Fanfic: After - Vondy - HOT | Tema: Vondy
Capitulo 16
Ucker: Desafio – Ucker responde antes mesmo que eu pergunte. Seus olhos se fixam em mim com uma intensidade que revela que quem está sendo desafiada sou eu.
Fico sem reação, sem saber o que pensar, pois não esperava isso. O que poderia desafiá-lo a fazer? Sei que faria qualquer coisa para não se sentir diminuído por mim.
Dul: Eu… hã… desafio você a…
Ucker: A fazer o quê? – ele questiona, impaciente. Quase peço para ele dizer alguma coisa simpática sobre cada um do grupo, mas acabo desistindo, por mais divertido que pudesse ser.
Sol: Tira a camisa e só ponha de volta depois que a brincadeira acabar! – grita Sol, para minha alegria.
Não porque Ucker vá ficar sem camisa, claro, mas porque não preciso sugerir mais nada, e isso tira a pressão de ter que dar ordens a ele.
Ucker: Que criancice – ele reclama, mas tira a camisa pela cabeça.
Contra minha vontade, meus olhos percorrem seu tronco, observando as tatuagens que cobrem sua pele surpreendentemente bronzeada. Sob os pássaros desenhados em seu peito, há uma árvore na barriga, com galhos desfolhados assustadores. A parte superior de seus braços tem ainda mais tatuagens do que eu esperava, e imagens e figuras pequenas e aparentemente aleatórias se espalham por seus ombros e sua cintura. Annie me dá um cutucão e desvio o olhar, torcendo para que ninguém mais tenha percebido a maneira como eu o encarava.
A brincadeira continua. Sol beija Tony e depois Joaquim. Annie conta sobre sua primeira transa. Rocco beija a outra menina. Como vim parar no meio desse grupo de roqueiros universitários incapazes de controlar seus impulsos?
Tony: Dulce, verdade ou desafio? – pergunta Tony.
Ucker: Precisa perguntar? Todo mundo sabe que ela vai dizer verdade... – provoca Ucker.
Dul: Desafio – respondo, surpreendendo até a mim mesma.
Tony: Humm… Dulce, desafio você a… beber uma dose de vodca – Tony diz com um sorriso.
Dul: Eu não bebo.
Ucker: Por isso é que é um desafio.
Rocco: Escuta só, se você não quiser fazer... – Rocco começa a dizer, e eu vejo que Ucker e Sol estão rindo de mim.
Dul: Certo, uma dose – respondo. Fico pensando que Ucker provavelmente vai fazer mais uma de suas caretas de desprezo, mas o olhar que vejo em seu rosto é um tanto estranho.
Alguém me entrega a garrafa de vodca. Para meu azar, encosto o nariz no gargalo e sinto o cheiro forte da bebida, que queima minhas narinas. Torço o nariz, tentando ignorar as risadinhas ao redor. Tento também não pensar na quantidade de bocas por que aquela garrafa passou antes de chegar até mim, e a inclino levemente para dar um gole. A vodca desce queimando desde minha boca até meu estômago, mas consigo engolir. O gosto é horrível. O grupo aplaude e ri um pouquinho — todo mundo menos Ucker. Se não o conhecesse, pensaria que está bravo ou desapontado. Ele é muito estranho.
Depois de um tempinho, sinto meu rosto ficar quente e, em seguida, o álcool se espalha pelas minhas veias à medida que me desafiam a tomar dose após dose. Eu aceito, e tenho de admitir que consigo relaxar pela primeira vez em muito tempo. Estou me sentindo bem. Em meio àquela sensação, tudo parece mais fácil. As pessoas ao redor parecem mais divertidas do que antes.
Joaquim: O mesmo desafio – Joaquim diz dando risada, e dá um gole na bebida antes de passar a garrafa para mim pela quinta vez. Já nem me lembro mais das verdades e dos desafios das últimas rodadas. Dessa vez dou dois grandes goles na vodca antes de a garrafa ser arrancada da minha mão.
Ucker: Acho que você já bebeu o suficiente – diz Ucker, e passa a garrafa para Rocco, que dá mais um gole.
Quem Christopher Uckermann pensa que é para me dizer se já bebi o suficiente? Está todo mundo bebendo, então eu também posso. Pego a garrafa da mão de Rocco e bebo mais um pouco, dando um sorrisinho para Ucker antes.
Joaquim: Não acredito que você nunca bebeu antes, Dulce. É divertido, não? – comenta ele, e dou uma risadinha. Os sermões da minha mãe sobre condutas irresponsáveis me vêm à cabeça, mas não dou atenção a eles. É só por uma noite.
Sol: Ucker, verdade ou desafio?
Ucker: Desafio – obviamente.
Sol: Desafio você a beijar a Dulce – ela diz com um sorriso forçado.
Os olhos de Ucker ficam arregalados e, apesar de o álcool tornar tudo mais interessante, sinto vontade de sair correndo dali.
Dul: Não, eu tenho namorado! – respondo, fazendo todo mundo cair na gargalhada pela centésima vez na noite. O que estou fazendo aqui com essas pessoas que só sabem rir de mim?
Sol: E daí? É só um desafio. Beija logo. – pressiona Sol.
Dul: Não, eu não vou beijar ninguém! – protesto e me levanto.
Sem nem olhar para mim, Ucker dá mais um gole da bebida em seu copo. Espero que esteja se sentindo ofendido. Na verdade, tanto faz. Cansei de me preocupar com o que ele pensa. Ucker me odeia e é um tremendo grosseirão.
Quando fico de pé, o efeito do álcool se revela por inteiro. Saio cambaleando, mas consigo me recompor e me afastar do grupo. De alguma forma, consigo atravessar a multidão e chegar até a porta. Assim que saio da casa, sinto a brisa de outono no rosto. Fecho os olhos e inspiro uma boa lufada de ar fresco antes de ir sentar na já conhecida mureta de pedra. Sem nem me dar conta do que estou fazendo, já estou com o celular na mão, ligando para Nico.
Nico: Alô? – ele atende.
O som familiar de sua voz e a vodca no meu organismo fazem com que eu sinta ainda mais saudades dele.
Dul: Oi... gato – respondo, e me sento, trazendo os joelhos junto ao peito.
Ficamos em silêncio por um momento.
Nico: Dulce, você está bêbada? – Pelo tom de voz, dá para notar que Nico está me julgando. Eu não devia ter ligado.
Dul: Não... claro que não – minto, e encerro a ligação.
Em seguida, desligo o celular. Não quero que Nico ligue de volta. Ele está arruinando a sensação boa proporcionada pela vodca, ainda mais do que Ucker.
Volto cambaleando lá para dentro, ignorando os assobios de uns universitários bêbados. Apanho uma garrafa com uma bebida marrom no balcão da cozinha e dou um gole exagerado. O gosto é ainda pior que o da vodca, e minha garganta fica queimando. Minhas mãos saem à procura de alguma coisa para tirar aquele sabor da minha boca. Acabo abrindo um dos armários e pegando um copo de vidro, que encho com água da torneira, o que ajuda um pouco com a queimação, mas não muito. Abrindo caminho em meio à multidão, vejo que meu grupo de “amigos” ainda está sentado em um círculo, fazendo aquela brincadeira idiota.
Aqueles são mesmo meus amigos? Acho que não. Eles só me querem por perto para ficar rindo da minha inexperiência. Como Sol teve a audácia de dizer a Ucker para me beijar? Ela sabe que tenho namorado. Ao contrário dela, não saio por aí beijando todo mundo. Só beijei dois garotos na minha vida, Nico e Pedro, um menino sardento que estudava comigo no terceiro ano e me deu um chute na canela depois do beijo. Será que Ucker teria topado o desafio? Duvido. Os lábios deles são rosados e carnudos. Na minha cabeça surge uma imagem de Ucker se inclinando na minha direção para me beijar. Meu coração dispara dentro do peito.
O que está acontecendo? Por que estou pensando nele dessa forma? Nunca mais vou beber.
Alguns minutos depois, a sala começa a girar, e eu me sinto tonta. Meus pés me levam para o banheiro do andar de cima, e eu me sento diante do vaso, achando que vou vomitar. Nada acontece. Solto um resmungo e me levanto. Quero voltar para o alojamento, mas sei que Annie só vai estar em condições de fazer isso daqui a algumas horas. Eu não devia ter vindo. De novo.
Antes de me dar conta do que estou fazendo, abro a porta do único cômodo que considero até certo ponto familiar naquela casa imensa. O quarto de Ucker se abre para mim sem resistência. Ele diz que sempre mantém a porta trancada, mas não parece ser bem assim. Está tudo como da outra vez, a única diferença é que o chão está se mexendo sob meus pés instáveis. O morro dos ventos uivantes não está mais na prateleira, mas o encontro sobre o criado-mudo, ao lado de Orgulho e preconceito. Os comentários de Ucker a respeito do romance se repetem dentro da minha cabeça. Ele claramente já o leu — e o entendeu —, o que é raro entre as pessoas da nossa idade, especialmente um garoto. Talvez ele tenha sido obrigado a ler por causa de um trabalho escolar. Mas por que o exemplar de O morro dos ventos uivantes não está na prateleira? Apanho o livro e sento na cama, abrindo-o na metade. Meus olhos percorrem as páginas, e o quarto para de girar.
Estou tão perdida no mundo de Catherine e Heathcliff que não ouço quando a porta é aberta.
Ucker: Que parte de ‘ninguém pode ficar no meu quarto’ você não entendeu? – esbraveja Ucker.
Sua expressão furiosa me assusta, mas por algum motivo também me diverte.
Dul: D-desculpe. Eu…
Ucker: Sai daqui – ele ordena, e faço uma careta.
A vodca ainda está fazendo efeito, pelo menos o suficiente para eu não permitir que Ucker me trate daquela maneira.
Dul: Por que você precisa ser tão babaca? – rebato em um tom muito mais alto do que pretendia.
Ucker: Você está no meu quarto outra vez, mesmo depois de eu ter dito que não quero você aqui. Então se manda! – ele grita, chegando mais perto.
Com Ucker parado na minha frente, irritado, exalando desprezo e fazendo com que eu me sinta a pior pessoa do mundo, alguma coisa dentro de mim se transforma. Deixando de lado a compostura, faço a pergunta que ronda minha mente há um tempo, mas que não tinha coragem de encarar:
Dul: Por que você não gosta de mim? – exijo saber, olhando-o nos olhos.
É um questionamento justo, mas, para ser sincera, não sei se meu ego ferido aguenta ouvir a resposta.
Autor(a): mariana18
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Capitulo 17 Ucker me dá uma encarada agressiva, mas ao mesmo tempo insegura. “Por que está me perguntando isso?” “Sei lá… porque sempre fui legal com você, e você só me trata mal.” Em seguida acrescento: “E achei que poderíamos ser amigos…”. Essa frase ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 24
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carolcasti Postado em 26/07/2017 - 14:35:38
Cadêêêêêêêêêêê êêêêêêêêêêê&ec irc;êêêêêêêêêêê ; vocêêêêêêêêêêê êêêêêêêêêêê&ec irc;êêêêêêêêêêê ;??????????????????????
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aninha_vondy Postado em 22/07/2017 - 16:10:02
Cadê você, continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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mandinha.bb Postado em 12/07/2017 - 20:40:56
Cadê você, posta maisssssssssssssssssssssssssssss
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aninha_vondy Postado em 28/06/2017 - 20:48:37
Cadêêêêêêêêêê vocêêêêêêê?????? Sumiuuuuuuuuuuuuuuuu de novooooooooooooooooooooooooooo? Apareçaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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aninha_vondy Postado em 25/06/2017 - 20:38:43
Quero maisssssssssssssssssssssssssss, cadê vocêêêêê!!!!
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mandinha.bb Postado em 07/06/2017 - 16:00:27
Cadêêêêêêêêêêê êêêêêêêêêêê&ec irc; vocêêêêêêêêêêê êêêêêêêêêêê&ec irc;êêêêêêêêêêê ;êêêêê!!!!!
mariana18 Postado em 10/06/2017 - 16:57:47
Apareciii. Ta ai o capitulo novo
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carolcasti Postado em 07/06/2017 - 14:45:41
Cadêêêêêê você, quero maissssssssssssssssssssssssssssssssssssssss, amo a sua fics, posta maissssssssssssssssssss plissssssssssssssssssss
mariana18 Postado em 10/06/2017 - 16:57:18
To aquiii. Foi mal pela demora
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aninha_vondy Postado em 25/05/2017 - 23:42:14
Leitora nova, estou amando a sua fics e concordo com a ingriiide, por isso continue postando, quero saber oq o Ucker vai dizer a Dul, aposto que ele vai dizer que pelo contrario ele não odeia dela ela e sim sente algo muito forte por ela, posta maisssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
mariana18 Postado em 10/06/2017 - 16:56:52
bem viiinda. e desculpa pela demora. Ta ai mais um capitulo
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ingriiide Postado em 25/05/2017 - 11:47:27
Meuuuu deus essa fanfic e muito boa conttt
mariana18 Postado em 10/06/2017 - 16:56:11
Continuado, desculpa pela demora
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ingriiide Postado em 24/05/2017 - 15:37:51
Pq o ucker e assim com a dul???coitada kkkkk cont
mariana18 Postado em 24/05/2017 - 16:59:42
Ele meio que é assim com todo mundo, mas só lendo para descobrir amr haha