Fanfic: Minha vida depois de você - Vondy | Tema: Vondy

Capitulo 4

Tudo começou a dar certo mais rápido do que eu imaginava.

No dia seguinte no clube, antes que eu pensasse em colocar em prática a teoria da minha mãe, a Anahí veio nos convidar pra uma festa do irmão da amiga dela, a Josy perguntou que dia seria aquela festa.

Annie: Sexta-feira. Ah Dulce... tem um detalhe que eu acho que você vai gostar...

Eu olhei pra ela curiosa, na verdade eu estava me sentindo meio intrusa... o que a minha mãe diria se eu falasse que iria na festa do irmão da amiga da amiga da minha prima? Além disso, eu acho que eu preferia ficar em casa, tendo uma ótima noite de sono para estar bem bonita para o Joaquim no dia seguinte.

Eu perguntei pra Anahí que detalhe era aquele, e o que ela respondeu fez com que eu mudasse de opinião imediatamente...

Anahí: O Alberto, irmão da minha amiga, é amigo do Joaquim!

Dul: O Joaquim vai estar lá??? – eu quase gritei, lembrando a tempo de abaixar um pouco o volume da voz pra que não corresse o risco dele escutar. Eu já tinha reparado que ele estava em seu point habitual, em pé, ao lado da piscina.

Anahí: Melhor que isso... Ele vai tocar lá, vai fazer um showzinho acústico.

Eu quase morri. Fiquei muda, olhando para a cara dela processando a informação mentalmente. O Joaquim, o meu Joaquim ia a essa festa e ainda iria tocar! Então eu não tive mais a menor dúvida. Eu teria que ir também, de penetra ou não.

Dul: Eu vou, eu vou, eu vou, eu vou! – eu disse colocando as mãos no coração e me deixando cair pra trás na espreguiçadeira.

A Anahí e a Clara começaram a rir da minha reação, mas a Josy fechou a cara, falou que a minha paixão estava mais séria do que ela imaginava e que era pra eu ir mais devagar, pois todo mundo sabia que o Joaquim tinha a maior fama de galinha.

Anahí: Ai deixa sua prima viver. Ela não quer se casar com ele! Apenas se divertir um pouquinho... não é Dulce?

Eu confirmei, mas no fundo sem tanta certeza... galinha gomo assim? Eu já tinha percebido que ele gostava de ter várias meninas ao seu redor, mas quem não gostava de receber atenção? E além do mais eu nunca o havia visto ficando com ninguém... Eu tinha certeza de que ele era super na dele e também que devia estar apenas esperando a menina certa pra se apaixonar... Eu não tinha dúvidas de que essa garota era eu! No momento em que a gente conversasse, ele iria perceber que nós havíamos sido feitos um pro outro... E depois do nosso primeiro beijo, eu sabia que nós ficaríamos juntos por toda a eternidade!

Com esforço, interrompi meus pensamentos e resolvi começar a praticar as lições da minha mãe no mesmo instante, afinal, eu teria apenas cinco dias antes da festa. Eu teria que preparar o terreno antes disso, pois lá seria uma ótima oportunidade para a nossa história começar.

Ao me lembrar do que a minha mãe havia dito, resolvi que primeiro eu investiria no ataque. Ele precisaria me “enxergar” e ter certeza de que eu estava interessada. Depois de pensar um pouco em como eu faria aquilo, vi que eu teria que arriscar. Perguntei se alguma das meninas queria ir na lanchonete comigo. A Anahí disse que queria, pois assim aproveitaria pra ir ao banheiro. Perfeito. Teríamos que passar por ele na ida e na volta, e, enquanto ela ficasse no banheiro, eu ainda teria tempo pra investir no olhar.

E foi o que fiz. Com a desculpa de que iria comprar um sorvete, entrei na fila da lanchonete, pois de lá eu teria um bom ângulo para ficar olhando pra ele. Juntei toda a minha coragem e comecei a encará-lo. A princípio ele não viu, mas em certo momento ele se virou e nossos olhares se cruzaram. Eu não desviei o rosto como a minha mãe havia dito. Ele voltou então a olhar para o amigo com quem estava conversando, mas em seguida, se virou de novo em minha direção, certamente pra verificar se eu ainda estava olhando. Eu mantive o olhar, sentindo um frio na barriga que eu nunca havia sentido antes... Ele pareceu curioso, me analisou por um tempinho, mas logo voltou a conversar.

A minha vez na fila chegou, eu comprei o sorvete, a Anahí saiu do banheiro, e fomos de volta em direção às nossas espreguiçadeiras. Quando estávamos quase na frente do Joaquim, resolvi ousar ainda mais. Dei um jeito de derrubar a minha carteira no chão, que saiu quicando e foi parar quase nos pés dele. Como eu imaginava, ele se abaixou pra pegar. Eu parei na frente dele, pedi desculpas, expliquei que a carteira era minha e que eu havia deixado cair sem querer. Ele me entregou sem falar nada, mas me olhando intensamente. Eu agradeci meio tímida e em seguida fui ao encontro da Anahí, que tinha parado um pouco a frente, sem perceber que a queda da minha carteira tinha sido intencional.

Quando havíamos dado poucos passos, dei uma olhadinha rápida pra trás e vi que ele estava me analisando. Ele desviou o olhar depressa, eu me virei de novo pra frente e sorri pra mim mesma, pensando que, se a minha mãe estivesse certa e aquilo fosse mesmo um jogo, o placar estaria marcando um a zero pra mim.