Ataco a fivela do cinto, e, desta vez, ele me deixa abri-la. Na verdade, deita de costas e me deixa fazer o que bem entender.
Tiro suas roupas como se estivesse desembrulhando um presente bonito e, logo que o vejo nu, me dou um momento para admirar meu prêmio. Seu corpo é longo e esguio, com um tom dourado na pele, em vez do branco pálido de muitos dos rapazes da Briar. Corro os dedos por seu abdômen de pedra, sorrindo ao notar seus músculos tremendo sob meu toque. Em seguida, acompanho o desenho da tatuagem em seu braço esquerdo e pergunto: “Por que fogo?”.
Ele dá de ombros. “Gosto de fogo. E acho que chamas são estilosas.”
A resposta me diverte, mas também me impressiona. “Uau. Achei que ia ouvir uma conversa fiada sobre o significado da imagem. Juro, sempre que você pergunta a alguém sobre a tatuagem, as pessoas dizem que significa ‘coragem’ em taiwanês ou algo assim, quando todo mundo sabe que provavelmente significa ‘batata’ ou ‘sapato’ ou ‘bebaço’. Ou contam uma história interminável sobre como chegaram ao fundo do poço X anos atrás, mas trabalharam duro e é por isso que têm uma fênix renascendo das cinzas tatuada nas costas.”
Christopher ri, mas logo fica sério. “Acho que este não é o momento para eu contar do tribal na minha canela. Significa ‘eterno otimista’.”
“Ai, merda. Sério?”
“Não. Tô te zoando. Mas seria uma ótima lição para você aprender a não ficar julgando a arte no corpo das pessoas.”
“Ei, às vezes é bom ouvir que alguém tem uma tatuagem só porque gosta dela. Estava elogiando você, seu idiota.” Eu me inclino e beijo as chamas que circundam seus bíceps — tenho de admitir, são mesmo muito estilosas.
“Ah, claro, continua elogiando então”, pede, com a fala arrastada. “Mas tome o cuidado de usar a língua enquanto estiver
fazendo isso".
Reviro os olhos, mas não paro o que estou fazendo. Corro a língua sobre as chamas negras, então vou beijando-o até o peito.
Christopher tem gosto de sabonete, sal e homem, e eu adoro isso. Tanto que não consigo parar de lamber cada centímetro desse maldito corpo.
Sei que está gostando da minha exploração minuciosa tanto quanto eu, porque sua respiração se torna instável, e posso sentir a tensão ondulando por seus músculos. Quando minha boca conclui
seu caminho roçando a ponta do pênis, o corpo inteiro de Christopher fica tenso.
Ergo o rosto e encontro seus olhos cinzentos vidrados em mim. Ergo o rosto e encontro seus olhos cinzentos vidrados em mim. “Você não precisa fazer isso… se não quiser”, diz com a voz rouca.
“Hmm. Então ainda bem que eu quero, né?”
“Algumas meninas não gostam.”
“Algumas meninas não sabem o que estão perdendo.”
Minha língua toca sua carne dura, e seus quadris se erguem da cama. Lambo a cabeça lisa e inchada, saboreando seu gosto, desvendando a textura com a língua. Quando enfio a ponta na boca e chu/po devagar, ele solta um gemido afobado do fundo da garganta.
“Meu Deus, Saviny. Isso é…”
“É o quê?”, provoco-o, olhando para ele.
“Inacreditável”, rouqueja ele. “Não pare nunca. Falando sério. Quero sua boca no meu pa/u pro resto da vida.”
Será que esse pedido rouco é bom para o meu ego?
Pode apostar.
É ótimo para o meu ego.
Como ele é grande demais para enfiar todo na boca — e não sou nenhuma especialista em garganta profunda —, envolvo-o pela base com os dedos, chupando e movendo a mão ao mesmo tempo, alternando o ritmo entre lento e provocante para rápido e frenético. A respiração de Christopher se acelera, os gemidos tornando-se cada vez mais desesperados.
“Dulce”, exclama. Sinto suas coxas tensionarem e sei que está prestes a go/zar.
Nunca engoli antes e não tenho coragem de experimentar agora, então deixo minha mão terminar o trabalho, acariciando-o até se aliviar. Com um grunhido rouco, Christopher arqueia a coluna, e um jato úmido jorra em meus dedos e sua barriga. A expressão em seu rosto é fascinante, e não consigo desviar os olhos. Os lábios estão entreabertos; as bochechas, tensas. Seus olhos são um redemoinho enevoado e cinzento, como uma massa espessa de nuvens logo antes de uma tempestade.
Alguns segundos depois, seu corpo relaxa, praticamente afundando no colchão, e um suspiro saciado emana de sua boca.
Adoro vê-lo assim. Mole, exausto e com dificuldade de respirar.
Pego uns lenços da caixa na mesa de cabeceira e o limpo, mas quando tento me levantar para jogar fora, ele me puxa para baixo e me beija com força. “Cara… isso foi incrível.”
“Isso significa que agora a gente pode fazer sexo?”
“Rá. Vai sonhando.” Ele abana o dedo para mim. “Um passo de cada vez, Saviny. Lembra?”
Faço beicinho feito uma criança de seis anos de idade. “Mas a gente sabe que sou capaz de alcançar o orgasmo. Você acabou de ver isso.”
“Na verdade, acabei de sentir na boca.”
Meu coração dá um pulo com sua descrição direta. Fico em silêncio por um momento, então deixo escapar um suspiro derrotado. “Será que isto vai fazer você mudar de ideia?” Olho feio para ele e, em seguida, começo a recitar, relutante. “Christopher Uckermann, você é um deus do sexo. Você conseguiu o que nenhum outro homem jamais conseguiu. Você… insira aqui mais comentários positivos.” Levanto uma sobrancelha. “Pronto, agora a gente pode transar?”
“De jeito nenhum”, responde, animado.