Fanfics Brasil - FlashBack 4.0 Maldita Mulher VONDY (REPOSTADA)

Fanfic: Maldita Mulher VONDY (REPOSTADA) | Tema: VONDY


Capítulo: FlashBack 4.0

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    Verão de 2000


       Dulce abriu o porta-malas do carro de Christopher para guardar suas coisas, já que passariam o feriado prolongado na praia. No meio de uma das mochilas do namorado, encontrou um objeto estranho. Ao aproximar a vista, viu que tratava-se de uma boneca. Ao pega-la, soltou um grito e largou bruscamente a boneca no chão.


      Dulce arfava, com a mão no peito. "Mais uma? E aqui?" foi o que pensou. Olhou para os lados com os olhos assustados e e forçou-se apanhar a boneca novamente. Mais uma. Não importava onde estava, com quem estava, elas sempre apareciam. Era uma réplica perfeita sua. Algumas bonecas usavam roupinhas iguais as que ela tinha. E sempre, havia um papel cuidadosamente colocado em uma abertura na nuca de brinquedo.


        Desenrolou o papel e temerosa leu a mensagem: "Boa estadia na praia, vadia... Muito cuidado... Dizem que esses lugares são perigosos para piranhas porcas como você." Nunca tinha assinarura. Às vezes letra de forma, às vezes papel impresso ou recortes de letras de revistas. Mensagens ofensivas... Jogou a boneca no lixo da casa de Christopher e guardou o papel no bolso. Não contaria à ele. Não, ainda. Não, se nada acontecesse. Acabou de guardar suas coisas e olhando mais uma vez para os lados, trancou o porta-malas e dirigiu-se à casa.


**
      Os demais só chegariam no dia seguinte, Dulce e Christopher estavam acomodados no quarto que ocupariam. Ele estava tomando um banho, enquanto ela não saia da janela.


-Você não saiu dessa janela desde que chegamos.


     Assustou-se com Christopher lhe falando ao ouvido.


-Sabe que eu adoro esse lugar, essa vista...- virou-se para ele e o abraçou.


-Estou preocupado com você... -suspirou- Ainda não descobri quem está mandando essas coisas...mas prometo que quando eu colocar as mãos nessa pessoa, eu...


-Shhhh...-pôs o dedo indicador na boca do namorado delicadamente- Não precisa falar mais nada...- e beijou-o.


        Alguns minutos depois os dois desceram para que pudesse jantar, uma luz incomum chamou a atenção de ambos em um canto perto do balcão. Era fogo.


       Não era muito grande, era apenas um objeto queimando. Dois bonecos queimando. Haviam jogado o que parecia ser tinta vermelha em cima de ambos os brinquedos e após apagarem o pequeno fogo  perceberam, apesar da combustão, que alí eram suas figuras. Réplicas dos dois, como se estivessem sendo queimados e estivessem ensanguentados. Dulce já estava com dificuldade para respirar, mas não soltou uma palavra, Christopher alternava o olhar entre ela e o objeto, com olhos assustados.


**
        -Eu não consigo dormir. -Dulce disse agarrada à Christopher.


-Eu verifiquei a casa, está tudo trancado não se preocupe....


-Ele ou ela... Seja lá quem for, veio até aqui! -olhou-o.


       O telefone tocou. Eram 3:00 da manhã, quem poderia ser? Christopher esticou o braço e atendeu. Nada além de uma respiração.


-Quem tá aí?


      Foi suficiente para Dulce se sobressaltar.


-Responde agora, porra!- ouviu apenas o "tu,tu,tu,tu" do outro lado da linha.


          Christopher nem sequer podia tentar acalmar Dulce, que já chorava de medo. Ele também estava temeroso.


-Dulce, é só alguém querendo nos assustar... Vamos ficar calmos! -disse mais para sí mesmo, do que para ela.


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Março de 2000


         Maite andava na rua sozinha, já era tarde e ela vinha da biblioteca. Não queria vir andando, mas não tinha outra opção.


         Caminhava rapidamente, fazia frio e ela queria mesmo chegar logo em casa. Aquela velha sensação de que está sendo seguida... Sempre acontece quando se anda sozinho em um ambiente assim.


       Sua cabeça poderia criar mil e uma ilusões, ela sabia disso.


       Mas, saber disso não a impedia de ficar com certo medo. Ela olhava para trás o tempo todo. E em uma dessas olhadas, ela viu algo. Alguém. Será sua imaginação? Não se deu ao luxo de se questionar mais e apenas caminhou mais rápido.


       Olhou para trás mais uma vez. Nada. Mesmo assim, continuava caminhando rápido. Já estava quase correndo, somente porquê gostaria de estar em casa logo. Mirou atrás mais uma vez, e quando olhou para frente, uma sombra. Alguém estava se escondendo logo mais a frente dela. Estariam a aguardando para um assalto?


       Sem querer saber, Maite correu. Não olhava mais para ponto algum que não fosse sua frente e de longe, avistou sua casa. Correu ainda mais. Com as mãos trêmulas pela preça, custou acertar a fechadura e quando finalmente o fez, entrou. Trancou a porta e recostou-se nela.


         Seu coração batia à mil por hora e respirava ofegante. O seu celular começou a vibrar na bolsa e ela o retirou. Havia uma mensagem em branco nele. Ela estranhou. E novamente ele vibrou em suas mãos. Mais uma mensagem em branco. E vibrou mais uma vez. E outra, e outra, e outra... De repente uma enxurrada de mensagens em branco foram enviadas para Maite e o número era desconhecido.


       Ela tentava ligar, mas havia um bloqueio. E então, a última mensagem dizia: "Janela."


         Maite começou a olhar na direção de todas as janelas da sala e não havia nada. Com medo travou a porta e todas as janelas, fechou as cortinas e certificou-se de que a porta dos fundos estava cerrada. Subiu correndo para o seu quarto e ao se deparar com a janela, estava escrito nela: "Viu, como é fácil te pegar?"


            Ofegante ligou para sua mãe. Ela iria dormir na casa do namorado àquela noite. Chamava, chamava, chamava, chamava e caia. Estava com medo e sozinha naquela casa enorme.


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Janeiro de 2000


-Você tem certeza que estamos no caminho certo?- Christian perguntou à Anahí.


-Bom, se este mapa aqui estiver...- perdeu a fala ao sentir o carro de Christian ir com tudo para esquerda.


-O que foi isso?- gritou.


-Aquele carro veio na nossa direção!- respondeu aturdido, mirando o retrovisor.


-Quem está dirigindo?


-Não consigo ver!


        Sentiram mais uma investida do carro. Christian pisou fundo no acelerador, mas o seu perseguidor tampouco desistia de tentar encurrala-lo. Ele jogava todo o peso do carro em direção à Christian. Aquilo era no mínimo, esquisito.


       Em uma última jogada, Christian perdeu um pouco o controle e acabou batendo em uma placa. O airbag inflou no rosto dele e de Anahí. Com certa dificuldade, os dois saíram do carro.


-Ah cara! -Christian lamentou botando a mão na cabeça.


        Anahí olhava ao redor. Não havia sinal algum do carro que os havia "atacado". Seu amigo começou a dar atenção ao local da batida. E foi quando, não a lataria, mas a placa lhe chamou a atenção.


-Any? -chamou a amiga e esta logo o mirou.- Veja isto...- apontou para a placa.


-"Acidentes na estrada acontecem o tempo todo, na próxima eu pego vocês." -leu em voz alta.


       Anahí logo sentiu calafrios percorrerem por todo o seu corpo, e tentava ainda, se recuperar do susto. Christian por sua vez não deixou margem para duvidar do seu medo. Estava em pânico.


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          Agatha riscava todo o seu caderno de desenho. Ela não desenhava, apenas passava violentamente o lápis nas folhas, rasgando-as.
 
"Odeio..odeio....odeio...odeio..." era tudo o que conseguia murmurar. Trancada naquele lugar, sem poder sair, só conseguia sentir ódio. Quando a enfermeira trazia seus medicamentos, apenas fingia que tomava. Sempre conseguia descarta-los. Pouco lhe importava se estava louca.


       Olhou para o canto do quarto. Suas bonecas. Era a única coisa que não odiava. Sua favorita era Dulce, ela sempre brincava com ela. Era sua boneca predileta.


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Aniversário da Dulce
2001


       Depois que Maite saiu de perto, Anahí voltou novamente a atenção para o casal. Christopher disse algo no ouvindo de Dulce e esta fez que sim com a cabeça, e ele saiu. Dulce não permaneceu lá por muito tempo, logo estava com Maite conversando. "Uma mosca morta reconhece outra..."  pensou. Não perdendo mais tempo se retirou, tomando o mesmo caminho percorrido por Christopher.


      Depois de alguns minutos procurando, o avistou na cozinha da casa. Ele parecia pegar algumas bebidas e ela foi andando com cuidado por trás dele. O abraçou pelas costas. Christopher pensou que seria Dulce, mas ao virar-se seu sorriso morreu ao ver a loira em sua frente.


-Sai de perto de mim...


-Você me deve um beijo...-Anahí se aproximou.


-Posso pagar com vergonha na cara?- desvencilhou-se e ele mesmo saiu de perto da garota.


-Dulce nunca descobriria...


-Como pode ser tão descarada? Quantas vezes eu vou ter que te chutar?- disse irritado.


-Por que, não cede de uma vez...?


-Por quê, ele tem bom gosto.


       Os dois olharam assustados para a porta da cozinha e Maite estava escorada no batente.


-A conversa ainda não chegou no circo, queridinha.- Anahí deu seu melhor sorriso cínico.


-Mai, o que você veio...- Dulce entrou apressada na cozinha- Ué? Estão fazendo uma reunião e esqueceram de me chamar?-franziu o cenho um pouco ofegante. Maite havia saído com pressa para a cozinha, a fazendo segui-la por perto.


-Desculpe, ter te trazido tão depressa....-Maite tirou os olhos de Anahí pela primeira vez e mirou a amiga.


       Com olhos estreitados para Maite, Christopher logo sacou qual era o jogo. Ela sabia que eles estavam na cozinha. Queria que Dulce os visse. Por mais que ele pedisse aos céus que Anahí saísse da vida deles, ele não queria se complicar.


-Vamos voltar à festa, garotas! Lá é onde está a emoção!- diro isso, Anahí riu e saiu esperando ser seguida por Maite e Dulce. Apenas Dulce a seguiu.


-Devo quase agradecer?-indagou, Christopher.


-Minha intenção não é complicar você.-suspirou.


-Eu espero que tenha ficado claro. Não aconteceu nada entre Anahí e eu naquele dia.


-Eu sei... Acredito em você. Espero que Dulce acredite também.-olhou para a porta por Dulce acabara de sair.


-O que quer dizer com isso?


-Fique esperto, meu amigo... Dessa vez fui eu, e Dulce não os viu. Mas, se Anahí armar uma cena, ela não vai acreditar em você como eu.


        Dito isso, a morena sai para onde a festa estava no seu auge.


**


        Todos dançavam frenéticos, corpos suados, eletrizados pela energia que emanava da música animada. Dulce dançava com Anahí na pista. Maite não pôde deixar de rir da fantasia da loira, era uma diaba, realmente. Decidiu não acompanha-las e sentou-se em uma poltrona luxuosa que ficava no canto da sala.


-Como anda o País das Maravilhas?- Christian sentou-se ao seu lado.


-Não, sei. Como anda a Pensilvânia?


-Não sei. -sorriu- Você fica linda de Alice, Maite... Mesmo sendo morena. -riu.


-Não posso dizer o mesmo de um projeto de Drácula!- riu.


-Pior é o Ucker, que de Batman não tem nada! Tá parecendo um Go Go Boy!- os dois gargalharam.


      Maite e Christian eram bons amigos. Mesmo antes de ela ser "a popular" eles já eram companheiros. Ela o valorizava muito. Ficaram conversando por mais alguns minutos até que Christopher se junta à eles.


-Aperta aí, pessoal!-disse espaçoso.


-Ô Go Go Boy, dá pra procurar tua garota e deixar eu com a minha? -disse Christian brincando e Maite riu.


-Ela está ocupada, agora! E eu não quero ficar perto da azeda da Anahí.


-Não sei pra quê tanta raiva da menina...


-Mudando de assunto... -disse Maite, o cortando- precisamos comemorar! Além de ser aniversário da Dulce, estamos livres da Agatha.


-Eu não consigo ficar feliz...-Christian suspirou. -Estão falando por todo lado que ela finalmente foi encontrada.... Mas, não sabemos como ela morreu.


-Isso pouco importa! -Christopher se pronunciou -O que importa é que agora estamos livres!


         Maite observou Christian em silêncio. Ele sempre ficava inquieto quando o assunto era aquela noite. Todos eles estavam separados quando tudo aconteceu. Todos se declaram inocentes, mas... Não havia como ter certeza. Todos eram atormentados por Agatha. Todos teriam seus motivos.


**


Gente, este é o último FlashBack e a partir de agora, a história começa de fato. Curiosas para saber quem é o Poncho nessa história? Também tenho uma notícia não muito boa, vou precisar viajar para um interior, e passarei uns dias sem atualizar. Maaaaaaas, assim que chegar os compensarei. Não me abandonem! Luz! ❤🙌😂


 



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Autor(a): kikyokagome

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

          As pessoas caminhavam freneticamente pela rua. Indo e vindo, cada uma com seu ritmo, suas preocupações, amarrotados de afazeres. Um estrondar de solas batendo no chão, enchia todo o ambiente. O sinal havia fechado, e um pequena multidão se alvoroçava para atravessar a faixa de pedestres, de ...


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