Fanfic: LAUREN: Fire | Tema: Sobrenatural, magia

Retoco a minha maquiagem pela ultima vez, droga a minha raiz esta começando a ficar preta, tenho que comprar mais tinta vermelha. Me olho pela milésima vez no espelho e checo se meus dentes não estão sujos de batom vermelho.

— Lauren_ Jason esmurra aporta_ abre esta merda você esta demorando pra caralho, a casa esta cheia e a festa esta rolando lá embaixo.

—Espera, merda.

Abro a porta, Jason esta escorado na parede amarela do corredor. Ele me olha de cima a baixo e sorri.

—Eu pegava._ ele fala com um olhar malicioso.

Reviro os olhos e ele passa o braço sobre o meu ombro e me dá um beijo na testa.

— Nem sei o porquê você se arrumou desse jeito.

—Você queria oque? Que eu apareça pelada na festa?

—Não seria uma má ideia.

Dou um soco fraquinho no braço de Jason. Nós descemos a escada e fomos para festa, a maioria das pessoas já estavam bêbadas ou chapadas. Vários corpos se agitando ao som de Imagine Dragons.

Jason me arrasta para multidão e nós dançamos freneticamente, sem parar, a cada movimento que eu fazia o calor aumentava cada vez mais, por fim minhas costas estavam molhadas de suor e minha respiração ofegante.

Jason me fita com os seus grandes olhos azuis.

—Você quer uma bebida?_ ele fala alto por causa da musica.

—Sim, eu vou lá, no bar com você.

Nós andamos com dificuldade no meio daquela multidão, quase pisei num garoto bêbado que estava esparramado no chão. Chegamos ao pequeno bar que fica na área externa e pedimos as nossas bebidas.

—Dose dupla, por favor.

O atendente colocou os copinhos no balcão de madeira. Primeiro shot, a tequila desce queimando pela minha garganta. Segundo shot, o gosto se torna mais agradável.

—Adoro a cara que você faz quando bebe tequila.

—Que cara?

—Uma careta medonha.

—Então me mostra.

Jason faz cara de quem comeu e não gostou.

—Para que tá me assustando, demônio.

—Eu só estou te imitando, mas em você fica mais bonitinho.

Uma menina loira passa por nós e pisca para Jason, ela esta usando um vestidinho extremamente curto e colado.

—Então Lauren eu tenho que... Você sabe.

—Mais uma para a sua lista Lewis?

—Eu diria mais uma experiência.

Cruzo os braços e olho para o lado.

—Ciúmes Thompson?

Ele sorri e me da um abraço apertado e um beijo demorado no minha bochecha.

—Não se preocupe, quando voltar, serei todo seu.

Jason sai correndo atrás daquela bitch oxigenada. Mesmo ele sendo muito galinha é o meu melhor amigo. Todas as meninas querem ficar com Jason, olhos azuis, cabelo castanho e um físico tentador, quem não iria querer?

Volto para a pista de dança, dessa vez esta tocando uma musica da Beyonce e foi ai que a pista encheu mais. De repente minha cabeça começou a doer deve ser por causa da tequila, mas não sou fraca para bebida, muito estranho isso estar acontecendo comigo.

Minha visão esta ficando embaçada e minhas mãos estão ardendo muito, sinto uma terrível sensação de queimação. A minha dor e tão grande que começo a ficar zonza. Olho para as minhas mãos e elas estão num tom de vermelho bem vibrante. Meu corpo esta ficando fraco e eu caio de joelhos no chão e apago por um instante.

Lentamente eu acordo e minha audição volta devagar. Escuto gritos desesperados e sinto um terrível cheiro de fumaça, tento abrir os olhos, mas a fumaça faz eles arderam. Tento me levantar, mas tem algo em minhas pernas, começo a tatear e sinto tem um pedaço de madeira encima das minhas pernas, tento move-la, mas é muito pesada.

Os gritos vão diminuindo e eu ouço sirenes. Começo a tossir muito e minha garganta arde.

—Socorro. - grito com toda a força que tenho.

Ninguém responde, mas eu ainda posso ouvir as sirenes. Empurro a madeira mais uma vez e ela se move um pouco, o bastante para eu soltar as minhas pernas. Levanto com dificuldade e vou cambaleando e tentando tatear algo para eu me manter em pé.

—Socorro- grito mais uma vez.

Começo a ficar zonza e minha cabeça fica pesada. O fogo esta consumindo a casa inteira e o ar esta muito quente, mas isso não me incomoda isso me conforta de um jeito estranho.

—Tem mais uma ali._ escuto a voz grave de um homem.

Sinto alguém me carregar.

—Vai ficar tudo bem._ sussurra com uma voz rouca.

O cara que me salvou sai correndo para fora da casa, no momento em que saímos respiro mais ar puro que eu consigo aguentar. Meus pulmões estão ardendo muito e minha boca esta seca. Começo a tossir, uma tosse rouca que faz minha garganta arranhar.

O cara que me salvou me deita na maca e imobiliza o meu pescoço logo em seguida coloca uma mascara de oxigênio. Pela primeira vez ouso abrir meus olhos. O cara que me salvou estava com a boca tampada ainda e eu só pude ver seus lindos olhos verdes. Até tudo ficar escuro de novo.