Fanfics Brasil - Prólogo Do Not Cry

Fanfic: Do Not Cry | Tema: Vondy


Capítulo: Prólogo

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 Após cair da bicicleta corri desesperadamente até mamãe, ela estava em seu escritório atrás de uma enorme mesa de madeira grossa e vidro espelhado. Seus dedos corriam pelos teclados com rapidez e ela fitava a tela fixamente até me notar com lágrimas no rosto e os joelhos ralados sangrando. Me olhou assustada antes de correr até mim e se ajoelhar para ficar da minha altura. - Por que está chorando? - Indagou confusa.


- Eu cai de bicicleta, meus joelhos doem - Falei em meio à soluços.


- Dulce, você não pode chorar toda vez que algo lhe passa - Disse juntando suas sombrancelhas. Ela era bem expressiva, seu rosto jovial apesar de ter apenas seus trinta anos, os cabelos negros estavam preso em um perfeito Rabo-de-Cavalo e a roupa escolhida de um jeito perfeccionista. Ela se levantou passando as mãos na saia lápis e pegou delicadamente pela minha mão e me sentou no sofá antes de pegar uma pequena maleta branca com uma cruz vermelha desenhada no centro. Se sentou ao meu lado e então começou a falar, e foi ali que eu me tornei o que sou hoje. - Dulce, você quer  ser uma menina forte? E depois uma mulher forte? - Indagou enquanto passava pomada em meus machucados e eu apenas balancei a cabeça concordando quando ela me encarou - Então você não pode chorar, quando eu digo que não pode chorar eu digo que você não deve chorar nunca entende? - Concordei com a cabeça pouco confusa.


- Quem chora são pessoas fracas mamã? - Indaguei completamente curiosa e ela acentiu com a cabeça. - Então a Angel é fraca, porque ela chora todos os dias - Falei preocupada.


- Mas a Angel ainda é um bebê, só tem quatro aninhos. Ela não entende, mas você que irá ensinar a ela tudo o que você aprender, você é a mais velha certo? - Acenti animada - Tem fazer seu papel, já tem seus dez anos. Idade de uma mocinha - Sorriu sem mostrar os dentes, ela nunca os mostrava em um sorriso. Apesar de ter bonitos dentes. - Vou te ensinar tudo a partir de hoje, a princípio, nunca chore pois estará mostrando seu lado frágil, e você não vai querer que te vejam como uma mulher frágil. - Disse por fim colocando o gaze para cobrir os machucados. E então se levantou ajeitando a saia - Vá brincar, tenho muito o que fazer - Disse e então voltou a se sentar atrás da enorme mesa. Fiquei sentada por uns minutos pensando em tudo e decidi que eu seria  alguém diferente e então saí do escritório de cabeça levantada. Papai estava na poltrona lendo seu jornal, não gostava de ser interrompido, subi as escadas indo até o quarto de Angel, ela estava sentada no chão bem no centro do quarto brincando com suas várias bonecas. Ela me encarou com um sorriso confuso e brincalhão - Binca! Binca! - Disse batendo palminhas.


- Eu sou uma mocinha Angel, mocinhas não brincam. - Ela me encarou tentando entender - Você não entenderia, é só uma criança - Sorri negando com a cabeça antes de sair fechando a porta. 


  Com o passar dos anos mamãe ia ensinando coisas novas, como andar, como se vestir, como se comportar, como controlar as expressões fáciais, como ser uma pessoa séria, como ser fria e tudo isso eu fui guardando, tudo isso me inspirou a ser quem eu sou.


  Olhei meu reflexo no espelho totalmente satisfeita com o resultado, vestia um vestido preto colado no corpo de gola alta cheio furinhos pequenos pelo vestido e com detalhes metalizados. O vestido se encaixava perfeitamente e combinava com o salto preto que tinha um faixa preta e grossa no tornozelo e uma mais fina logo embaixo, e mais uma fina por cima dos dedos. Deixei meu cabelo solto que estava ruivo e ia até a cintura, uma maquiagem discreta como Blanca havia ensinado e eu estava pronta. Meu quarto ficava no fim do corredor, ao sair e passar em frente ao quarto de Angelique bati na porta e desci as escadas. Ela sabia e eu não iria insistir, meu pai estava sentado na poltrona como sempre lendo o jornal, meu olhou pelo canto do olho e voltou a ler.


- Está chovendo e está frio lá fora, tem certeza que vai com essa roupa? - Indagou sem me encarar.


- Eu vou colocar um casaco - Ele me encarou com desdêm me fazendo revirar os olhos - O casaco é cumprido - Apontei para o mesmo que estava pendurado no cabide que ficava ao lado da porta que era de vidro fume com batente de mármore. Ele acentiu e voltou a ler, em seguida Angel apareceu vestindo um vestido preto sem nenhum decote e pouco colado no corpo, ele ia até uns três dedos acima do joelho, um salto preto discreto e nenhuma maquiagem, e o cabelo preso em um rabo mal  feito - Você está deprimente - Encarei-a me levantando a passando a mão no vestido o arrumando.


- Obrigada, essa era a intenção. E você está vulgar para um enterro, da sua mãe - Murmurou pegando o casaco que estava no sofá.


- Obrigada, essa era a intenção - Sorri sarcástica indo até o cabide e pegando meu casaco vestindo-o e pegando minha bolsa. O casaco era preto e ficava uns cinco dedos acima do joelho, tinha botões dourados abaixo do cinto que também era preto com fivela dourada, tinha mais quatro botões sobre o peito, mais dois nos ombros e nas mangas que era dobradas.


- Achei que o casaco fosse cumprido - Fernando murmurou e eu o encarei com as sombrancelhas levantadas - Não está mais aqui quem falou - Levantou as mãos rendido, peguei um gorrinho branco colocando-o e então coloquei a bolsa no braço pronta para sair.


- Parece que você está indo á um desfile - Angelique me encarou indignada.


- Parece que você está indo á um enterro - Brinquei, porém mantive as expressões séria, ela me encarou incrédula me fazendo bufar - Estou só brincando. - Revirei os olhos - Vamos, antes que eu desista de ir. Estou perdendo horas de trabalho - Por fim abri a porta e sai de casa, o carro já estava em frente esparando e então o motorista abriu a porta para que eu pudesse entrar. Entrei seguida por eles.


 Não estava com muita paciência para esse enterro, parece crueldade por ser minha mãe ali dentro daquela caixa feita perfeitamente para ela. Mas ela quem pediu para eu fosse assim, ela disse que estaria desobedecendo a ela se eu ousasse chorar em seu enterro. Sinto vergonha quando vejo Angelique chorando, não era isso que Blanca queria, não era choro que ela queria. Neguei com a cabeça e peguei meu óculos escuro o colocando. Era mais fácil, as pessoas não me olhariam nos olhos.


- Por que colocou isso? - Angeliquei indagou confusa - Nem está sol - Apontou para o vidro do carro onde mostrava o céu totalmente nublado e escuro.


- É para dar um incrementada no meu look, gostou? - Olhei para ela fazendo um biquinho e ela revirou os olhos azuis puxado por parte de Blanca. Ela se tornou totalmente o oposto do que Blanca queria, toda meiga e sentimental. Fraca. Como ela mesmo diria, digamos que Angelique Espinosa Boyer Saviñón se tornou a ovelhinha branca da família, já que todos somos as negras e ``malvadas``. Mas ela tem apenas quinze anos, está com tempo de mudar. 


  Estacionamos em frente ao cemetério e o motorista veio com um guarda chuva aberto e mais dois fechados sob o braço, abriu a porta e esticou o guarda-chuva para que eu não me molhasse e eu aceitei segurando-o. Balancei a cabeça agradecendo, ele entendia. Logo Angelique e Fernando apareceram segurando também guarda-chuvas. Tinha bastante pessoas o que me irritava, Angelique estava a minha esquerda e Fernando ao seu lado, a minha direita estava Beth, minha avó, mas não gostava de ser chamada assim. Então a chamava apenas em minha mente, e a nossa frente estava a caixa de madeira com Blanca dentro, aquilo descia tão lentamente que me dava ansiedade.


- Eu já vou - Sussurrei para Angelique sem encará-la. Esse era meu jeito, minha postura, não olhar as pessoas nos olhos. Mas a conhecia como a palma da minha mão, não precisava olhar em seus olhos para saber a cor ou até mesmo ver o sofrimento estampado ali.


- É o enterro da sua mãe, tem como você mostrar compaixão pelo menos nesse momento? - Senti seu olhar queimar em mim, mas não a encarei.


- Não, por que vou quer pessoas falsas quem nem sequer gostavam de Blanca dizendo ``meus sentimentos, ela era uma boa pessoa`` quando na verdade eles estavam desejando a morte dela? Mas a pergunta é, quem não desejava a morte dela? - Sussurrei e só pude ouvir os soluços ficarem mais altos, levantei a cabeça - Para de chorar, se você realmente gostava dela saberia que ela odiava pessoas choronas. Depois peço para o motorista lhes buscar - Dito isso virei as costas e sai daquele lugar que me dava nauseas. Assim que aparecei o motorista correu para abrir a porta, entrei entregando-lhe o guarda-chuva - Vamos para a empresa - Disse encostando no banco de couro assim que ele já estava no automóvel.


- Não vamos esperá-los? - Indagou me olhando pelo espelho.


- Não, você me deixará lá e voltará para cá - Expliquei e ele apenas acentiu ligando o carro e se retirando.


  A chuva não cessou um minuto desde que acordei. Achava meio clichê tudo isso de chover bem no dia do enterro de alguém, mas é o que dizem. Quando chove no enterro de alguém, essa pessoa não foi boa, e então foi fazer uma visitinha para o cara lá embaixo, e então o cara lá em cima fica triste por perder essa pessoa.


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Autor(a): Schumanntina

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Olá leitores e leitoras, sinto muito por ter desaparecido pois meu computador pifou de vez e eu não consiguia escrever por celular. Mas agora voltei a publicar só que no Wattpad, lá estou publicando DO NOT CRY então caso queiram ler, estará lá!! obrigada pela compreensão.... meu perfil é @CrisVondy16



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • Gabiih Postado em 05/07/2017 - 15:36:56

    A história parece boa,pena que esta parada.

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 09/05/2017 - 23:15:46

    Continua!! Continua!! Continua!!

  • vondyjemilaliter Postado em 29/04/2017 - 20:51:50

    Oi gostei da sinopse vou acompanhar posta mais!!

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 28/04/2017 - 21:08:47

    Oie, pela sinopse parece uma historia bem interessante!! Posta por favor :)


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