Fanfic: Christopher, o repugnante. | Tema: Vondy

Quando Alfonso disse que me levaria a um boteco, animei-me rapidamente, afinal, os botecos são os lugares que oferecerem uma boa bebida, petiscos baratos e uma conversa sem compromisso, tudo no mesmo local.

*

Às 21:00 da noite, Alfonso estava estacionando sua Picape assim que chegamos ao boteco, o qual é administrado por um amigo brasileiro do mesmo. Assim que saí do automóvel, sendo acompanhada por meu irmão, sua namorada e por seu melhor amigo, o qual já estava enjoando da cara, aproximei-me do estabelecimento e observei o lugar, era extraordinário tal como Poncho, apelido em que ouço Chris e Annie o chamar, tinha comentado.

Senti o leve vento bater em minhas pernas e entrar em meu vestido, fazendo-me o segurar para não voar. Essa noite optei por algo mais leve, um vestidinho florido, o qual era longo e simples, e uma sandália, sendo acompanhado por uma bolsinha marrom. Meus fios foram presos em um alto rabo de cavalo.

Escolhemos uma mesa ao lado de fora, aonde poderiamos sentir a brisa. A música ao vivo que estava tocando tinha uma melódia e um ritmo maravilhoso.

Os três ao meu lado pediram cerveja e eu optei por uma cairipinha. Em seguida pedimos alguns petiscos.

Observei-os, enquanto conversavam sobre algo, o que me fez senti como se fosse uma instrusa, então preferi ficar quieta.

Estava brincando com meu canudo, quando Anahí chamou minha atenção.

- E você, Dul?

perguntou.

- Eu o quê?

Falei, ao vê os três olhares direcionados a mim.

- Tem alguma experiência estranha e divertida que já aconteceu com você?

Pensei um pouco.

- Digamos que eu não seja uma pessoa que saísse muito ou uma pessooa socíavel.

Respondi, dando-lhes um pequeno sorriso.

- Algo não muito difícil de saber.

Chris disse, soltando uma pequena risada. E ganhando em troca uma cotovelada.

- Fala mais sobre você.

Annie pediu, animando-se.

- Não tem nada o que falar, eu sou apenas uma adolescente que morava com a mãe.

Dou de ombros.

- E seu pai?

Continuou.

- Meu pai mora em outro país, tem a vida dele, nãos temos lá o melhor relacionamento, mas tanto faz. Ao menos ele me trouxe algo bom, Alfonso

Respondo, sentindo-me um pouco desconfortável por entrar em tal assunto. Sorrio ao falar de Poncho.

- E música? Pelo visto gosta muito de indie.

Annie entra em outro assunto, vendo que não me sentia muito bem ao falar em meu pai.

- Adoro Indie Rock, é muito bom, o melhor são os vocalistas, geralmente tatuados, sexy.

Digo, animando-me.

Anahí solta um riso.

- Que coincidência, Ucker adora esse estilo de música, ele até tinha uma banda, eles cantavam em barzinhos.

A namorada de meu irmão disse.

- Percebe-se, ele tem um estilo tão "olhem pra mim, eu sou uma versão barata do Alex Turner".

Imito o loiro, rindo em seguida, o que causou um revira olhos vindo do mesmo.

- Vou ao banheiro, volto já.

Annie diz enquanto gargalha. Levantou-se da mesa e saiu andando.

- Você tinha uma banda? Fazeria qualquer coisa para ver isso.

Completo.

- Qualquer coisa?

Chris pergunta, arqueando a sobrancelha e abrindo um sorriso.

- Cuidado que ele leva a sério.

Alfonso disse, rindo.

- Problema dele

Falo, não deixando de rir.

*

Era em volta da meia noite, e após várias bebidas e muita conversa fiada, estavamos em uma cabine de foto, soltando várias risadas, Annie insistia que tinhamos que tirar algumas fotos para guardar de lembrança.

Depois de várias fotos estranhas, decidimos que estava na hora de ir embora, Alfonso era o mais sombrio, visto que ele era quem dirigiria.

Quando entrei no automóvel e sentei no banco de trás, senti-me um pouco sonoleta e deixei minha cabeça cair no ombro de Chris, que estava ao meu lado, e antes de apagar completamente, senti grandes mãos acariciando meus fios vermelhos, o que me fez soltar um sorriso espontâneo.