Fanfics Brasil - Insônia Maldita Mulher VONDY (REPOSTADA)

Fanfic: Maldita Mulher VONDY (REPOSTADA) | Tema: VONDY


Capítulo: Insônia

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            "A lua não permitia que aquelas duas garotas fossem tragadas pelo breu que envolvia a floresta. O som das folhas sendo movidas pelo vento mesclava-se com o barulho dos animais silvestres e o suspiro pesado de Dulce, que por sua vez mirava impassível para a menina a sua frente. Esta por sua vez, gargalhava escandalosamente.


- Você me parece horrível Dulce! Não passou maquiagem hoje?- gargalhou ainda mais.


            Dulce a olhava perplexa. Ágatha ainda trazia as vestes habituais do sanatório em que estava internada. Como havia conseguindo sair de lá? Estava descabelada e ferida, porém parecia não se importar.


- Você me seguiu até aqui pra quê, amiguinha?- indagou a maluca.


-Eu não vou mais deixar você nos espionar e ameaçar, sua doida!- vociferou Dulce.


-Está falando daquela fotinhas de nada? Que bobagem!- Ágatha sentou no chão, recostando-se em uma árvore. – Espero que não tenha ficado brava com minha última brincadeirinha... é que eu adoro brincar com facas!-riu.


            Dulce não podia sentir nada além de desprezo por aquela infeliz. Juntou toda a coragem que possuía e tomou a adaga que trazia. Não teria piedade. Ágatha também não teve quando quase a esfaqueou, miserável."


 


            Christopher abriu preguiçosamente os olhos, havia sido despertado pelos movimentos de Dulce enquanto dormia.


-Você vai morrer... - sussurrava a mulher com as sobrancelhas franzidas e o suor frio impregnava sua pele.


            Christopher tentava acordá-la da forma mais carinhosa que conseguira. Pobre Dulce! Sempre atormentada por esses pesadelos estranhos.


-Querida... - chamou. - Querida, calma!- sentou-se na cama e começou a balançá-la pelos braços.


-Não! NÃO!- a mulher acordou ofegante, deparando-se com um par de olhos compassivos, acostumados àquela cena. Suspirou enquanto sentava na cama.


-Me desculpe... –Christopher a abraçou beijando o topo de sua cabeça. –Por mais que aquela maluca tenha ido para o inferno, ainda está muito viva na minha mente. –sentiu um arrepio correr por sua espinha. Mesmo depois de morta aquela maldita fazia das suas.


-Não precisa se desculpar... –Ajudou-a deitar-se sob seu peitoral e pôs-se a acariciar os cabelos da mulher.


-Que horas são? –Disse Dulce levantando o rosto mirando a Christopher, que olhou o relógio que estava em cima do criado mudo.


-Ainda são 4:00AM. –informou.  


-Durma... eu vou ficar bem! Não precisa estar cedo no tribunal amanhã...? –disse aconchegando-se mais ao corpo do “namorido”.


-Você não acha que está na hora de retornar à psicóloga? –ignorou a pergunta de Dulce.


-Não precisa... –São apenas sonhos... –suspirou.


-Dulce, eu sei que restaram sequelas... foi um período difícil em nossas vidas... –a mulher o interrompeu com um beijo.


-Amor, está tudo bem! Apenas durma! –voltou a aconchegar seu corpo junto ao dele.


            Christopher não voltou a conciliar o sono. Apenas observava Dulce, que agora dormia tranquilamente. Suas mãos acariciavam seus cabelos e seus pensamentos voavam longe. Há seis anos comemoraram o fim do pesadelo. Era isso que pensavam. Ágatha havia sido encontrada no quintal de uma família qualquer. Desde então, não fizeram muita questão de acompanhar o caso, porém aquele episódio sempre os acompanhara. Dulce nunca parou com seus pesadelos, Christian havia ficado paranóico com questões de segurança, Maite dormia com a ajuda de calmantes apenas... e ele? Não conseguiria ficar bem, enquanto Dulce não o estivesse. Mas a maior sequela, sem sombra de duvida, era o fato de que ninguém sabia o que realmente havia acontecido naquela noite. E aquilo intrigada a todos.


 


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            Naquele luxuoso quarto rubro, a bela mulher de cabelos negros tomava seu café da madrugada, quieta, observando a lua. Maite estava cansada de se dopar com aqueles malditos calmantes. Preferiria não pregar os olhos ao ter que voltar a consumi-los. Dulce que não a descobrisse. Sorveu mais um pouco do seu café e recostou-se na poltrona em que estava. Sua visão era privilegiada, o assento ficava em frente à janela da varanda. Suspirou. Não precisava de um remédio para conseguir dormir, mas de algo que a ajudasse a esquecer más recordações.


           


"-A garota fugiu do sanatório! –Dulce arrepiou-se por inteira ao dizê-lo em voz alta.


-M-mas como? –indagou Anahí.


-Deu muito trabalho colocá-la lá! Agora essa peste conseguiu sair! –Christian caminhava de um lado para outro.


-Precisamos ficar alerta! Se desesperar não vai adiantar po/rra nenhuma. –Christopher sentenciou tentando manter a calma de todos. –Vamos ficar olhos abertos... qualquer coisa, avisamos uns aos outros. –Todos concordaram, porém não conseguiam ficar calmos de todo. Sentiam-se vulneráveis diante daquela situação."


 


            -Quantos sustos nós levamos... –levantou-se e caminhou até a cozinha. –Ai eu preciso parar com essa mania de falar sozinha. –riu amargamente de si mesma.


            A casa estava em completa escuridão. À medida que Maite se locomovia, ia acendendo alguma e outra lâmpada para enxergar melhor. Ao chegar à cozinha, depositou sua caneca na pia e foi até a geladeira. Abriu-a e fisgou o que lhe parecia uma apetitosa fatia de cheesecake. Pegou-a e colocou-a dentro do microondas. Porém antes de pressionar o botão para que pudesse esquentar seu lanche, ouviu um barulho vindo da porta dos fundos. Assustou-se um pouco, porém logo tratou de se acalmar. “Ora Maite não seja paranóica... deve ser algum animal lá fora”, pensou.


            No intento de se sentir um pouco mais segura, preferiu ligar todas as luzes possíveis do ambiente onde estava. Ligou o microondas e já esquentado o cheesecake, apanhou o pratinho com o lanche e com uma colher caminhou até o sofá. Ligou a TV para se distrair, porém ouviu mais um barulho. Dessa vez vinha do seu quarto. O coração da morena disparou e dessa vez ela não conseguiu manter-se tão calma. Mais um barulho. A morena fechou os olhos com força jogando a sobremesa para longe, encolhendo-se no sofá em sua particular crise de pânico. “Não! De novo não!”, foi o que conseguiu pensar antes de ouvir outro barulho.


 


            ********************************************************


 


-Maite nós já olhamos tudo! Não tem nada quebrado ou fora do lugar... –Christian afirmou descendo as escadas.


            A morena não havia ido trabalhar naquele dia, Dulce ligou para a ela, que relatou o acontecido da noite anterior. Os amigos aproveitaram a hora do almoço para visitá-la.


-Se quiser eu posso chamar uma das companhias de segurança as quais eu conheço! São ótimos! Você vai se sentir...


-Fercho... –Dulce tentou chamar a atenção do amigo, que continuava a tagarelar sem parar.


-Vai se sentir bem mais segura! Olha o preço da companhia atual com a que eu assinei contrato... –falava enquanto gesticulava e caminhava pela sala.


-Fercho... –a ruiva tentou intervir mais uma vez.


-Está vendo tranca? Eles tem um alarme ótimo! Eu acho que...


-CHRISTIAN! –A voz de Christopher sobressaltou a do amigo.


-O quê? –Christian quis saber, enquanto finalmente parava de falar sobre companhias de segurança caras e de tecnologia de ponta.


-Cala a boca. –disse apenas.


            Dado por vencido Christian sentou no sofá ao lado da amiga que ainda se mantinha calada, encolhida no sofá. Passou a acariciar-lhe as costas e soltou um suspiro pesado.


-Me desculpe... –pediu.


-Tá tudo bem! –pronunciou-se finalmente, a morena.


-Amiga... –Dulce que já estava ao seu lado, segurou sua mão


-Não começa Dulce! –olhou-a de esguelha. –Eu sei o que eu ouvi ontem!


-Porque estava acordada? –perguntou Christopher.


-Que tipo de pergunta é essa? –a morena fitou ao amigo.


-Está tomando seus remédios? Deveria estar dormindo e não ouvindo barulhos. –argumentou.


-Não utilize suas técnicas de direito comigo. –Maite revirou os olhos.


-Fale a verdade, então! –Christopher se pôs em frente a amiga, de braços cruzados esperando sua defesa.


-O que o Uckermann está querendo dizer, é que a ausência dos seus remédios pode causar alguns efeitos colaterais! –Christian se interpôs.


-Eu sei o que eu ouvi! – Maite levantou-se e caminhou em direção a escada.


-Onde você vai? –disse Dulce caminhando atrás da morena.


-Eu sei o que ouvi! E eu vou procurar alguma coisa que mostre pra vocês que eu não estou ficando doida, cara/lho! –ralhou já no topo da escada.


            Dulce apenas recostou-se no batente e pôs-se a observar a amiga. Quando Christopher e Christian chegaram e tentaram adentrar do quarto, a mulher os interceptou.


-Deixe-a. Uma hora ela vai parar.


            Enquanto isso Maite revirava suas coisas, procurando o que ela nem ao menos sabia o quê.


 


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Continua. Por onde será que anda a Anahí? Comentem! :*


(Eu preciso saber o que estão achando! Então não deixem de comentar! Luz! )



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Autor(a): kikyokagome

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