Fanfic: Slave Candy | Tema: Vondy

Dulce  

 Aprendi a dirigir a muito tempo mas papai não empresta o carro por me achar delicada demais para o trânsito. O carro de Christopher é muito grande e muito masculino, percebi os olhares de algumas líderes de torcidas ao me verem destravar e entrar no carro essa parte foi meio difícil já que como eu falei o carro é grande. Depois de um trânsito infernal e de uma fila enorme apenas para lavar um carro. Lá estava eu de volta para escola depois de perder um tempo de aula e chegar faltando cinco minutos para o fim do segundo tempo. 

- Professora, mil desculpas.- olhei de relance para may. 

- venha Dulce vou lhe dar seu teste em outra turma. 

- Muito obrigada  

A acompanhei em silêncio agradecendo a todos os deuses do planeta por ser a senhorita dias e me dar tão bem com ela. Parei de agradecer no momento que percebi para onde estávamos indo, só pode tá de brincadeira. 

  Mesmo sentindo os olhares de Christopher e de sua tribo não ergui o olhar sentei-me bem na frente e foquei no teste. A turma não ajudará nem um pouco já que não ficavam um minuto em silêncio. 

- por favor meninos, entreguem o trabalho agora. 

 Aos poucos todos os trabalhos se acumularam na mesa. Olhei para trás e o vi que como se tivesse a capacidade de sentir quando o olham me olhou e piscou, voltei a atenção para mesa ruborizada. Em parte consegui fazer quase tudo deixando apenas uma em branco não por não saber fazer mas por a dor de cabeça estar voltando, assinei meu nome e sai sem olhar para trás, só tive tempo de chegar na porta da minha sala quando o sinal do intervalo bateu. Entrei apressada rezando para encontrar may. 

- por onde você andou?? Sumiu. 

Sorri ao ver a mesma de cara emburrada, joguei a bolsa na cadeira ao seu lado. 

- fazendo uns lance. 

- misteriosa. – ri do comentário. 

Nos conhecemos desde muito nova quando a família Dela se mudou para mesma rua que a minha casa, só começamos a conversar mesmo quando o irmão dela me empurrou e ralei o joelho. 

- podemos ir a cafeteria depois da escola. 

- desculpa mas estou cheia de coisas pra fazer.- suspirei frustrada. 

- deixa para próxima. 

 O corredor de onde fica os armários estão sempre lotados mas hoje estava diferente, só poderia ser perseguição ele estava lá encostado todo gostoso, peguei as chaves no bolso da calça e Fiz o mesmo que ele é joguei as chaves de surpresa mas a diferença foi que ele pegou no ar antes mesmo de atingi-lo e sorriu de uma forma super fofa. Que idiotice. 

 O resto do dia ocorreu calmamente ou seja um tédio meu pai e ninel saíram para um jantar o que me deixou sozinha, não tinha muito o que fazer em casa já que ninel esqueceu de renovar o contrato de internet e eu tenho passado meus dias olhando o teto ou gastando meu plano de dados. No momento tô encarando o teto. Senti meu celular vibrar embaixo do travesseiro, olhei mas por impulso do que por interesse. 

“Hey” 

Uma mensagem de texto que só dizia isso?? Fala sério, eu posso responder e acabar com meus créditos ou ficar na dúvida. Digitei uma resposta curta, odeio ficar curiosa. 

“Quem é?” 

A pessoa demora um século pra responder quem é, encarei fixamente o celular. 

“ Que coisa feia, não se esquece um cara que te deixa dirigir o carro dele.” 

Deixei o corpo cair na cama. Meu deus a perseguição não acaba. 

“ O que quer?? Como conseguiu meu número?” 

“Onde colocou minha carteira?” 

Merda, eu peguei no porta luvas, paguei e coloquei no banco ao lado eee aí caramba. 

“Banco do piloto, procura que acha!” 

Desliguei o celular, que ele ache por favor. Não lembro onde coloquei a carteira e olha que estava com uma grana boa. Só faço merda pior que ser chantageado e com certeza ficar devendo dinheiro para alguém do tipo dele. Drogaa, as coisas na minha vida só funciona ao extremo ou tediosa demais ou encrencada demais. A casa está assustadora, coloquei a mão para ligar a luz mas a campainha tocou na hora junto com batidas fortes. 

-Quem é??- prendi a respiração. 

-Sou eu 

Suspirei ao reconhecer a voz da may, corri até a porta. 

- pensei que não ia abrir nunca, o que aconteceu com seu celular ?? 

- como assim? 

- mandei varias mensagens. 

- descarregado. 

Forcei um sorriso, may deu de ombros e adentrou... 

- Porq está tudo escuro? 

Perguntou já acendendo a Luz, may pode até ser minha melhor amiga mas essa mania de perguntar de tudo é completamente irritante. 

- o que devo a visita ?- falhei firmemente em não parecer grossa. 

- Preciso daquele salto vermelho que eu amo. 

- tá no closet. 

Respondi e dirigi-me até a cozinha, me enchia o saco ver o modo como às vezes ela só se interessava do que eu podia emprestar. 

- Tchau. – ouvi ela gritar uma despedida qualquer e depois o barulho da porta. Me esforcei um pouco para subir na bancada e encarei a cozinha. 

- mamãe, mamãe. Olha o que eu fiz – mostrei o desenho atrapalhando para a mulher de estatura baixa com um corpo cheio de curva. 

- muito lindo meu amor.- virou-se para a menininha pegando o desenho e agachando ao lado.- quem é a princesinha??- perguntou distribuindo beijos pelo pescoço pequenino. A risada infantil ecoou pela cozinha. 

- As mulheres da minha vida.- Fernando, colocou a pasta  na bancada e agarrou blanca. 

- papai- gritou animada em meio as risadas tentando sair do meio dos pais. 

- Como você pode??- o grito de raiva de Fernando assustou. 

- Não sou feliz aqui, isso não basta.- Blanca tentava explicar a traição. Saiu da cozinha em direção à porta. 

Dulce olhou para o vão da porta da cozinha. 

- o que não basta? 

- você não basta, eu quero mais.- tentou mais uma vez niver a mala que Fernando segurava., a menina correu atrás dos pais e se sentou. 

- vai deixar sua filha?- a mulher olhou na direção da menina sentada na escada. 

- ela vai ficar bem.-  

- não vá Blanca!! Fica comigo. Fica com nossa filha.- a última frase do papai foi implorar para que ela não fosse mas ela foi e nem olhou para trás, papai sentou com as costas na porta chorando. Olhou a menina de cabelo bagunçados o encarando. 

- venha cá. – se jogou no colo de Fernando e o abraçou.- vai ser apenas eu e você meu amor. 

- só eu e você papai. Nas semanas que se seguiram ouvi ele chorar todas as noites e durante o dia ser mãe e pai da melhor forma sem nunca deixar faltar nada.  

- Querida.- ergui o olhar Ainda meio perdida em devaneio, olhei para o relógio e já passou algum tempo desde a visita da may. 

- oi. 

- no que está pensando ?? 

- em bobagem papai, como foi o jantar?- sorri ao receber carinho nos cabelos. 

- Bom.- voltou-se para a geladeira. 

- Dulce. – ouvi ninel chamar e revirei os olhos.- sabe aquela sua amiga morena?- perguntou assim que entrou na cozinha. 

- a may  

- a vimos no restaurante com um rapaz- traidora não quis sair comigo por causa de um garoto. 

- hum.- percebi que ela puxaria assunto encima disso então pulei da bancada e corri para o quarto.