Fanfic: A Segunda Mulher - Adaptada - Finalizada | Tema: Vondy

 Um longo beijo os uniu, até que ele, com um suspiro, a soltou.

Tirou a maleta de cima da cama e puxou o acolchoado para trás. Sem uma palavra, começou a desabotoar o vestido marrom de viagem que ela usava. Dulce afagou-lhe o rosto com carinho.

 — Muito obrigada, Christopher.

 — Disponha sempre — ele respondeu com um sorriso maroto, continuando a despi-la.

 — Não estou brincando. Obrigada por ter se casado comigo, por me dar uma aliança e trazer Mary para cá.

 Ele ergueu os olhos para ela e o sorriso já era terno e comovido.

— Eu é que agradeço, Dulce, por tudo o que fez, pelo modo como transformou minha vida.

Por um momento se olharam, até que ela, despertando do encanto, tirou a camisa dele de dentro da calça e se pôs a desabotoá-la.

Não demorou para que ambos estivessem despidos. Christopher ergueu-a nos braços e colocou-a na cama, deitando-se a seu lado. Abraçaram-se, juntando os corpos que já se aqueciam de paixão.

— Eu te amo — murmurou Christopher, capturando a boca molhada num longo beijo.

 — Eu também te amo — ela respondeu, entre beijos.

 Acariciaram-se sofregamente, finalmente livres do passado, das desconfianças e dos receios. Lentamente, com languidez e total desinibição, cortejaram-se, provocaram-se, entre suspiros e palavras sussurradas.

Os beijos e carícias continuaram em ritmo febril, até que o desejo passou a exigir a união completa de seus corpos. O elo que os uniu perdurou mesmo depois que Christopher rolou para o lado, puxando Dulce para si, fazendo-a pousar a cabeça em seu peito.

 — Nossa vida agora está perfeita — ela disse baixinho.

— Somos uma família — ele concordou.

— Dois quartos já estão ocupados, com Mary e Dean. — Precisaremos ampliar a casa para os oito que vão chegar.

— Isso de querer oito filhos é brincadeira, não é?

— Perdeu a coragem, moça da cidade?

 — Não. Com você a meu lado, enfrentarei qualquer coisa. Se quiser competir com Alfonso...

 Ele riu, beijando-lhe os cabelos desalinhados.

— Não quero, não. Mas não vou desistir de ver nossos próprios filhos crescendo nesta casa. Menininhas ruivas como a mãe, que subirão em árvores e jogarão bolinhas de gude.

 — Garotinhos loiros, que cercarão gado no pasto com o pai e cultivarão barbas, quando crescerem — ela concluiu, rindo.

— E se não tivermos filhos, Dulce. Continuará a ser feliz?

— Claro. Embora eu não soubesse, o dia em que fui ao hotel por causa do anúncio, foi o mais feliz de minha vida. O destino è estranho. Já ouviu dizer que há males que vêm para bem?

 — Anahí sempre me disse isso, mas eu nunca acreditei. Zombava, respondendo que ela era tão otimista que me irritava. Pobre Anahí! Como sofreu com meu azedume!

 — Acredita agora?

— Bem, acredito, mas falta uma coisa para que o "bem" seja completo.

— O que é?

— Você precisa aprender a cozinhar. — Ele abraçou-a com força, amenizando a crítica.

— Vou aprender, querido. Mas já estou melhorando, não estou?

— Já. Pelo menos nunca mais queimou o ensopado. E seu pudim de pão até que é bem gostoso.

 — Receita de Chicago.

— Chicago... — ele murmurou, ficando sério de repente.

— Christopher... o que foi?

— Estou pensando que Chicago marcou meu destino. Estava escrito que minha mulher viria de lá. Errei da primeira vez, mas depois voltei e trouxe a moça certa.

— Que bom que voltou!

— Que bom mesmo, meu amor.

O silêncio caiu entre eles. Com o rosto pousado no peito de Christopher, Dulce ouviu-lhe a respiração diminuir de ritmo, aprofundando-se quando ele finalmente adormeceu. Ela ergueu a mão esquerda para olhá-la à luz do lampião.

No dedo esguio brilhava a aliança de ouro que ele lhe dera. "Males que vêm para bem", ela pensou, antes de beijar o aro que simbolizava o amor que os unia e as promessas de um futuro luminoso.

O caminho deles seria duro, como Christopher não se cansava de avisar. Na terra inóspita, o casamento significava uma canga a ligar os dois parceiros na luta pela sobrevivência e sob o jugo pesado do trabalho incessante.

Com Christopher, porém, o jugo seria leve e a luta, compensadora. Estariam ligados para sempre, pelo amor e pela compreensão.

Até que a morte os separasse. Até depois.

 Eternamente.

FIM

_____________________.

leehvondy: olá flor, sim infelizmente chegamos ao fim dessa história. Eu também já estou com saudades -_-. Final de Fic sempre me deixa melancólica rs

AnazinhacandyS2: Não tinha dúvidas de que ela seria bem aceita nessa família linda *_*. Infelizmente a fic chegou ao fim.