Fanfic: Quando tudo começou. | Tema: Livre
Oito meses depois.
- Você vai se atrasar no seu primeiro dia Dulce! - grita a minha sargenta, denominada mãe, da cozinha.
- Já, to descendo – grito do meu quarto. - Mãe, você viu meus óculos? Não estou encontrando.
-Está aqui no balcão, filha.
Sim, me mudei mais uma vez, mais uma escola nova, mais colegas de classe novos, mais gente estranha, está bem que talvez a pessoa mais estranha da minha nova escola provavelmente seja eu, a não ser que cabelo azul por aqui seja normal, o que eu duvido muito, então eu chegando ou não atrasada as pessoas com certeza irão olhar para mim.
Essa será a minha quarta escola em 2 anos, o carrasco da minha mãe, que eu chamo de "o chefe dela", transfere minha mãe por qualquer motivo, pelo menos dessa vez ele prometeu para ela, não transferi-la até eu me formar, o que eu duvido muito, mais espero que dessa vez ele cumpra sua promessa.
Agora a pergunta que não quer calar, porque eu tenho cabelo azul?
Simplesmente porque gosto de azul, azul pra mim se tornou a melhor das cores, eles me lembram olhos de uma certa pessoa, me lembra de uma noite mágica, onde eu não era a Dulce, eu me comportei totalmente diferente do meu MO normal, eu beijei uma pessoa no primeiro encontro, dormi com ela (sem sexo), isso definitivamente não é um comportamento comum da Mariah convencional (tipo porque eu nunca saio com ninguem), então para poder aflorar essa Mariah não convencional, um pintei meu cabelo de azul, minha mãe não gostou muito da ideia, vamos dizer que ela ainda não gosta, mais já passou da fase de rejeição, para a fase final da aceitação.
Eu queria poder ver de novo aqueles olhos, mais a probabilidade de me reencontrar com ele é praticamente nula, porque:
1- ele nem deve mais se lembrar de mim;
2 - porque ele tinha bebido;
3 – não sei seu nome;
4 - a minha nova casa, fica a quilômetros da onde nos encontramos, bem mais de 400km.
Portanto eu tenho que passar pela a fase de aceitação de que nunca mais irei vê-lo.
Então pego minha escova e arrumo meu amado cabelo azul smurf, coloco meu moletom, e desço porque minha mãe ira me matar se eu chegar atrasada logo hoje. Meu estilo é simples, meu guarda roupa se resume em jeans, camisetas, moletons, e all star, não sou daquelas meninas que acordam duas horas mais cedo para poder fazer maquiagem, escolher roupas e tudo mais. Essas duas horas eu prefiro gastar na minha linda cama, dormindo.
- Dulce vamos, se não chegaremos atrasadas, temos que pegar a sua programação na direção!
- Tô, indo mãe.
Passo na cozinha e pego meus óculos, e vou para a garagem onde minha mãe já esta me esperando com olhos no relógio.
Aqui em casa sou só eu e minha mãe. Meu pai, o doador de esperma, nunca conheci, quando minha mãe ficou gravida na faculdade, ele nunca sumiu e nunca mais voltou, minha mãe me criou com a ajuda de meus avós maternos porém, já não estão nesse mundo, então devo tudo o que tenho hoje para minha linda mãe.
- Vamos menina, vou chegar atrasada no trabalho por sua causa.
- Ta bom mãe, vamos.
Depois de mais ou menos meia hora chego na minha nova escola, e meu queixo vai ao chão, ela é enorme, tipo muito grande mesmo, quando minha mãe disse que estaria em uma escola grande, nunca imaginei que seria isso. Para começar ela tem um chafariz na frente, sim um chafariz,e a entrada é um bloco com 4 andares.
- Essa escola tem mais de onze mil alunos, ela é a maior e melhor da cidade. - avisa minha mãe no meu ouvido
-Sério mãe, não tinha uma escola menos ostensiva não?
- Filha, se com suas notas você consegue entrar na melhor e maior escola da cidade, você acha que colocaria você na segunda melhor?
- Você e sua mania de grandeza.
-Vamos filha, temos que falar com o diretor. E minha mãe empurra para dentro da minha grande nova escola.
Após trinta minutos encontramos a sala do diretor, dizer que as pessoas nos corredores me olhavam era pouco, elas me encaram com cara de tipo, quem é essa doida? Qual é a do cabelo azul? Que ridícula! Isso excluindo as pessoas que exclamaram em voz alta. Uma coisa que percebi foi que nessa escola os alunos são fissurados pelo time de basquete, porque muitos alunos estavam com a camiseta do time que acredito que seja da escola, o principal nome que estava nas costas das pessoas era Ucker, seja la quem esse Ucker for.
A secretária do diretor nos avisa que podemos entrar, e eu percebo que ela me encara com uma expressão de desaprovação, dou um sorrisinho, um tchauzinho e entro com a minha mãe na sala do diretor
Acho, não tenho certeza, que meu palpite do basquete escolar, é verdade, porque a sala do diretor é cheia de rede de cestas de basquetes, a própria cesta de basquete, troféus, e a bendita camiseta Ucke, enquadrada no canto da sala, e em cima da mesa tem uma plaquinha com o seu nome, Sr. Montgomery.
Quando o diretor olha para mim, só faltou seus olhos saírem de seu rosto, de tão surpreso que ele ficou.
- Senhorita Dulce Maria? - pergunta o Sr. Montgomery, o diretor.
- Presente. Levanto a mão e sorrio
O diretor começa a tossir, acho que para desfaçar porque ele eu tenho certeza que não acredita que eu sou a senhorita das notas perfeitas, porque meu querido cabelo azul insiste em assustar as pessoas.
-Hã, hum, então, vocês podem ficar a vontade. Eu e minha mãe sentamos em frente ao diretor.
- Hã, prazer eu sou o diretor Montgomery, e bem vinda ao Colégio Morin, espero que sua passagem aqui seja tão significativa quanto na sua escola anterior.
Resumindo, seja um crânio, e fique longe de problemas.
- Pode deixar senhor diretor, instrui a minha filha, para ser sempre a melhor em tudo que ela faz.
O diretor me estende duas folhas, que contem todas as minhas informações, e um monte de aulas
- Então aqui está sua programação, e ao lado de cada aula o bloco e a sala na qual a aula será ministrada, sua primeira aula é história 101, para poder te ajudar, em anexo está um mapa dos blocos e das salas, sua aula começa daqui a 15 minutos. Tenha uma boa aula senhorita Dulce.
- Ta bem, tchau mãe, até depois, tchau diretor mont. Me levanto e saio da sala, detalhe a cara do diretor quanto eu chamei ele de mont, foi impagável.
Depois de me perder, umas 15 vezes nos corredores, porque esse mapa não é nada didático, cheguei 15 minutos atrasada na aula
"Será que eu abro, eu bato,o que eu faço?"
Resolvi abrir a porta.
Coloquei minha cabeça dentro da sala e perguntei
- Com licença, aqui é a historia 101? - perguntei ao professor
- Sim, disse o professor.
Terminei de abrir a porta e entrei na sala me sentindo a própria Beyoncé, e ofereci um aperto de mão para o professor.
- Oi, prazer meu nome é Dulce Maria , desculpa pelo atraso, acabei me perdendo, e esse mapa que me ofereceram para me orientar, não é nada didático. Falei apontando para o mapa, que só tem a função de fazer nos perder mais rapidamente.
E ali estava mais peaaoas pra lista das pessoas que estavam sem palavras olhando para minha cara.
- Hã, pode se sentar ali Mariah – disse apontando para uma carteira do lado direito da sala, serio esse professor parece lesado, ainda continua olhando fixamente no meu cabelo.
Se eu achava que minha lista de pessoas sem palavras hoje era três, pode acrescentar mais 30 pessoas, pois quando eu virei para a turma, meus colegas estavam me encarando, parecendo que eu sou uma aberração, deu vontade de dizer gente é só cabelo azul.
Olhei para cada aluno que estava me encarando, porém quando cheguei ao ultimo aluno da fileira do canto direito, eu congelei. Não podia ser, é muita coincidência, ali, naquele lugar estava sentado estava o dono dos olhos da mesma cor do meu cabelo, eu nunca esqueceria o seu rosto, os olhos do meu amor platônico sem nome, os mesmos olhos daquela noite mágica.
O mundo não seria tão pequeno, ou seria?
Autor(a): zzward
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