Fanfic: Make a Wish - VONDY | Tema: Vondy, RBD

Capitulo 10 – Eu só preciso de você
Cidade do México

Dulce’s POV
Cheguei exausta do estúdio, fui largando minhas coisas pelo meio do caminho e tendo a certeza que me arrependeria disso mais tarde. Terminei de tirar minha roupa e entrei no banheiro, mesmo que o tempo estivesse esfriado um pouco, precisava de um banho gelado para relaxar os músculos.
Depois de um banho relaxante senti meu estomago reclamar, vesti uma calça de moletom e uma camisa simples de alcinha, fui até a cozinha e comecei a preparar um sanduiche com o que tinha na geladeira, “nota mental: ir ao supermercado amanhã”. Enchi um copo grande com suco de laranja e sentei na bancada, quando estava prestes a morder meu sanduiche ouvi meu celular tocar de longe.

— Não é possível! – larguei o sanduiche no prato e comecei a procurar o telefone — Será que eu nunca consigo comer em paz?... Eu só quero comer em paz! – parecia que eu estava em uma caça ao tesouro, eu ia para um lado e ouvia o toque vindo de outro, então eu ia para o outro lado — Juro que se for a Lia, eu mato ela! Ela jurou que o final de semana era livre!

Fui até o quarto e nada do celular, fui no banheiro e adivinha? Nada também! Voltei para a sala quase desistindo de atender, ele finalmente parou de toca e eu nem parei, fui direto para a cozinha a fim de terminar meu lanche, ou melhor, começar. Puxei o banco algo quando ouvir o toque novamente.
Praguejei alto e voltei à caçada, quando vi minha bolsa jogada ao lado do sofá, a peguei e senti algo vibrar e o som ficar bem mais alto, tirei o celular dela e quase cai ao ver quem me ligava, e para completar, era uma ligação no facetime.
Pensei por alguns segundos e voltei para a cozinha, sentei na cambada e o celular ainda chamava, o que havia acontecido agora? Já fazia meses desde a nossa última conversa, se é que aquilo poderia ser chamado de conversa.
Respirei fundo e aceitei a ligação.

— Christopher? – perguntei e quando a imagem dele ficou nítida me desesperei – Ai meu Deus! O que aconteceu? Você está bem? Onde você está?
— Eu estou bem... – sua voz era de alguém que havia chorado e seus olhos realmente estavam vermelhos
— É claro que não está, que pergunta estupida!... Onde você está? – perguntei novamente aflita
— Eu estou na casa dos meus pais... – ele falou “pais” de um jeito muito estranho.
— O que?... O que aconteceu? Você está passando mal? Já falou com a sua mãe, com a Natalia? Já foi no médico?
— Não, eu estou bem... Fisicamente bem... – ele podia estar fisicamente bem, mais eu sabia que algo sério tinha acontecido o que fez meu medo crescer.
— Não sai daí – levantei e corri para o quarto, jogando o celular na cama
— Dul o que você está fazendo? – ele perguntou quando a câmera ficou preta
— Trocando de roupa! Me diz, o que aconteceu?
— Eu não sei como dizer isso... A ficha ainda não caiu... – parecia que ele ia começar a chorar, ou voltar sei lá
— Como assim não caiu a ficha? – terminei de me vestir e peguei o celular. Ele realmente estava chorando — Sério você está me deixando preocupada... E com medo...
— Ele não... Era uma mentira! Minha vida foi uma mentira e eu não estou totalmente com raiva, talvez pela mentira, eu não sei explicar... Eu nem sei o que estou sentindo... – ele falava rápido e soluçando
— Chris pelo amor de Deus respira – sai batendo a porta e chamando o elevador, haviam três por andar e eu sai chamando todos — O que aconteceu? Como assim sua vida foi uma mentira? – eu apertava os botões impaciente
— Ele não... – agora ele chorava compulsivamente e eu senti meus olhos encherem de lagrimas, eu não sabia o que ele estava sentido, mais estava doendo, não só nele, mais em mim também
— Meu amor não desliga, por favor, não desliga – falei aflita quando ele não falou mais nada, o elevador chegou e eu entrei correndo e apertei no N1*, nunca odeie tanto morar no vigésimo quinto andar.

Eu só ouvia o choro, aquilo estava me agoniando e eu estava fazendo um esforço sobrenatural para não chorar também. Sai do elevador correndo até chegar na minha vaga, destravei o carro e entrei em tempo recorde, coloquei o celular no suporte onde eu podia ver ele, provavelmente estava pelo computador, já que eu conseguia ver ele sentado com as cotas na parede.
Sai do prédio chutada, levando em consideração a distância da minha casa para a casa dos pais de Christopher eu poderia me considerar uma corredora de formula 1 depois de hoje, nunca tinha corrido tanto, desobedecido tantas regras e transido na minha vida, mais a minha preocupação e o desespero eram bem maiores do que algumas multas e pontos na carteira.
Por um momento o choro cessou, mais foi só por um momento, e quando voltou, estava mais forte, eu percebia que ele já estava sem folego, o que diabos tinha acontecido?

— Chris fica calmo, fica calmo, por favor...
— O que você...? – foi quando ele se tocou que eu estava dirigindo — Dul onde você está? Te atrapalhei? Desculpa, eu não... – ele começou a falar rápido de novo e eu quase não conseguia compreender
— Fica calmo! Você não me atrapalhou em nada! Só respira fundo, não precisa dizer nada!... Só não desliga... – eu estacionei e olhei ao redor, pedi a Deus em silencio que nenhum paparazzo tenha me seguido, essa era a última coisa que eu precisava — Espera...

Christopher’s POV
A ligação foi encerrada e eu não entendi nada, foi quando eu me toquei do que tinha feito. No meu momento de desespero eu liguei para a única pessoa que eu precisava naquele momento, não me importei com as circunstancias ou com as consequências, eu só precisava dela e pela primeira vez em anos, eu admiti isso.
Escutei baterem na porta, já fazia horas desde a grande revelação, minha mãe provavelmente estava preocupada mais queria me dar espaço, que pelo visto tinha acabado. As batidas continuaram e apenas as ignorei, eu não odiava a minha mãe ou o meu pai, só não queria falar com eles no momento, precisava entender o que de fato eu estava sentido.

— Amor, por favor, abre a porta... – a pessoa bateu de novo e eu achei que estava delirando, não tinha como ela está ali – Christopher abre a porta! Sua mãe não está aqui, vai abre...

Continuei sentado na cama, desviei o olhar da porta para no macbook na minha frente, não era possível. Refiz a ligação recém-desligada e ouvi o toque do lado de fora, olhei de novo para a porta e ouvi uma risada nervosa. Ela atendeu a ligação de novo.

— É sério? – ela estava sorrindo mais tinha uma expressão extremante preocupada — Você não abre a porta mais me liga no facetime? Anda Uckermann para de graça e abre logo essa porta ou eu vou derrubar.
— Você vai... – aquilo era tão surreal
— Vou! Eu vou derrubar essa porta se você não abrir, sabia que é fácil derrubar de fora para dentro? Anda! Abre logo isso. – ela desligou e bateu de novo — Christopher Alexander Luís Cassil... – corri e abrir, ela me olhou aliviada — Até que fim! Achei que ia mesmo ter que derrubar a porta. – tentei sorrir mais digamos que não saiu lá essas coisas e ela percebeu – Hey!... O que aconteceu? – ela tocou meu rosto fazendo carinho, imediatamente fechei os olhos — Sério o que aconteceu? Você me ligou desesperado e não falou nada que fizesse sentido para mim, chego aqui, seus pais estão com cara de choro e você entocado nesse quarto chorando...
— Eles não te contaram?
— Me contaram o que? Seu pai só me pediu para cuidar de você e foi exatamente isso que eu vim fazer...
— Me desculpe...
— Pare de se desculpar! Só me diga o que aconteceu. Eu vim o caminho inteiro imaginando milhares de coisas, uma pior que a outra...
— Era tudo mentira... quer dizer, o sentimento não era... – comecei a chorar novamente, ela me abraçou e eu senti que nunca mais a largaria.
— Chris, por favor... – eu senti o quanto ela estava se esforçando para não chorar — O que aconteceu com você? Que mentira é essa?
— Só me abraça Dul... Só me abraça.