Fanfics Brasil - Capitulo 14 Minha vida depois de você - AyA

Fanfic: Minha vida depois de você - AyA | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo 14

312 visualizações Denunciar


Capitulo 14


 


 


 


Logo que a entrevista acabou e a professora falou que eu podia ir para o meu lugar, vários bilhetes aterrissaram em minha mesa, o que me deixou muito surpresa.


 


“Quer fazer um teste pra entrar na equipe de vôlei do colégio? Vai ser quinta-feira, às 15h, na quadra B. Apareça se estives interessada. Vanessa.”


 


Em qualquer ocasião, aquele convite teria me deixado exultante de felicidade, mas eu estava meio em choque e minhas emoções ainda um pouco paralisadas. Além disso, com aquele pulso, jogar vôlei seria impossível. Li o segundo bilhete.



“Ei, minha mãe é dona de um petshop, e eu tenho uma cachorrinha (uma Lhasa Apso)! Qualquer coisa que você precisar para seus bichinhos, pode me falar! E vamos combinar de um dia passearmos juntas com eles no pátio Savassi? Lá é permitido a entrada de animais e isso é muito legal, porque os garotos param pra perguntar sobre eles... Que tal? Beijinhos! Julia.”


 


Passei para o próximo


 


“Aí garota! Que bela entrevista! Se precisar de ajuda pra colocar tachinha na cadeira de alguém, é só me chamar! Ucker!”


 


Aquele Ucker era realmente legal. Dei um sorriso rápido pra ele e li o bilhete da Dulce, que era o próximo.


 


“Annie (por que você nunca me contou que gostava de ser chamada assim?). Você vai fazer jazz no clube?  Que horas vai ser a sua aula? Eu faço terça e quinta às 16h. Vamos fazer juntas? Dul”


 


Pelo visto, ter conseguido a aprovação das amigas fez com que ela novamente se aproximasse. Não respondi e fui para o último bilhete.


 


“Oi, Anahí, adorei saber que você gosta de séries de TV! Eu também adoro! Quais você acompanha? Beijos! Camila.”


 


Ah, era a menina que tinha trocado de lugar comigo! Eu já tinha simpatizado com ela antes, agora então eu gostava ainda mais! Virei o bilhete pra responder, mas a professora, que já estava escrevendo uma matéria no quadro, chegou perto de mim e falou baixinho que era pra eu deixar aquilo pra depois que a aula terminasse. Fiquei morrendo de vergonha, coloquei todos os bilhetes na mochila, mas na aula eu realmente não consegui prestar atenção. Tudo o que vinha na minha cabeça era o rosto do garoto da última fila, que por sinal eu nem sabia o nome e não tinha tido coragem de olhar uma segunda vez...


Eu ainda estava completamente abalada quando a aula terminou. Assim que o sinal bateu, guardei rápido o meu material e fui uma das primeiras a sair da sala. Sem perceber, sai andando para o lado direito, em vez do esquerdo, que era onde estava a escada que levava para o portão de saída. Eu ainda não tinha me acostumado totalmente com o colégio. Quando percebi que estava indo na direção errada, ouvi a Dulce me chamar. Ótimo, eu precisava mesmo falar com ela.


Voltei depressa, e assim que me aproximei ela perguntou o que eu tinha ido fazer no final do corredor. Nem me preocupei em responder. Simplesmente a puxei pela mão até um canto.


Dul: Que é isso Annie? – ela perguntou meio assustada – A saída é pra lá! As meninas já desceram, e minha mãe já deve estar esperando, vamos?


Olhei pra ver se tinha alguém por perto e então perguntei meio sussurrando:


Annie: Dulce! Por que você não me contou que o Joaquim tinha um sósia? E que estudava neste colégio? Não, pior! Que estudava na sua sala???


Dul: Que sósia? Do que você está falando? O Joaquim do clube?


Eu estava muito nervosa pra dar explicações, então simplesmente falei


Annie: Ah, deixa pra lá! – e sai andando, dessa vez pro lado certo.


Quando comecei a descer as escadas, porém, uma outra voz me chamou, não era a Dulce. Olhei pra trás e vi que era o Ucker. Senti um certo desanimo, será que aquele menino iria grudar em mim agora? Mas, quando percebi quem estava com ele, senti meu coração dar um pulo. Era ninguém menos que o “Sr. Pergunta difícil de responder”. Tive vontade de sair correndo, eu tinha passado dias tentando controlar os meus instintos de ir até o clube com um taco de beisebol pra dar uma surra no Joaquim, e logo agora que eu achava que ia arrumar distrações que fizessem com que eu me esquecesse da sua existência, aparecia uma cópia dele na minha frente.


Ucker: Anahí, você está com pressa? – o Ucker perguntou já do meu lado – Nossa, eu nunca vi uma entrevista tão bacana quanto a sua! Aliás, todo mundo ficou comentando que você devia concorrer pra representante da sala! Você fala muito bem e ficou super à vontade lá na frente! E, além de tudo, tem esse monte de habilidades que você falou, pratica vários esportes, canta... Aliás, por isso que eu te chamei. Eu queria te apresentar o meu amigo.


Eu dei uma olhada rápida pro amigo dele, que parecia estar meio tímido, especialmente perto do Ucker, que eu tinha percebido não possuir problema algum no quesito timidez.


Ucker: Esse aqui é o Alfonso, mas pode chamar ele de Poncho. Você deve se lembrar, ele é que fez aquela última pergunta estranha. Aliás estou com você e não abro, salada é muito ruim! E quem quer ser vegetariano? Churrasco é tudo de bom!


O amigo dele, melhor, o Poncho já veio me cumprimentando com beijinhos e aquilo realmente me deixou desconcertada. Senti que meu rosto começou a queimar e então apenas falei:


Annie: Ah, prazer! Bom, tenho que ir.


Porém antes que eu passasse do segundo degrau, o Poncho (eu tinha ficado surpresa por ter guardado o nome dele de primeira) colocou a mão no meu ombro. Parei e olhei meio assustada, primeiro pra mão e depois para o rosto dele. Esse foi o meu erro. Naquele momento, foi como se o mundo tivesse começando a rodar em câmera lenta...


Olhando tão de perto, percebi que ele não era totalmente igual ao Joaquim. E se tinha alguém que podia afirmar isso com certeza, essa pessoa era eu, afinal, eu tinha perdido muito tempo da minha vida decorando cada detalhe da aparência daquele imprestável! E por isso mesmo que eu notei que esse outro garoto tinha algo de diferente.


Apesar de também ser alto, ele não era tanto. Mas a principal diferença estava nos olhos. O Joaquim tinha olhos azuis, já os do Poncho eram castanhos. Por incrível que pareça, eu achei que ficou melhor assim... aqueles olhos do Joaquim passavam uma coisa meio ilusória, como se ele fosse um ser de outro planeta... Mas aquele menino ali na minha frente dava a impressão de ser de verdade. E certamente, por isso, eu me senti completamente hipnotizada pelo olhar dele. Ele era real.


Ucker: Anahí, você não vai pegar o papel?


De repente despertei do transe em que eu tinha entrado e pisquei os olhos, pra que a terra voltasse a girar normalmente. O Ucker tinha falado alguma coisa e estava apontando para um bilhete que estava na mão do Poncho.


Annie: O que? – foi tudo o que eu consegui dizer.


Os dois se entreolharam, decerto achando que eu tinha algum tipo de problema, e então o Poncho falou, provavelmente pela segunda vez, que conhecia uma professora de canto e que tinha anotado o telefone dela pra mim.


Eu agradeci, peguei depressa o bilhete, e então eles disseram “até amanhã” e começaram a descer as escadas.


Eu fiquei um tempo parada, segurando o papel dobrado na minha mão, até que a Dulce apareceu.


Dul: Annie, você está esquisita! Perdeu o caminho de novo? É só descer as escadas! E que história de sósia do Joaquim era aquela – eu dei uma última olhada pro bilhete, enfiei no bolso, dei um suspiro e perguntei


Annie: Dulce, presta atenção. Aquele Poncho, que senta lá atrás, amigo do Ucker...


Ela ficou me olhando com cara de ponto de interrogação, como se aquele nome não lhe dissesse nada.


Annie: Sabe quem é? – perguntei impaciente.


Dul: Claro que sei!


Annie: Iai? Não te diz nada?


Dul: Annie, lembra do que eu te falei na sala? Sobre escolher as pessoas certas pra andar? Pois então, vai por mim... Esse menino é a ultima pessoa com quem você deveria conversar! Caramba, primeiro o Ucker e agora o Poncho! A sala tem 40 aluno, você teve que escolher os piores? E, como se ainda não bastasse, os dois andam juntos! Fuja enquanto é tempo!


Eu já ia dizer que sabia perfeitamente o motivo da birra dela pelo Ucker, mas me lembrei a tempo que ele tinha me pedido segredo. E, pelo visto, ela também não tinha nenhum motivo real contra o Poncho, mas não ia admitir isso nunca. Então tudo o que eu fiz foi concordar com ela e terminar de descer as escadas. Apenas quando chegamos à saída, me lembrei do que eu realmente queria ter perguntado.


Annie: Dulce... prometo que não falo mais sobre o assunto, mas é que eu preciso saber. Esse menino, o Poncho... Você sabe se ele tem um irmão? – ela pareceu meio impaciente, mas respondeu.


Dul: Eu não sei, ele não era da sala no ano passado, eu estudei com ele apenas a dois anos atrás, quando ele mesmo era novato, mas nem me peça pra lembrar da entrevista dele, pois eu confesso que nem prestei atenção! Na verdade me lembro de uma parte sim. Ele era repetente. É, essa foi a primeira coisa que ele disse, que estava repetindo! Ta vendo? Deve ser meio burrinho. Cai fora Annie! Mas ... por que tanta pergunta? Você não vai dizer que ficou interessada, né?


Eu de repente o avistei no meio de outros alunos. Ele estava sorrindo, ainda conversando com o Ucker. Fiquei uns três segundos reparando no sorriso dele, e, sem querer, me peguei desejando que ele não tivesse irmãos, que fosse filho único e que aquela semelhança com o Joaquim fosse apenas uma coincidência. Meu coração pulou um compasso quando ele se virou pra mim também. Virei-me depressa para o outro lado e jurei pra mim mesma que eu não ia entrar naquele jogo. Naquele momento, eu só precisava de sossego... algo que eu já tinha percebido que, se continuasse a olhar pra ele, eu não iria encontrar.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): mariana18

Este autor(a) escreve mais 7 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Capitulo 15         Quando a minha mãe chegou em casa, a primeira coisa que falei foi que eu tinha arrumado o telefone de uma professora de canto. Coloquei a mão no bolso, pra tirar o papel, que naquelas alturas já estava amassado, mas me surpreendi ao ver que o que estava escrito não era só um telefone.   &l ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 7



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Lilly Perronita Postado em 25/04/2017 - 00:08:06

    muito booooom

  • Lilly Perronita Postado em 22/04/2017 - 18:04:09

    Cheguei!! Menina, não conheço esse livro!! Muito boa a historia, a fic é fiel ao livro ou é só inspirado mesmo? Amo Gilmore Girls!!! Gente é viciante!!! eu não consigo parar!!! Não tenho tempo de ver e não consigo parar, ainda estou na quarta temporada, mas dei uma adiantadinha para ver todas as cenas do Luke com a Lorelai, pena que são tão poucas!

    • mariana18 Postado em 22/04/2017 - 19:47:34

      Que bom que esta gostando, é fiel sim. esse livro é maravilhoso e tem mais dois que eu tambem vou adaptar aqui! amooo Gilmore Girls tbm

  • larinha1 Postado em 22/04/2017 - 12:14:30

    Posta mais, adorandoo sua fanfic

    • mariana18 Postado em 22/04/2017 - 17:58:45

      Que ótimo, mais um capitulo postado!

  • lulupaiva0 Postado em 21/04/2017 - 14:33:53

    Estou adorando, posta mais!!

    • mariana18 Postado em 21/04/2017 - 15:25:11

      Que bom que esta gostando, continuado


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais