Fanfic: Slave Candy | Tema: Vondy

Há exatos seis meses estou aqui. As coisas são um pouco mais aceleradas do que imaginei. Seis meses longe de Dulce, longe dos meus amigos e longe da cidade onde cresce. Em parte a sensação de estar finalmente livre daquele homem asqueroso que enche a boca para se dizer meu pai.

Conheci todo o tipo de homem e até algumas mulheres. Elas conseguem ser mais mal encaradas que muitos dos machos, apenas no início depois se tornam como irmãs para alguns. para outros uma paixão de guerra.

-Por que são tão sérias quando chegam?- perguntei para Lili. Assim que já podia ser considerada uma amiga no meio do caos.

Um morena determinada e bonita. Está aqui a quase dois anos, foi um pouco malvada e rígida no começo mas logo mostrou o enorme coração.

-Somos mulheres. Se não nos impormos acha que alguns dele iria nos respeitar ou nos obedecer. 

Recordei-me da primeira semana quando alguns dos homens soltavam risadas e piadinhas para Lilian como se fosse uma pretendente, não uma pessoa com patente superior. Passaram-se poucos dias até todos começarem a tremer só de imaginar ela se aproximando.

Encarei o mural da vergonha. Onde as fotos das namoradas e esposas que não aguentavam esperar pela volta dos respectivos par e se entregavam para outros homens. Quando soube disso soltei risada mas agora sabia que realmente muitas não aguentavam. Sentia-me mal só de imaginar a foto de Dulce ali mas ela não prometerá nada, pedi e implorou que eu ficasse ao lado dela e então disse que não me esperaria.

Pelo menos foi sincera. Disse olhando para mim. Não foi como essas mulheres que esperaram até o parceiros estarem a milhares de quilômetros para dispensa-lo. Tirei a foto do dia do baile que fiz questão de revelar apenas para senti-la mais próxima.

Recebi cartas dos meninos e de Zora mas Dela não. Cheguei a ficar tentado a escrever-lhe mas não poderia fazer isso, nossa pequena e breve história ganhou um fim no momento em que entrei no avião militar. Um método arcaico de comunicação mas funcionava quando os meios tecnológicos não estavam disponíveis. 

Retirei a fotografia e a olhei. Seu rosto angelical...

-Uckermann.- ergui-me em prontidão.

Percebendo o alvoroço que se estalou no acampamento.

-O alvo entrou na cidade.- comunicou Lilian passando por mim ajeitando-se para sair.

Guardei a foto rapidamente e a acompanhei preparando-me.

O alvo é um dos líder de uma organização terrorista é responsável por matar seu próprio povo. Lembrava-se do garotinho que sorria-lhe e que ao se aproximar levou um tirou que o matou quase que instantaneamente. Isso deixou-o mais focado, foi o bastante ate agora mas seus pensamentos pareciam se prender naquele mulher de cabelos vermelhos.

Já estávamos no caminho quando comunicaram no rádio que o alvo se locomoveu pra uma pequena aldeia. As coisas estavam estranhas. Eu sentia as coisas estranhas. As pessoas que cuidavam de ovelhas olhavam o comboio quase que com pena mas não faz o menor sentido.

CAABUUUM

O barulho ensurdecedor deixou-me com os ouvidos zunindo. O carro capotou nos deixando de cabeça para baixo. Podia ver Lilian gritar mas não ouvi-la, o primeiro carro explodiu, com certeza não sobreviveu ninguém.

Sai do carro para formar guarda Ainda sem ouvir. Sabia o protocolo de cabeça então saberia como lidar.

Não houve nenhum ataque. Apenas essa sabotagem  um aviso de quem manda por aqui, maldição. Sentia-me tonto, minha cabeça doendo. Tudo escureceu.

Sabia está em um helicóptero. Abri os olhos. “Vai ficar tudo bem.” Li os lábios de Lilian que segurava minha mão.