Fanfics Brasil - Capitulo 12 Minha vida depois de você - AyA

Fanfic: Minha vida depois de você - AyA | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo 12

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Capitulo 12


 


 


 


 


Cheguei ao pátio e logo avistei a Dulce na fila da cantina. Ela estava com a Julia e a Vanessa, e eu me aproximei devagar.


Annie: Oi – eu falei baixinho – É aqui que é a cantina?


As três me olharam como se eu fosse cega. Era óbvio que ali era a cantina. Estava escrito “CANTINA” de todo tamanho e além disso, todo mundo em volta estava comendo coxinhas, pães de queijo e sanduiches. Mas eu tinha que puxar algum assunto né?


A Dulce deu um sorrisinho pra mim, e as outras duas reviraram os olhos, o que fez com que eu me sentisse excluída. No segundo seguinte elas continuaram a conversar, como se eu nem estivesse por perto. Aquilo me deixou realmente mal. Como se já fosse ruim o suficiente ser novata, a única pessoa que eu conhecia (e que imaginava que se tornaria minha nova melhor amiga) estava me tratando como se nunca tivesse me visto na vida. Como se nós não tivéssemos passado metade das férias juntas.


De repente, perdi totalmente a fome. Me afastei da fila, percebi que a Dulce nem notou, e comecei a rodar pelo pátio pra tentar encontrar a Vic. Logo a avistei, sentada em um banco que ficava em baixo de uma árvore. Ela sorriu ao me ver, fez sinal pra que eu me aproximasse e me apresentou como a priminha dela para as amigas que estavam em volta. Todas comentaram sobre o meu sotaque e disseram pra Vic o quanto eu era “bonitinha”, como se eu tivesse três anos de idade e não estivesse bem ali do lado. A Vic percebendo que eu estava com uma cara meio esquisita, pediu licença para as amigas e me puxou para um canto.


Vic: O que houve Annie? Cadê a Dulce?


Eu não quis dizer que ela parecia estar me ignorando (ou pior, com vergonha de ser vista na minha presença), então apenas falei que ela estava na fila da cantina. A Vic então pegou no meu ombro e falou olhando bem nos meus olhos


Vic: Annie... você tem que fazer suas próprias amizades... eu não posso fazer isso por você. Eu poderia dizer pra você ficar aqui comigo, com a Clara e com as outras meninas, mas isso vai te impedir de conhecer pessoas da sua própria sala! Aposto que a Dulce te chamou pra lanchar com ela e você disse que queria ficar comigo, não é? Desse jeito suas colegas vão te achar antipática, vão pensar que você não quer se misturar com elas...


A Vic não entendia nada mesmo! Mas eu estava entendendo muito bem, ela também não queria a minha companhia. Tudo bem, eu não precisava dela nem de ninguém.


Agradeci pelos “conselhos”, dei um tchauzinho para as amigas dela e comecei a andar para o outro lado. Resolvi ir até a sala buscar meu celular pra mandar uma mensagem pra Luísa.


Se ninguém gostava de mim, em outro lugar do mundo tinha muita gente que me adorava.


Assim que entrei, percebi que tinha uma pessoa lá dentro, um menino com um fone de IPod no ouvido, parecendo estar muito concentrado na música. Assim que me viu, ele tirou o fone e se levantou. Percebi que era o mesmo garoto que tinha roubado o meu lugar.


Ucker: Oi – ele disse sorrindo – Me pegou no flagra! Eu estava aqui ouvindo as músicas do Poncho, ele falou que só ia me mostrar no final da aula, mas a irmã dele, nas férias, trouxe novos CDs do Canadá, e o meu pai vem me buscar hoje, você sabe como é, ele nunca atrasa, ai eu não ia poder ouvir nada direito. Então fui correndo na cantina, peguei uma empada e vim comer aqui mesmo. Aceita?


Ele falou tão rápido que nem entendi direito a explicação, ele parecia meio nervoso, como se estivesse fazendo alguma coisa errada... Será que ele estava roubando o IPod do amigo dele? Resolvi que era melhor me afastar, antes que me tornasse cumplice do que quer que fosse que ele estivesse fazendo ali. Dei um sorrisinho meio amarelo e fui em direção a minha carteira, pra pegar meu celular.


O menino na mesma hora guardou o aparelho e o fone na mochila e veio atrás de mim.


Ucker: Você que é aquela Anahí, que estava aqui na sala desde o primeiro horário, ao contrário de uns e outros, né


Eu sorri, sem saber se pelo fato dele mais uma vez ter imitado o que a Dulce havia dito ou por ter se lembrado do meu nome.


Ucker: Prazer – ele disse estendendo a mão – eu sou o Ucker.


Apesar de ainda estar meio receosa, eu apertei a mão dele, afinal, ele era a única pessoa naquele dia que estava sendo “meio” legal comigo.


Ucker: Você é sempre calada assim?


Eu tive vontade de rir. Se a minha mãe tivesse ouvido aquilo, certamente teria dado gargalhadas. “Calada” não era bem um adjetivo que podia ser aplicado a mim.


Annie: Não... na verdade sou até bem conversadeira, mas prefiro interagir com outras pessoas, falar sozinha não é minha maior habilidade, acho que não tenho muito o que discutir comigo mesma...


Ele riu.


Ucker: Você é de onde? Tem um sotaque diferente!


Annie: Sou de São Paulo. Quer dizer... na verdade eu nasci aqui em BH, mas fui pra São Paulo quando tinha dois anos porque meu pai arrumou um emprego lá. Mas a família da minha mãe é toda daqui, então eu sempre vinha pra cá nas férias e tal... e agora eu vou morar aqui.


Ucker: Ah, que legal! Veio pra ficar? A família da minha mãe é do Rio e nas férias eu sempre vou pra lá! Mas não conheço São Paulo até hoje, acredita? E a família do seu pai?


Eu estava achando meio estranho contar a minha vida para um menino que eu conhecia havia apenas dois minutos, e que inclusive tinha ameaçado roubar o meu lugar... Mas ele era o único que parecia querer me conhecer.


Antes que eu pudesse responder, vários alunos começaram a entrar na sala. O sinal havia tocado, e a gente nem tinha percebido. Ele começou a andar pro fundo da sala, mas então eu me lembrei de uma coisa e o chamei


Annie: Ucker! Quer dizer Christopher?


Ele voltou.


Ucker: É Ucker mesmo. Christopher é só pra quando estão brigando comigo.


Annie: Ucker... por que mais cedo a Dulce te tratou daquele jeito? E por que você deixou?


Ele balançou os ombros como se se importasse e falou


Ucker: Ah, ela me ama!


Eu dei um sorrisinho, mas continuei olhando pra ele, esperando um motivo verdadeiro. Ele olhou rápido pra porta, certamente pra ver se ela estava vindo, e então falou:


Ucker: Bom... quando a gente estava na quinta série, eu coloquei uma tachinha na carteira dela e acho que até hoje ela não me desculpou! Quando sentou, ela deu um berro tão grande que deu pra escutar até do terceiro andar!


Sem querer eu comecei a rir. Ele riu também, e a gente só percebeu que a própria Dulce tinha entrado na sala quando ela chegou bem perto e perguntou qual era a piada. Ele voltou a se direcionar pra carteira dele, não sem antes fazer um sinal de silencio pra mim. Eu dei um último sorriso pra ele e disse pra Dulce que não era nada. Em seguida perguntei onde estavam as amigas dela. Não pude deixar de notar que, quando as duas não estavam por perto, a Dulce parecia bem normal comigo.


Dulce: Elas foram ao banheiro... eu vim aqui antes, pra saber como você estava, mas pelo visto você arrumou companhia...


Eu tive vontade de responder que sim e que por isso não precisava mais dela, mas isso seria uma mentira. Apesar de estar diferente, eu sabia que nas férias eu havia conhecido a verdadeira Dulce. E eu gostava dela. Se ela queria fingir ser outra pessoa na frente das amigas, isso não era problema meu.


Annie: É... ele veio pedir desculpas por ter pegado meu lugar naquela hora... ele é legal – eu inventei qualquer coisa, ainda pensando no caso da tachinha.


Dulce: Anahí... presta atenção... eu esqueci de te dizer um detalhe muito importante – ela chegou bem perto e continuou a falar mais baixo – O pessoal aqui da sala é meio seletivo. Você tem que escolher muito bem com quem anda nos primeiros dias de aula, pois isso vai definir quem você vai ser durante o resto do ano! Se você se juntar aos palhaços da sala, ninguém vai te levar a sério! Você vai ficar marcada, vão achar que você é um deles!


Eu já ia responder que eu já tinha escolhido com quem andar muito antes das aulas começarem e que essa pessoa, que por sinal não tinha nada de “palhaça”, estava me dando o maior desprezo depois de ter encontrado as antigas coleguinhas, quando uma professora entrou na sala, fechando a porta atrás de si. Vi que era aula de Geografia. Quando levantei meus olhos vi que ela estava bem na minha frente.


Gloria: O que temos aqui? Uma novata? – ela perguntou olhando fixamente pra mim.


Eu fiz que sim com a cabeça, e então ela olhou para o resto dos alunos


Gloria: Vocês sabem o que isso significa?


De repente, todos os meus colegas começaram a bater as duas mãos nas carteiras, assobiando e dizendo alto “entrevista, entrevista, entrevista!” Que entrevista era aquela? Será que a gente ia assistir a alguém sendo entrevistado? Mas o que aquilo tinha a ver com o fato de eu ser novata?


Annie: O que está acontecendo? – perguntei meio assustada.


Gloria: Minha querida, hoje você não tem direito de perguntar nada. Você só vai responder – e virando-se pra sala ela disse – então quem vai fazer a primeira pergunta?


Quando vi várias mãos pra cima, pedindo a palavra, eu entendi. A pessoa entrevistada seria eu.



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Autor(a): mariana18

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 7



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  • Lilly Perronita Postado em 25/04/2017 - 00:08:06

    muito booooom

  • Lilly Perronita Postado em 22/04/2017 - 18:04:09

    Cheguei!! Menina, não conheço esse livro!! Muito boa a historia, a fic é fiel ao livro ou é só inspirado mesmo? Amo Gilmore Girls!!! Gente é viciante!!! eu não consigo parar!!! Não tenho tempo de ver e não consigo parar, ainda estou na quarta temporada, mas dei uma adiantadinha para ver todas as cenas do Luke com a Lorelai, pena que são tão poucas!

    • mariana18 Postado em 22/04/2017 - 19:47:34

      Que bom que esta gostando, é fiel sim. esse livro é maravilhoso e tem mais dois que eu tambem vou adaptar aqui! amooo Gilmore Girls tbm

  • larinha1 Postado em 22/04/2017 - 12:14:30

    Posta mais, adorandoo sua fanfic

    • mariana18 Postado em 22/04/2017 - 17:58:45

      Que ótimo, mais um capitulo postado!

  • lulupaiva0 Postado em 21/04/2017 - 14:33:53

    Estou adorando, posta mais!!

    • mariana18 Postado em 21/04/2017 - 15:25:11

      Que bom que esta gostando, continuado


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