Fanfic: LAUREN: Fire | Tema: Sobrenatural, magia
—Aconteceu um incêndio misterioso há cinco dias numa casa no subúrbio de New York. De acordo com os bombeiros não há nenhum indicio que esse ato foi criminoso. No momento do incêndio estaria acontecendo uma festa, com no mínimo 200 pessoas, na maioria adolescente. Muitos conseguiram fugir, mas houve sete mortes e dez casos de internação...
Abro os olhos lentamente e uma luz branca quase me cega.
—Quem abriu essa merda de cortina?-murmuro- Quem ligou essa merda de televisão, mas que droga.
Nem presto atenção no que a moça do jornal esta falando.
—Bom dia para você também Lauren.
Olho para o lado e vejo um cara de cabelo preto com alguns fios grisalho, olhos castanhos quase pretos, usando um terno caro da Prada.
—Pai?
O Diabo veste Prada.
—Finalmente te encontrei Lauren.
—Infelizmente. - murmuro.
—Filha, toda a vez que nós nos encontramos é para eu resolver os seus problemas. Quando é que você vai se tornar uma pessoa responsável, Lauren?
Eu deixei você morar sozinha achando que você ia criar juízo, mas foi ao contrario.
Esse discurso de novo. Me tornar responsável, criar juízo e bla bla bla.
—Ta, onde eu estou?
Olho ao redor e vejo um quarto cor de creme com cortinas brancas.
—Num hospital.
—Como e por que eu vim parar aqui?
—Aconteceu um incêndio e você estava no meio. Você não se lembra de nada que aconteceu?
Olho para o meu braço e tem aquele troço de soro.
—Mais ou menos, ontem eu fui para uma festa junto com o Jason... Cara, ONDE ESTA O JASON?
—Ele esta bem- falou ríspido- agora, prossiga.
—COMO ASSIM PROSSIGA?!
—Lauren o JASON ESTA BEM, PROSSIGA.
—É só disso que eu me lembro.
Me pai se assenta na poltrona do lado da minha cama.
—A parti de hoje, a senhorita vai morar comigo e com a Lilian.
Nunca a conheci, mas deve ser igual a aquelas aproveitadoras que só querem o dinheiro do meu pai para pagar milhares de cirurgias plásticas que não darão certo. Todas que meu pai namorou depois que minha mãe morreu foram umas vadias aproveitadoras.
—Rapidinho você, esqueceu a minha mãe fácil.
Meu pai suspira e olha para o lado, seu maxilar fica tenso.
—Isso já faz seis anos... - ele sussurra.
A porta abre e entra um medico alto e loiro, ele estava com uma prancheta na mão.
—Bom dia senhorita Thompson, você já sente melhor?
—Sim.
—Ótimo.
—Quando poderei ir para casa?
—Hoje mesmo.
—E o Jason, Jason Lewis?
—O senhor Lewis inalou muita fumaça, por isso ele esta no suporte de oxigênio e esta sob monitoramento.
—Eu posso vê-lo?
—Ele só pode receber visita de familiares, mas quando a situação dele ficar estável você poderá visita-lo. Lauren, milagrosamente você não sofreu nenhuma queimadura.
Imediatamente olho para as minhas mãos, lembro que no dia do tal incêndio eu estava sentido uma terrível queimação, mas nelas não tem nada.
— E suas escoriações, hematomas curaram em dois dias, você esta em ótimas condições.
—Por quanto tempo eu fiquei desacordada?
—Cinco dias. Seu quadro clínico está estável e você recebeu alta.
Saímos daquele hospital e fomos para direto para o inferno, ou melhor, a casa do meu pai. Morar sozinha num apartamento de dois cômodos em péssimas condições é melhor que morar com o meu pai.
—Eu tenho que pegar minhas roupas.
—Ainda tem um pouco de suas roupas lá em casa.
Depois dessa “conversa” não dirigimos nenhuma palavra ao outro, viajamos ao som do Old Man de Neil Young, pelo menos ele tem bom gosto para musica.
Depois de poucos minutos chegamos aos portões do inferno. Onze da noite, a entrada da casa estava toda iluminada, que estava mudada, tinha mais flores e estava mais organizado.
Entramos na casa e estava tudo diferente, os móveis, a cor da parede, tudo.
—Contratou um design, Robert?
—A Lilian fez isso.
Solto um assobio e vou para a escada, que estava com um carpete cor de creme que combinava com a madeira escura e enfeitada do corrimão.
—Vou te levar ao seu quarto.
—Não precisa, ainda lembro o caminho.
Continuo subindo a escada e ando no amplo corredor, agora mais iluminado. Abro a porta do meu quarto e tenho uma surpresa, ele esta pintado de branco, com móveis modernos exceto a minha cama que continua de casal com uma armação de ferro com um edredom vermelho sangue e meus posteres do Kings Of Leon, Arctic Monkeys e The Subways .
—Lilian fez questão de restaurar o seu quarto, com a esperança que você voltasse.
Meu pai surge atrás de mim.
—Ela é boa.
Ele sorri, pensei que ele tinha esquecido como é que se fazia.
—Temos um novo morador na casa, O sobrinho de Lilian se mudou recentemente para a nossa casa, ele é um pouco mais velho que você. Talvez possam se entender.
—Talvez. Se ele não for um imbecil.
—Tenho certeza que não.
Entro no quarto e vou para o meu banheiro.
—O banheiro esta reformando, você tem que usar o do corredor. Amanhã ele estará pronto.
Pego o meu pijama e vou para o banheiro do corredor, tomo um banho relaxante, nem ligo pros sabonetes caros que estão no banheiro, fique tanto tempo sem isso que nem faz tanta importância. Visto o meu pijama, uma calça cheia de emoctions felizes e uma camiseta preta, tento prender o meu cabelo num coque alto.
Um ser infeliz e sem educação entra no banheiro sem bater.
—Não sabe bater na porta não?
Falo sem olhar para esse ser, preocupada demais em amarrar o meu cabelo.
—Foi mal.- fala com uma voz rouca.
Espera, essa voz, eu... Conheço. Me viro para olhar e vejo os mesmos olhos verdes de cinco dias atrás.
— Você...
—Sim, eu te salvei aquela noite, depois você me agradece, eu aceito qualquer coisa, agora me deixa usar o banheiro.
Ele tem um olhar abusado, cabelos pretos , usa blusa branca meio amarrotada, calça jeans larga na medida certa e uma bota preta.
Ele esta achando que é quem? Só porque me salvou ele esta se achando o Batman? Que se dane ele ser um bombeiro bonitão, narcisista, idiota...
—Vai ficar só me olhando?
—Prefiro morrer.
Ele me fita e faz um olhar tipo debochado.
—Gostei do pijama.
Dou de ombros e saio do banheiro, esbarrando nele propositalmente.
Não sou obrigada a escutar um projeto de Ken, falando como se fosse o MacGyver.
—Ah, qual é? Você não vai resistir esse corpinho sexy.
Viro pra traz.
—Vai se ferrar.
—Prazer te conhecer também.
Só me faltava essa. Eu ia abrir a porta do meu quarto ate esse merda me interromper.
—O meu quarto é logo do lado, se quiser fazer uma visitinha.
Ele da uma piscadela antes de entrar no banheiro.
Bem-vinda ao inferno.
Autor(a): sasha_fierce
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Fogo, que arde que queima que destrói, me conforta me aconchega em seu calor, me faz sentir viva. O fogo não me queima, ele não me consome, sou a própria destruição. Eu sou o Fogo... Acordo com o coração a mil e toda suada, tive um pesadelo horrível, sonhei com a noite da festa, tive aquela mesma sensaç&a ...
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