Fanfic: Maldita Mulher VONDY (REPOSTADA) | Tema: VONDY

        As pessoas caminhavam freneticamente pela rua. Indo e vindo, cada uma com seu ritmo, suas preocupações, amarrotados de afazeres. Um estrondar de solas batendo no chão, enchia todo o ambiente. O sinal havia fechado, e um pequena multidão se alvoroçava para atravessar a faixa de pedestres, dentre elas duas mulheres muito bem vestidas, com seus saltos altos, sobretudos caros e cabelos impecáveis.

-Quantas pessoas no mundo podem gostar de um café assim?

-Bom, eu gosto!

-Exato! Você é muita estranha!- terminando de atravessar a faixa.- Cuidado!-arrumando sua bolsa.- Essas pessoas não sabem andar sem quase derrubar o meu café!

-Meu carro está na oficina e você não veio com o Christopher, porquê?-ambas chegaram até a calçada.

-Deixei ele dormindo e saí! -Maite riu.

-Ele vai te ligar assim que acordar, te xingando!-riu ainda mais.

-Ele merece, Maite!-sorveu um pouco do seu café.-Eu acho que ele nunca vai me pedir em casamento!

-Por que você não fala isso pra ele?-jogando o copo vazio de seu café, em uma lixeira pública.

-Por que aquele tapado lindo, precisa se tocar sozinho!-riu.

Dulce e Maite caminhavam juntas rumo à editora Savirroni. Depois de se formarem, com muito esforço e dedicação conseguiram realizar o seu sonho, e era uma das mais conceituadas do país. As adolescentes pirrancentas do ensino médio, haviam se tornado mulheres de sucesso.

-Ah, estava esquecendo.. hoje é o dia de entrevistar os futuros estagiários, certo?- disse Maite, passando pela porta rotatória, sendo seguida por Dulce.

-Nem me fale, detesto essas entrevistas...-foi interrompida pelo celular.

-Alô?-atendendo sem olhar o visor.

-"Sabe que não gosto de acordar sozinho!"

-Christopher, não seja infantil!-Maite, ao ouvir o nome do pseudo-marido de Dulce começa a rir, enquanto abre a porta do próprio escritório.- Eu estou trabalhando. Tchau!

Interrompendo os protestos do jovem rapaz, desligou o telefone na cara dele, enquanto abria a porta da sua sala.

        Caminhou apressadamente sob seu belíssimo sapato agulha vermelho, ligando seu notebook, sentando em sua cadeira e começando mais um dia de trabalho.

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-Sem dúvida, esse é o melhor cachorro quente que eu comi na vida!- Christian degustava seu "precioso" lanche.

-Cara, você é o assistente mais idiota que eu já tive nesta empresa!-Christopher disse de mau humor.

-Dulce te deixou acordar sozinho de novo?- ria de boca cheia.

-E o mais atrevido, certamente.

-Tudo bem!-voltando a comer seu cachorro quente.-Não vai comer seu sanduíche?

-A Dulce sabe que odeio acordar sozinho! Eu  gostaria de acordar com a minha esposa do meu lado, sabe?-ignorando a pergunta do amigo.

- Ela nem é sua esposa!-Christian disse risonho.

-Mas ela mora comigo! Juntamos os trapos... -Christopher suspirou, recostando-se em sua cadeira presidencial.-Aliança são apenas detalhes... além do mais, ela sempre será a minha garota!-piscou.

-Não somos mais aqueles moleques, cara.. Você deveria pedi-la em casamento, oficializar logo!-disse terminando seu cachorro quente.

-Detalhes triviais..- riu, fazendo pouco caso do conselho do amigo.

Ouviram uma batida sutil na porta. Era Célia, a secretária.

-O sr.Uckermann quer vê-lo, senhor!-avisou.

-Mande entrar, Célia!

Os dois homens se "arrumaram"", Christian limpou como pôde suas mãos, Christopher corrigiu sua postura e em questão de segundos, Luís Von Uckermann já entrava na sala.

-Vejo que estão tomando café!- disse o senhor, de maneira simpática.

-Bom dia, senhor Uckermann. Estou indo para minha sala, até mais tarde.- Christian cumprimentou-o e se retirou em seguida.

-Sabe que não precisa avisar antes de entrar, esta empresa também é sua.- Christopher levantou para abraçar o seu pai.

-Estava entediado em casa... sua mãe foi para aquele clube enfadonho...  e eu gostaria de visitar meu filho favorito!-sorriu apartando o abraço e mirando seu garoto nos olhos. Sentia orgulho do homem que Christopher havia se tornado.

-Eu sou seu único filho!-riu.

-Por isso mesmo!

Luís sentou na cadeira em frente à mesa de Christopher, enquanto que seu filho se recostava nesta última.

-E então? Quando finalmente colocará uma aliança no dedo da sua menina?-indagou, o homem.

-Pela segunda vez hoje, Dulce e eu estamos bem...- Christopher suspirou, fazendo a cadeira rodopiar.- quer dizer, eu a namoro desde que ela era muito jovenzinha e agora, é uma mulher. Minha mulher. Moramos juntos, dividimos nossa vida.. e é isso!- disse passando a mãos em seu cabelos loiros.

-Filho...toda mulher se sente mais valorizada em uma relação oficial!-aconselhou, inclinando-se para frente.

-Mas, é oficial! Pra quê uma aliança de casamento? É só um anel! Semana passada, eu dei uma gargantilha caríssima pra ela! E com certeza ela vai querer um anel brilhante e caro de aniversário, que a propósito será daqui a dois meses...  uma aliança, só seria uma coisa à mais pra ela pôr no dedo!

Luís suspirou, se rendendo. Nunca entenderia esses relacionamentos modernos de hoje em dia.

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         O som daquela boate estava realmente estridente. Poncho não gostava daquele ambiente. Na verdade, nem sabia o por quê de estar ali. Mas com todas as obrigações como delegado, precisava se distrair às vezes. Ele adorava seu trabalho, mas era algo que o sobrecarregava muito e definitivamente, precisava de umas férias. Sorveu mais um gole do seu whisky, e observou o movimento ao seu redor. Pelo menos, ninguém poderia dizer que não estava tentando.

-Hey, Poncho! Eu não tá trancado no escritório da sua casa!-Jason, riu escandalosamente.

           Jason e Poncho eram vizinhos de apartamento. Na verdade, Jason era seu único amigo.

-Eu acho que eu deveria ir...

-Quê?! Tá maluco, Pancho?! Vamos aproveitar a noite!

Jason tomou o moreno pelo braço, levando-o para a pista de dança.

-Cara, eu nem sei dançar!-arriscando alguns tímidos passos.

-Se joga, maluco!-Jason dançava de um jeito engraçado. Alfonso riu. Ele com certeza, teria uma baita ressaca amanhã.

       Pessoas soadas se misturavam e se esfregavam, ao ritmo daquela música agitada, a luzes coloridas ajudavam o ambiente a se tornar ainda mais "surreal". Era como se fosse uma outra realidade, um módulo de fuga que todos usavam para se sentir bem por algumas horas. Poncho começou a se sentir à vontade naquele ambiente, fechou os olhos e decidiu deixar a música dominar o seu corpo.

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*postado sem revisão*