Fanfic: Marcos & Emilly | Tema: Mally

MARCOS

Eu estava dormindo quando acordei com ela deitada sobre o meu peito. Seus cabelos estavam amarrados em um coque descendo sobre o ombro. Estava vestida apenas com calcinha e sutiã de renda da cor branca.

Havia perdido o sono, então estiquei o braço sobre a cômoda, que fica ao lado da cama, para pegar o controle e ligar a TV. Baixei o volume, para não acordá-la, e coloquei em um filme que estava passando.

Enquanto assistia ao filme, eu fazia carinho em suas costas. Estávamos bem colados, nossas pernas entrelaçadas. Éramos um só!

Em minha cabeça vieram nossos momentos juntos e, por um instante, lembrei de quando não estávamos juntos. Como eu estaria agora sem ela? Desde que entara em minha vida, colocou meu mundo de ponta a cabeça e tudo que eu pude fazer foi te amar cada dia mais.

E lá estava ela, dormindo feito um anjo em meus braços. Sim, ela era meu anjo. Mas, quando estávamos na ardência da paixão, de anjo ela não tinha nada.

Devagar eu a virei para o outro lado, deixando-a de costas para mim e a abrançando. Beijei o seu pescoço e veio o cheiro da pele dela. Ahhh como eu amo esse cheiro! Não precisava de perfume, pois naturalmente era melhor.

Fui beijando sua nuca devagar, enquanto alisava sua perna.

Ela foi acordando aos poucos, gemendo baixinho enquanto se arrepiava ao toque da minha mão em sua pele e dando aquele sorriso torto que eu tanto amava.

- Tu está inspirado hoje. - ela disse com a voz rouca.
- Você me deixa assim! - falei enquanto a puxava para mais para que sentisse minha ereção.

Sem tirar os olhos dos dela, rapidamente fiquei sobre ela. Segurei suas mãos no travesseiro enquanto beijava seu pescoço.

- Tu tem trabalho amanhã.
- São 4:15h, vou conseguir dormir um pouquinho antes de levantar. - disse enquanto olhava no relégio do celular.

Então ela colocou a mão em meus cabelos e puxou-me para perto dela, fazendo com que nossas bocas se encontrassem. Ah essa boca... Nossas línguas faziam uma dança perfeita. O toque de seus lábios me levavam a loucura.

Fui descendo minha boca para seu queixo, enquanto tirava seu sutião, depois para o pescoço, barriga e baixei sua calcinha. Ela estava completamente nua em minha frente e eu não cansava de admirá-la.

Ela era a mulher mais linda que eu conheci em todas as minhas vidas!

- Vem! - ela me chamou com aquele sorriso torto que me fazia perder a cabeça.

E eu me perdi em seus braços. Nossos corpos suados se alinhavam em uma forma perfeita, como se tívessemos feito para encaixe.

Meu Deus, como eu amava estar dentro dela, sentindo cada parte de seu corpo com o meu!

Em nossos movimentos de prazer e paixão, chegamos ao nosso limite e caímos na cama. A puxei para meu peito e dei-lhe um beijo na testa.

- Você ainda me mata. - eu disse recuperando o fôlego.
- Só se for de amor! - ela respondeu dando-me um beijo nos lábios, deitando sua cabeça em meu peito e ficou olhando para mim até pegar no nosso.

Então peguei no nosso ao lado dela.

Ahhh picinho, como eu te amo!

Não sei quanto tempo se passou, mas um barulho conhecido começou a surgir aos poucos. O que é isso? Eu já ouvi esse barulho outras vezes, mas não consigo lembrar onde. Não tem como fazer isso parar?

Ainda de olhos fechados e sem me mexer muito para não acordá-la, estiquei o braço na cômoda para ver se eu encontrava o que estava fazendo aquele barulho e então peguei meu celular.

Eram 6h da manhã. Eu tinha que levantar para mais um dia de trabalho.

Coloquei o celular de volta sobre a cômoda e me ajeitei para poder abraçá-la, mas, para minha surpresa, ela não estava ali.

Onde ela estava? Pensei em levantar para procurá-la, mas havia algo de estranho no local.

Espera aí, esse não é o mesmo local da madrugada. Não foi nessa cama que nós fizemos amor!

Foi então que realidade veio à tona: tudo não havia passado de um sonho. A minha picinho não estava ali porque nunca estivera.

Sentado na cama com a cabeça entre as mãos, eu respirava fundo.

Aos poucos as coisas estavam começando a ficar em ordem em minha cabeça.

Hoje é terça-feira. Antes de ontem eu havia voltado de Porto Alegre. Há dois dias atrás eu a peguei no colo para colocá-la em sua cama.

Ainda atordoado, levantei da cama e fui em direção ao banheiro para tomar banho. Precisava voltar a minha vida normal.

Trabalho, trabalho, trabalho, trabalho e lágrimas enquanto pensava nela após algumas taças de vinho.

Saí do banho, me enrolei em uma toalha e recebi uma mensagem em meu instagram.

Era de um fã clube Mally. Me enviaram, via direct, uma foto em que ela me olhava dormir.

Ahhhh picinho, como eu sinto sua falta.

Com o celular em mãos, disquei seu número e fiquei parado. Ligo ou não? Eu fui lá, estive tão próximo e ela foi tão fria. Será que ainda me amava? Será que ela já me amou alguma vez?

Apaguei o número e travei o celular.

Respirei fundo e disquei seu número novamente. Eu tinha que ligar, eu precisava ligar.

Enquanto o celular chamava em meu ouvido, fui colocando minha roupa para ir ao trabalho.

- Alô? - disse a voz dela do outro lado da linha.

E meu coração parou.

Era ela. Sempre foi ela. Mesmo antes de ser.