Peço desculpas pela minha demos em postar, por isso, tem surpresa no capítulo. Espero que gostem! Bjs
O dia passou tranquilo e a passos lentos para Anahí e Poncho. Mas enfim, a noite chegou e ele já estava com os nervos a flor da pele de tanta ansiedade na porta da faculdade de Anahí a esperando.
Do mesmo modo, Annie estava na sala de aula e a professora dava a impressão que não queria terminar mais a aula e prender todos lá na universidade.
- Maria, são que horas no seu relógio?
- Dez para as nove.
- Não acredito, justo hoje essa mulher decidiu esticar a aula.
- mas você sabe que as aulas vai até nove horas.
- É, mas justo hoje que eu tenho compromisso.
- Ah, é verdade, aquele gato, irmão daquela atriz vem te pegar para você ir fazer a entrevista.
- Pois é, não gosto de deixar ninguém esperando.
- Aí amiga, sai de fininho que a chata nem vai te ver.
- Boa ideia, nas essa mulher parece que tem olho nas costas.
- Relaxa, vai logo atrás daquele Deus grego.
- Para de falar besteira sua doida.
Anahí arrumou sua mochila, levantou para sair, quando ia chegando perto da porta a professora a chama.
- Anahí, onde a senhorita pensa que vai, ainda não terminei a aula.
- Desculpe professora, mas eu acabei de receber uma mensagem da minha madrasta e ela está passando mal em casa e meu pai ainda não chegou pra levar ela ao médico.
- Estão vendo porque não deixo que fiquem com celular em sala, pode ir, mas que isso não vire costume.
- Obrigada!
Anahí sai apressada para ver se Alfonso já chegou para buscá-la. Chegando ao estacionamento da faculdade, ele está encostado na traseira do carro, de braços e pernas cruzadas. Vestido com uma blusa social azul clara, uma bermuda branca e tênis também branco. Anahí até deu uma pequena parada só para admirar aquela beleza de homem que veio só para buscá-la. O coração na hora disparou, as mãos começaram a suar e as pernas não estavam dando mais conta de andarem mais rápido.
- Que homem lindo!! Maria tem razão. Pensou ela.
Já Alfonso antes de ver Annie, já estava impaciente de tanto esperar, não achava que uma aula demorasse tanto a acabar, decidiu então, sair do carro para tentar se acalmar, ele não estava entendendo o porquê do seu coração estar tão acelerado só por ir buscar uma menina na faculdade. Tudo bem que não era qualquer menina, era uma que era fã da sua irmã é que por sinal a mesma adorou, pois conhecendo a irmã, ela jamais tinha feito tudo isso. Saiu do carro, pensando desde o seu primeiro contato visual com aquela garota com um olhar tão marcante e quando ele levanta a cabeça, a primeira coisa que ver é a dona daquele olhar vindo em sua direção, lentamente, e com um brilho diferente no rosto e nos olhos, como se a algo a estivesse iluminando a alma.
- Que garota fascinante! Pensou ele já sentindo aquelas reações que não gostava nem de pensar, ainda mais por aquele anjo tão inocente que vinha em sua direção. – Eu não posso sentir nada por essa menina, eu sou um homem do mundo, com 36 anos, ela nem deve ter nem tudo um namorado. Foi com esses pensamentos que ela chegou e o cumprimentou.
- Olá, demorei? A professora estava nos prendendo.
- Não imagina, acabei de chegar. – Mentiu pois não queria deixa-la constrangida.
- Ah que bom, porque a professora estava nos prendendo, tive que contar uma baita mentira pra sair agora.
- Mas não precisava mentir, eu esperava.
- Ah, tudo bem, mas eu estava cansada daquela aula já. Vamos, porque não quero ficar até muito tarde na casa de vocês.
- Por mim não tem problema nenhum, afinal o apê é da May mesmo, qualquer coisa ela quem vai te expulsar.
- Hahaha ok.
Eles entraram no carro e foram para o apartamento de Maite. Não conversaram muito durante o caminho porque nenhum dos dois sabia com que assunto começar. Ao chegarem, Annie adorou a decoração, embora pequeno, era bem aconchegante. Olhou em direção a mesa de jantar toda arrumada, parecendo que iriam ter uma visita super importante e viu Maite sentada na cabeceira da mesa logo levantando e vindo em sua direção.
- Ah! Se não é a minha grande fã chegando a minha humilde residência! Seja bem vinda Annie! E a abraçou. Depois do abraço Annie estava envergonhada e falou.
- Olá! Mas você está esperando mais alguém? Estou atrapalhando algum jantar importante, senão podemos fazer isso outro dia.
- Claro que não menina! Isso é obra desse meu irmão. Venha, vamos nos sentar enquanto o homem da casa vai pegando o vinho e o abrindo pra gente. – Mai a segura pelo braço e a puxa para se sentar junto a ela.
- Não entendi pra que tudo isso.
- ideia do Poncho, disso que você não poderia chegar aqui e ficar com fome durante a entrevista, que deveria comer e blá blá blá.
Annie ficou super sem graça com toda essa recepção, com essa mesa linda para a receber.
- Mas não precisava de nada disso por mim, as vezes eu nem janto quando chego em casa, só faço um lanchinho rápido.
- Ah, por isso é tão magrinha assim! – Disse Poncho voltando da cozinha com uma garrafa de vinho tinto já aberta. – Então eu acertei em preparar tudo isso.
- Você preparou tudo isso?
- Claro que não Annie, ele não ferve nem água. Ele é bom mandando fazer.
- Mentira sua, eu fiz até seu café hoje.
- Ah claro! Coisa que você nunca faz. Imagina Annie, nunca vi meu irmão acordar antes das 11:00 horas da manhã, e do nada, às 6:00 horas ele já estava aqui tomando o próprio café. Eu levei o maior susto. Segundo ele, apenas queria cuidar para que eu não saísse sem café da manhã. Só quero saber se ele deixou dona Margarida doida e ela não decidir mais voltar.
- Eu fui um anjinho com ela.
- Sei... E quem foi que mandou a mulher fazer toda essa comida, isso aqui parece self service, tem macarrão, arroz, feijão, batata frita, carne, frango, salada de legumes, salada de verduras.
- Ué, eu não sabia do que a Annie gostava, mandei fazer de tudo.
- Tudo bem, mas é muito, e acredito que o que tivesse para comer a Annie não recusaria, né?
- É. – Respondeu meio sem graça por ser motivo de discussão entre os irmãos.
- Está bem. Qualquer coisa ela leva uma marmita pra ela, você como vai trabalhar amanhã, também leva e pronto, agora vamos atacar!
O jantar passou rápido entre muitas risadas, conversas. Depois, Annie foi fazer a entrevista com Mai e Poncho para sua monografia, depois ficaram conversando um pouco mais sobre a vida da Annie em especial, afinal, ela não era a famosa ali.
- Nossa Annie, deve ser muito difícil perder a mãe assim tão novinha.
- É um pouco, a gente realmente sente quando a gente cresce e nossa mãe não está do nosso lado pra nos orientar pra vida, porque aquela mulher que meu pai colocou lá em casa só sabe falar coisas horríveis pra mim, por isso meu pai só vive bebendo.
- Nossa que barra em. Mas não fica assim não, vamos ser melhores amigas agora!
- Como? Não, eu sou sua fã, imagina.
- E o que tem, afinal, minhas amigas estão todas lá em São Paulo, eu fico tão só aqui. Está decidido, e outra, se você quiser fugir dessa chata aí, fique a vontade pra me ligar ou pra esse chato aqui que vamos na hora buscar você. Faz alguma coisa Poncho, pega lá nossos cartões de visita pra ela.
- Tá bom. Eu estou sendo explorado nessa casa.
- Claro, estamos em maioria aqui.
- Ok. Annie, esse é o meu número e o da Mai, não tenha vergonha em nos ligar, nos dá seu número também.
- Na verdade eu estou sem telefone, mas posso dar o da Maria, minha amiga pra vocês me encontrarem se for o caso.
- Tudo bem, mas me dê o da sua casa também.
- Tudo bem. Nossa, já está muito tarde, tenho que ir embora!
- Calma, eu te levo então, espera só eu pegar a chave do carro.
- Mas não precisa, eu vou de ônibus mesmo.
- Claro que não, espera.
Annie se despediu de Mai que a abraçou e beijou de uma forma que só quem fazia isso por ela era Maria. E nesse momento Annie realmente se sentiu acolhida por aquelas pessoas.
- Vamos Annie.
- Vamos. Tchau Mai.
No caminho da casa de Annie, a conversa era bem descontraída, ambos riam muito das histórias de travessuras que Poncho fazia quando pequeno e o quanto ele já ficou de castigo por todas essas coisas. E então, chegaram em frente a casa dela. Eles foram dar um beijo no rosto em despedida, desta forma, deram o primeiro e Poncho não resistiu, e ao invés de dar o segundo na outra bochecha, como é de costume no Rio de Janeiro, ele foi direto a aqueles lábios tão chamativos, que estavam o convidando desde quando a viu. Annie ficou tão surpresa que não correspondeu de imediato, seu coração na hora acelerou, ela sentia a mão dele segurando seu rosto e depois os cabelos para acertar o ritmo do beijo, foi num momento em que Annie começou a corresponder, dando passagem para que a língua dele encontrasse a dela, e ambos soltaram um gemido de satisfação e a magia foi tão grande para eles que foi como se ambos estivessem se reconhecendo depois de muito tempo, como se duas almas gêmeas estivessem acabado de se encontrar. Depois de algum tempo, Poncho para o beijo com vários selinhos e Annie recobra a consciência e se sente tão envergonhada que a reação dela é abrir os olhos e sair de imediato do carro e entrar em casa sem nem olhar pra trás. Poncho estava em êxtase ainda e depois percebeu que o que fez pode ter estragado tudo.