas dos dedos escurecidos. E o pior de tudo, ele ainda por cima murmurava um murmúrio que parecia mais um ato de rosnar, da forma mais intimidante comparando-o a qualquer predador.
A pessoa quem passava logo se vira de frente, andando em direção à carroça. Os cavalos começavam a ficar inquietos, batendo seus pés como se pedissem o quanto antes para continuarem a andar. Aquilo era estranho por parte deles, mas o cocheiro intimidado pela situação entendia os sinais e dava o comando para que continuassem a andar. Só que era tarde demais: pessoas iguais ao viajante que até então apareceu saem dos dois lados da estrada, e se direcionam a carruagem, em direção as cavalos e ao cocheiro.
O seu chefe estava do lado de dentro, com um candelabro acesso apoiado em um suporte dentro da carruagem, enquanto lia um livro que devia ter umas cem páginas. Sua leitura era interrompida pelo grito desesperado de seu cocheiro, e sons rosnadores do lado de fora formando uma sinfonia medonha. Ele decidia abrir a sua porta para ver do que se tratava, preocupado com a integridade do seu funcionário. Mas era tarde demais: tanto o cocheiro quanto o cavalo estavam sendo comidos vivos por aquelas pessoas bizarras, algumas com roupas rasgadas, outros com sinais de machucado que sequer pareciam ter alguma importância.
Via que muitos se aproximam dele, e o nobre ou burguês corre para dentro de sua carruagem, mas foi vão. Uma dessas pessoas conseguiu a tempo ficar entre a porta, e mesmo que o Chefe tentasse impedir sua entrada, ele abria espaço para a porta abrir, e junto dele, outras daquelas pessoas encurralam o Chefe e o devoram vivo junto de seu cocheiro.
No lado de fora, uma pessoa usando um capuz branco olhava toda a cena, usando uns colares com pequenas joias em seu pescoço. Sua pele era mais corada e a expressão de seu rosto mais vívida em comparação aos que devoravam o Cocheiro e o Chefe, que, afinal, acabaram de se transformar num deles.
Capítulo 3 – A Serpente e o Arco-Íris
Passaram-se cinco dias desde que os irmãos Ashgates chegarem a Dermouth.
Wes estava treinando no jardim da casa de Gaston, lutando contra Hadrian usando sua espada. Hadrian, a princípio, parecia estar com as mãos livre, mas usava em cada mão uma soqueira grossa, feita aparentemente de algum metal como cobre ou bronze, ou então qualquer outro que tivesse um pouco de ouro, porque possuem uma coloração amarelada. Nas superfícies de cada dedo, haviam caracteres mágicos gravados.
Wes: (se esquivando e defendendo alguns golpes com a espada) Cara, você é muito rápido!
Hadrian: É por causa da soqueira.
Ao dizer isso, Hadrian, com sua guarda montada com o punho esquerdo a frente do direito, usa a sua mão dominante para acertar Wes com um soco. Porém, este consegue a tempo se defender, dando um salto para trás e sua espada a frente de si, pressionando sua mão na lâmina para que, em contato com a soqueira, bloqueie o soco de Hadrian.
Wes: Você é forte, mas ainda me sinto mal em lutar contra um cara que não esteja empunhando nada.
Ao ouvir isso, Hadrian surpreende Wes com sua outra mão. Dava para ver o soco com a outra mão vir em direção ao rosto de Wes, com os caracteres mágicos brilhando enquanto o punho de Hadrian se encontra com o rosto de Wes. Evitando que Wes possa reagir, Hadrian pega na espada dele e a vira para o lado, fazendo o braço dele e o corpo se curvarem com a guarda baixa. O soco acerta em cheio, com tata força que o joga há uns poucos metros, fazendo com que caia nas plantações do Gaston. Ao verem isso, Gavin e Cecilia rirem, e Gaston, de braços cruzados, fica olhando.
Gaston: Aí que pena, terei que plantar tudo de novo.
Vendo que Wes sofreu com o impacto do soco e em seguida ser arrastado, Hadrian se aproxima dele para estender a mão e o ajudar a levantar.
Hadrian: Também me sinto mal por lutar contra quem não esteja usando magia.
Wes: (se levantando com a ajuda de Hadrian) Só não conta pros meus amigos que apanhei de um cara desarmado, se não vai ficar feio pra mim.
Gaston: Conseguiu observar alguma coisa durante a luta, Wes?
Wes: Bem, eu percebi que na soqueira dele havia uns desenhos brilhando certas horas. Nem sempre todos.
Gaston: Certo, e como você explicaria isso?
Wes: Vejamos... – Coça sua cabeça e fica olhando pra cima enquanto pensa, e logo responde – Ele usou... ele escolheu que caracteres usar, e através da sintaxe, todos eles permitiram um movimento único. Percebi isso quando o atacava, ele de alguma forma não só estava muito mais rápido que um lutador normal, mas ele sempre antecipava meus movimentos. Essas soqueiras o deixam mais ágil.
Gaston: Perfeito. E o que é a sintaxe mágica? Poderia recapitular?
Wes: É como – Dizia pausadamente – Os caracteres se relacionam, por aí.
Gaston: Quase isso. – Vira-se para Gavin e Cecilia – Algum dos dois se oferece para complementar a resposta do Wes?
Cecilia: Deixe comigo. – E vira-se para olhar Wes e o seu irmão Hadrian – A sintaxe mágica é o conjunto de regras que determina como os caracteres se articulam, sendo que eles são relacionados por caracteres específicos que unam outros caracteres. Mas atenção, preste atenção aos caracteres que pretenda usar, porque dependendo da natureza dele, ele pode anular outro, e assim, sua magia não surtirá efeito.
Wes: Como assim?
Ao ouvir falar, Gavin estende sua mão direita, na qual há um anel no dedo anelar, com um caractere gravado nele circunscrito em um círculo. Ao ativá-lo, o símbolo em seu anel brilha, e ele gera fogo com sua mão, manipulando-o sem queimar a mão.
Gavin: Está vendo minha mão? Se eu tivesse gravado um caractere da água, por exemplo, eu não conseguiria gerar fogo, porque a natureza da água implica suprimir a do fogo.
Cecilia: Ou então caracteres cujo efeito seja de anular magia. Sim, eles existem, e inclusive podem ser muito úteis para surpreender adversários que usem magia, porque qualquer magia que eles possam utilizar é inutilizada quando se usam da negação.
Gavin em seguida desfaz o fogo gerado em sua mão. Wes agradece a aula, mas informa que precisa se retirar para voltar aos seus afazeres na Escola, e então Gaston o libera, agradecendo pelo treino, mas pede para levar os irmãos Ashgates com ele ao menos até a porta, para apresentar um pouco a cidade para eles. Como forma de agradecimento por serem seus colegas de treino em sua casa, Wes atende ao pedido e leva Gavin, Cecilia e Hadrian consigo até a Escola de Cavaleiros.
Ao chegarem lá, Gavin tira de sua sacola qual carregava com uma das mãos, apoiando-a sobre seu ombro, o restante do seu colete, colocando-o para cobrir seus antebraços e canelas no treinamento. Sentava-se em um banco para amarrá-las, e de imediato já via muito de seus amigos chegarem perto dele olhando Cecilia com cortejo. Muitos se apresentam com bastante educação com cumprimentos e beijos na mão dela, percebendo que muitos deles se empurram disputando a atenção dela.
Quinn: Cara, você tem que me apresentar essa sua amiga. – Dizia se dirigindo ao Wes.
Sadon: Como ela se chama, Wes?
Wes: Ela se chama Cecilia, é... – Procurava dizer quem ela é sem revelar muitos detalhes – Ela e os irmãos dela são parentes distantes da Nivian. São de Buckton, e estão passando um tempo com o senhor Gaston.
Cecília parecia bastante constrangida com aquela situação. Hadrian e Gavin ficam encostados de canto, comentando a situação.
Gavin: Estou surpreso de você não estar bancando o “irmãozão mais velho super-protetor”.
Hadrian: Ela é uma mulher já. Portanto que ninguém falte com o respeito com ela, eu não preciso me meter.
Gavin: Que inveja. Se acontecesse o mesmo comigo em relação às mulheres, faria a festa.
Hadrian: Você é muito pervertido, isso sim. – Cruza os braços – Se um cara como você chegar na Cecilia com suas safadices, ela afunda a mão na cara dele.
Fendrel: (se aproximando do Wes) Já até está conhecendo a família dela e nada! – cutucando-o com o cotovelo bem de leve – Quando vai ter coragem de se abrir com a Nivian, ou ainda não estão querendo declarar nada publicamente?
Wes ao ouvir aquilo bate com o cabo da sua espada na testa do Fendrel, ficando totalmente constrangido com aquela coloração.
Wes: (fala bem nervoso) Fala isso de novo que te faço em pedaços!
Logo em seguida, chegava um cavaleiro para chamar os alunos para o treinamento, e Wes pede para que os irmãos Gates deem uma volta pela cidade, mas o encontrem por ali no fim do dia.
Antes que o treino começasse, porém, os aprendizes eram conduzidos até uma sala na qual havia na parede um mapa cartografado de Albiônia, e havia nele uma linha vermelha que partia do interior, e ela chegava até um ponto no qual estava escrito o nome da cidade de Dermouth.
Caradoc: Soubemos por mensageiros que andam havendo relatos de desaparecimentos em muitas cidades no interior do país, mas que ultimamente andam cada vez mais próximos de Dermouth. Algumas pessoas relataram nas cidades que houveram ataques de noite, e desde então algumas pessoas sumiam.
Outro cavaleiro: O mais estranho é que houveram relatos de que ao serem atacadas, as pessoas começavam a agir igual os saqueadores. Podem ter algo a ver com os sumiços também na estrada de pessoas que viajavam a noite e não chegavam mais ao seu destino.
Sadon: (levanta a mão)
Caradoc: Sim, Sadon. – Estende a mão para ele – Tem permissão para falar.
Sadon: Mas pelas estradas podem ter sumido por qualquer coisa. E pelo mapa esses casos já existem desde o interior, de lugares muito longe daqui, que levariam dias para chegarmos até lá. Comprovar que existe relação entre os casos é praticamente impossível.
Outro cavaleiro: Sim, sua colocação faz sentido, Sadon. Mas notamos que todas as cidades, assim como a nossa, estão todas ligadas por uma estrada que leva até Rhuddlan. E os casos estão cada vez mais próximos, a caminho da capital.
Bem, enquanto na Escola os cavaleiros deixavam seus alunos a par de suas preocupações com a segurança da cidade, há não muitos quilômetros de Dermouth, na floresta, um homem de capuz branco estava sentado diante uma fogueira, assando o que parecia ser um gambá espetado. Ao redor dele estavam pessoas paradas emitindo grunhidos baixos e assustadores, mas nem tanto quanto o aspecto cadavérico de muitos deles, alguns com partes do corpo faltando, evidentemente comidas. Este homem estava rodeado de zumbis, mas para ele não era problema nenhum, como se todos eles fossem submetidos aos seus comandos.
Este homem misterioso vasculha por baixo do seu capuz, descendo a mão até seus bolsos, e ao pegar alguma coisa tirava para ficar com ela em mãos. Trata-se de uma caixinha de madeira, qual ao abrir revela conter uma bússola dentro dela, com detalhes em metal, e o ponteiro lembrando um relógio de sol. Sem que ele contasse, a bússola aponta para uma direção por conta própria: o noroeste. Aquilo o pegava de surpresa.
Por baixo do ponteiro, havia um marcador que girava como o ponteiro de um relógio, que em seguida começa a girar em sentido horário descontroladamente.
Homem de capuz: Essa bússola não se move, a menos que... – Volta seu olhar para o ponteiro indicando o noroeste – Exista um rasto de magia até uns cinquenta quilômetros daqui. Possivelmente é um mago ou uma maga em...
Por estar na floresta, esse homem não havia muita noção de onde estava, e para sanar essa dúvida, ele tira de suas coisas um mapa feito a mão de Albiônia. O mapa estava bem enegrecido, porque havia pontos e nomes de cada cidade do país, e como aquele cartografado na Escola de Cavaleiros de Dermouth, havia uma linha vermelha que levava até a capital. Ele se guia por esta linha que ele fez, e compara a orientação do mapa com o local apontado pela bússola.
Homem de capuz: Dermouth. É para lá que a bússola aponta. Bem, em todo caso é o meu próximo destino mesmo. Quem sabe eu não ganhe reforços no que estou para fazer.
Passava-se o dia. No dia seguinte, Wes havia ido pela manhã treinar com os irmãos Ashgates na casa do Gaston, e ele como iria só trabalhar a tarde aproveitou para supervisionar o treino deles. Nivian estava também assistindo. O treino ia até mais ou menos umas onze horas da manhã, quando Gaston tinha de ir trabalhar e Wes se preparar para seu treino como cavaleiro. Nivian e os irmãos Ashgates dessa vez acompanham eles, todos andando pelo mesmo caminho.
Passam pela feira que ocupa as ruas. Estava movimentada, como vendedores ambulantes por todos os lados e pessoas com cestos, algumas até puxando jumentos ou mulas para ajudar a levar as coisas. No meio daquela gente, porém, o homem de capuz branco aparece. Ele aparenta em torno 30 ou 40 anos de idade, com um cabelo volumoso, no canto meio bagunçado, e a franja inteiramente alinhada, com cada fio de cabelo da franja ajustado para formarem uma linha quase perfeitamente reta. Ele segurava uma caixinha de madeira em sua mão, e ao ver ela aberta, tratava-se de uma bússola.
Ele olhava fixamente os jovens andando com Gaston, e aproxima em direção deles, até ficar totalmente parado diante deles. Eles ficam o olhando ali, pois afinal, uma pessoa vestida daquele jeito em meio à multidão era incomum. O homem de capuz possuía um aspecto sacerdotal. Ao ver aquela bússola, porém, Gaston fica apreensivo, mas mesmo assim para, notando que possivelmente ele iria querer diálogo.
Gaston: Pois não, o que quer?
Homem de capuz: Deixe-me eu me apresentar. – Dava um sorrisinho fechado – Me chamo Victor Endor, e como essa bússola indica aqui, todos vocês são magos, certo?
A bússola não estava só apontando para Gaston, mas ela fazia uma meia circunferência ininterruptamente, apontando para Nivian, Wes, Hadrian, Cecilia e Gavin.
Gaston: (estendendo a mão) Prazer em conhecê-lo, me chamo Gaston. – Cumprimentava o mesmo – No que poderia te ajudar?
Victor (Homem de capuz): O prazer é todo meu. – O cumprimentava e em seguida soltava sua mão da dele – Se não for pedir muito, gostaria de pedir um favor.
Gaston: E qual seria?
Victor: Estou viajando até a capital para resolver um problema, que afinal pode ser do interesse de vocês, uma vez que ele aflige todos os cidadãos deste país, inclusive os magos albioneses.
Ao ouvir com atenção o que Victor dizia, Wes recorda-se do que ouviu ontem Caradoc e outros cavaleiros falarem a respeito dos desaparecimentos que, a princípio, se mostram cada vez mais próximos de Dermouth, que é uma cidade próxima à capital do país.
Wes: Indo para a capital? Espere, você tem algo a ver com os desaparecidos?!
Victor: Não veja dessa forma, meu jovem...
Gavin: A forma com que você apareceu até aqui, falando de forma muito suspeita, sem falar muita coisa com a gente... – Aponta sua mão em direção ao mesmo, na posição de quem vai estalar os dedos.
Wes também pega em sua bainha, e se prepara para puxar sua espada, mas Nivian o impede segurando seu pulso.
Nivian: Pare. – Diz o olhando fixamente – Se você levantar a espada para ele no meio da multidão chamará a atenção.
Hadrian notava o olhar hostil de seu irmão para com Victor, e coloca sua mão sobre seu ombro.
Hadrian: O mesmo vale para você. Se usar de sua magia para atacar esse cara para você será ainda pior.
Victor: (levantando os braços, e dizendo em tom cínico) Esperem, cavalheiros, não precisamos resolver isso com violência.
Wes: Então me dê um bom motivo para não o denunciarmos por ser um mago!
Victor: Vocês todos também são, e eu teria como provar com minha bússola. Vocês teriam o mesmo fim que o meu.
Gavin: Não foi muito inteligente da sua parte, Wes.
Victor: Vejo que estão um pouco agitados. Eu entendo, estavam andando até que eu cheguei, devem ter mais o que fazer. Tudo bem. Vamos fazer o seguinte? Por que não nos encontramos no fim da tarde? Vou deixar vocês pensarem um pouquinho se querem ir comigo ou não para Rhuddlan.
Gaston: Acho justo. – Virava-se para olhar os demais – Vamos.
Ao ouvirem Gaston, sua neta e os demais o acompanham. Victor fica parado, acompanhando com os olhos todos eles irem dali, e Wes dava uma olhada em Victor, e percebia que mesmo com aquela expressão calma e serena, seu olhar transparecia algo misterioso. Misterioso e ao mesmo tempo perverso ao mesmo tempo. Mesmo sem provas, pressentia que Victor não é flor que se cheirasse.
No meio do caminho, Gaston chegava ao seu lugar de trabalho, e deixava que Wes e os demais seguissem, pois o próximo destino é a Escola de Cavaleiros. Ao chegarem lá, porém, viam que a Escola estava fechada, com um aviso bem na porta, qual Wes retira para ler em sua mão.
Wes: (Lendo em voz alta) Em virtude de vigiarmos os arredores da cidade, hoje não haverá treino. – E coloca o aviso no lugar – Droga, eu vou matar ele...
Ele dizia isso dando um soco com bastante força na porta. Pensava que Victor poderia ter algo a ver, ou pior, de alguma forma pressentia isso.
Vendo que Wes estava nervoso daquele jeito, logo chegavam Sadon e Jarin, e consigo estavam Olivier, Catrain e Joan.
Sadon: Calma, Wes, a porta não fez nada para você!
Wes: Muito engraçado, haha.
Nivian corria para receber suas amigas, dando um abraço bem forte em Catrain e Joan ao mesmo tempo. As três são bastante amigas, não é de se admirar tamanha empolgação.
Nivian: Pessoal, esses aqui são meus parentes de Buckton, venham conhece-los.
De braços cruzados, Wes notava Jarin e Sadon olharem o tempo todo para Cecilia, estando na cara que eles babavam pela beleza dela. Dessa vez, porém, até o próprio Olivier, que era mais recatado em expor seus desejos, olhava-a da mesma forma.
Wes: Já vocês pelo visto lembram da Cecilia muito bem, não é?!
Olivier: Wes... você precisa me apresentar essa garota. Ela é linda, faço qualquer coisa para fazer um retrato dela.
Wes: (Rindo) Até você, Olivier? Se bem que quando você é bonito as mulheres se tornam mais interessantes quando não estão nem aí para você.
Nivian, enquanto isso, levava suas amigas para conhecer os irmãos Ashgates. Cecilia, como qualquer outra garota, as cumprimenta com um beijo no rosto e sorri expondo seu carisma. Hadrian, cordial e cavalheiro como sempre, as cumprimenta curvando-se para dar um beijo sobre o dorso da mão de cada uma, o que de certa forma deixa-as um pouco abobadas.
Catrain: (olhando Hadrian maravilhada) Não sabia que ainda havia rapazes assim tão educados na cidade grande.
Joan: (seus olhos brilhavam olhando Hadrian) Prazer é todo meu, me chamo Joan...
Por fim, Gavin se apresentava também as cumprimentando, mas claramente dando para entender que estava as cantando.
Gavin: (cumprimentando primeiro a Catrain) Nossa, como você é linda... – E em seguida cumprimenta Joan – Você também. Esses olhos azuis e esse cabelo castanho, aí céus, a tornam digna de um poema dedicado só para você.
Joan: (dá um tapa no rosto de Gavin) Você em compensação é muito assanhado, garoto. Nivian, por favor, dê um jeito nesse seu parente.
Cecilia: (de braços cruzados) Bem feito, quem manda ser atirado desse jeito.
Em todo o caso, todos eles decidiam então passar a tarde. O círculo de amigos daquela vez estava mais ampliado, afinal, os irmãos Ashgates que se passavam por parentes distantes de Nivian compareciam para ajudar a animar o dia.
Enquanto isso, Gaston em seu trabalho em uma padaria ficava pensando no encontro repentino que teve com Victor pela manhã. Pensa muitas vezes nessa palavra “Estou viajando até a capital para resolver um problema, que afinal pode ser do interesse de vocês, uma vez que ele aflige todos os cidadãos deste país, ...”. Aquilo cria um monte de perguntas, às vezes uma levantada em cima da outra em sua cabeça.
Na hora, ele lembra também das palavras que ouviu de seu neto, o irmão da Nivian, pouco antes de ir embora de casa. Ele jurava vingança contra quem matou seus pais. Algo parecia tomar os pensamentos de Gaston. O quê precisamente?
Enquanto isso, Wes e os seus amigos conversavam sobre trivialidades. Afinal, são jovens, e estão aproveitando o dia livre. Estavam todos reunidos próximos a uma casa abandonada, com um portão de metal que estava sempre fechado, porém destrancado, o que permitia abrirem aquelas duas partes do portão enferrujado puxando suas grades, por entre as quais se podia ver uma casa inóspita, com algumas trepadeiras já crescendo pelas paredes.
Wes e Jarin, como de costume, estavam imitando lutas com pedaços de madeira, como é costume aos garotos de classe mais baixa fazerem, imitando os cavaleiros lutando. Sadon e Olivier estavam junto das garotas, bebendo um pouco de vinho, e entre passando um cachimbo, qual passava de boca em boca entre eles, Catrain e Joan. As garotas de vez em quando perguntavam para Nivian se ela queria dar um trago.
Nivian: Não, obrigada. – Tirava o cachimbo de perto do seu rosto – Não gosto do cheiro do tabaco.
Joan: Você sempre recusa, deveria experimentar.
Sadon: E vocês ainda insistem, deixem ela se divertir.
Olivier: (tragando um pouco, e oferecendo aos Ashgates) Vocês estão servidos?
Hadrian e Cecilia negavam com a cabeça, no máximo agradecendo porém ainda sim recusando. Gavin, em compensação, aceitava, e o pega da mão de Olivier para tragar o cachimbo também.
Gavin: É bom esse fumo. – Dizia enquanto traga e expele a fumaça – De onde ele é?
Olivier: Comprei na capital com uns trocados que ganhei com um quadro. É importado de Ghelders.
Gavin: Gosto dos fumos de lá, costumam ser aromados. Se bem que eu prefiro os fumos da Brumárquia. Nosso pai compra direto, ele gosta bastante de fumar enquanto lê.
Olivier: Os de lá são mais fortes, só que costumam ser mais caros também.
Com uma taça de vinho na mão, Catrain observa a simulação de Wes e Jarin. Eles já estavam um bom tempo nessa brincadeira, e decide os chamar para se juntarem a eles.
Catrain: Vocês não vão vir? O vinho está quase acabando?
Wes: (vira o rosto para conversar com Catrain) Calma, já estamos indo.
Sem que Wes visse, Jarin desferia com um golpe de madeira vindo de cima para acertar seu amigo em cheio. Wes para não ser golpeado recua uns dois passos para trás, e se defende colocando o seu bastão de madeira em posição vertical acima da cabeça, para que o golpe fosse bloqueado.
Wes: Filho da puta! – Diz automaticamente ao ser pego de surpresa – Eu não estava vendo. Deveria ter me esperado voltar a prestar atenção.
Jarin: E acha que em uma batalha real o inimigo vai se importar se você está conversando?
Cecilia olhava para o céu, e percebia que já estava ficando tarde. Deveria faltar uma ou duas horas para o Sol se pôr, e então ela cutuca seus irmãos.
Cecilia: (cutucando Gavin no tórax) Ei, Gavin, precisamos ir.
Gavin: (rindo enquanto conversa com os demais) Não dá para esperar um pouco? Tem tempo até anoitecer. A gente pode ir perto do toque de recolher.
Ele estava disperso naquele momento de entretenimento com os amigos que fazia. Hadrian, para ajudar seu irmão a relembrar de suas preocupações maiores, pega em seu rosto e o levanta uns trinta graus para que olhe o céu entardecido.
Hadrian: Temos algo para fazer hoje de tarde, que prometemos com o nosso “tio” Gaston, se lembra?
Hadrian não poderia falar sobre o tal do Victor Endor perto daqueles não magos. Teve então de parecer que eles deveriam se retirar por conta de qualquer suposto compromisso familiar.
Gavin: Há sim, verdade. – Devolve o cachimbo para Sadon – Vou ter que me retirar dessa vez, mas prometo compensar qualquer dia desses ficando mais.
Nivian se levanta para se retirar também, e despede-se de seus amigos, e por educação, os irmãos Ashgates faziam o mesmo com seus amigos, sobretudo Gavin, que era o que mais estava se enturmando.
Hadrian: Venha, Wes! Temos que ir.
Mesmo que estivesse mergulhado na brincadeira de luta com seu amigo Jarin, Wes ouvia o seu chamado, e por ver que estava ficando tarde, lembrava das preocupações com aquele mago que apareceu na feira de manhã. Ele então se despede de seus amigos, que decidiam ficar por ali no quintal da casa abandonada até que chegasse perto do toque de recolher.
Gavin: Irmãos... – Perguntava enquanto andavam junto da Nivian e do Wes – Vocês estavam quietos, não costumam ser tímidos assim.
Hadrian: Aquele tal do Victor me deixou preocupado.
Cecilia: Também não fui muito com a cara dele. Isso não me deixou com ânimo para me enturmar.
Hadrian: E mais, eu já tenho 24 anos, me senti meio velho ali. Os amigos do Wes e da Nivian estão na sua faixa etária.
Wes: Só para saber, por que estamos indo até o trabalho do senhor Gaston, mesmo?
Cecilia: Aquela bússola do Victor detecta rastro de magia, e quando existe mais de uma fonte, ela sempre leva até a fonte mais forte. Por isso, tudo leva a crer que ele irá até ele.
Wes: Detectar... – Ele se lembra da luta contra Durham – Essa bússola pode detectar rastro de magia como os monstros fazem?
Nivian: Sim, podem.
Cecilia: Magos podem fazer artefatos que ajudem a detectar rastro de magia, seja para localizar monstros ou identificar outros magos. Os monstros, por sua vez, possuem uma espécie de sexto sentido para isso.
Todos aceleram os passos. A padaria aonde Gaston trabalha não é muito longe dali, mas mesmo assim eles fazem questão de andar o mais rápido possível. Victor prometeu voltar no fim da tarde. Tempo era algo que eles não poderiam perder, porque não conheciam suas verdadeiras intenções, mas algo nele os deixava duvidosos quanto ao seu caráter.
De todos, Wes era o mais preocupado, porque sabia que havia cavaleiros nos arredores da cidade fazendo guarda, intuídos em deter a causa misteriosa dos desaparecimentos que marchavam cada vez mais próximos à cidade. A preocupação com o bem estar deles martela seus pensamentos.
Não demoravam muito a chegar até o local de trabalho de Gaston. Por sinal, ele já estava de saída, e se surpreende ao vê-los todos ali, se aproximando dele, acenando para que fossem vistos.
Gaston: Vocês por aqui?
Wes: (para repondo o fôlego junto aos outros) O Victor apareceu?
Gaston: Não, não vi aquele homem o dia inteiro, mas em todo caso não deixei de pensar no que ele possa ter em mente.
Wes: Quero ver o que ele tem para fazer. Em todo caso vou acabar com a cara dele se ele fizer algum mal para essa cidade.
Hadrian: Não se leve pela emoção, a gente não sabe do que ele é capaz.
Olhando para os lados, Gaston avisa uma rua sem saída entre duas casas, que eram estabelecimentos comerciais já fechados.
Gaston: (aponta para o local que viu) Melhor ficarmos ali, caso as coisas saiam do controle não é bom que sejamos vistos.
Seguindo a indicação de Gaston, todos eles se aproximam até o beco indicado por Gaston. Eles lá chegam, e ficam encostados entre os cantos que formam aquele beco. No canto direito estão Gaston, Hadrian e Nivian. No canto esquerdo, Wes, Cecilia e Gavin, todos preparados para receberem Victor, ainda mais caso eles ofereçam alguma ameaça.
Não dava nem cinco minutos, e eles viam uma sombra se formando na rua, de alguém andando cada vez mais perto daquele beco. A pessoa se aproximava mais, e quando ela passa para o campo de visão de todos, era o Victor segurando sua bússola, e caminhando até o beco, vendo todos eles ali.
Victor: Local discreto, foram espertos. – Dizia com seu jeito calmo como sempre – Assim não correremos o risco de ninguém ouvirem iguais barganhando.
Wes: Barganhar o quê com quem não se mostra?! – Dizia exaltado.
Vendo que Wes estava exaltado, Gaston estendia a mão para ele em um sinal para que se conter, olhando como quem pede para que deixe as coisas serem guiadas por ele.
Gaston: Perdoe meu pupilo, ele é um pouco cabeça quente...
Victor: Eu entendo seu pupilo, senhor. – Seu tom era calmo e diplomático – Seu aluno possui um ímpeto sanguíneo, não é atoa que é um aprendiz de cavaleiro ao mesmo tempo. E também não o culpo, vocês não sabem nada sobre mim. Por isso vamos nos conhecer. Vocês já sabem e o meu nome, e vocês, como se chamam?
Gaston: Eu me chamo Gaston, e eles são... – Aponta para cada um conforme designe o nome – Wes, Cecilia, Gavin, Hadrian e Nivian.
Victor: (junta suas mãos e abaixa a cabeça para cumprimentar gestualmente) Saudações a todos! Gostaria de conversar sobre uma coisa que aflige este país, inclusive a nós, magos.
Gaston: E o que seria?
Victor: A proibição da magia nesse país é algo que atrapalha nossas vidas, fora as pessoas que vivem sendo executadas por serem descobertas praticantes de magia. Mesmo que nos outros países exista intervenção estatal para o uso de magia, sobretudo quanto aos controles de magia bélica e a criminalização de técnicas proibidas, vivemos em um dos poucos países em que a prática é em seu todo proibida.
Hadrian: Sabemos disso. Agora nos diga, onde está o mal que aflige este país que você disse hoje cedo?
Victor: Ele é o próprio governo albionês, meus jovens e caro senhor. Vocês não sabem, mas dentro do alto escalão do governo, existem coisas que só de serem ditas assustariam qualquer pessoa. Coisas ruins, desumanas. Diria que nem mesmo uma guerra faz tantos horrores quanto esses feitos por indivíduos bem situados entre as pessoas que dirigem esta nação.
Gaston: E onde entramos nisso? O que você pretende fazer que quer tanto a nossa ajuda?
Victor: Sei que, a princípio, o que eu faço poderá chocá-los. Mas eu estou criando um exército para atacar a capital.
Wes: (segurando sua espada firmemente) Exército de magos?
Victor: Não – Fazia cara de desdém – Quis algo mais resistente, difícil até para o nosso poderoso exército. Criei um exército de mortos-vivos, por onde passo, bem...
Wes: Você ataca pessoas?! – Sua voz mostra ainda mais raiva.
Victor: Não usaria essas palavras. Eu diria que faço um alistamento obrigatório de soldados. Pode ser um pouco cruel, até porque para uma pessoa virar um zumbi ela precisa estar morta, mas é um mal que se faz necessário comparado ao mal que quero combater.
A mão de Wes tremia ouvindo aquilo. Gavin e Cecilia notavam seu pegar forte sobre o cabo da espada. Por dentro ele espumava de vontade de cortar Victor ao meio, e sua mão formiga por ter de se conter. Gavin segura o pulso de Wes, precavendo-o de fazer alguma besteira de forma tão temerária.
Victor percebia as caras de horror e repulsa pelo o que ele dizia, e estendendo as mãos para cima fazia um gesto para acalmá-los.
Victor: Entendam que é por uma causa maior. Conduzir sozinho um exército de zumbis é cansativo, por isso, gostaria de ajuda para coordenar o ataque à Rhuddlan, e fazer isso com mais pessoas fica mais fácil, vivas então melhor ainda. Mas terei que pedir que me permitam recrutar algumas pessoas nessa cidade. Meu exército precisa crescer, e atacar uma capital não deve ser nada fácil.
A repulsa por todos só cresce em ouvir aquilo.
Nivian: Seu monstro!
Gavin: Compactuar com isso é inaceitável.
Cecilia: Como tem a pachorra de fazer esse tipo de proposta?!
Gaston: Não podemos aceitar uma proposta dessas. Não quero arrumar confusão, por isso ordeno para que você e seus mortos se retirem dessa cidade agora!
Victor: Uma pena não aceitarem. Bem, terei que fazer isso sem a permissão de vocês.
Ao dizer isso, Victor coloca a ponta do polegar e o indicador encostados na boca, emitindo um assobio como de um apito, ou como o de um caçador chamando sua matilha de caça. O assobio era bem audível, dado com tanta força que podia ser ouvido de toda a cidade. Algumas pessoas não poderiam ouvir, mas pelos arredores da cidade, seus zumbis poderiam ouvir muito bem.
Em um canto na entrada da cidade, quatro cavaleiros faziam a guarda, atentos caso qualquer viajante suspeito aparecesse. Conservavam entre si normalmente.
Cavaleiro 1: Está ficando tarde, não é?
Cavaleiro 2: Eu bem que gostaria de ir, estou desde de manhã por aqui, mas teremos que esperar o pessoal do turno da noite aparecer.
Cavaleiro 3: E isso só será lá para umas nove da noite.
Cavaleiro 4: Que saco, já estou ficando com fome!
Do nada, eles viam pessoas se aproximando com um andar trôpego e lento. Alguns aparentavam lesões por seu corpo e sinais de ataque que rasgavam partes de suas roupas. Viam no começo um ou dois se aproximando, mas com o tempo apareciam mais, emitindo seus grunhidos tenebrosos.
Cavaleiro 2: O que é isso?!
Aquela horda de zumbis longo se ajuntavam a um deles. Eles não sabiam o que fazer. Não sabia se ajudavam ou atacavam, mas era tarde. O terceiro cavaleiro é atacado por um deles, mordido no pescoço com força, e logo outro o cercavam para devorá-lo. O primeiro cavaleiro decide atacar um perfurando sua barriga, porém, ele não contava que o zumbi continuaria a andar naturalmente. Seu ataque não surtiu qualquer efeito em debilita-lo.
Cavaleiro 1: O que são essas coisas?! – Dizia desesperado.
Ele via outro cavaleiro já zumbificado se aproximar, e sem fraquejar o atacar. Não demoraria para mais zumbis o cercarem e dar o mesmo trágico fim do terceiro cavaleiro. Por toda a cidade, gritos começavam a serem ouvidos também, e Gaston e os demais percebem isso.
Hadrian: O que você fez?! – Pergunta olhando Victor enfurecido.
Victor: Dei meu comando para minha horda atacar. Bem, durante o dia peguei os cavaleiros que cercavam os arredores da cidade, todos pegos de surpresa na mata.
Wes não conseguia se controlar ao ouvir aquilo. Seu impulso de ir para frente fazia a mão de Gavin se soltar do seu pulso, e com tudo ele ia atacar Victor.
Nivian: Wes! – Dizia preocupada ao vê-lo agir por impulso.
Wes: O único que vai morrer aqui é você! – Sua fúria contra Victor era manifesta.
Mesmo vendo que Wes ia ataca-lo, Victor fica parado, o olhando com uma cara cínica vendo aquele jovem aprendiz de cavaleiro o atacar com uma pulsão hostil, e não fazia para recuar ou repeli-lo. Com um golpe de espada, Wes atravessa o estômago de Victor, canalizando sua raiva no movimento que levava sua espada a afundar em seu bucho.
A expressão de Victor com o ataque era indiferente. Seu rosto era estático, não mudando nem um pouco. Porém, seu rosto e demais partes do seu corpo começavam a apresentar rachaduras, e tanto sua roupa quanto a pele e o cabelo descoloravam, ficando claras e amarronzadas como se fossem poeira ou terra. Victor parecia um boneco, e suas partes começavam a esfarelar-se sobre o chão, revelando que aquilo era uma superfície que escondia por ela um cavaleiro já morto, com a expressão de pânico estampada no rosto do cadáver.
Ao ver aquilo, Wes retira a espada que havia atravessado o cadáver, fazendo-o cair no chão em meio a aquele amontoado de pó.
Gaston: Ele criou um sósia para vir no lugar dele.
Gavin: O desgraçado era mais esperto do que pensávamos. Fez um sósia para vir por ele caso o atacássemos.
Wes: Onde ele está?! – Seu tom continua combativo.
Gaston: Em algum lugar aonde ele possa estar coordenando o ataque. – Olha para todos – Se apressem. Procurem ele, eu irei ajudar as pessoas a se abrigarem, os encontro mais tarde.
Ao ouvir aquilo, Wes já saía correndo do beco, e Nivian junto aos irmãos Ashgates iam junto dele, correndo para que ajam em conjunto.
Cecilia: Wes, acalme-se! – Dizia firme – Precisamos pensar no que fazer. Logo os mortos-vivos estarão aqui.
Wes: Eu tenho pessoas importantes pra mim em risco... – Sua mão que segura a espada tremia – Meus irmãos, minha tia... amigos...
Nivian: (dava um breve suspirar e espanto) Wes, nossos amigos na casa abandonada...
Wes: Sadon, Jarin, os outros...
Hadrian: Tudo bem, vamos para lá ajuda-los.
Todos concordavam em voltar para a casa abandonada, esperando que os amigos de Wes e Nivian ainda estivessem lá, preocupados que pudessem se abrigar em segurança, ou ainda mais preocupante, para ver se estão ainda vivos.
Autor(a): d._w._chambler_
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).