Fanfics Brasil - Capitulo 17 Minha vida depois de você - AyA

Fanfic: Minha vida depois de você - AyA | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo 17

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Capitulo 17


 


 


 


 


Eu pensei que eles fossem passar direto, sem nem me ver, e de certa forma, torci por isso. E foi isso o que aconteceu com o Poncho. Ele foi direto para o fundo do ônibus sem olhar pra ninguém. O Ucker, porém, já entrou olhando pra todos os lados e, por isso mesmo, me viu de cara.


Ucker: Anahí. Que honra ter você em nosso ônibus. Quer dizer então que você mora perto de mim! – ele foi dizendo e se sentando sem a menor cerimônia.


Eu dei um sorrisinho e involuntariamente olhei pra trás pra ver onde o Poncho havia se sentado. Ele estava na última fileira, e notei que, apesar de estar olhando pro Ucker e pra mim, estava conversando com uma menina que parecia um pouco mais velha.


Senti uma coisa meio contraditória. Ao mesmo tempo que desejei que ele tivesse me visto primeiro e se sentado, pra acabar de vez com o mistério do que ele tinha pra me falar, por mais que ele tivesse dito que não era importante, fiquei um pouco aliviada por ter sido o Ucker. Aquele Poncho definitivamente me provocava umas reações estranhas, pra não mencionar a irritante semelhança com o Joaquim, e eu não queria nem imaginar se tivesse que ficar ao lado dele por muito tempo.


Ucker: Gostou do Poncho? – o Ucker perguntou seguindo o meu olhar. Eu rapidamente disse que não, e então percebendo que aquilo tinha sido meio rude, eu concertei


Annie: Quer dizer, sim! – ele já estava rindo da minha confusão quando eu falei – Não sei, não falei mais do que três palavras com ele!


O Ucker riu ainda mais e disse que então ia deixar que a gente falasse várias palavras um pro outro, pois sabia que a gente tinha muito em comum. E como se estivesse pensando alto, acrescentou baixinho


Ucker: E eu sei que o Poncho vai me matar se eu não trocar de lugar com ele...


No segundo seguinte ele se levantou e foi para o fundo do ônibus.


Eu comecei a ter um ataque! E se o Poncho pensasse que o Ucker tinha feito aquilo por eu ter pedido? Fiquei olhando para as ruas pela janela, desejando enxergar a minha, quando senti novamente o banco ao meu lado ser ocupado. Meu corpo inteiro ficou tenso.


Poncho: O que o Ucker te falou? – foi a primeira coisa que ele perguntou.


Pelo visto ele também estava com receio do amigo ter inventado alguma história e aquilo, de certa forma, me tranquilizou. Ele estava ainda mais nervoso do que eu.


Annie: Nada – me virei depressa na direção dele – o Ucker só disse que nós gostávamos das mesmas coisas, ou algo assim, e que por isso achava que deveríamos conversar... Mas eu sei que era brincadeira, acho que ele queria era se sentar onde você estava. Se quiser, pode voltar pra lá... – eu disse apontando para o fundo do ônibus.


Ele pareceu meio indeciso, olhou para o banco do fundo e depois novamente pra mim. Mais uma vez, eu me senti como se estivesse despencando naquele olhar.


Poncho: Você quer que eu me sente lá? – ele perguntou com uma expressão triste que me deu vontade de atender a todos os desejos dele. E por isso mesmo, sem que eu pudesse controlar, meu pescoço virou a minha cabeça de um lado pro outro, fazendo que não. Eu não sabia o motivo, mas queria que ele ficasse ali.


Ele colocou a mochila no chão e ficou um tempo olhando pra frente, sem dizer nada. Resolvi então, tomar a iniciativa.


Annie: Agora não estou mais com pressa... O que você queria me falar? Você disse que não era importante, mas escreveu ontem no bilhete, e ai hoje eu também ouvi você dizendo pro professor que queria conversar comigo, eu...


Poncho: Anahí, não sei se você percebeu, mas aquele professor é um chato – ele me interrompeu – Cuidado com ele! Ele fica querendo ser amigo de todo mundo, mas, na hora da prova, de amigo ele não tem nada! E por falar nisso, as provas que ele faz são muito mais pra “pegar” o aluno do que pra testar conhecimento. Quem não o conhece geralmente afunda em Biologia, pois ele é realmente maldoso.


De repente, me lembrei de algo que a Dulce tinha falado. Ela disse que o Poncho tinha repetido o ano uma vez. Será que era esse o professor que o havia reprovado?


Annie: Eu amo Biologia. Sempre adorei, acho que não tem perigo de eu ir mal – e antes que eu pudesse impedir, minha boca resolveu funcionar sozinha – Foi esse o professor que te deu bomba?


Ele me olhou como se eu tivesse dado um soco na cara dele.


Poncho: Quem te falou que eu tomei bomba? Foi o Ucker? Pois fique sabendo que é tudo mentira.


Ai, eu não aprendia mesmo a ficar calada! Pedi desculpas depressa e expliquei que não tinha sido o Ucker e que eu nem devia ter falado aquilo.


Annie: Eu sou muito linguaruda, às vezes penso em voz alta! Mil desculpas mesmo, eu não sabia que você ia ficar com raiva, não era minha intenção te chatear...


Ele ficou um tempo parado, parecendo processar o que eu tinha dito, e, quando finalmente resolveu falar, me deixou meio surpresa com as informações.


Poncho: Meu pai é médico. Quando eu tinha oito anos, ele foi fazer uma especialização no Canadá e levou a família toda. Depois que o curso terminou, ele foi convidado para trabalhar em um hospital lá, e nós ainda ficamos por mais dois anos, até que a minha mãe resolveu que queria voltar pro Brasil, pra ficar mais perto da família daqui e tal. Então quando eu voltei a diretora do colégio sugeriu que eu repetisse, pois eu quase não escrevia em português, eu praticamente só tinha o vocabulário em inglês na minha cabeça.


Eu estava achando aquela história muito interessante. E tinha a ligeira impressão de que ele não costumava conta-la para muita gente.


Poncho: Então eu refiz o 6 ano aqui sem precisar de pontos. Eu já tinha passado, foi mesmo uma readaptação. Mas eu cai na bobeira de falar, naquela maldita entrevista da professora de Geografia, que eu estava repetindo o ano, e aí na sequencia alguém já perguntou outra coisa e logo o tempo acabou, eu não tive como explicar tudo, e, desde então, todo mundo acha que eu sou repetente, por eu ser um pouquinho mais velho. Quer dizer, o Ucker sabe, nós somos amigos desde antes da minha mudança, quando ele era meu colega de judô, mas a maioria da sala acha mesmo que eu tomei bomba.


Annie: Você tem 16 anos?


Poncho: Acabei de fazer, meu aniversário foi a dois dias atrás. E você?


Eu rapidamente dei parabéns, contei que tinha feito 15 no mês anterior e então aproveitei a chance pra tentar descobrir o que eu realmente queria:


Annie: Você falou que seu pai levou a família toda para o Canadá... Você tem irmãos?


Yes! Parabéns, Anahí, você é uma gênia!


Poncho: Eu tenho uma irmã e dois irmãos mais velhos, sou o caçula.


Droga. Eu não contava com aquilo. Eu esperava que ele dissesse “sim eu tenho um irmão”, e então eu ia perguntar o nome dele como quem não quer nada e pronto. Mas como eu ia perguntar o nome de todos os três irmãos? Ele me acharia muito curiosa! E que mãe era aquela? Quem tem quatro filhos hoje em dia?


Nesse momento o Ucker apareceu do nosso lado.


Ucker: Pelo visto a conversa está boa, né? Não falei que vocês tinham muito em comum? Mas agora eu vim avisar ao meu amigo que estamos chegando na minha casa, senão ele vai descer só na sua, Anahí.


Eu olhei para o Ucker e, apesar de não querer admitir, me senti meio desapontada, por vários motivos. Primeiro porque, surpreendentemente eu estava gostando de conversar com o Poncho. Segundo porque, pelo visto, ele não pegava aquele ônibus todos os dias e só estava ali porque estava indo pra casa do Ucker. E em terceiro porque eu percebi que não tinha dado tempo dele me falar o que realmente queria.


Ele disse “Até amanhã” e se levantou.


Ucker: Tchau Annie.


Eu acenei pra ele e dei uma última olhadinha pro Poncho.


O ônibus parou em frente a um prédio grande e bonito. Os dois desceram, e vi que a motorista também desceu pra levar uma menininha de 5 anos até a portaria, onde uma babá esperava. De repente, escutei o meu nome pela janela. Olhei pra baixo e vi que era o Poncho.


Poncho: Você gosta de Smallville?


Eu olhei meio sem entender, e então ele explicou meio sem graça.


Poncho: Você disse na entrevista que amava séries... eu tenho os DVDs da primeira temporada, se quiser posso te emprestar...


Na verdade eu só via séries de romance, mas...


Annie: Quero sim! Obrigada! – respondi rápido quando percebi que a motorista já estava subindo novamente. De repente me liguei em uma coisa – Era isso que você queria me falar?


Antes que ele pudesse responder, o ônibus começou a andar. Fiquei olhando pra ele parado no meio da rua, até que a motorista virou em uma esquina e ele desapareceu de vista...



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Autor(a): mariana18

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 7



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  • Lilly Perronita Postado em 25/04/2017 - 00:08:06

    muito booooom

  • Lilly Perronita Postado em 22/04/2017 - 18:04:09

    Cheguei!! Menina, não conheço esse livro!! Muito boa a historia, a fic é fiel ao livro ou é só inspirado mesmo? Amo Gilmore Girls!!! Gente é viciante!!! eu não consigo parar!!! Não tenho tempo de ver e não consigo parar, ainda estou na quarta temporada, mas dei uma adiantadinha para ver todas as cenas do Luke com a Lorelai, pena que são tão poucas!

    • mariana18 Postado em 22/04/2017 - 19:47:34

      Que bom que esta gostando, é fiel sim. esse livro é maravilhoso e tem mais dois que eu tambem vou adaptar aqui! amooo Gilmore Girls tbm

  • larinha1 Postado em 22/04/2017 - 12:14:30

    Posta mais, adorandoo sua fanfic

    • mariana18 Postado em 22/04/2017 - 17:58:45

      Que ótimo, mais um capitulo postado!

  • lulupaiva0 Postado em 21/04/2017 - 14:33:53

    Estou adorando, posta mais!!

    • mariana18 Postado em 21/04/2017 - 15:25:11

      Que bom que esta gostando, continuado


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