Fanfic: Príncipe do Crime #Vondy | Tema: Vondy, superação, reescrita

Pov`s Autora

Priscila, exatamente ao meio dia, vai á casa da amiga. O portão, como o encontra destrancado, entra sem chamar. Ela é como se fosse da família e não tem problemas com isso. Sabe que o pai deles nunca dorme em casa. Ao entrar, encontra Dulce na cozinha ao final de uma conversa no celular.

_ Sim. Eu vou. Consegui sim, você apareceu na hora certa em minha vida Marian. Não, eu que agradeço. Esse é meu passe para uma vida melhor, nunca vou poder te agradecer por isso.-Priscila decide ficar para ouvir a conversa, mais atentamente.-

 Marian é uma mulher morena, parecida com uma modelo de tão linda e bem vestida, que as duas conheceram por acaso no shopping. Ela ofereceu emprego para  as duas. Num estágio na Itália. Mas apenas Dulce se interessou, pois lá, poderia terminar a faculdade de pediatría, que teve de trancar uns tempos atrás.

 E ainda ter trabalho garantido, como balconista. A viagem seria gratuita, com hospedagem, roupas, cabelo, tudo incluso. Ou seja, a chance de ouro para Dulce.

_ Então, está marcado. Te vejo lá, sei sim onde é. Pode deixar, vou estar lá.-ela desliga o telefone, e só então percebe a amiga na porta.- Bom dia, Pri. Tá aí faz tempo?

_ Nem tanto...-ela respirou fundo.- Aquela era...

_ Não dormi a noite toda pensando no assunto.-sussurrou olhando em volta.- Aceitei.

 Ela a encarou com espanto.

_ O quê? Dul isso é loucura.-arregalou os olhos.- E o Daniel?

_ Não quero o deixar assim. Você sabe, mas eu não posso ver ele sofrer, sabendo que tenho a chance de mudar tudo isso em minhas mãos!-disse sonhadora.- Tudo que puder fazer por nós, farei.

_ Sabe que pode sempre contar comigo, para cuidar dele.-ela a abraça.- O que seu pai fez dessa vez?

_ Aí amiga, não quero falar sobre isso.-diz entre o abraço.- Só quero que prometa, que vai o proteger sempre, e nunca vai deixar ele se esquecer de mim.-diz com a voz embargada.-

_ Nem se eu quisesse, ele te ama Dulce. Não irá se esquecer.-diz convicta, se desvencilha do abraço para a olhar nos olhos.- Tem certeza?

_ Estou tendo a sorte de conseguir esse estágio, e até já falei com a Marian.-ela sorriu feliz.-

_ Eu sei, peguei metade da conversa.-sorriu travessa.- Mas o que ela disse?

_ Que vai marcar um vôo amanhã, no aeroporto de São Paulo.-ela engasga.- Nem me olha assim, já estamos no meio do ano. Ela disse que as vagas são poucas, por isso tenho que embarcar o mais rápido possível.

_ Aí amiga esse lugar vai ficar uma droga sem você...-ela fez bico.-

_ Eu é que vou ficar deslocada sem vocês por perto. Terei de me acostumar, é uma chance única.-seus olhos brilharam, se enchia de esperança.-

_ Você merece. É uma ótima amiga e irmã, só não queria que tivesse que ir para tão longe.-deixou uma lágrima cair.-

_ Por quê vocês tão chorando?-Daniel entrou na cozinha e bocejou.- O papai voltou?-olhou ao redor.-

_ Não. Olha só Dani. Depois do almoço, quero ter uma conversa séria com você.-ele colocou as mãos na cabeça amedrontado.-

_ Dul, eu juro que não foi só eu. Samuel me disse...-ela o interrompe.-

_ Ei do que você tá falando?-ela o encarou séria.-

_ Você não viu o bilhetinho?

_ Que bilhete?

_ Ahn...nenhum. Eu ia fazer uma piada que aprendi com o Caio. É.-sorriu meigo.- Pri, coloca desenho pra mim?

_ Claro. Eu vou assistir com você...-ela o pegou no colo e ele riu.- Nossa, como você tá pesado, garoto!-o colocou no sofá.-

_ É que eu tô crescendo muito, muito rápido sabia?

_ Nossa já é um homenzinho.-Dulce gargalhou.-

_ Sou mesmo. E vou ficar bem grande e forte para proteger vocês.-disse sorrindo.-

_ Ah que maravilha, viu só Dulce? Vamos ter um guarda costas...

_ Guarda costas não Pri. Eu vou ser um super-herói!-exclamou sonhador.-

_ Ah é?

_ É. Vou ter super poderes e salvar todos sempre!

_ Tudo bem, herói. Você fica aí quietinho, que eu vou ajudar a Dul com a comida.-se levantou do sofá após ligar a TV.-

_ Não vai assistir comigo? Esse desenho tem uns golpes de karatê, super maneiros!-disse empolgado, ela fingiu tristeza.-

_ Poxa, queria muito ver, mas tenho que ajudar a Dul, sabe por quê?-sussurrou.- Ela não sabe fazer aquelas batatas que você tanto quer..-ele pareceu pensar.-

_ É. Melhor você ir, depois eu conto o que aconteceu, assim você não perde nada..-ele disse sem olhar para ela, a mesma balançou a cabeça e foi ajudar a amiga na cozinha.-

No dia seguinte.

As lágrimas foram inevitáveis na dolorosa despedida. Daniel chorou com a separação. Mas era preciso. Recebeu um abraço apertado de Priscila, e a fez prometer novamente cuidar do menino. Marian sorriu para Dulce que retribuiu o sorriso.

_ É hoje que sua vida muda, Dulce.-ela diz apertando sua mão.-

_ Estou ansiosa. E um pouco nervosa, me parte o coração deixar todos assijm..-disse com as mãos trêmulas.-

_ Vai ser bom você vai ver..-fizeram a última chamada para o vôo em direção á Itália.- Bom, se lembra do que eu te falei?-ela assente.- Então. Nada de dizer que está indo á trabalho e sim como turista, ok?

_ Sim. Pode deixar.

_ Você não me conhece.-ela coloca os óculos escuros e vai na frente.-

 A viagem foi tranquila, Dulce conseguiu dobrar a curiosidade e dormiu um pouco. Marian estava á 4 poltronas atrás dela. 

 Assim que desembarcaram na Itália, um loiro alto e forte as esperava encostado no carro, vestido com um terno preto.

_ Dulce esse é nosso motorista, Axel. Axel, essa é a Dulce. Nossa nova funcionária.-eles trocam um aperto de mãos.- Ele vai nos levar até o hotel.

 Ele abre a porta do carro para que elas entrassem, guardou as bagagens no porta-malas. O carro arranca, e pela janela Dulce observa atentamente cada detalhe do lugar mais lindo que já esteve. Pararam em frente á uma boate de néon. A porta era em tom vermelho escarlate, luxuosa e elegante.

_ O que fazemos aqui?-pergunta para Marian.- Não ia me levar para o hotel?

_ Claro só estou com fome. Vamos almoçar aqui, pode ser? E em seguida te levo parao hotel...-Dulce deu de ombros, e entrou acompanhada po Marian, aquilo não parecia um restaurante, tinha um palco e algo que parecia ser um bar. No palco havia duas garotas que limpavam, sabão e balde.-

 Ao lado havia um ruivo, e um moreno. Só que mais baixos que Axel. Pareciam estar á espera de alguém.

_ O que é isso?- olhou para as meninas depois ao redor. Marian a encarava com um sorriso debochado nos lábios.- Onde estamos Marian?

_ Você é cega, garota?!- Axel pergunta ríspido, fechando a porta atrás de sí.- É isso mesmo que você tá vendo, um bordel.-riu.-

 Ela riu incrédula. Mas fechou o sorriso ao olhar para o semblante dos dois.

_ Marian esse cara tá louco? O que tá acontecendo aqui?-Dulce se desespera.-

_ Você vai trabalhar aqui, Dulce. Esse é o seu tão sonhado estágio..-sorriu, Dulce sentiu seus olhos lacrimejarem, passou a mão nos cabelos e arfou.- Eu não disse que seria bom..-gargalhou ao ouvir seu soluço.- Oh, não chore querida. Eles pagam bem por um programa aqui, é só você gemer bem alto!-riu.-

_ Sua... SUA VAGABUNDA!! EU VOU ACABAR COM VOCÊ! EU VOU TE MATAR!-avançou com tudo para cima de Marian.-

 Primeiro lhe desferiu um soco no estômago, com o impacto ela se curvou para frente. Não contente, Dulce puxou seu cabelo para levantar seu rosto lhe dando vários tapas na face.

 Um dos seguranças tentou impedir, mas foi parado por Axel. Ele negou com a cabeça.

 Uma senhora de cabelos brancos, porém elegante aparece no salão.

_ O que está acontecendo aqui, ajudem ela! Agora!-ordena, os seguranças, obedientes, se aproximam para afastá-la.-

_ ME SOLTA!SUA LOUCA! SUA LOUCA!-Dulce a jogou no balcão e lhe deu mais um soco antes de ser puxada para longe.-

_ SOLTA EU VOU MATAR ESSA DESGRAÇADA!!!SOLTA!-Marian riu alto e pegou a bolsa de Dulce, seu supercílio estava cortado e seu nariz sangrava.-

_ Deixe eu ver isso aqui. Passaporte,documentos, celular...-faloucom uma satisfação indescrítivel, Dulce se debateu com a tentativa frustrante de se soltar.- Nada de celular em horário de serviço.-jogou no chão o celular, transformando o aparelho em pedaços.-

_ Me deixa sair daqui! Me solta!-ela gritou, Marian balançou o indicador.-

_ Pode gritar a vontade, aqui ninguém vai te ouvir..-riu cínica.- Vai ter motivos bem melhores para gritar! grita mesmo!

_ SUA MALDITA! EU TE ODEIO!-soluçou e se contorceu.- EU QUERO IR EMBORA DAQUI! ME LARGA! SOCORRO!

 As garotas olhavam com desespero para Dulce, temiam que algo a acontecesse.

_ Que bom que compartilhamos o mesmo sentimento.-sorriu perversa.-

 Axel acenou para o ruivo, que a segurou também.

_ Chega Marian. A levem para o depósito, vai.-gesticulou com a mão.- Garota insuportável!-bufou.- Fez seu trabalho direitinho em, o Chefe está furioso com o que aconteceu, e deixou claro não admitir erros dessa vez.

_ Não terá.-afirmou sorrindo orgulhosa de sí. Os dois homens, a levaram sumindo no corredor.-

 As duas garotas que limpavam o palco outra vez, sussurravam entre sí.

_ Essa daí a gente não vê mais..-disse a morena.-

_ Será, será que vão apagar ela?- indagou a loira.-

_ É bem capaz, você viu a surra que ela deu na Marian? Isso não vai ficar assim...-assentiu a morena, com o olhar triste.-

_ Psiu! Ei! Vocês dua aí, ao trabalho! Já!- Ordenou Axel.-

_ A gente tá limpando.-disse a morena, que voltou a limpar.-

_ Que loucura foi essa, Marian?- a senhora se sentou atrás do balcão.-

 Colocaram Dulce em um cômodo apertado, e fecharam a porta de ferro com força fazendo as paredes tremerem. Ela correu até a porta a batendo repetidamente, seus gritos ecoavam pelo pequeno cômodo, um pouco escuro já, ela deslizou deixando-se cair no chão, suas lágrimas eram involuntárias, e caíam vorazmente.

_ Não me abandona, Dul, por favor... Eu não tenho mais ninguém, por favor, você prometeu!-se lembrou das palavras dolorosas do pequeno, que soluçava sem parar.-

_ Não, não pequeno. Não vou te abandonar, eu vou voltar. Vai ser só por alguns meses..-tentou o abraçar, mas ele se encondeu atrás de Priscila.-

_ Mentira! Você não me quer! vai fazer igual a mamãe e o papai! Eu não quero mais te ver! Vai embora-disse nun choro sentido.-

_ Dani...-Priscila o repreendeu, Dulce maneou a cabeça, limpando as lágrimas.-

_ Tudo bem, ele ainda é muito pequeno para entender. Cuida dele por favor...

Foi seu último pedido que fez a amiga antes de embarcar. Lhe doía o peito só de lembrar o quanto fora enganada por aquela mulher, pensa no irmão, e em como gostaria de ouvi-lo novamente.

 Não poderia ser verdade. Só podia ser um pesadelo. Largou sua vida, seu irmão no Brasil, para ser jogada numa boate de prostituição na Itália. Será que poderia ficar pior?

 Bueno! aqui estoy!

obrigada a primeira leitora que comentou a fic, e as que favoritaram.

serio obrigada mesmo.

essa história é diferente de todas as que escrevi. espero com ela tocar o coração de vários leitores, para coisas que acontecem sim na vida real.

coisas que não conhecemos, não sabemos, como o tráfico de pessoas.

é real, e muito comum.

Sabe o o que é não ter liberdade própria?

é assim que eles agem. tirando a liberdade das pessoas.

se puderem divulgar e comentarem.

bjus! e até breve!

Juh.