Fanfic: Perdóname - Vondy | Tema: CyD

Dulce Narrando

Coloco a mão sobre minha barriga chorando baixo. Um capanga de Natalia dirigia e ela estava sentada no banco de trás apontando a arma pra mim.

Fecho os olhos e a imagem de um menininho loiro de olhos castanhos vem a minha mente.

Ele tinha o meu sorriso mais ela a foto-cópia de Christopher. Ele estava brincando, corria pelo quintal sendo seguido pelo pai que também ria, logo aparecia Isa só que mais velha um pouco ela revirava os olhos vendo a brincadeira dos dois 

Era um sonho

Vê meu filho. o pai e a irmã juntos

Era isso que eu queria, queria que meu filho sobrevivesse. Não importa o que Natalia fizesse comigo, eu só queria que ela poupasse meu filho.

- por favor – falo ainda de olhos fechados – por favor Natalia eu estou grávida não faça nenhuma loucura meu filho não tem culpa de nada

Ela revira os olhos

- dá pra calar a boca ? fica quietinha fica se não eu juro que meto uma maldita bala nessa barriga ai

Estremeço

É impossível não chorar

Abre os olhos e olho pra janela, pedindo a Deus que proteja meu filho.

- sabe Dulce, eu tenho quase certeza que você achou que eu tinha desistido – Natalia deu um riso irônico – que tolinha, como se eu fosse capaz de desistir de você

Fungo abaixando a cabeça

- ei chefia – o cara que diria chamou a atenção dela – você não falou nada sobre uma mulher grávida

Natalia bufa

- e faz alguma diferença ? – pergunta indiferente

- faz sim, acontece que eu não gosto de lidar com grávidas. Uma hora a criança nasce e ai é choro côco e tudo isso ai – faz careta – por isso mesmo eu nunca quis ter filho

-não seja idiota, você realmente acha que essa criança irá conviver com a gente ? na melhor das hipóteses matamos antes mesmo de nascer

Levanto o olhar e a encaro com completo pânico

- não por favor, eu te imploro Natalia não faça nada com esse bebê – abraço mais forte minha barriga – ele é inocente não tem nada a ver com tudo isso

Ela torce o nariz

- pode ser tudo isso mais é filho daquele lá, e eu não quero que você tenha uma lembrança dele Dulce. você é minha – ela diz firme

Respiro fundo procurando alguma solução

- deixe que eu entregue o meu filho ao Christopher, ele é o pai, ficará com ele mas por favor eu te suplico não faça nada com ele, não o mate

Ela pensa por uns segundos depois nega com a cabeça

- acha que sou idiota ? se você for ele vai dar um jeito de te pegar de volta , não Dulce isso não vai acontecer – ela bufa – quando o bastardinho nascer eu penso no que fazer

Dou um suspiro aliviado ao ouvir ela dizer “ quando nascer”

Significava que por hora meu bebê estava seguro

Eu só espero que Christopher nos ache antes que ela mude de idéia

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Olho o quarto escuro e trancado em que Natalia me colocou.

Seguro o choro, não sabia onde estava, ela me vendou quando estava perto de chegar.

A ultima coisa que me lembro é o nome de uma cidade. A não, ela me levou pra outra cidade, sabe lá qual será o próximo passo. Talvez me leve pra outro estado, ou pais

Nego com a cabeça

Não isso não podia acontecer, não podia.

eu tenho que fazer alguma coisa. Tenho que fugir

- Dulcinha – a voz dela ecoa através da porta, em seguida o barulho da chave – ola meu amor

Natalia entra e eu me encolho no canto

- ei, não precisa ter medo de mim, se você for boazinha eu serei também, até com seu bastardinho

- meu filho não é nenhum bastardo, a única bastarda aqui é você – grito irritada

Ela nega com a cabeça

- muito feio isso que você disse Dulcinha, é melhor mudar seu comportamento antes que eu mude de idéia e mata essa coisa que você carrega na barriga – ela diz naturalmente

Engulo a seco

O pânico toma conta de mim

- não, por favor Natalia não faça nada com meu bebê por favor eu te imploro – eu falo quase que suplicando

- muito bem, seja boazinha e faça o que eu peço e ele vive

Assinto rapidamente

- ótimo – ela sorriu – vamos ficar aqui ate o bastardinho nascer, depois que isso acontecer colocamos ele na porta de alguém e embarcados pra Florença

- Itália ? – arregalo os olhos

- isso mesmo, eu amei Itália, tenho certeza que você vai amar também meu amor

- não posso ir a Itália eu não posso – digo com a voz trêmula

Natalia revira os olhos

- você vai de todo jeito Dulce, seria bom se conformar. Você deveria levantar as mãos pro seu que eu resolvi ser caridosa e deixar o bastardinho viver – ela diz irônica

Nego com a cabeça

- me deixe com meu filho, não vou colocar ele na porta de estranhos Natalia não vou fazer isso – digo firme apesar de ainda estar chorando

Natalia ri sarcástica

- ainda não percebeu que não tem escolha meu amor ? seu bastardinho vai sim ser abandonado numa casa qualquer e se você continuar a reclamar sobre isso serei obrigada a dar um fim nessa criança antes mesmo dela vim ao mundo, é isso que você quer Dulce ?

Abaixo a cabeça soluçando alto

Isso era um pesadelo

 -  não, não quero que meu filho morra – digo em voz baixa – quero ele vivo

- ótimo, então trate de aceitar, o garoto vai vim se colocado na porta de um qualquer me entendeu ?

Assinto novamente

Natalia dá outro sorriso e sai pela porta deixando antes uma pequena bandeja com um prato de comida

Volto a chorar me encolhendo na cama

Rezava a Deus pra que Christopher me achasse logo

 E se caso ele não conseguisse

Pensava em uma maneira de fazer nosso filho chegar ao seus braços quando nascesse, e não de estranhos.

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Desculpem a demora ....

Alguém ainda ler essa fic ? Comentem por favor