Fanfic: Make a Wish - VONDY | Tema: Vondy, RBD

Capitulo 11 – Uckermann honoraria
Cidade do México

Dulce’s POV
Christopher chorava compulsivamente nos meus braços e quando eu dei por mim, já estava chorando junto. Entrei no quarto e fechei a porta, fui nos guiando até a cama e sentei, ele sentou ao meu lado sem me soltar, nessa hora acho que nem eu seria capaz de solta-lo.
Foram horas ou minutos, não sei bem, eu já estava encostada na parede atrás da cama e ele estava com a cabeça no meu pescoço, aquela agonia só tinha crescido desde que ele me ligara, afinal ele estava aqui, chorando como um bebe, nos meus braços e eu nem ao menos sabia o que estava acontecendo e muito menos se eu podia ajuda-lo, apenas sabia que eu faria o possível e o impossível para fazer com que ele parece de chorar.
Eu acariciava os seus cabelos, que eu tanto amava, tentando acalma-lo, ele foi se acalmando e respirando fundo, quando finalmente parou de chorar plantou um beijo delicado no meu pescoço que me fez arrepiar, mas preferi ignorar isso.

— Você está melhor? – ele apenas concordou com a cabeça sem tira-la de onde estava — O que aconteceu afinal?
— Ele não é meu pai... – arregalei os olhos e o olhei — Victor não é meu pai...
— Como não é seu pai? Christopher? – levantei a cabeça dele forçando-o a me olhar — De onde saiu essa história?
— Quando cheguei aqui ouvi uma conversa... – estava prestes a repreendê-lo por isso quando percebi que não era o momento certo — Eu não entendi, realmente não fazia sentindo nenhum, então eu entrei e eles me contaram...
— Se o Victor não é seu pai... Então quem é? – perguntei com medo.
— Eu não sei, só sei que ele é, ou era, um oficial da marinha... E brasileiro...
— Como seu pai biológico pode ser brasileiro?
— Minha mãe fez um intercambio quando estava na faculdade para o Brasil, foi quando o conheceu, ficaram juntos por dois meses e quando ela descobriu que estava gravida voltou para cá.
— Ele não...?
— Ele não sabe sobre mim. Ela perdeu contato e nunca mais soube dele.
— E o que você pretende fazer agora? – perguntei com medo da resposta
— Eu não sei, não sei nem o que estou sentindo para falar a verdade...
— Você sabe que independente disso tudo o Victor sempre vai ser seu pai né? – ele concordou — Às vezes são mais importantes os laços criados do que o sangue. Claro que eles erraram quando não te contaram a verdade, mas também sempre te amaram e vão continuar te amando.
— Eu sei, talvez esteja com raiva, magoado por terem me escondido isso, independente de tudo sou muito grato pela minha criação, Victor sempre vai ser meu pai.
— Eu estou orgulhosa de você!
— Qual é... – ele deu uma risada me abraçando – Eu tenho 29 anos e não...
— 92?
— Eu ia dizer 19...
— É que a maioria das pessoas inverte os números – gargalhei
— Eu entendi a piada palhacinha.
— E você está entocado aqui na ucker-caverna há quanto tempo?
— Hmm, eu cheguei aqui umas três da tarde, a conversa durou mais ou menos uma hora e meia... – ele fez uma cara de quem estava fazendo cálculos — Que horas são?
— Sei lá... – puxei o celular do bolso com um pouco de dificuldade — Onze e quarenta e cinco – arregalei os olhos assustada, eu tinha mesmo praticamente atravessado à cidade tão tarde?
— Então eu devo estar entocado aqui na ucker-caverna desdás cinco
— E você já comeu alguma coisa? – ele ficou calado, totalmente culpado — CHRISTOPHER!
— O que? Eu não tô com fome. – se defendeu — Pensando bem... Eu tô sim.
— Você é muito sem noção mesmo... E bipolar! – sai de seus braços e ele deu uma risada como se lembrasse de alguma coisa — O que foi?
— Nada! Coisa minha... – olhei para ele com os olhos cerrados desconfiando dessa história — Minha, do Christian e do Poncho...
— Isso tem relação com uma certa pizza queimada?
— Mais ou menos – gargalhei e foi até a porta — Aonde você vai?
— Atrás de alguma coisa para comer, eu estou com fome, você está com fome e eu sei que sempre tem o que comer aqui.

🦄🦄🦄

Alexandra’s POV
Eu já estava conformada de que o Christopher precisava de um tempo para absorver tudo que tinha acabado de acontecer, e eu e Victor concordamos dar esse tempo a ele. O que eu achei estranho foi quando a Dulce chegou quase dez e meia da noite completamente desesperada. Fazia quase um ano que eu não a via, Christopher não falava mais dela e pelo que eu entendi, eles agora vivam uma relação de gato e rato com as vondys, então o que ela estava fazendo aqui?
Victor me convenceu de que eu precisava comer alguma coisa, afinal não comia desde o almoço, fomos para a cozinha e ele prometeu que iria fazer sua especialidade, o que era um milagre, já que eram raras as vezes que ele entrara na cozinha para ficar no comando do fogão.

— Sabe o que eu ainda não entendi... – “o quê?” Victor sussurrou enquanto pegava os ingredientes para o famoso macarrão apimentado a la Victor Uckermann — O que a Dulce veio fazer aqui.
— Eu também achei estranho, é como se ela soubesse o que tinha acontecido. Você viu como ela estava preocupada?
— A conexão deles é forte mesmo, a Dul sabia que ele precisava dela...
— Alexandra... – me repreendeu
— O que? Que outra explicação tem?
— Ele pode ter ligado para ela
— Por que precisava dela...
— Querida não crie expectativas.
— Ela é a nora que eu sempre quis ter – fiz bico e ele riu concordando com a cabeça
— Dulce é nossa nora honoraria
— Espero que chegue a ser única e definitiva – ele riu novamente negando com a cabeça, mas sabia que por dentro concordava comigo.
— Vamos mudar de assunto, a qualquer momento um dos dois pode descer, e se ouvirem essa conversa a confusão não vai ser no twitter.
Rimos e voltamos a conversar sobre outras coisas, de certo modo Victor queria me distrair até Christopher aparecer e eu ter certeza de que tudo estava realmente bem.
Quando a comida ficou finalmente pronta pude ouvi passos entrando na cozinha.

— Que cheiro maravilhoso é esse? – virei sorrindo para a menina sorridente nas minhas costas — Não me diga que esse cheiro é do que eu estou pensando?
— Se você está pensando em macarrão apimentado a la Victor Uckermann... Acertou.
— Whooow! – ela deu uns pulinhos antes de sentar ao meu lado — Nem acredito! Que dona Blanca não me escute mais é sem dúvida a melhor massa que eu já comi...
— Então estamos quites. Já que nas palavras do Christopher, o Fernando faz o melhor sushi que ele já comeu.
— O que eu não entendo por que é sempre Fernando e Victor e nunca Blanca e Alexandra.
— Vish, ó aí Dulce, sua sogra está com ciúminho – eles gargalharam e eu fiz bico, ela se aproximou mais me dando um beijo estalado no rosto.
— Não precisa não tia, a você faz a melhor mousse de maracujá com chocolate meio amargo que eu já comi na vida!
— Graças a Deus minha nora honoraria gosta da minha sobremesa – sussurrei baixinho, já que a Natalia não chega nem perto das sobremesas para não engordar, só digo uma coisa: fresca.
— O que? – Dul perguntou rindo, no fundo agradeci por ela não ter entendido.
— Graças a Deus que eu faço alguma coisa que vocês gostem, por que só elogiam os homens – ela gargalhou e me olhou desconfiada. — Querida e o Christopher? Me odiando?
— Que isso tia, ele só estava confuso, mas não odeia nenhum de vocês...
— Ele te contou? – Victor perguntou ao se encostar-se na pia, ficando de frente para nós duas.
— Depois de muito tempo, no começo cheguei a pensar que alguém tinha morrido, acho que nunca corri tanto com o carro como hoje – ela suspirou — A propósito, obrigada por guardar meu carro tio.
— Que isso querida, se ele ficasse lá fora poderia ser perigoso. Então... Christopher te ligou?
— Sim, ele estava péssimo e só chorava, nunca tinha visto ele assim, me desesperei.
— Deveríamos ter apostado – Victor gargalhou e eu rolei os olhos — Por isso você veio.
— Sim, ele me ligou no facetime e eu achei muito estranho, fazia tipo uns três, quatro meses que não nos falávamos então... Para falar a verdade, no início pensei até em não atender...
— Mas você não conseguiu ignorar – não foi uma pergunta, afirmei mesmo e ela concordou.
— Não... Na verdade ele me ligou três vezes e a insistência me deixou curiosa, eu não atendi nas primeiras por que estava em uma caçada com meu celular, como era a terceira ligação imaginei que não fosse... Para reclamar dos fãs atacando a Natalia... – ela sussurrou a última parte mais eu consegui ouvir perfeitamente.
— Então querida – quando percebeu o clima Victor tratou de quebra-lo — Você está com fome?
— Ah você não imagina o quanto, para falar a verdade eu estou faminta!
— Então o primeiro prato é seu!

Victor nos serviu e em seguido serviu a si mesmo. Sentamos na mesa da cozinha e comemos entre risadas. Nós sempre gostamos da Dulce, desde que ela era criança, depois perdemos contato e mais tarde voltamos a vê-la por causa de Rebelde e do RBD em si, e depois a perdemos de novo.

— Você precisa vim mais aqui, na verdade você está me devendo isso desde que nos vimos no shopping.
— Eu sei tia, prometo vim mais vezes...
— Acho bom mesmo, se não te sequestro e te trago a força – gargalhamos mais uma vez
— Quer dizer que você está aqui comendo e esqueceu de mim lá em cima, sozinho, no frio e com fome? – Christopher apareceu na porta da cozinha e Dulce arregalou os olhos largando o garfo
— Ops! – ela se virou para encara-lo quando ele a olhava “com raiva” — Eu meio que esqueci de você lá em cima, sozinho, no frio e com fome – fez carinha de culpada — Desculpe!... Mas em minha defesa, seu pai estava fazendo a especialidade dele, e vamos combinar quem é você perto disso? – fez cara de desdém e nós gargalhamos enquanto Christopher rolava os olhos
— Como estamos na frente dos meus pais, eu prefiro não te responder... – ela arregalou os olhos, completamente indignada e constrangida, o que nos fez rir ainda mais.
— Você vai querer comer filho? – Victor perguntou quando consegui parar de rir
— Claro, já que a pessoa que ia atrás de comida para mim me esqueceu...
— Hey, a comida era para mim também! – ele saiu da porta e deu um puxão na orelha de Dulce e logo depois sentou na cadeira ao lado de Victor — Ai Alexander! Isso dói!
— Era para doer mesmo, assim você nunca mais esquece de mim sozinho, no frio e com fome.
— E depois eu que sou dramática!

Victor serviu Christopher e continuamos conversando enquanto ele comia, Dulce disse que não aguentava comer nem um grão de arroz por pelo menos uma semana depois daquela massa toda. Christopher disse que era mentira e ela jogou um guardanapo dele. Foi quando lembrei que tinha um pavê de chocolate na geladeira e ofereci a todos, a única que negou foi Dulce, por “motivos já explicados”.

— Você tem certeza que não quer? – Christopher perguntou levantando a colher cheia de pavê no ar
— Tenho, se eu comer alguma coisa vou explodir, acho que não consigo nem beber agua.
— Exagerada!
— Deixa ela Christopher – Victor “ordenou” tentando não rir
— É, me deixa Christopher!
— Cara isso está tão bom! – Christopher afirmou com a boca cheia — Mãe você fez os melhores doces do mundo.
— Eu sei, e para de falar de boca cheia garoto! Não foi essa educação que eu dei!
— Credo! Não se pode nem elogiar sem levar uma patada! – Victor deu um tapa de leve na cabeça de Christopher surrando “olha o respeito”, meu filho apenas riu e encheu a colher de novo, quando estava quase com a colher na boca Dulce se esticou abrindo a boca — Você não disse que não ia conseguir beber nem agua? – ela deu nos ombros e continuou com a boca aberta — Algumas coisas nunca mudam!

Ele colocou a colher na boca dela sorrindo e ela sorriu de volta como uma criança que acabou de ganhar o brinquedo que esperou a vida toda. Conversamos, rimos e brincamos mais um pouco, às vezes eu jogava umas (in)diretas nós dois que fingiam não perceber, mas eu sei que percebiam.
Quando olhei para o relógio que ficava na parede vi que marcava duas e cinquenta e cinco da manhã.

— Nossa! A conversa está tão boa que não vimos o tempo passar!
— Como assim? – Dulce e Christopher perguntaram juntos
— Verdade querida! – Victor concordou — A conversa está tão boa mais receio que preciso me retirar, tenho que está cedo no hospital amanhã, ou seria hoje?
— AI MEU DEUS! – Dulce tampou a boca com as mãos quando percebeu gritar — Vai dar três da manhã! Eu preciso... Eu preciso voltar para casa!
— Nem pensar! Você não vai sair daqui agora!
— Claro que vou! Tio minha chave, por favor.
— Claro que não Dul, o Christopher tem razão, você não pode ir embora essa hora.
— Eu também não o posso dormir aqui...
— E por que não? Não vai ser a primeira vez e muito menos a última. Você não mora mais com os seus pais e mesmo que morasse, sei que eles não se importariam...
— Mas eu... Eu preciso colocar comida pra Triana...
— Essa é a sua pior desculpa!
— Não é não, não posso deixar ela com fome...
— Você não comprou aqueles potes automáticos?
— Err, comprei... Espera! Como você sabe sobre isso?
— O Christian me disse. Você quase o deixou maluco com essa história de pote automático. Ele até falou que estava pensando em comprar um cachorro depois desse pote aí, já que não ia ter que se preocupar com o horário de dar comida...
— O Christian cuidando de outro ser sem ser ele mesmo? Ele não serve para isso...
— Eu disse isso a ele!
— Então está resolvido! Dulce você dorme aqui. Agora eu vou me retirar, boa noite crianças – Victor abraçou Christopher e deu um beijo na cabeça de Dulce — Boa noite meu amor – me deu um selinho rápido e subiu.
— Dulce vou ver uma roupa para você.

Subi deixando os dois sozinhos, peguei uma roupa e uma escova de dentes nova, nem me preocupei com Christopher, sabia que ele tinha tudo que precisava no quarto dele.
Só tinha um detalhe, Victor decidiu fazer algumas reformas na casa e começamos justamente pelos quartos de hospedes, o que significa que os dois teriam que dormir juntos.
Os informei desse pequeno detalhe e disse que eu não ia deixar ninguém dormir no sofá da sala, não sei deixar ninguém dormir mal por puro capricho, claro que depois desse pequeno discurso os dois não tiveram o que discuti, na verdade nem sei por que tentaram, eles sabiam que não podiam comigo.

— Você fez mesmo os dois dormirem juntos? – Victor perguntou assim que eu dentei ao seu lado
— Sim! – sorri cínica até demais para o meu gosto
— Você por acaso tem um diploma honorário em manipulação ou arte da guerra?
— Quem sabe...
— Alexandra...
— Relaxa Victor, os dois são adultos...
— Eu sei que são adultos...
— Só me lembre de ligar para a Blan amanhã.
— Ai meu Deus, vocês duas estavam muito quietas, eu até estranhei... Vocês não desistiram, não é?
— Nunca querido, nunca!
— Perdi a aposta... – pensou alto, lamentando de um jeito divertido e dramático.
— Que aposta Victor?
— Eu e o Fernando fizemos uma aposta, ela se divide em duas partes, pelo jeito perdi a primeira...
— Você e o Fernando fizeram uma aposta? Que aposta?
— Primeira parte: Se você e a Blanca tinham realmente desistido de juntar os dois, eu disse que sim e ele disse que não. Segunda parte: Se vocês iam conseguir juntar finalmente Dulce e Christopher, eu disse que não e ele disse que sim.
— E o prêmio?
— Quem perder paga o casamento, sendo dos dois ou com qualquer outra pessoa – eu gargalhei
— Melhor começar a guardar dinheiro meu amor, por que eu garanto esses dois vão casar.